quarta-feira, 18 de março de 2009

UGT sugere a criação da Fiança Sindical para monitorar empresas que buscam financiamento público

União vai prorrogar redução do IPI, por mais três meses, sobre carros em troca de emprego

Acho que o governo do presidente Lula continua acertando. Principalmente, ao vincular a renúncia fiscal com a manutenção do emprego. Falta, agora, condicionar os créditos públicos às contrapartidas sociais, principalmente, as relacionadas com a manutenção do emprego, com investimentos em requalificação profissional, com a manutenção dos salários e até mesmo com a criação de novas vagas. A UGT está sugerindo ao governo federal a criação da Fiança Sindical, ou seja, cada empréstimo público a qualquer empresa terá que ter o aval do sindicato (ou sindicatos) vinculados às categorias da base da empresa. Desta maneira, com a Fiança Sindical vamos conseguir monitorar de perto o desempenho de empresas que estão sobrevivendo com dinheiro público, que é, em última instância, dinheiro nosso, do cidadão e do povo trabalhador.

Leia mais: O governo pretende prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis por mais três meses. Mas, para isso vai condicionar a extensão do benefício à manutenção dos empregos pelas montadoras. A ideia é fechar o semestre com o benefício, dando continuidade a um forte movimento de recuperação do setor automotivo que, segundo fontes, apresentará este mês um nível de produção semelhante ao registrado em março de 2008, em torno de 245 mil unidades.

A alíquota para os automóveis de mil cilindradas foi zerada em dezembro (era de 7%). Para os de mil a 2000 cilindradas, a alíquota caiu à metade, de 13% para 6,5% (gasolina) e de 11% para 5,5% (álcool/flex).

Um dos argumentos apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a favor da prorrogação é que, para o setor automotivo - que vinha puxando a economia brasileira em 2008 -, o tombo foi grande. As montadoras, explicou um técnico, tinham a perspectiva de continuidade do crescimento do volume produzido, que poderia chegar a 3,5 milhões.

As informações que têm chegado ao governo é que as montadoras já estariam de fato revendo planos de demitir funcionários, à exceção dos terceirizados, e reabrindo turnos de produção fechados no auge da contração, como ocorreu com a Volkswagen em fevereiro. Além disso, a produção tem reagido. (Leia mais em O Globo)

Brasil é 13º país mais empreendedor do mundo, diz pesquisa

Muito bem, somos um povo empreendedor. Mas ainda falta o fator principal para elevar nossa condição de empreendedorismo a níveis de competitividade mundial: a Educação. Sem educação, não conseguimos criar e registrar novas patentes. Somos, neste aspecto das patentes, um dos países mais atrasados do mundo, porque não existe patente sem formação académica, sem ambiente de competitividade do conhecimento. Se o governo sair de cima dos discursos e investir sério na Educação, em pouco tempo seremos além de  grandes empreendedores, grandes concorrentes no cenário mundial.

Leia mais: Considerando só os países do G-20, País ocupa a terceira posição, segundo o Global Entrepreneurship Monitor.

O Brasil ficou em 13º lugar no ranking de empreendedorismo na edição de 2008 da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada nesta terça-feira, 17, em São Paulo. A taxa de empreendedores em estágio inicial (TEA) do País ficou em 12,02%. Em primeiro lugar, ficou a Bolívia, com uma taxa de 29,82%. Em segundo, ficou o Peru, com 25,57%. Em 2007, o Brasil estava em nono lugar na lista. Um total de 43 países foi pesquisado pelo Instituto GEM.

Entretanto, a coordenadora do levantamento no Brasil, Simara Grecco, fez um alerta contra a comparação com base anual, evitando dizer que o País caiu da nona para a 13ª posição na relação. De acordo com Simara, houve uma mudança no número de nações pesquisadas entre 2007 e 2008, o que dificulta a confrontação nessa base.

Segundo ela, embora global, a sondagem é executada em cada país, individualmente, por institutos de estudo ou universidades. No Brasil, o estudo foi elaborado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

Simara prefere o confronto do Brasil com os países-membros do G-20 (os mais ricos e os principais emergentes), que possuem um nível de desenvolvimento semelhante ou superior ao do País. Neste recorte, o Brasil ficou em terceiro lugar, abaixo apenas da Argentina, que obteve uma taxa de 16,5%, e do México, com 13,1%.

"O Brasil já passou pela fase de altas taxas de empreendedorismo, característica de países muito pobres, como Bolívia, Peru e Angola. Nós estamos no mesmo patamar do México, Chile e Uruguai", destacou o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Carlos Barboza. O Sebrae é um dos parceiros na elaboração da pesquisa no País.

Barboza acrescentou que a taxa de empreendedorismo brasileira está também próxima das obtidas pelo Uruguai (11,9%), Chile (13,08%) e Índia (11,49%). O professor Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao comentar o levantamento, chamou a atenção para a correlação entre as taxas de informalidade e empreendedorismo, que, de acordo com dados do Banco Mundial (Bird), são lideradas pelo mesmo país, a Bolívia. (Leia mais no Estadão)

Juro real do Brasil ainda é o maior do mundo

Nem mesmo o recente corte de 1,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, determinado ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, foi capaz de tirar o Brasil da liderança do ranking dos países com maiores juros reais (descontado a inflação). De acordo com os cálculos da UPTrend Consultoria Econômica, com a última redução, a taxa real brasileira fica em 6,5% ao ano, levando-se em conta uma inflação projetada de 4,5% para 2009. O segundo lugar no ranking é ocupado pela Hungria, com taxa real de 6,2%, seguida pela Argentina e China, ambas com 4,3%. Na quinta colocação está a Turquia (3,5%). (Leia mais no Estadão)

País criou 20 mil vagas em fevereiro, diz Lupi

Mercado volta a ter saldo positivo após três meses.

O mercado de trabalho formal apresentou, em fevereiro, resultado positivo na geração de vagas depois de três meses seguidos de retração. O ministro Carlos Lupi (Trabalho) afirmou que os números do emprego com carteira assinada, a serem divulgados hoje, deverão mostrar a criação de cerca de 20 mil postos no mês passado.

Apesar de positivo, o resultado de fevereiro será o pior para o mês desde 1999 -ano da desvalorização do real. "Será próximo disso [20 mil vagas]. Não mais de 20 mil", disse Lupi, acrescentando que o resultado do emprego formal na indústria continuará negativo.

Na avaliação do ministro, o setor de serviços puxou a recuperação do mercado formal em fevereiro, principalmente o segmento de educação, com o retorno das férias escolares.

De acordo com Lupi, a indústria paulista apresenta maiores dificuldades de retomada nas contratações por conta dos elevados estoques que ainda não se esgotaram.

Tradicionalmente, o mercado de trabalho registra desempenho mais favorável em fevereiro na comparação com janeiro e dezembro. Neste ano, embora os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de fevereiro sejam melhores que os dos três meses anteriores, o resultado ficou muito abaixo dos números dos últimos anos.

Em fevereiro de 2008 -ano que começou com a promessa de ser o melhor na história do emprego formal-, o mercado gerou 204.963 postos com carteira assinada. Nos anos anteriores, o número de vagas criadas em fevereiro tem ficado, em geral, acima de 100 mil.

Em fevereiro de 1999, último ano em que houve saldo negativo de emprego no mês, houve perda de 78.030 postos de trabalho com carteira assinada. (Leia mais na Folha)

GM ANTECIPA VOLTA DE TRABALHADORES EM LICENÇA

Com o aumento na demanda por carros, a GM decidiu antecipar o retorno de 300 trabalhadores da fábrica de São Caetano (SP) que estavam em licença remunerada desde o final de fevereiro. Sua volta estava prevista para o próximo dia 30. De acordo com a GM, o objetivo é retomar o ritmo de produção na unidade. (Folha)