Motoboys pedem cursos de formação e registro em carteira
A UGT nasceu com o espírito de se vincular às categorias mais organizadas e combativas e ao mesmo tempo ampliar essa combatividade e organização para as categorias que se formaram recentemente no mercado, para respeitar as demandas existentes, mas que em função do descaso do sistema, são abandonadas à própria morte, como é o caso dos motoboys do Brasil todo e, em especial, os que atuam nos grandes centros como São Paulo. Todos os dias morrem de dois a três motoboys no trânsito de São Paulo. Jovens batalhadores, determinados a buscar para suas famílias, com a própria vida, o pão de cada dia. Estes moços e moças (sim, tem muito motogirl trabalhando) não têm treinamento específico, não têm carteira assinada, vivem o risco e o abandono permanente. E ao mesmo tempo prestam serviço essencial para as empresas nesta pressa moderna. Por isso, estivemos com as lideranças dos principais Sindicatos de Motoboys do Brasil com o ministro Lupi, do Trabalho. Que nos promeru uma parceria com o Ministério das Cidades para obrigar as empresas a registrarem os motoboys, a fornecer treinamento, a respeitar os profissionais que arriscam suas vidas para que os grandes centros, inclusive São Paulo, mantenham a sua agilidade.
Leia mais: O sindicato dos motoboys do estado de São Paulo pediu nesta quinta-feira (5) ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, gratuidade em cursos de formação e uma campanha para promover a formalização dos trabalhadores da categoria. A audiência foi realizada nesta tarde, em Brasília, e contou com a presença do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
“Nós viemos pedir curso de qualificação para a categoria. Em São Paulo, 85% da nossa categoria está no mercado informal, então viemos pedir uma campanha nacional para o Ministério do Trabalho.
Em São Paulo, no ano passado, nós fizemos uma campanha, junto com o ministério, e encaminhamos 428 empresas para uma mesa redonda. Essa ação gerou cerca de 6 mil carteiras assinadas”, afirmou Alexandre da Silva Pinto, secretário-geral do sindicato dos motoboys do estado de São Paulo.
O intuito da campanha proposta pelo sindicato é a diminuição da informalidade e dos acidentes. Em São Paulo, são registrados cerca de 25 acidentes com motos por dia. Ainda segundo o sindicato, de duas a quatro pessoas morrem diariamente por causa desses acidentes.
O secretário-geral do sindicato acredita que a gratuidade de cursos de capacitação e formação - que atualmente custam de R$ 50 a R$ 100 - poderá contribuir para diminuição desses índices negativos no trânsito.
No Brasil, cerca de 95% do 1 milhão de motoboys não possuem registro em carteira de trabalho. “Existe a obrigatoriedade da empresa de registrar, não existe a pessoa jurídica para motoboy”, afirmou Patah. (Leia mais no DCI)
BNDES prepara fundo para pequena empresa
Eis aí um decisão necessária, se não esbarrar nas burocracias e o crédito prometido ficar apenas na promessa. As pequenas empresas são as que mais empregam no Brasil. Podemos afirmar que são responsáveis por mais de 70% da mão-de-obra contratada no País. Precisam de apoio direto do governo, de incentivos fiscais, de crédito barato. É através das micro e pequenas empresas que o espírito empreendedor do Brasil age. Com a parceria direta com seus empregados, com inserção permanente na comunidade.
Depois de atuar para fazer o dinheiro voltar a circular entre os bancos médios e pequenos -liberando compulsório e fazendo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil comprarem carteiras de crédito-, o governo, agora, deverá desembolsar recursos e criar um fundo para minimizar o risco de inadimplência atribuído pelos bancos às empresas de pequeno porte, o que tem encarecido os empréstimos.
Proposta nesse sentido foi entregue no final do ano passado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) ao BNDES e está sendo discutida no governo. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, confirma, por meio de sua assessoria, que está analisando a medida, mas afirma que ela ainda é "muito incipiente".
Segundo a Folha apurou, Coutinho já se reuniu com a Febraban para tratar do assunto, mas ainda não há uma formatação do novo fundo. Há, pelo menos, dois modelos possíveis: um fundo de direito creditório -no qual os recursos aplicados pelo governo serviriam para adquirir os créditos concedidos pelos bancos, que depois seriam repassados a terceiros- e um fundo de aval.
Nesta segunda opção, haveria espaço para maior ampliação no número de operações, já que o fundo só faria desembolsos efetivos no caso de inadimplência. Tudo vai depender da quantidade de recursos disponíveis. Parte do dinheiro poderá sair do Fundo Soberano do Brasil, criado no final do ano passado e que tem R$ 14,2 bilhões em recursos públicos para investir, mas que já é cobiçado por outras áreas que tiveram recursos cortados e precisam fazer investimentos. (Mais informações na Folha)
Lula defende contratações em mais de um turno de trabalho
Presidente diz que o importante agora é dar prioridade à geração de empregos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira a contratação de trabalhadores em mais de um turno de trabalho para incentivar a geração de empregos no país em meio às turbulências causadas pela crise econômica mundial.
— Tenho pedido aos prefeitos, governadores e a meus ministros que todas as obras de infra-estrutura que puderem sejam contratadas com dois turnos de trabalho. É importante — disse o presidente a jornalistas após cerimônia de inauguração da Hidrelétrica São Salvador, no Tocantins.
Segundo Lula, o importante agora é dar prioridade à geração de empregos.
— O que precisamos neste momento é priorizar a criação de empregos no Brasil, sobretudo na construção civil, seja obra de saneamento básico, hidrelétrica, sejam obras da Petrobras — afirmou.
O presidente disse que foi informado pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de que em obras de sua área já há empresas trabalhando em dois e três turnos e comentou:
— Isso é gratificante, porque temos que fazer a travessia do primeiro trimestre e, se necessário, a do segundo, para que a economia comece se restabelecer no mundo e também no Brasil.
Inflação ao consumidor de baixa renda tem maior alta desde junho, mostra FGV
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) aumentou 0,72% em janeiro após marcar inflação de 0,57% no fim de 2008. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Esta foi a maior taxa de variação desde junho de 2008, quando o indicador subiu 1,29%", destacou o organismo.
O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a 2,5 salários mínimos mensais. Em 12 meses terminados em janeiro, o índice teve expansão de 6,68%, superando a inflação medida pelo IPC-BR (5,92%), referente a famílias com ganhos entre 1 e 33 salários mínimos.
A principal contribuição para a aceleração verificada partiu do grupo Transportes, que foi de um acréscimo de 1,28% em dezembro para 2,21% no mês seguinte.
Além de Transportes, subiram mais na passagem do mês final de 2008 para o início deste calendário os ramos Alimentação (0,55% para 0,63%) e Educação, leitura e recreação (0,43% para 2,99%). Vestuário, que tinha diminuído 0,13% em dezembro, registrou agora elevação, de 0,19%.
Alternativa para crescimento econômico é investir na "base da pirâmide", diz estudo
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Apesar dos reflexos globais da crise financeira, empresas em todo o mundo podem encontrar oportunidades de crescimento em meio aos cerca de 3,7 bilhões de pessoas que fazem parte da chamada “base da pirâmide” econômica. A estratégia é indicada pelo Fórum Econômico Mundial – que ocorre em Davos, na Suíça – como promissora caso o foco das empresas seja beneficiar comunidades específicas, como fazendeiros, por exemplo.
“Empresas inovadoras estão encontrando estratégias por meio do engajamento da base da pirâmide em suas valiosas cadeias econômicas, oferecendo sustentabilidade e segurança alimentar para comunidades pobres”, mostra o estudo.
A publicação, denominada Os próximos bilhões, registra a participação de mais de 150 líderes do ramo empresarial e de mais de 200 estudos de caso na área, desenvolvida em parceria com o Grupo de Consultoria de Boston e com o apoio da Fundação Bill & e Melinda Gates.
A proposta central do estudo é o engajamento de nichos que fazem parte da “base da pirâmide” em estratégias de negócio que perpassem por todos os setores da indústria. O fórum indica um potencial de crescimento empresarial de 8% nesse mercado.
Um dos destaques da publicação é a cadeia alimentícia – desde a produção agrícola, passando pelo processamento do alimento, até o consumo. De acordo com os dados divulgados, o setor é responsável por 70% da atividade econômica presente na “base da pirâmide”.
“As empresas podem usar tais oportunidades ao adotar estratégias que descubram valores e novos parceiros na base da pirâmide. O setor de telecomunicações, por exemplo, desenvolveu tecnologias que reduzem o custo e que levam o serviço até áreas remotas”, cita a publicação. (Agencia Brasil)
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