quarta-feira, 30 de julho de 2008

UGT repudia declaração de Secretário de Segurança do Rio



UGT repudia declaração de Secretário de Segurança do Rio que afirma: “Violência vem do ventre

Nos envergonha, como brasileiros, a declaração do secretário de Estado de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, que afirmou: "Nós temos aqui uma legião de excluídos que não conhecem o Estado. Não sabem o que é lei. Essa é uma cultura que muitas vezes o marginal traz do ventre da sua mãe”, conforme está nos jornais de hoje.

Esse senhor não honra o Estado do Rio e envergonha a tentativa de política de segurança que está sendo adotada pelo governador do Estado, Sérgio Cabral Filho. O grave problema de segurança pública surge da falta de equacionamento da distribuição de renda e de oportunidades, da falta de investimento do Estado, da irresponsabilidade social dos governos e de seus agentes. Mas não precisamos de pessoas como o atual secretário que faz balão de ensaios fascistas para tratar o problema social grave com acusações levianas às mães humildes, trabalhadoras e que se esforçam ao máximo para buscar a integração social dos seus filhos.

Juros altos afetam família trabalhadora

Conforme a UGT antecipava, quando se posicionou contra a tentativa de controle de inflação apelando-se apenas para o arrocho do crédito com a elevação dos juros, está sobrando para as famílias trabalhadoras. Segundo o BC, custo médio do crediário para as famílias chegou a 49,1% ao ano em junho, em função da elevação do aumento da taxa básica de juros (Selic). O encarecimento do crédito ocorreu exclusivamente nas operações para as pessoas físicas, cuja taxa média de juro aumentou 1,7 ponto porcentual na comparação com maio. No semestre, a alta acumulada é de 5,2 pontos. O juro do cheque especial passou para 159,1% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2003. O juro do crédito consignado (com desconto em folha) aumentou para 27,7%. O juro para financiamento de veículos aumentou 0,5% ponto para 31,1%.

Infraero: ameaça de greve leva a acordo

Gostaria de me solidarizar com os companheiros que trabalham para a Infraero, representados pelo Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários). Depois de várias tentativas de negociação tiveram que decretar uma greve para conseguir reiniciar negociações, de um acordo ainda não completamente fechado.

Para o presidente do Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), Francisco Lemos, a diretoria da estatal é "intransigente" e demorou muito a apresentar uma contraproposta satisfatória à categoria. Lemos afirmou que os funcionários exigem a troca dos diretores, que têm contratos especiais, por servidores da estatal.

Reivindicações -- A categoria reivindica, entre outras propostas, um aumento salarial, reajuste do vale alimentação e do bônus de Natal e a implementação de um plano de carreira. A principal reivindicação, contudo, é a troca de toda diretoria da Infraero por funcionários de carreira.

União proibirá espera maior que 2 minutos em call center

Vejo com bons olhos a decisão que será assinada amanhã pelo presidente Lula. Desde que as empresas de call center invistam na contratação de novos profissionais, na valorização dos atuais funcionários, no treinamento e na reciclagem. A mudança atingirá bancos, planos de saúde, aviação e água, entre outros setores. A empresa ficará obrigada a cancelar o serviço assim que solicitado e terá cinco dias úteis para responder à demanda do cliente.

A partir de dezembro, quem telefonar para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) do banco, do plano de saúde ou da empresa de TV a cabo, entre outros, terá que aturar no máximo dois minutos de "música de elevador" antes de conseguir falar com o atendente.

Além disso, a empresa ficará obrigada a cancelar o serviço assim que solicitado e terá cinco dias úteis para responder a qualquer demanda. Outra mudança é que o cliente não terá de informar ao atendente dados pessoais que nada tenham a ver com o motivo de sua ligação e não terá de repetir a demanda a um segundo funcionário.

Metalúrgicos recusam proposta de aumento salarial de 7,5%

Esse ataque direto aos interesses dos trabalhadores, orquestrado pela política de juros altos do Banco Central, tem servido para realimentar a sanha patronal por concentração de renda. É claro que os patrões vão usar os argumentos que o Banco Central lhes ofereceu na bandeja para interromper um círculo virtuoso de boas negociações salariais, que incorporavam além da reposição da inflação, o aumento real.

É por isso que os metalúrgicos da CUT estão cheios de razão (e os da UGT seguirão o mesmo caminho) ao rejeitar ontem (29/07) proposta de reajuste salarial de 7,5% feita por empresários do grupo 8 -- que reúne sindicatos patronais de trefilação, equipamentos ferroviários, esquadrias, entre outros. Esse grupo somado ao de máquinas e eletroeletrônicos (grupo 2) reúne 65 mil trabalhadores no Estado.

A reivindicação da categoria é reposição da inflação -- para repor perdas de agosto de 2007 a julho de 2008 -- e aumento real em torno de 3%. A data-base desses dois grupos é em agosto. A inflação acumulada até junho foi de 6,93% [INPC]. Portanto, o percentual oferecido não deve cobrir nem a inflação até julho.

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