UGT lamenta atitude divisionista da CUT
Em declarações ao jornal “O Estado de São Paulo”, de hoje, o presidente da CUT, Artur Henrique disse que a UGT representaria “só 5%” dos trabalhadores brasileiros. É lamentável tal atitude, claramente divisionista, quando tentava explicar para os jornalistas e para a opinião pública porque a UGT, que respeitou decisão interna, não compareceu ao ato político para apoiar Dilma Rouseff, convocado para ontem, no Pacaembu. Um hábito, que a se confirmar a lamentável declaração do presidente Artur Henrique, da CUT, prova que temos que trabalhar muito mais pela unidade democrática, pelas açoes conjuntas que exigem respeito pelas posições dos nossos aliados e parceiros de luta. A CUT sabe muito bem do potencial de representação da UGT, como consta nos registros oficiais e abertos do Ministério do Trabalho. Se apela, ao tentar diminuir a UGT é por ter à sua frente um presidente que infelizmente ainda não percebeu os novos tempos que o Brasil vive. (Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT)
Leia o clipping do dia, por favor:
Aumenta o emprego para quem tem mais de 50 anos
Aquecimento da economia e procura por profissionais mais experientes elevaram em 28,43% a contratação de trabalhadores desta faixa na região metropolitana de São Paulo no primeiro trimestre, melhor número desde 2001.
A contratação de trabalhadores com idade superior a 50 anos cresceu 28,43% na região metropolitana de São Paulo no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2009.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que 32,7 mil pessoas dentro dessa faixa etária foram reempregadas no período.O número é o mais expressivo desde 2001, quando foram contabilizados 16,8 mil registros.
Para o professor do Departamento de Economia da Unesp, Elton Casagrande, o aumento reflete o momento favorável da economia e do mercado de trabalho formal, independente da idade do trabalhador.O professor também chama a atenção para o fato de que a faixa etária de 50 a 64 anos atingiu, pela primeira vez, a casa dos 5% de representatividade entre todos os reempregados,aqueles que já tinham pelo menos um registro na carteira de trabalho e voltaram ao mercado.
Segundo Casagrande, os profissionais dentro desse perfil têm atributos favoráveis para o mercado, como experiência, estabilidade, responsabilidade e compromisso. Aliado a esse cenário, muitas empresas preferem admitir pessoas mais maduras, com postura diferente dos jovens, que demandam um custo maior de aprendizagem.
O professor Anselmo Luis dos Santos, do Instituto de Economia da Unicamp, relata que o emprego cresceu pouco nos anos 80 e 90, o que fez aumentar o número de trabalhadores que recorreram ao trabalho informal.
A melhora do emprego formal verificada nos últimos anos abriu espaço para essas pessoas que trabalhavam por conta própria. "Além do aumento de oportunidades, ocorreu uma melhora do salário, o que também acaba atraindo as pessoas que atuavam como autônomas a trabalhar com carteira assinada", ressalta.
De acordo com o diretor da Santa Gente Educação para Humanos Crescidos, Flávio Souza Ramos, o principal diferencial das pessoas com mais de 50 anos em relação aos jovens é o convívio em sociedade. "Esses profissionais se comunicam melhor do que os jovens, que falam gírias por exemplo, além de terem mais experiência de trabalho e de vida", diz. Por isso, o setor de serviços pode achar nessa faixa etária bons funcionários para lidar com pessoas.
Ramos pontua que a demanda por profissionais qualificados está grande e deve continuar. Ele cita que a Petrobrás, inclusive, está recontratando técnicos aposentados por conta da falta de capacitação de mão de obra jovem.
Novas vagas — Algumas empresas desenvolvem políticas para a contratação de pessoas da terceira idade. É o caso da Pizza Hut, que tem um programa para trabalhadores com mais de 60 anos.
Depois de dois anos e meio mandando currículos para empresas, Lucília de Souza Carinha, 71 anos, foi admitida pela Pizza Hut em 2005 e trabalha como hostess (recepciona os clientes) da unidade de Pinheiros, zona oeste. Depois de lecionar e abrir uma loja, ela optou por ficar sem trabalhar por oito anos até voltar ao mercado.
"Foi uma época difícil (quando começou a procurar emprego). Poucas empresas aceitavam pessoas com mais de 40. Hoje é muito melhor e os empresários estão vendo que somos mais experientes, mais tranquilo senão damos dor de cabeça", afirma.
Centrais gastam R$ 800 mil em ato para criticar o PSDB
Cinco centrais sindicais gastaram pelo menos R$ 800 mil num evento realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, no qual reproduziram o slogan adotado pelo PT na campanha eleitoral deste ano -o de que "é preciso impedir o retrocesso".
O evento organizado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), Nova Central e CGBT (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) reuniu 10 mil pessoas.
O objetivo era fazer uma agenda de propostas que o movimento sindical quer entregar aos candidatos à Presidência. Mas os líderes adotaram um tom eleitoral e o discurso repetido por petistas contra o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.
"Nossa maior responsabilidade é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais durante a década de 90", afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique.
"Uma assembleia como esta, se fosse feita na década de 90, era para falar contra privatizações, demissões, propostas da gestão Fernando Henrique Cardoso", disse.
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que na segunda criticou o pré-candidato do PSDB, José Serra, e defendeu Dilma Rousseff (PT), ontem fez apologia do governo Lula.
"Nós temos que dizer aos trabalhadores que o projeto do presidente Lula tem que continuar, porque esse é um projeto que deu certo."
Ligada ao PT, a CUT apoiará formalmente Dilma tão logo a candidatura seja anunciada. A Força optará pela neutralidade, embora Paulinho apoie a eleição de Dilma.
O presidente da Força disse que cerca de R$ 800 mil foram gastos com a estrutura do evento (aluguel do estádio, trânsito, palco). Os gastos serão repartidos entre as centrais, que esperavam 30 mil pessoas no estádio.
No mês passado, as cinco centrais receberam R$ 70,2 milhões da União por meio do imposto sindical. (Folha)
Governo anuncia nova metodologia para o seguro acidente de trabalho
O governo anunciou acordo com empresários e trabalhadores para implantar nova metodologia de cálculo para o Seguro Acidente de Trabalho (SAT). As novas regras entram em vigor em setembro, valendo para 2011, e reduzem custos para empresas onde trabalhadores adoecem menos, penalizando onde há maior volume de acidentes.
Dados do Ministério da Previdência Social apontam que ocorre uma média anual de cerca de 3 mil mortes e 8 mil aposentadorias por invalidez permanente, causadas em ambiente de trabalho no país.
Em 2009, esses sinistros custaram R$ 14,2 bilhões à Previdência, enquanto as empresas contribuíram com R$ 8,1 bilhões. A diferença é coberta por recursos da União. Dados anteriores mostram que desde 2003 o INSS cobre, pelo menos, 40% dessa conta.
Em função disso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta há sete anos alterar o modelo do seguro. Discussões com empresários e trabalhadores levaram o governo a implantar, em 2007, o Fator de Acidentário de Prevenção (FAP), para um cálculo mais equânime do SAT.
Mas tanto as empresas como os trabalhadores não gostaram da fórmula final, e a medida já foi vítima de duas ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), de parte das confederações da indústria (CNI) e do comércio (CNC), além de cerca de 7 mil processos administrativos e 250 ações judiciais.
Hoje, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, anunciou que o Conselho Nacional de Previdência Social alterou a metodologia do FAP, que serve para o cálculo do seguro. Segundo ele, houve anuência de empresários e trabalhadores e a medida não representa fraqueza do governo.
- Não há recuo, nem atendimento a pressões. Estamos aprofundando o diálogo. Antes, era uma mera indenização por perda de capacidade laboral ou por mortes, para empresas mal intencionadas. Agora, passa a ser um instrumento de proteção dos trabalhadores - disse Gabas, titular da pasta há dois meses.
O secretário de Políticas de Previdência Social, Fernando Rodrigues, explicou que "a nova metodologia consegue distribuir, melhor, os riscos. O FAP passa a ser um instrumento modulador", disse. Ele explicou ainda que a polêmica gira mais em torno da metodologia do fator do que em relação à cobrança.
- O FAP passa a ser um diferencial para as empresas que sonegam e as que não sonegam - continuou o secretário. O FAP, na verdade, está em vigor desde janeiro deste ano. Mas a partir de setembro terá mudanças na metodologia de cálculo, valendo para ocorrências entre 2007 e 2008.
As empresas sem qualquer registro de acidentes de trabalho, por exemplo, terão reduzidas à metade, as alíquotas incidentes para o cálculo do seguro (1%, 2% e 3% da folha salarial, dependendo de setor e portes). Cerca de 350 mil empresas devem ser beneficiadas, de imediato.
Já aquelas que sonegarem informações sobre o tema ou que registrarem aumento forte da sinistralidade laboral, terão suas alíquotas dobradas pelo FAP, resumiu o diretor de Saúde da Previdência, Remígio Todeschini.
Segundo ele, das 4,5 milhões de empresas cadastradas no país, cerca de 952 mil médias e grandes estão obrigadas a pagar o seguro. O restante está no rol de isentos por estarem no Simples, atividade rural e outros. (O Globo)
Massacre põe em xeque bloqueio a Gaza
Egito reabre fronteira com território; ONU condena atos e pede investigação; ativistas mandam mais navios
A política israelense de bloquear a faixa de Gaza voltou a ser alvo de duros questionamentos após o ataque no qual nove ativistas que integravam uma frota que pretendia levar ajuda humanitária ao território palestino foram mortos por soldados israelenses.
Ontem, o movimento Gaza Livre anunciou que enviará novos navios para tentar furar o bloqueio a Gaza. O Egito decidiu abrir a passagem que liga Gaza ao país, fechada desde a chegada ao poder do grupo extremista Hamas, em 2007. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrou o fim do bloqueio ao território.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução que condena os "atos" que levaram à morte dos ativistas e pede investigação independente. O premiê turco, Recep Tayyp Erdogan, disse que Israel deve ser "castigado" pelo "massacre sangrento". (Folha)
Consumo de classes C, D e E crescerá 7% ao ano até 2012
Estudo da Fecomercio diz que ritmo de crescimento de consumo de emergentes é o dobro das classes A e B. Gastos com habitação vivem expansão e há novas prioridades; regiões Norte e Nordeste lideram expansão.
O consumo de produtos e serviços nas classes C, D e E deve crescer em um ritmo que é o dobro do esperado para as classes A e B, segundo estudo feito pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).
A projeção considera que o crescimento do consumo das famílias de faixas de renda até dez salários mínimos (R$ 5.100) deve se manter entre 7% e 8% ao ano no período de 2010 a 2013.
Entre as famílias com renda superior a dez mínimos, o ritmo de expansão do consumo deve ser de 4% ao ano até 2013. Os cálculos levam em conta previsões de crescimento do PIB.
A dinâmica do consumo na classe média tem passado por mudanças nos últimos anos e deve se sofisticar cada vez mais, avalia Fabio Pina, economista da Fecomercio.
A alimentação representa 17% nas despesas de todas as famílias, que chegaram a R$ 93,2 bilhões, segundo dados do IBGE atualizados para 2006. Nas classes C e D, esse peso é maior -chega a 23% e 27%, respectivamente.
Cerca de 30% das despesas totais das famílias foram destinadas para a habitação -os gastos com esse item em todas as faixas de renda chegaram a R$ 27,8 bilhões.
MUDANÇA DE CONSUMO — "Esses padrões devem mudar nos próximos anos, tanto por região como por itens de consumo. O consumo nas regiões Norte e Nordeste deve crescer mais proporcionalmente do que no Sul e no Sudeste. Mas haverá uma mudança significativa no que se consome", diz Pina.
"O consumo de arroz e feijão não vai mudar. Mas itens como habitação devem ter ganho de espaço entre as famílias, especialmente as de menor renda, que têm mais acesso a crédito e podem se beneficiar de empreendimentos mais econômicos."
Para a Fecomercio, mantido o ritmo de expansão de consumo das famílias, a questão que deve ser debatida é como se pretende sustentar esse crescimento. O estudo projeta que o consumo das famílias pode atingir R$ 2,42 trilhões até 2013 e R$ 3,29 trilhões em 2020.
"Como a tendência é de os gastos do governo e os investimentos privados crescerem acima do PIB, pode haver deficit internacional, já que o país terá de recorrer a financiamento externo para se financiar ou haverá aumento da inflação." (Folha)
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