Fórum Social Mundial começa em busca de 'outro mundo'
(Postado por José Francisco, presidente da UGT Pará) Rodeados por 80 mil pessoas do mundo inteiro, a UGT Pará, junto com toda a executiva da UGT Nacional, vive hoje um dia de glória e de mudança na perspectiva social do Pará, do Brasil e do mundo. Quando se reúnem tantas pessoas, de várias regiões do globo, com a firme intenção de rediscutir o atual modelo econômico, de apontar saídas para a preservação do meio ambiente, para a inclusão social e de proteção às crianças e adolescentes contra a violência sexual, a gente chega a sentir a mudança. Desde sexta-feira, estamos em constantes trocas de idéias, de visões de mundo, todos somando experiências, entregas, dedicação para tornar real o nosso sonho de um mundo melhor. A cada hora milhares de pessoas estão construindo uma agenda positiva, aqui, no Pará. No primeiro dia do Fórum Social Mundial em que teremos as manifestações do presidente Ricardo Patah e de outras lideranças da UGT, em que estamos recebendo, acomodando, abraçando líderes sindicais do mundo todo, podemos afirmar que sairemos daqui muito mais fortes socialmente. E preparados para juntar forças e enfrentar essa crise financeira mundial que não é nossa e muito menos dos trabalhadores brasileiros.
Leiam as notícias a seguir: Enquanto a maior parte do mundo assiste com temor aos efeitos da crise financeira internacional, os mais de 100 mil inscritos para o 9° Fórum Social Mundial (FSM) enxergam uma oportunidade. O evento reúne representantes de organizações sociais do mundo e começa na tarde desta terça-feira (27) com uma caminhada pelas ruas de Belém (PA), cidade-sede dos debates.
O primeiro FSM foi realizado em 2001 na cidade de Porto Alegre (RS) e terminou com o slogan “Um outro mundo é possível”. Para os organizadores, após a “crise do sistema capitalista”, o desafio dos participantes da edição deste ano é tentar mostrar que mundo é este. Ou melhor, que mundos são estes, uma vez que a pluralidade é uma marca do Fórum.
“Temos a chance e o desafio de dizer o caminho. O Fórum é uma universidade aberta, onde todas as idéias são legítimas e a própria perspectiva do evento é de promover a pluralidade. Portanto, são vários mundos possíveis”, afirma Cândido Grzybowski, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), uma das 129 entidades que organizam o Fórum.
Para o diretor-geral do Ibase, a crise permitirá a “reconstrução” do modelo de desenvolvimento no mundo e o trabalho do fórum é apontar as diretrizes. “A crise abre uma possibilidade de reconstrução em cima de outras perspectivas, envolvendo a participação do cidadão e as questões ambientais”, opina.
O meio-ambiente, aliás, deve ser um dos “mundos” a provocar muitos debates. O evento acontece na Amazônia, o que, para o secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci, já traz o tema para o topo das prioridades do Fórum.
“A Amazônia não é só brasileira. A questão amazônica certamente entrará na pauta do Fórum. O presidente Lula deverá incluir esta questão em seu discurso e falar sobre o esforço ambiental do governo. O desafio da Amazônia pode e deve ser discutido, porque isto é uma questão de grande interesse”, afirma Dulci.
Apesar de ter um caráter não-governamental, o FSM terá a presença de 12 ministros e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo federal nega que haja qualquer intenção de “influenciar” o fórum e destaca que a presença dos ministros se dá devido a convite das entidades.
Segundo a organização, o Fórum já recebeu mais de 100 mil inscrições e outras pessoas poderão ainda participar do evento. São 5.860 organizacões participantes de mais de 150 países. A pluralidade e a descentralização do FSM ficam explicitas no número de atividades: 2.400. As ações acontecem em dois territórios e 18 tendas temáticas dentro das Universidade Federais Rural do Pará (UFRA) e do Pará (UFPA). Somam-se a estas atividades outras 200 ações culturais que serão promovidas por participantes do Fórum na cidade de Belém. Tudo isto até o dia 1° de fevereiro, data de encerramento do encontro.
Fórum Social Mundial reunirá cinco presidentes da AL no Pará
A nona edição do Fórum Social Mundial, que começa hoje em Belém (PA), reunirá os cinco principais presidentes de esquerda da América Latina. Mas eles devem encontrar um clima de cobranças sobre a crise econômica global e a preservação da Amazônia, afirmam os organizadores do encontro.
Estão confirmados, além do presidente Lula, Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai). Eles devem ficar na capital paraense entre quinta e sexta-feira desta semana.
A organização informou ainda que outros dois chefes de Estado latino-americanos podem participar do encontro: Óscar Arias, da Costa Rica, e Ronald Venetiaan, do Suriname.
Antes, o maior número de presidentes reunidos no fórum ocorreu em 2005, em Porto Alegre (RS), com Lula e Chávez.
"Mas não são eles que dão legitimidade a nós", disse Cândido Grzybowski, do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), um dos idealizadores do evento. "Nós que damos legitimidade a eles."
Segundo ele, os presidentes foram convidados para responder o que planejam fazer diante dos dois principais temas do fórum deste ano: a "falência" do sistema financeiro mundial e a busca de alternativas de desenvolvimento sustentável.
Para Oded Grajew, também idealizador do evento, os governantes sempre atraem a mídia, o que gera visibilidade.
Além dos presidentes, 12 ministros de Lula devem comparecer -dentre eles, Dilma Rousseff (Casa Civil), possível candidata à sucessão em 2010. (Mais detalhes na Folha)
Lula volta a dizer que concessão de crédito de bancos federais deve estar vinculada a emprego
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que as linhas de financiamento dos bancos públicos deverão estar vinculadas à geração de empregos. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor produtivo seriam condicionados à criação e manutenção de vagas.
Lula disse ainda que é preciso diminuir a burocracia para que o crédito brasileiro "volte à normalidade", avaliando que as novas ações de estímulo ao crédito e aos investimentos - tomadas na semana passada - deverão amenizar os efeitos da crise internacional.
- Acredito que vamos evitar que a crise tenha maior gravidade no Brasil. Estamos reforçando o caixa do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com R$ 100 bilhões para que ele possa não apenas incentivar novos investimentos no setor produtivo, mas ajudar nos grandes projetos que a Petrobras tem aqui no Brasil com o pré-sal - declarou.
Leia também: Petrobras planeja investir US$ 174,4 bilhões entre 2009 e 2013
Lula destacou, no entanto, que a orientação é para todos os bancos controlados pelo governo federal -Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, além do BNDES.
- Quando eles fizerem empréstimos ou crédito, que isso esteja ligado à geração de postos de trabalho, porque é o que conta para a distribuição de riqueza e para melhoria de vida das pessoas - disse Lula em seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente". (Leia mais no Globo on line)
Indústria de SP demite 130 mil e fecha 2008 com queda
Segundo dados da Fiesp, setor terminou o ano com fechamento de 7 mil vagas, pior resultado desde 2003.
O nível de emprego na indústria paulista caiu 2,72% em dezembro ante novembro na série com ajuste sazonal, segundo informou nesta segunda-feira, 26, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A queda significou o fechamento de 130 mil vagas no mês, conforme antecipou o presidente da entidade, Paulo Skaf, nesta manhã, em entrevista à Rádio Eldorado. Essa foi a maior queda para um mês de dezembro desde 2003.
Com o fechamento de vagas em dezembro, acelerado pelo agravamento dos efeitos da crise financeira internacional no País, todo o crescimento de vagas que vinha sendo registrado até outubro foi anulado. Assim, o saldo de empregos ficou negativo em 7 mil postos de trabalho em 2008. O resultado é o pior entre os dados da Fiesp que consideram a nova metodologia da pesquisa, que começam em 2003.
O fechamento de vagas em dezembro foi bem superior à previsão inicial da entidade para o mês, que era de fechamento de 80 mil vagas. Todos os 21 setores pesquisados pela Fiesp em dezembro demitiram funcionários no mês.
Confiança — dos empresários da indústria paulista melhorou na primeira quinzena de janeiro. A pesquisa Sensor, realizada pela Fiesp, ficou em 43,5 pontos. Embora o resultado seja considerado fraco, já que variações abaixo dos 50 pontos indiquem pessimismo, o dado mostra recuperação em relação à segunda quinzena de dezembro, quando o Sensor ficou em 35,1 pontos. (Mais informações no Estadão)
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