Cenário global faz Planalto apostar em trégua nos juros
Avaliação é que crise ajudará o BC a trazer inflação para o centro da meta. Alta de preços deixou de ser o alvo de Dilma, que teme que o crescimento da economia brasileira siga ritmo internacional.
A piora no cenário econômico internacional reforçou a avaliação no Palácio do Planalto de que o Banco Central deve interromper a alta na taxa de juros na próxima reunião do Copom, marcada para o fim deste mês.
Segundo assessores da presidente Dilma, a inflação deixou de ser o principal problema do momento. Agora, o objetivo é evitar que a economia nacional cresça no mesmo passo da mundial.
A equipe econômica acredita que uma desaceleração mais forte no mundo vai segurar o crescimento brasileiro na casa dos 4% neste ano e facilitará o trabalho de levar a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
O governo não deve, porém, afrouxar os juros no curto prazo diante do agravamento da crise econômica na Europa e nos Estados Unidos. A queda da taxa antes de 2012 é tida como improvável.
Dilma está preocupada em reforçar a percepção de que o país está mais forte do que em 2008, na crise global, e deve proteger seu mercado.
O governo fará questão de destacar que tem armas para combater os efeitos da crise, se for necessário.
Entre elas, estão as reservas internacionais de US$ 348 bilhões e depósitos compulsórios (obrigatórios aos bancos) de R$ 420 bilhões, que podem ser liberados para combater a falta de crédito, como ocorreu em 2008.
O governo destaca o fato de o câmbio ter sido menos atingido pelas turbulências da última quinta-feira do que a Bolsa, que sofreu mais com a aversão ao risco e a queda nos preços das commodities.
Por isso, a equipe de Dilma aposta que o dólar, mesmo com um cenário mais adverso, não deve subir tanto quanto em 2008, quando foi de R$ 1,60 para R$ 2,50.
JUROS -- Após cinco altas seguidas, que levaram os juros de 10,75% para 12,5% ao ano, o BC já havia sinalizado que o ajuste estava próximo do fim.
Agora, o Planalto não vê mais motivos para dúvidas sobre os rumos da política monetária e aposta que será possível iniciar uma redução dos juros no próximo ano.
Em conversas com o mercado, a diretoria do BC não crava que interromperá a alta de juros, mas avalia ter tido sucesso nas últimas ações.
Primeiro, ao dar "garantia" ao mercado de que os juros subiriam quando passou a divulgar que o ajuste na política monetária seria por tempo "suficientemente prolongado". Com isso, fez as expectativas de inflação cair.
Depois, ao retirar a expressão na última ata do Copom, acabou com essa "garantia". A avaliação é que foi feito na hora certa, já que o cenário internacional só piorou.
Ontem, o IBGE divulgou que a inflação de julho ficou em 0,16%, abaixo das estimativas. Economistas esperam que o índice volte a subir mais nos próximos meses, mas estão preocupados com o cenário externo. (Folha)
Pela primeira vez na história, EUA têm a nota dos títulos de sua dívida rebaixada
AGÊNCIA DE RISCO S&P RETIRA DA MAIOR ECONOMIA MUNDIAL CONCEITO AAA COMUNICADO SOBRE DECISÃO INSINUA QUE PODE HAVER NOVO REBAIXAMENTO EM UM ANO SE NÃO HOUVER CORTES
Decisão é contestada pelas autoridades dos EUA, que tentaram convencer a agência a mudar a sua posição.
A maior economia global já não tem os títulos mais confiáveis do mundo.
A agência de avaliação de risco Standard & Poor's rebaixou ontem a nota dos papéis da dívida do governo americano. A decisão pode trazer forte impacto para as Bolsas e para a economia mundial.
O Tesouro americano contestou a decisão e tentou evitá-la, argumentando que houve erro na análise das contas americanas. O Fed (BC americano) afirmou que os empréstimos de títulos para instituições financeiras.
Pela primeira vez desde 1917, quando a agência concedeu o grau máximo de segurança, os papéis americanos, sempre considerados os mais seguros do mundo, perderam a nota AAA.
Agora, os papéis de longo prazo da dívida americana são considerados menos confiáveis que de França, Reino Unido, Liechtenstein, Holanda e Austrália, por exemplo.
Papéis americanos são o principal refúgio para investidores em momentos de incerteza, como nesta semana, quando Bolsas desabaram.
Para a Standard & Poor's, o plano de cortes fechado nesta semana pelo governo americano e pelo Congresso para elevar o teto da dívida foi insuficiente para "estabilizar as dinâmicas da dívida de médio prazo".
Disse ainda que a "eficácia, a estabilidade e a previsibilidade da formulação de políticas e das instituições enfraqueceram mais que o esperado em momento de desafios fiscais e econômicos".
Esse trecho se refere às dificuldades para governo e oposição chegarem a um acerto sobre o teto da dívida, que só foi consumado praticamente no último minuto.
A empresa colocou ainda os títulos sob perspectiva negativa, dizendo que poderá rebaixá-los novamente em dois anos, caso os cortes nos gastos sejam inferiores ao que espera e o aumento nos juros e as novas pressões fiscais não estejam de acordo com o cenário que projeta.
Há uma chance de que a decisão não tenha forte impacto, já que as outras duas grandes agências de risco -Fitch e Moody's- reafirmaram a nota americana.
Em geral, fundos que só investem em papéis AAA exigem que eles recebam a classificação por pelo menos duas das três gigantes.
Porém, pode haver forte efeito psicológico num momento em que crescem as dúvidas sobre a economia. Também não se sabe se investidores exigirão rendimento maior para aplicar nos títulos dos EUA. O Brasil é o terceiro maior credor do país. (Folha)
Justiça Federal condena empresário e auditor da Receita por corrupção
O empresário mineiro Ricardo Rodrigues Nunes, sócio da Ricardo Eletro, uma das maiores redes varejistas do país, foi condenado em primeira instância a 3 anos e 4 meses de reclusão por corrupção ativa. Ele é acusado de ter pago propina a um auditor da Receita Federal do Brasil em São Paulo para que sua empresa não sofresse autuação fiscal. O auditor, Einar de AlbuquerquePismel Júnior, foi condenado a 4 anos de prisão e está preso desde setembro do ano passado. Da sentença da Justiça Federal ainda cabem recursos ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região e aos tribunais superiores.
A denúncia foi apresentada à Justiça em 5 de novembro de 2010 pelo Ministério Público Federal, que acusou Nunes e Albuquerque de terem cometido os delitos de corrupção ativa e corrupção passiva, respectivamente. No dia 13 de junho deste ano, o juiz Hélio Egydio Nogueira, da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, condenou ambos por crime de corrupção.
De acordo com a sentença do juiz da primeira instância, Nunes teria cometido o delito previsto no parágrafo único do artigo 333 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 2 a 12 anos e multa para quem "oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício". Já Albuquerque, segundo a sentença, teria cometido o delito previsto no parágrafo único do artigo 317 da lei, que prevê a mesma pena de reclusão para quem "solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem".
Ricardo Nunes já recorreu da sentença ao TRF e responde ao processo em liberdade. Einar de Albuquerque também já recorreu ao tribunal e sua defesa ainda tenta obter um habeas corpus para libertá-lo - ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal em 23 de setembro do ano passado com R$ 50 mil e US$ 4 mil em espécie ao sair da sede da Ricardo Eletro no bairro de Indianópolis, em São Paulo.
O advogado de Ricardo Nunes, o criminalista Nélio Machado, disse ao Valor que seu cliente vinha sendo pressionado a dar dinheiro para conseguir algo remoto, que não existia concretamente. "Não há um crime sem que haja um fato", diz. "Para existir corrupção ativa é preciso ter a promessa de oferecimento de uma vantagem indevida, e não há prova de ato concreto." Além disso, o criminalista cita outros argumentos para sustentar sua defesa de que, do ponto de vista jurídico, o episódio não teria consistência. "O processo descumpriu a regra constitucional do devido processo legal, pois não tivemos acesso a nenhuma investigação aberta contra o auditor, que seria o chefe de uma quadrilha que extorque empresários", afirma. "Tenho absoluta confiança de que Ricardo é vítima de uma extorsão comum no país", diz. Procurado pelo Valor, o advogado de Einar de Albuquerque, Carlos Eduardo de Oliveira Pereira, afirmou apenas que não se manifestaria em função da obrigação ética de sigilo que tem com seu cliente e que o processo está em segredo de justiça.
O processo aberto pelo Ministério Público Federal contra Ricardo Nunes e Einar de Albuquerque tramita em segredo de justiça na primeira instância da Justiça Federal em São Paulo, o que permite que seja consultado apenas pelos réus e seus advogados. No entanto, o Valor teve acesso aos autos de dois habeas corpus impetrados pela defesa de Albuquerque no TRF da 3ª Região. Esses recursos, que não correm em segredo de justiça - ou seja, estão disponíveis ao público e foram consultados pela reportagem no balcão de atendimento da subsecretaria da segunda turma do tribunal - contêm informações sobre o processo que corre na primeira instância e a sentença completa do juiz Hélio Egydio Nogueira, que condenou Nunes e Albuquerque. Outros quatro habeas corpus impetrados pela defesa de ambos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) também contêm informações sobre o processo e suas decisões estão disponíveis para consulta pública nas páginas dos tribunais na internet.
O empresário Ricardo Nunes abriu sua primeira loja, de apenas 20 metros quadrados, em 1989. Hoje tem 260 filiais da Ricardo Eletro em nove Estados do país. Desde 2007 a rede, atualmente auditada pela Price, estuda abrir seu capital e vem se preparando para isso. No ano passado, a empresa uniu-se à rede baiana Insinuante e ambas formaram a Máquina de Vendas. Após duas novas fusões - com a mato-grossense City Lar e a pernambucana Eletro Shopping -, a Máquina se tornou a segunda maior rede de varejo do país, atrás apenas do Grupo Pão de Açúcar.
De acordo com a sentença da Justiça Federal, de 34 páginas, a Ricardo Eletro, pelo seu porte, é considerada um contribuinte sujeito a acompanhamento diferenciado pela Receita Federal. Após detectar indícios de irregularidades nas informações prestadas pela empresa ao fisco em 2004 - o valor gasto com a compra de mercadorias para revenda teria sido superior à receita declarada pela empresa no mesmo ano -, a Receita Federal programou uma fiscalização relativa a tributos federais na companhia. O mandado de fiscalização foi emitido em dezembro de 2007 a um auditor da equipe coordenada por Einar de Albuquerque.
Ainda conforme a sentença da Justiça Federal, durante a fiscalização, a superintendência da Receita em Belo Horizonte teria recebido uma denúncia anônima que relatava sonegação de tributos pela Ricardo Eletro por meio da contabilização das vendas superiores a R$ 400,00 pelo custo de aquisição das mercadorias. A denúncia foi encaminhada em junho de 2008 a Albuquerque, que, segundo o texto da decisão, "quedou inerte". De acordo com o juiz Hélio Egydio Nogueira, a ação fiscal em relação ao conteúdo da denúncia anônima não prosperou porque Einar de Albuquerque teria feito um acordo com Ricardo Nunes.
Albuquerque e outros auditores fiscais lotados em São Paulo já vinham sendo investigados pela corregedoria-geral da Receita Federal diante de indícios de que seu patrimônio seria incompatível com seus salários. No caso de Albuquerque, a sentença do juiz afirma que ele teria omitido bens nas declarações de Imposto de Renda e que ele e sua esposa teriam adquirido diversos imóveis entre junho de 2007 e janeiro de 2010 por valores maiores do que os declarados ao fisco. Além disso, a movimentação financeira do auditor fiscal seria "inconciliável com a renda declarada", segundo a decisão.
Diante disso, a Justiça autorizou a interceptação telefônica de Albuquerque. De acordo com a sentença, em 14 de setembro a escuta identificou o primeiro contato entre Nunes e o auditor. Após diversas ligações, ambos teriam combinado a entrega de "documentos" na sede da Ricardo Eletro em Indianópolis. Com a informação em mãos, a Polícia Federal prendeu Albuquerque em flagrante portando os valores em espécie. Conforme a sentença, em uma busca e apreensão na casa do auditor a polícia encontrou ainda R$ 109 mil, US$ 47.600 e € $ 110 mil, além de uma máquina de contar dinheiro. Procurada pelo Valor, a Receita Federal não se manifestou até o fechamento desta edição. (Valor)
Fraqueza do sistema financeiro pode comprometer expansão do país
A disponibilidade de crédito é a maior fraqueza do sistema financeiro chinês pode interferir no ritmo de crescimento do país nos próximos anos. Segundo estudo do BlackRock InvestmentInstitute - braço de pesquisa da empresa de gestão de recursos de terceiros, BlackRock -, a taxa de poupança interna do país, principal fonte de "funding" para o financiamento de investimentos, dificilmente crescerá na mesma proporção que a expansão prevista do Produto Interno Bruto (PIB).
Desde as reformas econômicas promovidas em 1978, a taxa de poupança interna na China saltou de cerca de 34% do PIB para 53% em 2007 e caiu para 51% atualmente. Para Ewen Cameron Watt, estrategista-chefe de investimento do BlackRock Institute e responsável pelo estudo, é como se o país perdesse parte de seu potencial tendo que financiar um forte ritmo de crescimento do PIB com menos dinheiro disponível. "Funciona da mesma maneira que um carro que precisa de mais combustível para rodar uma mesma distância. O número de quilômetros andados com o tanque cheio é menor hoje do que era no passado. A economia chinesa é esse carro", diz ele, sobre a relação entre a diminuição da taxa de poupança e o crescimento do país.
Justamente por isso o BlackRock Institute já revê suas previsões para o gigante asiático: acredita em um crescimento do PIB entre 7% e 8% nos próximos anos, e não no intervalo entre 8% e 10%, como amplamente considerado pelo mercado e órgãos internacionais.
Os chineses tradicionalmente economizam grande parte do que ganham anualmente: a poupança interna dos domicílios é da ordem de 51% do PIB e equivalente a US$ 2,55 trilhões - mais de quatro vezes superior ao volume que se observa no Brasil, onde a taxa é de apenas 15,8% - e foi primordial para dar liquidez ao sistema bancário nacional.
Só que a população está mais segura quanto ao futuro e se adapta cada vez melhor ao mundo do consumo e todos os seus prazeres. Consequentemente, a taxa de depósitos começa a crescer em ritmo menos acelerado que os empréstimos concedidos, o que leva a um hiato financeiro - e qualquer tropeço na China hoje pode significar fortes trancos econômicos para o mundo.
Números do banco Goldman Sachs sobre a economia chinesa confirmam essa tendência. Em janeiro de 2010, a taxa de crescimento dos depósitos foi de 26,1% em relação a igual período do ano anterior e recuou para 15,9% em junho, ante igual período de 2010. Já a concessão de novos empréstimos avançou 29,3% em janeiro de 2010 ante igual período do ano anterior e somente 16,9% em junho.
Essa desaceleração reflete também medidas recentes tomadas por Pequim para conter o avanço da inflação. Em 6 de julho, o banco central chinês elevou a taxa básica de juro para empréstimos para 6,56% ante marcação anterior de 6,31%. Já a outra taxa básica de juro, que vale para os depósitos de um ano, ficou em 3,5%. Com inflação de 6,4% no fim de junho, a taxa real de depósito acaba negativa para o cidadão chinês. (Valor)
Cresce parcelamento no cartão
Ritmo de crescimento das compras financiadas é maior que das compras à vista no plástico.
Dividir as compras em várias prestações no cartão de crédito tem sido a forma de pagamento escolhida por muitos consumidores nos primeiros seis meses deste ano. Apesar da menor representatividade, as transações parceladas cresceram em um ritmo maior, 19,89% (de 289,2 milhões para 346,8 milhões), do que as feitas à vista, que subiram 16,26% (de 1,2 bilhão para 1,4 bilhão) no período de janeiro a julho deste ano em comparação com igual período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Isso porque os preços dos produtos e serviços aumentaram e o consumidor continuou com as suas obrigações, como gastos com alimentação, transporte, moradia, educação, e consequentemente, sobrou menos dinheiro para comprar outras coisas, o que aumentou a necessidade pelo crédito. Mas a Abecs não espera alteração para o gasto médio parcelado no cartão em julho (o dado ainda não foi consolidado), que deve continuar em R$ 274, o mesmo valor de julho de 2010. Para a Abecs, o avanço das compras parceladas é uma tendência, principalmente por conta das classes C, D eE. Segundo a associação, o mercado já percebeu o potencial desses consumidores, justamente os que pretendem usar o financiamento.
Para o vice-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-SP) e professor do Insper, José Dutra Vieira Sobrinho, o consumidor deve tentar pagar integralmente a fatura para não cair nos altos juros da modalidade, cuja taxa média é de 10% ao mês.
Caso a pessoa pague só 15% de uma fatura de R$ 1 mil, o saldo para o próximo mês será de R$ 850 mais os juros, que somam R$ 85. "É preciso organização e cuidado com os prazos longos. Pode ter um mês que você não comprou nada, mas a fatura vai mostrar parcelas de produtos comprados anteriormente", diz Sobrinho.
A dica é, sempre que possível, pagar à vista e pedir desconto. Nas lojas dos shopping centers é mais difícil conseguir abatimentos. Por outro lado, nas compras de eletroeletrônicos e no comércio de rua, o desconto pode ser negociado, explica Dutra. Pela internet, o pagamento via boleto bancário oferece desconto de 5%.
A compra com cartão faz parte da rotina de muitos brasileiros. É o caso do gráfico Carlos Eduardo Gomes, de 42 anos, que tem oito cartões de crédito. "Antigamente, você ia comprar com dinheiro e conseguia um bom desconto. Hoje, o pagamento à vista só dá 5% de desconto", reclama Gomes, que consegue pagar o valor integral de todas as faturas e só divide compras de valores altos.
A promotora de vendas Jamile Alana Lima, de 20 anos, também prefere o plástico. "Só parcelo valores maiores, como no caso dos meus dois notebooks e faço, no máximo, cinco prestações."
Cansado de pagar juros, o administrador Diego Lima, de 23 anos, decidiu se desfazer do par de cartões que usava para comprar roupas, calçados e abastecer o carro. "Usei até a semana passada, mas quebrei os dois porque pagava juros demais. Não tinha dinheiro para fazer nada, nem para sair." (Estado)
ENTENDA: O que é grau de investimento?
- Classificação: Agências especializadas como Moody's, Standard & Poor's e Fitch, classificam os países de acordo com o nível de risco para os investidores.
- Especulativos: Países considerados menos confiáveis recebem uma classificação abaixo do nível "grau de investimento". Esses países pagam mais para tomar empréstimos no exterior.
- Mais seguros: Quando os países são promovidos recebem notas no nível "grau de investimento". Isso significa que eles são seguros para o investidor.
- Como chegar lá: Para conseguir o grau de investimento, o país precisa reduzir a dívida interna e externa, melhorar as contas públicas e aumentar o comércio exterior.
- Efeito da melhora: Quando um país atinge o grau de investimento, é considerado mais seguro para os investidores e consegue tomar empréstimos com mais facilidade. (Estado)
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