Nova fase da UGT, a partir da organização da central em Sergipe
Aproveitamos o feriado de Tiradentes para consolidar a expansão da UGT nacionalmente, com a formalização da UGT-SE, na belíssima Aracaju, com uma orla magnífica e um povo aguerrido e trabalhador. Sergipe se torna a cada dia um grande pólo do futuro do Brasil, com a construção do terceiro maior estaleiro do mundo, com a usina eólica e com os projetos de construção de uma usina nuclear. Esse futuro em construção impacta positivamente as organizações sindicais locais que participaram de maneira acirrada do debate de consolidação da UGT estadual, com uma diversidade de categorias que nos torna cada vez mais fortes no Estado. Participaram categorias de metalúrgicos, comerciários, rurais e de serviços. O consenso para a montagem da chapa foi conseguido depois de grandes debates, mas respeitosos, provando que a UGT-SE nasce forte e pronta para se tornar uma referência nacional no futuro que já chegou em Sergipe, gerando desafios para seu povo e seus trabalhadores. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)
Leia, por favor, o clipping do dia:
UGT JÁ ESTÁ IMPLANTADA EM SERGIPE
A central sindical União Geral dos Trabalhadores – UGT que já atua no plano nacional desde 2007, agora se encontra formalmente implantada em Sergipe e já elegeu a sua primeira diretoria estadual. As decisões foram aprovadas por unanimidade no Congresso Estadual da entidade, realizado nesta quarta-feira (21) na Sociedade Semear e que contou com a participação de dirigentes sindicais de diversos estados, o presidente do PPS em Sergipe, Nílson Lima, e de representantes de trinta entidades sindicais de Aracaju e de diversos municípios do interior.
Os principais dirigentes nacionais da UGT estiveram participando do evento, inclusive o seu presidente, Ricardo Patah que também lidera a categoria dos comerciários em São Paulo. Ricardo Patah se declarou bastante satisfeito com a evolução do processo de implantação da central aqui no Estado e a receptividade que vem despertando entre as lideranças sindicais e comunitárias sergipanas. Ele fez questão de reconhecer o grande empenho dos sindicalistas sergipanos para viabilizar o seu funcionamento, principalmente a atuação dos seus coordenadores, Raimundo Nonato, o popular Chuchu e Nilo Metalúrgico que também integra a sua direção nacional.
Os sindicalistas que participaram do Congresso consensuaram a apresentação de chapa única para eleição da direção estadual, tendo como presidente o sindicalista e secretário de Assuntos Sindicais do PPS em Sergipe, Raimundo Nonato. A Diretoria foi eleita por unanimidade, mas deixou de preencher algumas funções para contemplar outras entidades que estão em processo de filiação à UGT. (Plenário)
Líder defende reajuste escalonado para aposentadorias
Na tentativa de evitar uma derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu hoje o reajuste escalonado para os benefícios pagos aos aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A ideia é dar um reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham entre um salário mínimo (R$ 510) e três salários mínimos (R$ 1.395). Para os que recebem acima de três mínimos, seria mantido o aumento de 6,14% previsto na medida provisória baixada pelo governo em dezembro passado, em vigor desde janeiro.
"Só podemos fazer isso se tivermos base jurídica. Alguns advogados dizem que isso é possível, outros dizem que não", disse Vaccarezza. A área econômica e a Previdência Social não ficaram, no entanto, entusiasmadas com a proposta do deputado. Os técnicos alegam que o reajuste diferenciado poderá ser alvo de ações judiciais.
Segundo Vaccarezza, a votação da medida provisória que trata do reajuste dos aposentados está confirmada para a próxima terça-feira, dia 27. Na semana passada, os partidos da base aliada se rebelaram contra o governo e anunciaram que votariam a favor de um reajuste de 7,7% para as aposentadorias com valor acima de um salário mínimo, contrariando os 7% autorizados pelo presidente Lula. O reajuste do salário mínimo foi de 9,6% - o mínimo saltou de R$ 465 para R$ 510 mensais -, índice que valeu também para os aposentados que ganham o piso.
O líder do governo disse que, pela sua proposta, o reajuste de 7,7% beneficiaria 5,6 milhões de aposentados, ou 67% dos inativos que ganham acima de um mínimo. O aumento teria impacto de cerca de R$ 1 bilhão na folha de pagamento do INSS, que gira em torno dos R$ 130 bilhões anuais.
A proposta de fazer o reajuste escalonado para os aposentados ainda não foi negociada com os líderes da Câmara ou do Senado. "Ainda estou conversando com o governo", disse o líder. Na semana passada, Vaccarezza avisou que o presidente Lula iria vetar o índice de 7,7% para todos os benefícios acima do salário mínimo, "por conta da responsabilidade fiscal". Na ocasião, o presidente Lula afirmou que não faria "injustiça" com os aposentados, mas condicionou um aumento a uma avaliação do impacto nas contas da Previdência.
Relator da medida provisória que reajusta os benefícios dos aposentados, Vaccarezza anunciou, na semana passada, que daria um aumento linear de 7% para os que ganham acima de um salário mínimo. Esse porcentual foi autorizado pelo presidente Lula. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentou que o reajuste de 6,14% já garante o ganho real aos beneficiários da Previdência. Mesmo assim, os deputados da base aliada reivindicam aumento de 7,7% e ameaçam derrotar o governo. (Estado)
Cresce falta de vagas no ensino infantil de SP
Atraso na entrega de escolas na rede municipal leva ao corte de lugares na pré-escola; matrículas em creches sobem, mas fila aumenta. Zerar deficit de vagas até o final de 2012 é uma das principais promessas de campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM)
A fila de espera por um lugar em creches e pré-escolas na rede municipal de São Paulo ganhou 22 mil crianças a mais neste ano -o fim do deficit de vagas na educação infantil foi uma das principais promessas de campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
A lista, que já tinha 101 mil nomes, chegou a 123 mil em março deste ano. Do novo contingente, 11 mil estão em busca de creche (0 a 3 anos) e outras 11 mil, de pré-escola (4 a 5).
A fila por creche aumentou apesar de a prefeitura ter feito 7.000 matrículas a mais neste ano. Na pré-escola, porém, ela cresceu porque o governo fechou vagas em escolas com excesso de alunos. O corte ocorreu para reduzir o tamanho das turmas, eliminar o terceiro turno em algumas unidades e redistribuir a rede conveniada, que passou a priorizar creche.
A ideia era compensar o corte com novas unidades, mas as obras atrasaram. Das 142 escolas anunciadas no ano passado (85 mil vagas previstas), só oito estão em construção. O resto deve ser entregue só em 2011.
Com isso, o total de matriculados em pré-escola recuou de 308 mil para 285,8 mil neste ano -22,2 mil vagas a menos. O relatório é o primeiro em que há corte de matrícula e alta do deficit. "Não acho bom criança fora da escola. Tanto que construímos 63 Emeis [pré-escolas]. Mas não posso deixar a escola um depósito, como era", disse à Folha o secretário da Educação, Alexandre Schneider. "Já melhoramos muito."
Schneider disse que esperava que o plano de obras "caminhasse mais rapidamente". Segundo ele, houve dificuldade em encontrar terrenos disponíveis e conseguir as licenças para a construção.
Sobre o aumento da demanda em toda rede, ele diz que a própria expansão faz a fila aumentar. "O pai começa a ver como possível a matrícula."
"O sistema precisa de planejamento adequado. Houve erro na previsão", diz o pesquisador Rubens Camargo, da Faculdade de Educação da USP.
"A prefeitura deve se organizar para não seguir nessa omissão", afirma o defensor público estadual Flávio Frasseto.
Sem trabalhar — Segundo o governo, nenhum aluno que estava na rede perdeu a vaga, mas o corte impediu que crianças entrassem no sistema e tornou mais difícil a vida de Eduardo, 4. "Ele está na fila há quase um ano. Não trabalho, não tenho onde deixá-lo", diz Rosilene dos Santos Silva, 32, do Jd. Felicidade (zona norte).
Pesquisas indicam que quem cursa o infantil tem resultados melhores em toda a vida escolar. Segundo a prefeitura, a migração das crianças de seis anos do infantil para o fundamental neste ano não tem impacto na queda das matrículas (quase todas crianças dessa idade já iam para o fundamental). (Folha)
BB compra o argentino banco Patagonia
Operação vai custar aproximadamente R$ 840 milhões para a instituição brasileira, que vai adquirir 51% do banco argentino. Compra do Patagonia faz parte dos planos de internacionalização do BB; agora, o objetivo é entrar no mercado norte-americano.
O Banco do Brasil anunciou ontem a compra do argentino Patagonia pelo valor de US$ 479,6 milhões -cerca de R$ 840 milhões. O fechamento do negócio era aguardado pelo mercado havia alguns meses.
A instituição brasileira passará a deter participação de 51% no capital social do Patagonia, conforme antecipou a coluna "Mercado Aberto".
O fechamento da operação depende da aprovação dos órgãos reguladores, tanto no Brasil como na Argentina.
Sexto maior banco da Argentina, o Patagonia encerrou 2009 com ativos totais de US$ 2,56 bilhões -ou R$ 4,48 bilhões. O BB conta com ativos totais de R$ 708,5 bilhões.
"Aqui [Argentina] foi o primeiro projeto a se consolidar. Mas outras aquisições virão, inclusive com presença forte na América do Sul. Nos EUA, não vamos chegar para ter um tipo de atuação que têm os bancos locais. Vamos trabalhar em nichos, aproveitando a presença de brasileiros e latinos naquele país e também no suporte às empresas brasileiras que lá existem", afirmou Aldemir Bendine, presidente do BB.
A compra do Patagonia faz parte dos planos de internacionalização do BB. Desde o ano passado, em meio aos escombros deixados pela crise internacional, a expectativa era que o BB avançasse no exterior, especialmente no mercado norte-americano. Na semana passada, o BB obteve autorização do Fed (BC dos EUA) para operar no varejo.
Ao analisarem a provável expansão do BB na Argentina, analistas ponderavam os riscos, lembrando temas como a imprevisibilidade econômica, os confrontos do governo com diferentes setores e a insegurança jurídica.
"Todos esses pontos estiveram em nossas avaliações. É algo que temos sempre no radar. Na questão macro, sempre preocupa. Já vivemos um aspecto muito doloroso de intervenção econômica neste país, que gerou esse clima de desconfiança do argentino em relação ao sistema financeiro como um todo. Porém essa desconfiança acaba gerando uma oportunidade", disse Bendine.
"A cada ano, mais de 1 milhão de pessoas estão sendo bancarizadas neste país [Argentina]. É um número extremamente relevante. Mesmo com esse crescimento, a taxas superiores à de outros países, o índice de bancarização é baixo, gira em torno de 39%, enquanto no Brasil já passa de 51%", afirmou o executivo. "Bem ou mal, com confiança ou desconfiança, este é um mercado que não tenho dúvida de que terá crescimento, mesmo com todos esses senões, essas preocupações."
O avanço do BB tem abarcado tanto instituições internacionais como nacionais. No ano passado, foram fechadas as compras da Nossa Caixa e do Votorantim. Para sustentar a expansão, o banco prepara uma capitalização estimada em R$ 8 bilhões. O dinheiro deve ser levantado com oferta de ações. Em 2009, o BB registrou lucro líquido de R$ 10,15 bilhões. (Folha)
FMI diz que Brasil está próximo de 'virar a página' da crise e aponta risco de superaquecimento no país
O Fundo Monetário Internacional elevou sua previsão de crescimento mundial e citou o Brasil como exemplo de país que pode sofrer com superaquecimento econômico. Em sua "Perspectiva Econômica Mundial", o FMI reviu de 3,9% para 4,2% por cento a sua estimativa de crescimento econômico global para 2010, e manteve em 4,3% a previsão para 2011
Para o Brasil, o FMI projeta expansão de 5,5% neste ano, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação à projeção anterior, de janeiro. Para 2011, o Fundo prevê expansão de 4,1% na economia brasileira, 0,4 ponto percentual acima da projeção de janeiro.
De acordo com o Fundo, a economia global se recuperou da recessão mais rapidamente do que se previa, mas os pacotes de estímulo fiscal promovidos por vários governos pioraram a situação das finanças públicas, deixando os países vulneráveis a novos choques, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira. "A perspectiva para a atividade permanece excepcionalmente incerta", informa o texto do fundo.
"No campo fiscal, a lenta recuperação nas economias avançadas pede a manutenção das medidas de estímulo em vigor até que a recuperação esteja consolidada, especialmente onde a economia está abaixo de seu potencial", diz o relatório World Economic Outlook, divulgado nesta quarta-feira.
"No entanto, a retirada de políticas de estímulo precisa ser feita assim que riscos de superaquecimento doméstico (como no caso do Brasil) se tornem uma preocupação", afirma o documento.
Na visão do fundo, impulso econômico indica que já é hora dapolítica momentária mudarseu rumo de expansivo para neutro.
"As pressões inflacionárias estão sendo geradas em velocidades variadas, algumas economias com regime de metas de inflação (Brasil) parecem mais próximas de virar a página que outros (Colômbia e México )", acrescentou o fundo.
As economias emergentes devem liderar a recuperação global, com previsão de crescerem em 2010 quase o triplo da média das economias avançadas.
Segundo o FMI, países emergentes e em desenvolvimento devem crescer 6,3% neste ano e 6,5% no próximo. Nos países avançados, a perspectiva é de 2,3% e 2,4%. A China terá novamente o maior crescimento -10 por cento neste ano e 9,9 por cento em 2011. Brasil, Índia e Indonésia também são citados pelo FMI como protagonistas de sólidas recuperações.
América Latina também crescerá mais — Para a América Latina, o Fundo previu crescimento de 4% em 2010 e 2011 e destacou a necessidade de ajustes na política monetária e fiscal. As projeções anteriores do FMI em janeiro para a região foram de crescimento de 3,7% em 2010 e de 3,8% em 2011.
De acordo com Fundo, os bons fundamentos econômicos em seus sistemas bancários, balanços sólidos de empresas e preços mais altos das matérias-primas ajudam a recuperação na América Latina.
"No entanto, uma demanda externa fraca para o turismo a partir da América do Norte e na Europa impede o crescimento em várias economias da região, especialmente a do Caribe, enquanto a baixa nas remessas afetam muitas economias da América Latina e Caribe", informa o relatório do FMI.
A previsão é que o Peru irá liderar o crescimento na região com 6,3% este ano e 6% em 2011, após ter evitado uma contração em 2009. O México deve registrar um crescimento de 4,2% este ano e 4,5% no próximo, ajudado em parte pela recuperação nos Estados Unidos. (O Globo)