Senado dos EUA aprova pacote de US$ 700 bi
De uma certa forma a UGT vê com alívio a aprovação pelo Senado norte-americano. Vamos aguardar, agora, a votação da Câmara. Interessante as restrições de ganhos aos operadores do verdadeiro cassino que se tornaram as bolsas dos países desenvolvidos. Bem diferente do Brasil, onde infelizmente somos obrigados a conviver e a suportar com a sangria destada causada em nossa economia pelos agiotas que atuam no sistema financeiro, com cobranças irresponsáveis de taxas bancárias, estabelecendo taxas de juros sem concorrência, onerando o setor produtivo e penalizando as economias dos trabalhadores brasileiros e da classe média.
Mesmo com a aprovação no Senado e na Câmara, a crise vai chegar no Brasil. Estamos no mesmo barco. E a economia mundial está unificada e interligada. Temos que estabelecer, cada vez mais, controle sobre os cassinos, seus operadores e seus agiotas.
Veja o texto: O Senado americano aprovou ontem por 75 votos a favor e 25 contra o projeto de lei que autoriza o pacote de US$ 700 bilhões para estabilizar o sistema financeiro. Agora o projeto precisa passar pela Câmara, que deve votá-lo até amanhã.
Após a votação, o presidente George Bush disse que a economia americana necessita que a Câmara aprove o plano de socorro financeiro. "O povo americano espera - e nossa economia precisa - que a Câmara de Representantes aprove este bom texto esta semana e o envie ao meu gabinete" para sanção.
"Não podemos nos arriscar a enfiar a economia americana e do mundo em um buraco. Esta não é uma crise em Wall Street, mas uma crise nos Estados Unidos - a economia americana precisa desse pacote de resgate", disse o candidato democrata à presidência, senador Barack Obama, em discurso antes da votação.
Apesar da aprovação do pacote pelo Senado americano, o resultado não animou os mercados da Ásia, que nas primeiras horas após a divulgação da notícia apresentavam queda.
O Senado incluiu no projeto de lei vários "agrados" aos republicanos, principais responsáveis pelo veto à primeira versão da lei. Na segunda-feira, a Câmara vetou o projeto, provocando caos na bolsa e nos mercados de crédito. O plano permite ao Tesouro usar até US$ 700 bilhões para comprar títulos podres e descongelar o mercado de crédito. Muitos congressistas consideraram suicídio político aprovar o pacote, porque o resgate dos bancos é altamente impopular entre eleitores, que o consideram "socorro para banqueiros". Mais de dois terços dos republicanos votaram contra.
Na tentativa de dobrar os republicanos, o novo projeto prevê mais de US$ 150 bilhões em incentivos fiscais a empresas. Entre as mudanças no texto, está o aumento no limite do seguro federal para contas correntes, de US$ 100 mil para US$ 250 mil, válido por um ano; a prorrogação de vários incentivos fiscais para empresas e mudanças em impostos. Essas eram reivindicações dos republicanos e podem ajudar a amolecer o bloco dos conservadores da Câmara. Mas as mesmas medidas podem desagradar a facção fiscalmente conservadora dos democratas, que se opõe à prorrogação dos incentivos fiscais sem encontrar fontes de receita proporcionais.
A primeira versão do pacote, apresentada pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, tinha apenas 3 páginas. A versão rejeitada pela Câmara tinha 110 páginas e o projeto aprovado ontem no Senado tem mais de 450.
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Sebrae prevê 8,8 milhões de MPEs no País até 2015
Seria muito bom também que nas previsões do Sebrae constassem a redução da burocracia tanto para abrir como para fechar uma empresa no Brasil. Estima-se que demorem cerca de 150 dias, ou seja, 5 meses, para abrir uma empresa e de dois a três anos para fechar. Um absurdo que prejudica diretamente quem tenta ser empreendedor e gerar renda e emprego no País.
Veja o texto:
Em 2015 o número de micro e pequenas empresas (MPEs) passará dos atuais 5 milhões para 8,8 milhões. A projeção é da pesquisa Cenários para as MPEs 2009/2015, divulgada hoje pelo Observatório do Sebrae-SP. De acordo com o levantamento, a população brasileira em sete anos deve atingir 210 milhões, o que representa que o País terá uma pequena empresa a cada 24 habitantes, aproximando o Brasil dos índices europeus registrados em 2000, quando Alemanha, França e Reino Unido apresentavam, respectivamente, 23, 24 e 23 habitantes por empresa.
Segundo o levantamento, em 2015 mais da metade dos pequenos negócios do País (55%) estará concentrada no setor de comércio, seguido por serviços (34%) e indústria (11%). Os maiores índices de crescimento no comércio devem ser registrados no segmento de materiais e equipamentos para escritórios e informática (crescimento de 12,5% ao ano), comércio de autopeças (7,7% ao ano) e quitandas, avícolas e sacolões (7,1% ao ano).
Em serviços, liderarão informática (12% ao ano) e transporte terrestre e atividades auxiliares de intermediação financeira (ambos com 8,4% ao ano). Na indústria, o destaque será o ramo de fabricação de máquinas e equipamentos (7,5% ao ano), edição e gráfica (5,6% ao ano) e confecção de artigos do vestuário (5% ao ano), setores que historicamente vêm puxando o bom desempenho da indústria nos pequenos negócios.
Já na região metropolitana de São Paulo, assim como em outros grandes centros, a tendência é outra: a expectativa é de que o setor de serviços ultrapasse o comércio em 2015, com 717 mil pequenas empresas (47%), contra 665 mil estabelecimentos comerciais (44%) e 134 mil na indústria (9%). Os segmentos que puxarão este crescimento serão os de aluguel de veículos, máquinas e equipamentos (15,5% ao ano) e informática (14,8% ao ano).
Segundo o estudo do Sebrae, os ramos que representam oportunidades para empreender a partir de novas tendências na economia e na sociedade são educação online, lojas especializadas para população com mais de 60 anos, negócios voltados à saúde e centros de lazer e brinquedos, atendendo ao forte aumento de consumo das crianças.
De acordo com o superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, o crescimento da relação empresa/habitante no País se deve à estabilidade econômica, ao aumento da confiança institucional, ao crescimento econômico e à consolidação do ambiente democrático.
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Repasse do FAT ao BNDES aumenta 10,5% neste ano
Temos, de novo, que acompanhar de perto as aplicações dos recursos do FAT. Existem algumas prioridades inadiáveis como reciclagem de mão-de-obra, qualificação que fazem parte do DNA do FAT e que devem ser contemplados. Veja o texto e se mantenha em alerta:
Com transferências, vai a R$ 84,8 bi o total do patrimônio do fundo em poder do banco
Com o maior repasse, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, diz que não faltarão recursos para o financiamento de empresas
O FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador) ampliou em 10,5% o repasse de recursos para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) neste ano, elevando para R$ 84,8 bilhões o total do patrimônio do fundo nas mãos do banco de fomento. Em agosto de 2007, esse volume era de R$ 76,7 bilhões.
Levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego ainda aponta que, além do repasse que o FAT é obrigado a fazer ao BNDES (40% de sua receita), atualmente 53% do dinheiro destinado às instituições oficiais de crédito para programas de geração de emprego e renda estão no banco de desenvolvimento. Isso representa mais R$ 24, 8 bilhões do fundo no caixa do BNDES.
"Não faltarão recursos para o financiamento das empresas", afirmou o ministro Carlos Lupi (Trabalho), referindo-se ao aumento de repasses do FAT.
Segundo ele, a expectativa é que em 2009 o fundo possa destinar ainda mais recursos para garantir os investimentos das empresas via BNDES.
Os dados contábeis do FAT até agosto mostram que, neste ano, o fundo já conta com superávit operacional (inclui receitas e despesas financeiras) de R$ 4,8 bilhões. O valor está acima do registrado em 2007, quando o resultado ficou em R$ 2,9 bilhões. Essa "sobra" significa que o fundo terá mais recursos no ano que vem para financiar programas de desenvolvimento e geração de emprego e renda.
O número acumulado até agosto, destaca Lupi, é 49% superior ao registrado em igual período do ano passado. A melhora nas contas do FAT -que vinha estimando já para o ano que vem a possibilidade de déficit- é fruto do aumento da arrecadação do PIS/Pasep.
Esses tributos incidem sobre o faturamento das empresas e refletem a expansão da atividade econômica no país.
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Estudo mostra que país está entre os menos competitivos
Como afirmamos no post anterior, a burocracia que mata as pequenas empresas, a falta de crédito, ainda controlado por verdadeiros agiotas do sistema financeiro nacional, a falta de investimento em qualificação de mão-de-obra impedem que sejamos competitivos. Temos que incentivar políticas públicas a favor do Brasil que dependem de atitudes patrióticas a favor dos brasileiros que trabalham, que geram renda e empregos.
Veja o texto: Diante dos sinais de que a crise financeira nos Estados Unidos deverá afetar o desempenho econômico do Brasil, o país precisa voltar a priorizar a realização de reformas estruturais para melhorar sua competitividade no mundo e evitar um contágio mais sério.
A conclusão é do diretor do Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho, que ontem apresentou o Índice Fiesp de Competitividade das Nações. De acordo com o estudo, o Brasil está entre os seis países menos competitivos, ocupando a 38ª posição na lista das 43 nações que representam 90% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
O estudo -referente a 2006- leva em consideração 83 variáveis quantitativas, como carga tributária, "spread" bancário, gasto em pesquisa e desenvolvimento, crédito ao setor privado e educação.
A carga tributária no Brasil, por exemplo, equivalia a 34,1% do PIB, enquanto os impostos nos 11 países mais competitivos representavam 29,7% do PIB.
Já o "spread" médio anual no Brasil chegava a 28,5%, contra 2,6% nos países com maior índice de competitividade.
O gasto com educação no país chegava a 3,9% do PIB. Nos seus concorrentes mais fortes, a 4,9%. "O Brasil está bem, pois pegou uma maré favorável. Mas, das reformas importantes, nós não fizemos nenhuma. Ocorre que não temos um projeto claro de desenvolvimento", afirma Roriz.
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Crise representa riscos para o comércio mundial, admite OMC
Como já alertamos seguidamente (apesar do nosso otimismo) vai sobrar pra gente. É a consequência natural da globalização. Devemos, insisto, manter o otimismo e o realismo. E nos preparar para agir rapidamente na defesa de nossa economia, na preservação dos empregos e dos valores dos salários, pois assim protegemos o mercado interno e teremos condições de sair o mais rapidamente possível da crise, que virá, infelizmente.
Veja o texto: Para diretor da entidade, impacto 'com certeza' será negativo. Dinamismo dos emergentes pode compensar parte do problema, diz Lamy.
O diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, admitiu nesta quarta-feira (1º) que a crise financeira pode ter um impacto negativo no comércio internacional, mas que o dinamismo dos países emergentes pode compensar parte do problema.
"Penso que há um risco pouco conhecido de que isto aconteça", disse Lamy à rádio francesa RTL, ao ser questionado sobre as conseqüências da crise para o comércio mundial. "Não sabemos muito bem qual será o impacto, mas com certeza será negativo".
"Se a economia americana e as economias européias forem afetadas, nos restam, graças a Deus, grandes motores de crescimento nos países emergentes", acrescentou.
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