Mantega anuncia tributo sobre entrada de capital externo
(Postado por Moacyr Pereira) — O Brasil caminha para o primeiro Natal pós crise. A economia se reaquece, os empregos voltam a dar as caras, mas para os 190 milhões de brasileiros espremidos no gerenciamento de metade da riqueza e de toda a pobreza do País (já que a outra metade da riqueza fica nas mãos de apenas 190 mil pessoas) ainda falta muito a ser feito. É hora de a gente exigir de nossos governantes, de maneira direta, já que a UGT tem assentos nos principais órgãos de gerenciamento do País uma proposta de investimentos de curto, médio e longo prazos na Educação. Não dá mais para a gente suportar tanto descaso dentro das salas de aulas, contaminadas pela violência urbana, com professores mal pagos e sem a autoridade e a auto-estima estimulada. Temos que considerar Educação como um investimento na geração de médio e longo prazos de nossas riquezas. Vamos, portanto, usar o restante do ano para refletir e deixar claro o que esperamos dos candidatos nas próximas eleições. Para a gente ter claro uma proposta de Brasil para comparar com os discursos que nos chegarão direta ou indiretamente na campanha eleitoral do próximo ano.
Leia mais: Ministro explica que objetivo é evitar excesso de especulação na Bolsa e não aumentar arrecadação.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta segunda-feira, 19, a expectativa do mercado e decidiu impor a taxação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa e variável. A taxa será cobrada apenas na entrada e não terá diferença entre recurso de curto ou longo prazo.
A partir de terça-feira, 20,, os recursos estrangeiros que ingressarem no País por meio de Bolsa de Valores, título público e renda fixa terão incidência de IOF com alíquota de 2%. "Eu queria anunciar a implantação de um tributo sobre aplicações de estrangeiros na Bolsa de Valores e também nas aplicações do mercado financeiro, ou seja, renda fixa", afirmou o ministro em entrevista coletiva concedida na capital paulista. "Não haverá taxação sobre investimento estrangeiro direto (IED)", acrescentou.
O ministro ressaltou que a aplicação de impostos sobre a entrada de capital estrangeiro tem como objetivo evitar "um excesso de especulação na Bolsa de Valores e no mercado de capital em razão da grande liquidez que existe hoje no mercado internacional". Mantega disse que o Brasil é hoje um mercado muito atrativo para o investidor externo e que a medida não tem como objetivo elevar a arrecadação federal que está em queda desde o início do ano em razão da crise.
Mantega ressaltou que a medida foi tomada também para proteger a produção nacional, incentivar a volta dos investimentos e preservar o emprego dos trabalhadores. "Queremos impedir um excesso de valorização do real. Quando o real se valoriza, acaba encarecendo nossas exportações e barateando as importações e já temos um aumento expressivo das importações e as exportações não estão crescendo como deveriam", afirmou. (Leia mais no Estadão)
Dilma: País vai gerar mais de 1 mi de empregos em 2009
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que o Brasil deve gerar, no mínimo, 1,1 milhão de empregos em 2009. Em tom de brincadeira, ela disse que a previsão feita no início do ano pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estava errada. "Até setembro, foram gerados 952 mil empregos. Então, a informação do ministro de que seriam gerados um milhão de empregos até 2009 estava errada", disse Dilma, em uma reunião na qual participaram 22 prefeitos paulistas, entre outros políticos.
A ministra afirmou que a previsão de encerrar 2009 com a geração de mais de 1,1 milhão de empregos só foi possível porque o presidente Lula enfrentou a crise econômica "de maneira efetiva, pela primeira vez no Brasil". Entre as ações citadas pela ministra, que trouxeram a geração de postos de trabalho, estão o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o "Minha Casa, Minha Vida", que aqueceram o setor da construção civil.
Em discurso que durou quase meia hora, Dilma citou ainda os investimentos que serão feitos na camada do pré-sal e salientou que os recursos para a produção de petróleo e derivados não irão prejudicar a liderança brasileira no mercado de biocombustíveis. "Não vamos abandonar os biocombustíveis para que não percamos a liderança no mercado de etanol. Temos de disputar a lideranças da segunda etapa, que é o etanol celulose", reforçou. (Leia mais no Estadão)
HABITAÇÃO
Crédito para casa própria bate recorde
O volume de empréstimos imobiliários com recursos da caderneta de poupança alcançou R$ 3,6 bilhões em setembro, um recorde na história do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
O volume de financiamentos contratados no mês passado corresponde a alta de 13,3% ante o registrado em agosto.
Nos últimos 12 meses, as operações contratadas no âmbito do SBPE somam R$ 30,4 bilhões, com aumento de 4,7% ante setembro do ano passado.
Conforme a Abecip, os "dados indicam que o SBPE retomou os níveis anteriores à crise e tenderá a apresentar evolução positiva, em termos reais, em 2009, quebrando os recordes de 2008". (Folha)
Lula defende mais ação dos empresários em busca de negócios e volta a criticar Vale
Em viagem a São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira que os empresários busquem mais oportunidades de negócios e voltou a citar o presidente da Vale, Roger Agnelli. Diante de aproximadamente 300 empresários brasileiros e colombianos, afirmou que não adianta ficar sentado em uma cadeira no Rio "achando que é grande".
- Acabou o tempo em que era totalmente distante um país do outro e que a gente ficava aqui parado esperando alguém vir comprar. Eu tô vendo o Roger ali sentado. Aliás (a Vale) está fazendo investimento de US$ 380 milhões na Colômbia e pode até fazer um pouco mais, porque ouvi dizer que lá tem muito carvão. Pois até o Roger sabe que não adianta a Vale ficar achando que é grande, ficar sentado numa cadeira no Rio de Janeiro (sede da Vale) e não ir para a rua vender. É preciso disputar cada milímetro. Não existe moleza - disse o presidente, afirmando que a presidência tem emprestado o Sucatão (o antigo avião presidencial) para o ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge levar empresários brasileiros para a África para descobrir novas oportunidades de negócio.
Depois, perguntado sobre a queda de braço pela saída de Agnelli, Lula respondeu:
- Eu, como presidente, sou sempre uma pessoa de paz. (Leia mais em O Globo)
Economia aquecida promete um Natal farto depois da crise
Em Minas Gerais, serão 15,5 mil postos temporários de trabalho
O primeiro Natal depois da crise vai ser de contratações. Devem ser abertas 123 mil vagas temporárias no país, número 7% maior que no mesmo período do ano passado. Em Minas Gerais serão 15.535, o que equivale a 12,63% dos postos abertos no Brasil. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem). De acordo com o presidente da entidade, Vander Morales, o aumento das vagas está diretamente ligado ao momento econômico. "A oferta de crédito, a diminuição dos juros e a retomada da confiança do consumidor são fatores que influenciam o crescimento nas vendas, refletindo no aumento dos postos de trabalho", avalia. Em Belo Horizonte, o comércio deve abrir cerca de 7.500 vagas para temporários, segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Roberto Alfeu. "Vai ser o Natal da recuperação", diz. Ele destaca que os juros estão menores, o nível de emprego e renda aumentaram e até as condições psicológicas estão mais favoráveis. Os juros para pessoa física, por exemplo, são os menores desde 1995, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Além da conjuntura melhor, há ainda o dinheiro extra de fim de ano, como 13º salário, bônus, e a restituição do Imposto de Renda, que este ano vai entrar em massa nos últimos meses, porque o governo reduziu os primeiros lotes para compensar a queda na arrecadação pública. A Cia do Terno é uma das empresas que já iniciou o processo seletivo. A companhia vai contratar 190 pessoas para 91 lojas . "Estamos no estágio de seleção. Até 15 de novembro estaremos com o quadro definido", diz o sócio da empresa Bernardo Magalhães. O aumento de pessoal visa a garantir bom atendimento ao consumidor nos dias de maior movimento. A expectativa da empresa é vender cerca de 420 mil peças para as festas de fim de ano, aumento de 5% em relação a 2008. Os produtos mais procurados são ternos, camisas 100% algodão e gravatas de seda. A Cacau Show já contratou 130 pessoas para a fábrica, que fica no interior de São Paulo, e vai abrir seleção para cerca de 2.000 pessoas nas lojas. Em Minas Gerais, onde a rede tem 95 unidades, serão cerca de 230 vagas. "Na fábrica, já começamos o Natal há um mês e meio. Agora, o ritmo vai a todo vapor e começamos a selecionar o pessoal para as lojas", diz o gerente de marketing, Stefenson Soalheiro. Na fábrica, os temporários ficam de julho a dezembro, mas alguns podem garantir vaga até a Páscoa ou mesmo em definitivo, após o Natal. (Leia mais em O Tempo)
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