Estamos vencendo a Copa do Mundo da Subnutrição Infantil
(Postado por Roberto Santiago, vice-presidente da UGT, licenciado) Nesta semana decisiva na Copa do Mundo, venho dividir com vocês uma outra copa que estamos vencendo ao longo dos anos e que precisa ser lembrada porque seus gols quando são feitos contra ou a favor, são feitos de maneira silenciosa. Nesta semana, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde constatou que a desnutrição infantil caiu cerca de 62% no Brasil em crianças menores de cinco anos, entre 2003 e 2008. Com isso, a taxa passou de 12,5% (2003) para 4,8% (2008). O mesmo estudo constatou que o déficit de altura por idade também baixou de 20% para 14%.
Os gols desta luta pela vida são decididos através da implantação de políticas públicas, da combinação do Bolsa Família com geração de rendas para as famílias, com o envolvimento do Estado nas suas várias extensões através da escola, dos hospitais, através do Sistema Único de Saúde (SUS), dos professores e nutricionistas. Com a mobilização dos pais, mães e das comunidades.
Os indicadores de desnutrição infantil referem-se aos usuários do SUS e foram divulgados no Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição nesta semana, em Brasília. O seminário tem como um dos principais pontos a discussão e revisão da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan), com a participação do governo e especialistas.
A Pnan completa uma década em 2010. Segundo o Ministério da Saúde, uma das principais ações é o monitoramento nutricional de crianças com até dez anos. Atualmente, 4,5 milhões de crianças são acompanhadas pelos profissionais de saúde do SUS.
Para combater a desnutrição, o Ministério da Saúde, entre outras ações, disponibiliza anualmente pelo SUS 1,6 milhão de frascos de xarope de sulfato ferroso e 191 milhões de comprimidos de sulfato ferroso, 131 milhões de comprimidos de ácido fólico e mais de 3,9 milhões de cápsulas de vitamina A. Todos esses suplementos alimentares podem ser obtidos gratuitamente pela população.
"Esses produtos garantem o nível adequado de nutrientes às pessoas, mantendo o peso das crianças dentro de padrões recomendados pela Organização Mundial da Saúde", explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do MS, Ana Beatriz Vasconcelos.
Um dos principais motivos da diminuição da desnutrição infantil é a ampliação da cobertura do Programa Saúde da Família, responsável pela atenção básica da população. As equipes que acompanhavam 31,30% dos habitantes da região Norte (4,2 milhões de pessoas), em 2003, hoje acompanham 50,8%, ou 7,7 milhões de cidadãos.
No Nordeste a cobertura era de 50,5% em 2003 e passou para 71,6% em 2010. Isso representa um aumento do atendimento de 24,6 milhões para 38 milhões entre 2003 e 2010.
Atualmente, mais de 20 mil unidades básicas de saúde acompanham as condições alimentares dos brasileiros. São atendidas 6,7 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O monitoramento nutricional e o fornecimento gratuito de suplementos, garantidos pelo Ministério da Saúde, vão ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
"O combate à desnutrição de crianças é imprescindível tanto para erradicar a fome quanto para diminuir a mortalidade infantil", avalia Ana Beatriz Vasconcelos. Por isso, esses dois ODMs devem ser alcançados antes do prazo estipulado pela ONU.
Leiam, por favor, o clipping do dia:
93% das categorias conquistaram aumentos reais em 2009, revela Dieese
Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base
Apesar dos efeitos que a crise internacional impôs à economia brasileira, a partir do último trimestre de 2008, nada menos do que 590 categorias de trabalhadores - 93% do total de 635 categorias pesquisadas - conquistaram aumento real de salários nas negociações que mantiveram com as empresas no ano passado revelou, na última sexta-feira (18), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.
Luís Ribeiro, o técnico do Dieese responsável pela pesquisa, disse que 6% dos reajustes se deram sobre pisos salariais de até R$ 465 e outros 25% entre R$ 465 e R$ 500. A faixa de R$ 500 a R$ 600 representou 37% dos pisos reajustados. De R$ 600 a R$ 700, quase 15%. A faixa de R$ 700 a R$ 800 representou 7% dos pisos pesquisados. Negociações sobre pisos superiores a R$ 800 representaram 10% do total.
De acordo com o analista, o sucesso na maioria das negociações está diretamente ligado à conjuntura econômica de crescimento e ao aumento do número de empregos formais.
"As negociações estão conseguindo trazer para os salários esses ganhos que estão sendo vistos na sociedade".
No setor rural, que paga os salários mais baixos, 97% dos pisos salariais tiveram aumento real em 2009. Mas os maiores índices de aumento foram conquistados pelos trabalhadores nas negociações com a indústria.
O setor industrial foi o que mais concedeu aumentos reais superiores a 10%. Em contrapartida, também foi na indústria que o Dieese identificou maior perda no piso salarial.
No comércio, segundo o Dieese, houve maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real entre 2,01% a 6% acima da taxa de inflação. E no setor de serviços a pesquisa identificou a maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC, assim como a maior proporção de reajustes iguais à inflação e com aumentos reais de até 2% entre os segmentos analisados.
O Dieese ressaltou, contudo, que isso não significa que os menores pisos salariais estejam concentrados nos serviços.
Em valores absolutos, metade dos pisos ficou abaixo de R$ 540 mensais.
"Se, por um lado, é possível destacar o bom desempenho da negociação dos pisos salariais em 2009 no que diz respeito, especificamente, aos reajustes, por outro, chama atenção o fato de que os valores dos pisos ainda são fortemente referenciados pelo salário mínimo", assinala o Dieese. (Fonte: Brasília Confidencial)
Otimismo da indústria diminui, mas segue acima da média, aponta CNI
O otimismo dos empresários da indústria brasileira recuou ligeiramente de maio para junho, mas ainda permanece alto, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), calculado pela entidade, caiu 0,3 ponto, passando de 66,3 pontos em maio para 66 em junho. Trata-se da quinta queda consecutiva do indicador desde que ele atingiu o pico de 68,7 pontos em janeiro.
Ainda assim, o índice neste mês ficou 6,8 pontos acima da média histórica, que é de 59,2 pontos. O indicador vai de zero a 100 e leituras acima de 50 denotam otimismo. Foram consultadas 1.545 empresas, entre os dias 1 e 24 deste mês. Nas companhias de grande porte, o otimismo correspondeu a 67,1 pontos, maior que os 65,9 pontos registrados nas de médio porte e os 64,6 pontos verificados nas pequenas indústrias.
O gerente-executivo da CNI, Renato da Fonseca, explicou que as grandes empresas geralmente são mais otimistas porque, além de atenderem a mercados maiores, enfrentam menos dificuldades do que as médias e pequenas indústrias. A entidade ressaltou que o atual cenário positivo da economia nacional alimenta a confiança dos empresários com relação ao futuro. Apesar de recuar de 69,1 pontos em maio para 68,6 pontos em junho, o índice de expectativas para os próximos seis meses segue elevado, o que indica que a indústria vai manter o ritmo dos investimentos.
Os mais otimistas em junho são os empresários da construção civil, cujo índice marcou 66,4 pontos. O indicador da indústria de transformação foi de 65,1 pontos. (O Globo)
Tarifas bancárias têm diferença de até 275%, diz Procon
Diferença do valor cobrado em extratos mensais de conta corrente e poupança chega a 196,55%
As tarifas cobradas pelos principais bancos do País podem apresentar diferenças de até 275%, dependendo do serviço. É o que revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 24, pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), com dados de maio deste ano. Na comparação entre pacotes padronizados, que incluem um conjunto de serviços bancários básicos, a diferença de tarifa entre as instituições pode chegar a 90,48%.
De acordo com o levantamento, realizado em nove bancos (Itaú e Unibanco, na prática, já cobram as mesmas tarifas), a diferença de 275% aparece no serviço de cheque de transferência bancária: enquanto o Itaú Unibanco cobra R$ 0,40, Banco do Brasil (BB), Real, Safra e Santander cobram R$ 1,50. Já o fornecimento de extrato mensal de conta corrente e poupança custa R$ 1,45 no Banco do Brasil e no Bradesco, enquanto o HSBC cobra R$ 4,30 (diferença de 196,55%).
Nos pacotes padronizados, o maior preço é cobrado pelo Safra: R$ 20 por mês. Este valor é 90,48% maior que o do Itaú Unibanco, que cobra R$ 10,50. Segundo o Procon-SP, o valor médio dos pacotes padronizados é de R$ 14,90. Os demais pacotes que aparecem na pesquisa são do BB (R$ 13,00), do Bradesco (R$ 14,50), da Caixa Econômica Federal (R$ 15,00), do HSBC (R$ 17,00), da Nossa Caixa (R$ 12,50), do Real (R$ 18,00) e do Santander (R$ 18,00).
Por determinação do Banco Central (BC), o pacote padronizado inclui serviços de cadastro para abertura de conta, oito saques por mês, quatro extratos mensais, dois extratos referentes ao mês imediatamente anterior e quatro transferências mensais entre contas na própria instituição. Para realizar a pesquisa, o Procon-SP considerou a existência de um cliente que utiliza regularmente os principais serviços necessários para movimentação e controle de sua conta corrente. (Estado)
Dívida interna soma R$ 1,519 trilhão em maio
Crescimento de 1,79% ocorreu em função do impacto da correção dos juros no estoque da dívida e da emissão líquida de títulos.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMi) em títulos subiu R$ 26,650 bilhões em maio. Dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional mostram que a dívida alcançou, em maio, R$ 1,519 trilhão, com um crescimento de 1,79% em relação a abril. O aumento ocorreu em função do impacto de R$ 15,02 bilhões de correção dos juros no estoque da dívida e da emissão líquida de títulos, no valor de R$ 11,63 bilhões.
A parcela da dívida atrelada a títulos prefixados subiu de 32,93% para 33,65%. Já a parcela de títulos atrelados à Selic (a taxa básica de juros da economia) teve uma ligeira redução, de 35,95% para 35,70%. A participação de títulos corrigidos por índice da inflação caiu de 29,41% para 28,93%. Os títulos corrigidos pela taxa de câmbio corresponderam, em maio, a 0,66% do estoque da dívida. Em abril, essa parcela era de 0,64%.
A parcela da dívida a vencer em 12 meses subiu de 26,03% para 28,35%. Este é um indicador bastante observado pelos economistas, porque mostra a necessidade de financiamento no curto prazo. O prazo médio da dívida interna caiu de 3,43 anos para 3,36 anos.
De acordo com os dados do Tesouro Nacional, a dívida pública federal externa teve um aumento de 2,92% em relação a abril, encerrando o mês de maio em R$ 94,85 bilhões. O estoque da dívida pública federal total - que corresponde à soma das dívidas interna e externa - subiu 1,85%, o equivalente a R$ 29,34 bilhões em um único mês, alcançando R$ 1,614 trilhão.
O custo médio da DPMFi acumulado em 12 meses elevou-se de 10,76% ao ano em abril para 10,94% ao ano em maio, segundo os dados. O aumento ocorreu em função da maior variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). (Estado)
Anatel quer ampliar tarifa local na telefonia fixa
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende ampliar a definição de "área local" para as tarifas de telefonia fixa. A agência vai abrir na próxima terça-feira, dia 29, audiência pública para proposta de revisão do regulamento sobre áreas locais na telefonia fixa. A intenção da agência é ampliar ou criar mais áreas de municípios vizinhos em que poderá ser cobrada tarifa local.
Em nota, a agência informa que a proposta contempla 27 regiões metropolitanas e três regiões integradas de desenvolvimento. Se for colocada em prática, a alteração pode beneficiar até 63 milhões de usuários da telefonia fixa, segundo estudos iniciais da Anatel.
A proposta da Anatel pode beneficiar as seguintes regiões: Porto Alegre, Chapecó (SC), Curitiba, Maringá (PR), Londrina (PR), Campinas (SP), Baixada Santista (SP), Belo Horizonte, Vale do Aço (MG), Rio de Janeiro, Vitória, Distrito Federal e Entorno (DF/GO/MG), Goiânia, Cuiabá, Salvador, Petrolina e Juazeiro (BA/PE), Aracaju, Maceió (AL), Agreste (AL), Campina Grande (PB), João Pessoa, Recife, Natal, Cariri (CE), Fortaleza, Sudoeste Maranhense (MA), Teresina (PI/MA), Belém, Macapá e Manaus. (Estado)
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