Pré-sal é passaporte para o futuro, diz Lula
A UGT mantém sua atenção voltada para a exploração dos estimados 80 bilhões de barris de petróleo do pré-sal. Mas temos que estar atentos também aos discursos que se fazem em torno do tema. Primeiro, o acesso ao petróleo do pré-sal e, consequentemente, ao seu lucro, não é algo para o ano que vem. Demorará, segundo previsões, entre cinco e dez anos. A Petrobras ainda não tem acesso à tecnologia necessária, os planos de investimentos ainda não estão consolidados, enfim, o dinheiro vai demorar para chegar. O que temos fresquinho, produzido todos os dias, são discursos. Aí que os trabalhadores devem ficar atentos e mobilizar a opinião pública para termos um pleno entendimento da riqueza que o pré-sal trará de fato para o Brasil. E mais: conseguir informações claras e objetivas que nos provem, sem muita dúvida, quando o país terá acesso a essa montanha de dinheiro. Enquanto isso, vamos ler e acompanhar as notícias que refletem apenas boas intenções. E nos manter mobilizados para interferir em todos os níveis de interesse dos trabalhadores.
Veja o texto que foi publicado hoje, na internet: A empresários, Lula deixa claro que o governo federal não abre mão de comandar a exploração das novas reservas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro ontem que o governo federal não abre mão de comandar a exploração do petróleo da camada pré-sal. A uma platéia de empresários, políticos e investidores, ele disse ter orientado a comissão interministerial, criada para estudar mudanças no marco regulatório do setor, a seguir três diretrizes: garantir que não se exporte só petróleo cru, mas se agregue valor ao produto; observar o direito constitucional da União sobre as jazidas e priorizar investimentos em educação e no combate à pobreza.
"É uma perspectiva que abre extraordinárias possibilidades de desenvolvimento, mas contém desafios e riscos que precisam ser enfrentados", afirmou. "Afinal, não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar essa imensa riqueza. Queremos consolidar no País uma forte indústria petrolífera, com toda sua cadeia produtiva, que agregue valor aqui dentro e exporte derivados", disse Lula, ao explicar a primeira orientação, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.
A segunda orientação inclui a observância à Constituição. "As reservas de petróleo são da União, não podemos perder isso de vista, seus frutos devem beneficiar, em primeiro lugar, todo o povo brasileiro."
Já a terceira recomendação foi sobre a aplicação do dinheiro: "Não é porque tiramos um bilhete premiado que vamos nos deslumbrar e sair por aí gastando o que ainda não temos. O pré-sal é um passaporte para o futuro e sua principal destinação deve ser a educação das novas gerações e o combate à pobreza".
Demanda aquecida mantém confiança da indústria em alta
Os números mostram que a realidade econômica do Brasil vai bem, principalmente, para os grandes industriais. E os discursos dos empresários deixam claro, também, que nosso patronato continua especialista no chororô. A classe trabalhadora brasileira ainda tem que conviver com empresários ávidos e insensíveis à nossa realidade. Porque o que se percebe na análise de todos os indicadores, que o país melhorou com a inclusão de mais cidadãos no mercado consumidor. Por isso, a UGT orienta suas entidades filiadas a levar as campanhas salariais deste ano até às últimas conseqüências. Nunca o empresariado nacional esteve tão bem. O momento de recuperação da inflação, de aumento real, de negociar ganhos de produtividade é agora.
Veja notícias publicadas hoje: Indicador-síntese do setor sobe 1,1% em agosto e registra o segundo maior patamar da série histórica. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, subiu 1,1% em agosto ante julho influenciado pelo bom momento da demanda no mercado interno, segundo informou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De julho para agosto, o indicador subiu de 121,5 pontos para 122,8 pontos. Esse patamar é o segundo maior da série histórica do índice, iniciada em abril de 1995, perdendo apenas para o nível de outubro de 2007 (123,4 pontos).
A FGV esclareceu que, entre agosto de 2007 e agosto de 2008, a parcela de empresas pesquisadas que avaliam a demanda no mercado interno como forte subiu de 24% para 29%. No mesmo período, a parcela de empresas entrevistadas que a classificam como fraca caiu de 7% para 6%. Em comunicado, a instituição informou que, em agosto, "a avaliação sobre o nível da demanda continua favorável, sob influência, principalmente, do mercado interno".
Ao detalhar as respostas sobre expectativas, a fundação avaliou que os empresários se mostram confiantes no aumento da produção no trimestre referente ao período de agosto a outubro. De acordo com o levantamento, das 1.012 empresas consultadas, 53% programam ampliar a produção nos próximos meses, sendo que o porcentual de companhias pesquisadas que tiveram essa resposta em agosto do ano passado foi menor, de 49%.
O índice é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que ficou estável (0,00%) em agosto, ante alta de 0,3% em julho. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas, que apresentou aumento de 2,3% em agosto, ante queda de 1,8% em julho. Na comparação com agosto do ano passado, houve alta de 0,3% para o índice de Situação Atual e aumento de 1,2% para o indicador de Expectativas.
Na comparação com agosto do ano passado, o ICI registrou alta de 0,7%, em igual mês este ano - resultado superior à taxa negativa de 0,2% em julho, na mesma base de comparação. Essa queda de 0,2% também foi atualizada pela fundação, que no mês passado informou taxa negativa de 0,7% para o ICI nessa base de comparação.
A fundação também revisou o ICI referente ao mês passado. Em julho, a FGV anunciou queda de 0,7% para o índice - mas no comunicado a instituição informou que houve queda de 0,2% para o desempenho do mês passado. O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 1 e 26 desse mês, em uma amostra de 1.012 empresas informantes.
Nuci -- O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria sem ajuste sazonal alcançou patamar 86,5% em agosto. No mês passado, o nível, sem ajuste, registrou resultado de 86,1%. Hoje, a instituição anunciou o Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação. Na série mensal elaborada pela FGV para o índice, sem ajuste sazonal, o Nuci registrado em agosto foi o maior do ano - sendo o mais elevado desde dezembro do ano passado, quando teve patamar de 86,7%.
FGV: investimento da construção sobe 14% em 2007
Mais uma boa notícia para o setor da construção civil. O que interessa para a UGT é nos manter atentos para pressionar patrões e governos para impedir que a atual inclusão de mais trabalhadores na construção civil deixe de ser precária, como o é atualmente. Em todas as nossas negociações com os técnicos do Ministério do Trabalho fazemos questão de insistir na fiscalização contra construtoras desonestas, aliciadores de mão-de-obra na construção civil que precarizam o trabalho, com riscos à saúde dos trabalhadores e com salários indecentes.
Avalie o setor, com as notícias que saíram hoje:
Os investimentos da cadeia de construção civil somaram R$ 205,34 bilhões no ano passado, com expansão de 13,8% em relação a 2006, segundo estudo realizado pela FGV Projetos, a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). "Esperamos continuidade do crescimento dos investimentos em 2008", disse hoje a consultora da FGV Projetos Ana Maria Castelo.
Em 2006, o setor havia investido 7,6% a mais que no ano anterior. Os investimentos da cadeia de construção respondem por uma parcela da formação bruta de capital fixo, que é composta também por máquinas e equipamentos.
Impostos -- A carga tributária da cadeia da construção foi de R$ 44,210 bilhões no ano passado, sendo R$ 17,077 bilhões referentes a impostos sobre produção e importação e R$ 27,133 bilhões a impostos sobre renda e propriedade. A carga tributária foi correspondente a 23,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia da construção. No ano passado, a arrecadação cresceu 7,9% em 2007 em termos reais (descontada a inflação) ante 2006.
O presidente da Abramat, Melvyn Fox, destacou que a carga tributária teve expansão mesmo com as reduções do imposto sobre produtos industrializados (IPI), concentradas em 2006, mas que ocorreram também em 2007. "A desoneração do IPI movimentou a economia. Temos insistido com o governo para que materiais de construção sejam incluídos na reforma tributária", disse Fox.
Emprego -- O total de pessoal ocupado na cadeia da construção civil foi de 9,272 milhões no ano passado, com crescimento de 4,8% em relação a 2006. A atividade da construção respondeu por 68,4% do total. A indústria de materiais participou com o equivalente a 6,3%. Os serviços corresponderam a 5,3% do total, comércio de materiais de construção, por 9%, outros fornecedores, por 10,5%, e máquinas e equipamentos para a construção, por 0,5%.
O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação, se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.
País crescerá mais de 5% neste ano, avalia governo
E é pouco. Deveríamos estar crescendo entre 10 e 12% como a China e a índia não fosse a fúria do Banco Central que aposta numa política de juros altos e tenta, de toda maneira, frear nosso crescimento.
Avalie as informações e acompanhe a economia brasileira crescendo com o freio de mão puxado:
Planalto acredita que alta do juro não vai abortar ciclo de crescimento em 2008 e em 2009. Expectativa é que investimentos sustentem expansão; Orçamento estima que PIB avance 4,5% em 2009, e mercado, 3,65%.
A equipe econômica já contabiliza pelo menos mais duas altas de juros até o final deste ano, mas acredita que isso não será suficiente para abortar o ciclo de crescimento da economia. Enquanto o Banco Central reforça o tom do combate à inflação ancorado numa desaceleração do nível de atividade, na Fazenda, no Planejamento e no Palácio do Planalto as expectativas são de um crescimento acima de 5% neste e no próximo ano. Até os 4,5% projetados no Orçamento para 2009 anunciado nesta semana são apontados como um número conservador, apurou a Folha.
A avaliação é que o crescimento no Brasil hoje é diferente do vivido em 2004. A economia não está tão dependente das exportações, há um consumo interno forte, o volume de crédito subiu e, principalmente, os investimentos aumentam de forma expressiva. As projeções são que a taxa de investimento subirá entre 10% e 12% até 2010.
As exportações, mesmo num ritmo bem mais fraco, deverão crescer perto de 2% no ano que vem. Além disso, os defensores da tese ressaltam que, sem nenhum esforço, há uma inércia do crescimento registrado neste ano e em 2007 que garantirá, no mínimo, os 4,5% previstos no Orçamento.
Como acredita-se que os investimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) irão deslanchar em 2009 e o Orçamento não computou os gastos reais da Petrobras na exploração da área do pré-sal, o Produto Interno Bruto deverá subir além do valor estimado.
Participantes em consórcios de imóveis batem recorde
Contra os juros altos, o Brasil cresce assim mesmo. Parece pirraça. Mas o que a notícia abaixo mostra é uma inclusão ao mercado de vastas camadas sociais, que antes viviam fora do crediário, fora dos consórcios, fora do mercado consumidor.
Eis as informações: A Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) informou hoje que o número de participantes ativos do Sistema de Consórcio cresceu 2,4% em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, para 3,47 milhões. No acumulado do primeiro semestre foram comercializadas 825 mil novas cotas, com queda de 2,8% sobre igual intervalo de 2007. As contemplações acompanharam a baixa das vendas e somaram 382,8 mil entre janeiro a junho de 2008, 3,9% menos que o mesmo período no ano passado.
A entidade ressalta que em junho o consórcio de imóveis bateu recorde de participantes ativos, com 491,6 mil consorciados, número 12,8% maior do que o de igual período do ano anterior. Trata-se do 102º mês consecutivo de crescimento do setor. No primeiro semestre deste ano, foram comercializadas 97 mil novas cotas, 8,1% menos do que as 105,5 mil do ano anterior. As contemplações, momento em que os consorciados têm a possibilidade de adquirir seus imóveis, somaram 29 mil no acumulado de janeiro a junho de 2008, 20,4% mais que igual intervalo de 2007.
Os veículos automotores continuam tendo a maior fatia no volume de participantes. Em junho os grupos de automóveis, camionetas, utilitários, caminhões, semi-reboques, ônibus, tratores e motos somam 2,84 milhões de consorciados ativos, com alta de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado. As novas cotas comercializadas somaram 673,6 mil nos primeiros seis meses deste ano, o que representa uma alta de 1,5%. No período, as contemplações totalizaram 318,9 mil, 1,8% menos do que as 324,7 mil do mesmo semestre em 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário