“Chegou a hora de participação maciça de todos nós na política”, diz Patah
Na abertura do 3o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes, que aconteceu ontem (29/03), em Recife, Pernambuco, RicardoPatah, presidente da UGT, destacou três pontos em seu discurso e deu bastante ênfase à necessidade de as organizações sindicais brasileiras participarem diretamente das articulações políticas.
Moacyr Pereira, secretário de finanças da UGT e presidente da Fenascon, abriu o evento destacando os objetivos do Congresso de debater amplamente temas relacionados às condições de vida, trabalho e salário dos trabalhadores.
Ricardo Patah, no seu discurso, falou do projeto de lei sobre a terceirização, em tramitação na Câmara, que tem no deputado federal Roberto Santiago (PSD) o relator e principal articulador. O presidente da UGT disse que o projeto é polêmico mas é fundamental se manter as articulações que Roberto Santiago, que também é vice da UGT, tem adotado.
“Roberto Santiago foi extremamente hábil em colocar o tema em discussão e aprovar o que for possível para que a terceirização jamais volte a ser confundida com precarização, quando se deixava o setor sem lei e aberto para que os gatos e atravessadores de mão-de-obra contratassem e em seguida fugissem, deixando os trabalhadores sem nada receber, comprometendo e prejudicando um universo de 11 milhões de homens e mulheres que dependem do setor para seu sustento”, afirmou Ricardo Patah.
Ao saudar Marvin Largaspada, que veio ao Congresso como representante da Uni Global Union, entidade a que a Fenascon se filiou em novembro do ano passado, Ricardo Patah defendeu a adoção de convenções coletivas válidas em todo o território nacional, para se evitar que trabalhadores do Carrefour e WalMart, por exemplo, tenham salários e condições de trabalho diferentes em diferentes regiões do Brasil.
E encerrou seu discurso falando de política.
“Chegou a hora da participação maciça de todos nós na política . A UGT terá nas próximas eleições 300 candidatos a vereadores no País inteiro. Vamos despertar em todos nós a necessidade da participação política nas mudanças que queremos, para ter um país rico, que já é a sexta potência mundial, mas ampliando a participação dos trabalhadores nas riquezas que nós ajudamos a gerar”, concluiu.
O Congresso que se encerra hoje tem a participação de 92 entidades sindicais e 286 delegados, de todo o território nacional.
Francisco Pereira, o Chiquinho, secretário de organização e políticas sindicais da UGT, afirmou que devemos aproveitar oportunidades como o atual Congresso para ajudar o Brasil a criar condições para que os filhos dos trabalhadores da atual geração possam ter acesso à educação de qualidade que lhes garanta a oportunidade e a liberdade de escolherem a profissão que faça parte de suas vocações.
Roberto Santiago, vice-presidente da UGT e da Fenascon e presidente da Femaco, afirmou que “não dá para se ter orgulho de ser da base de pirâmide”.
“Vivemos um momento histórico em que surge a oportunidade de preparar nossos jovens para trabalhar na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas; e após esses eventos de envergadura mundial elevar a qualidade de vida dos que hoje vivem e sofrem na base da pirâmide social brasileira, vítimas de uma qualidade de vida que decididamente não nos orgulha”, disse o deputado.
Participaram ainda da mesa, Gustavo Valfrido, presidente da UGT-PE e Maria Donizete Teixeira, diretora social da Fenascon.
Representando os setores patronais estavam Ariovaldo Caldaglio, presidente do Selur e Selurb e José Alencar, representando a Febrac.
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