Alemão analisa Primeira Plenária Nacional de Entidades Filiadas da UGT
(Postado por Enilson Simões de Moura, o Alemão) – A Plenária revelou um saudável processo de amadurecimento da União Geral dos Trabalhadores nos seus dois anos de vida. Pudemos exercitar nossas posições políticas até o limite do antagonismo mas sem nunca colocar em risco a unidade da central em torno dos seus princípios programáticos e, principalmente, em torno de sua bandeira a favor da ética e da cidadania. Neste sentido, foi exemplar e histórico a aprovação, por unanimidade, de moção contra a permanência de Sarney na presidência do Senado. Foi muito importante, também, não definirmos, ainda, uma posição a respeito dos candidatos nas próximas eleições. Mas da mesma forma foi de suma importância registrar que a UGT não se alinhará com o atual governo se mantiver esta aliança atual entre o PT e a banda podre do PMDB, representada por Sarney e aliados. A maturidade que se confirmou na Plenária nos ajudará a traçar as estratégias para o próximo ano e pelo que aprendemos com companheiros e companheiras do Brasil todo sabemos que a UGT contribuirá para acelerar os avanços sociais que fazem parte de seu programa, tendo a inclusão social, a aceleração da distribuição de renda e a geração de empregos de qualidade como nossas referências.
Redução do IPI sobre carros custou R$ 559 mi no 1º semestre
Ipea avalia que a desoneração do imposto foi capaz de limitar as perdas do mercado de trabalho na crise
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, estima que o custo da desoneração de IPI sobre automóveis no primeiro semestre de 2009 foi de R$ 559 milhões. Esse volume representa a diferença entre o volume de tributos que o governo deixou de arrecadar (R$ 1,817 bilhão) e a elevação de receita com outros tributos federais (R$ 1,258 bilhão). A lógica é que, à medida que a redução do IPI estimulou o avanço das vendas, cresceu a receita do governo com outros tributos que incidem sobre a cadeia produtiva. São eles o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), o Imposto de Renda Retido na fonte (IRRF), Imposto sobre Importação (II) e o IPI que incide sobre a cadeia (excetuando-se, portanto o IPI de automóveis).
Para chegar a essa conclusão, o Ipea considera que a desoneração da indústria automobilística com o IPI foi responsável por 13,4% das vendas de automóveis e comerciais leves. Ou seja, das 1,422 milhão de unidades vendidas de janeiro a junho deste ano, 191 mil teriam sido garantidas pela redução do IPI. Essa estimativa foi feita a partir da "diferença entre as vendas previstas pelo modelo com os preços vigentes e as vendas com preços hipotéticos que vigorariam caso não tivesse havido a desoneração".
O estudo do Ipea observa ainda que, apesar da desoneração do IPI e a recuperação das vendas de automóveis, o emprego na cadeia automobilística manteve tendência de redução ao longo do primeiro semestre de 2009. Ainda assim, o órgão do governo avalia que a desoneração do IPI foi capaz de limitar as perdas do mercado de trabalho. Segundo o Ipea, a cada R$ 1 milhão de produção no setor são gerados cerca de 25 empregos diretos e indiretos na economia. Considerando-se que a redução do IPI pode ter garantido a produção adicional de algo entre 100 mil e 120 mil veículos nacionais; ao preço médio de R$ 20 mil (descontando-se impostos e margens de comércio e transporte), é possível concluir, segundo o estudo, que a medida fiscal foi capaz de manter entre 50 mil e 60 mil empregos na economia no primeiro semestre. (Leia mais no Estadão)
Fundo Garantidor já sustentou empréstimos de R$ 12,7 milhões
Banco do Brasil espera emprestar R$ 3,75 bilhões para micro e pequenas empresas nos próximos oito meses
Na primeira semana de funcionamento, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) já assegurou o empréstimo de R$ 12,7 milhões em 465 operações com micro e pequenas empresas. A informação foi dada nesta terça-feira, 1, pelo vice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do Banco do Brasil, Ricardo Flores. Ao anunciar os dados, ele avaliou a nova operação como "vitoriosa".
O BB lançou o FGO em 19 de agosto. O objetivo da iniciativa é emprestar recursos com garantia contra a inadimplência e, assim, oferecer crédito com juros menores. Com esse seguro contra calotes - que garante à instituição financeira a cobertura de até 80% do empréstimo em caso de inadimplência -, o BB espera reduzir o juro entre 27% e 30% nos financiamentos para capital de giro e investimento desses clientes e pretende emprestar até R$ 3,75 bilhões para micro e pequenas nos próximos oito meses.
Para um cliente realizar um empréstimo com a cobertura do Fundo, é pagar uma taxa equivalente a 0,2% do valor do financiamento ao ano para o capital de giro e 0,1% para investimento.
O FGO nasceu com R$ 595 milhões de patrimônio, sendo R$ 580 milhões do Tesouro Nacional e R$ 15 milhões do BB. Apesar de ter sido anunciada como uma grande iniciativa para destravar o crédito para pequenas empresas, a iniciativa só conta, até agora com o apoio do BB. Nenhuma outra instituição financeira de porte aderiu ao Fundo. (Leia mais no Estadão)
Banco do Brasil amplia oferta de crédito em R$ 36,7 bilhões
Medida vai beneficiar pessoas físicas, micro e pequenas empresas, produtores rurais e municípios
O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, 1, a ampliação do limite de crédito de diversos clientes, num total de R$ 36,7 bilhões. A medida vai beneficiar pessoas físicas, micro e pequenas empresas, produtores rurais e municípios. Essa foi a terceira iniciativa do banco federal em ampliar a oferta de empréstimos a seus clientes, medida alinhada à política do governo federal de reduzir os efeitos da crise financeira sobre a economia
Para a pessoa física, 1,2 milhão de clientes terá ampliação do limite de crédito pré-aprovado em R$ 12,7 bilhões. Esse aumento vai beneficiar, principalmente, a linha de crédito destinada à compra de material de construção.
Para as micro e pequenas empresas, a ampliação da oferta de financiamentos somou R$ 13,9 bilhões, medida que vai beneficiar 240 mil clientes, principalmente nas operações para o financiamento de investimentos.
No segmento rural, 10,6 mil produtores terão limite pré-aprovado adicional de R$ 1,4 bilhão, destinado, sobretudo, ao financiamento do estoque da safra colhida recentemente.
Por fim, 4 mil prefeituras terão R$ 3,1 bilhões para o financiamento de intervenções viárias (Provias) e para o Programa "Caminho da Escola" destinado à compra de veículos para transporte de estudantes. (Leia mais no Estadão)
Desmatamento da Amazônia é o menor já visto, diz governo
Dados confirmam projeção de que taxa de 2009 será a menor em 20 anos, afirma Minc. Satélites do Inpe revelam que, só em julho, derrubada de árvores foi equivalente a mais da metade da área da cidade de São Paulo.
Embora os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) tenham registrado o abate de árvores numa extensão equivalente a mais da metade da cidade de São Paulo em julho, o desmatamento acumulado na Amazônia em 12 meses foi o menor desde 2004, quando começou a funcionar o sistema mais rápido de detecção do ritmo das motosserras.
Esse primeiro dado é de um sistema chamado Deter, menos preciso que outro, o Prodes, que calcula efetivamente a taxa de desmatamento e é divulgado anualmente -o resultado do Prodes só sai no final do ano, mas a coleta dos dados vai de agosto de um ano a julho do outro. Os números de ontem confirmam a projeção de que o abate de árvores em 2009 será o menor da série histórica.
"O Prodes vai mostrar um desmatamento provavelmente entre 8.500 km2 e 9.000 km2. Falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
O Inpe mede o avanço da devastação da floresta desde 1988. Nesse período, a menor taxa foi medida em 91 e superou 11 mil quilômetros quadrados. A expectativa é que o desmatamento neste ano fique abaixo de 9,5 mil km2, ou seis vezes a cidade de São Paulo.
O ministro atribuiu a queda do desmatamento às ações de repressão. Só neste ano, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) bloqueou a produção em mais de 2,6 mil quilômetros quadrados desmatados ilegalmente e aplicou mais de R$ 1 bilhão em multas. "Da queda do desmatamento, 90% foram por causa de pancada", disse.
Minc defendeu o desenvolvimento sustentável como solução para a Amazônia. "Desmatamento zero ficou como o desenvolvimento sustentável e camiseta do Che Guevara. Todo mundo usa ou é a favor, sem saber direito o significado. Mas quando ajo contra o boi pirata, querem cortar o meu pescoço." (Leia mais na Folha)
MICROCRÉDITO – BANCO DO POVO REDUZ JUROS PARA 0,7% AO MÊS
O Banco do Povo Paulista (BPP), programa estadual de microcrédito, anuncia hoje a redução de juros, de 1% para 0,7% ao mês, para empréstimos concedidos a pequenas empresas e empreendedores de baixa renda. É o primeiro corte desde 98, quando o banco foi criado. O atendimento do banco será ampliado até o fim do ano para mais 48 municípios, além dos 425 já atendidos. (Folha de São Paulo)
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