Sindicato consegue liminar que impede abertura de supermercados em SP no feriado
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (filiado à UGT) informou nesta quinta-feira que conseguiu liminar na Justiça para impedir a abertura dos supermercados no feriado do Dia da Criança, em 12 de outubro, na cidade. A entidade representa 450 mil trabalhadores na capital paulista.
Segundo o sindicato, a juíza Cleusa Soares de Araújo, da 68ª Vara do Trabalho de São Paulo, acatou ao seu pedido, e "entendeu como legítima as reivindicações dos comerciários de São Paulo".
De acordo com a entidade, os trabalhadores estão sem convenção coletiva desde o dia 31 de agosto por não ter sido fechado um acordo com o sindicato patronal, "mesmo assim estão sendo pressionados pelas empresas a trabalharem no feriado do dia 12".
Ricardo Patah, presidente do sindicato, diz que os comerciário que trabalham em 90 mil pontos de venda não podem ser obrigados a trabalharem no feriado, "pois de acordo com o artigo 6º da lei federal 10.101, de 2000, o trabalho nesses dias só será admitido caso haja acordo entre patrões e trabalhadores.
EMPECILHOS — O que emperra a assinatura da convenção coletiva entre trabalhadores e empregadores são duas reivindicações feitas pela categoria, segundo sindicalistas que acompanham as negociações salariais.
A primeira é o reajuste de 9% nos salários, que hoje são, em média, de R$ 1.000 por jornadas de trabalho que chegam a cerca de 52 horas semanais, segundo informa o sindicato de São Paulo. "Já concordamos que, se houver reajuste de 8%, assinaremos a convenção coletiva, mas recebemos contraproposta de 7% de reajuste, que é considerada baixa. O comércio tem conseguido bom desempenho e pode atender o reajuste pedido. Os metalúrgicos têm recebido 10% de reajuste salarial", afirma Patah.
O segundo ponto que dificulta o acordo é a concessão de três dias a mais de folga por ano para empregados que trabalham no esquema 2 x 1 - ou seja trabalham durante dois domingos e folgam um. "O direito foi conquistado há anos e a categoria não abre mão", diz Patah.
A Folha não localizou representantes do setor patronal para comentar o assunto. (Folha)
Mais de 8.200 agências bancárias não abriram nesta quinta, diz Contraf
Em nova assembleia, categoria decidiu permanecer em greve. Paralisação é a maior das últimas duas décadas, segundo a entidade.
Nesta quinta-feira (7), o bancários fecharam 8.280 agências em todo o país, segundo dados enviados pelos sindicatos até as 18h para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Os profissionais da categoria realizaram nesta quinta a terceira assembleia, na qual foi ratificada a decisão de permanecer em greve. Uma nova assembleia será realizada na próxima quarta-feira (13).
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) enviou nesta quinta uma carta para a Contraf, em resposta ao ofício enviado pela entidade na segunda-feira (4). Segundo a Contraf, a carta da Fenaban não apresenta nova proposta e também não marca nova rodade de negociações.
Em nota enviada à imprensa, a Contraf afirma que encaminhou novo ofício à Fenaban, propondo que a entidade patronal marque data, local e horário para que os bancos possam apresentar uma proposta para acabar com a greve. A oferta inicial da Fenaban é de reposição da inflação (4,29%).
O levantamento de agências fechadas feito pela Contraf indica que a greve deste ano já é a maior das últimas duas décadas, superando, inclusive, a de 2009, quando os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior pressão do movimento.
Em greve por tempo indeterminado desde o dia 29 de setembro, a categoria reivindica reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos. (G1)
CNI eleva projeção do PIB 2010 para 7,5%
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 7,2% para 7,5%. No entanto, o Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado hoje pela entidade, manteve em 12,3% a taxa esperada de expansão do PIB industrial em 2010, assim como o crescimento de 24,5% na formação bruta de capital fixo.
Além disso, a taxa de desemprego projetada pela CNI também deve continuar em 7%, assim como na projeção feita no fim do segundo trimestre. Segundo o documento, o consumo das famílias deve crescer 7,6% em 2010 ante estimativa anterior de 7,3%.
IPCA — A CNI reduziu para 5% a estimativa de inflação, medida pelo IPCA, em 2010. No trimestre anterior, a projeção da CNI era de 5,4%.
O documento também rebaixou a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) ao final deste ano, para a taxa atual de 10,75% ao ano ante uma estimativa anterior de 11,5%. A CNI ainda revisou a expectativa para o déficit público nominal, elevando a previsão para 3,1% do PIB ante 2,95% estimado anteriormente.
Além disso, o superávit primário deve ficar em 2,35% do PIB em 2010 de acordo com a CNI, que antes previa uma economia para o pagamento dos juros de 2,6%. Por fim, a dívida líquida pública deve fechar o ano em 41% do PIB na projeção da CNI, ante a estimativa anterior de 40,9% do PIB.
Câmbio — Para o câmbio, a CNI rebaixou a projeção para a taxa de câmbio média em dezembro deste ano de R$ 1,79 para R$ 1,70, de acordo com dados divulgados hoje no Informe Conjuntural do terceiro trimestre.
Apesar disso, a estimativa da entidade para as importações em 2010 manteve-se em US$ 180 bilhões, enquanto a projeção das exportações aumentou de US$ 190 bilhões para US$ 192 bilhões. Com isso, a previsão para o saldo comercial no ano aumentou de US$ 10 bilhões para US$ 12 bilhões. Contudo, a estimativa para o saldo em conta corrente continua negativa em US$ 54 bilhões. (Estado)
Varejo contesta taxa de 2% cobrada por setor de cartões
A nova briga dos comerciantes com a indústria de cartões de crédito e débito é a cobrança da taxa de 2% sobre o valor do bem adquirido pelo consumidor com o cartão nos pagamentos à vista. O que os varejistas desejam é que o pagamento pelo uso do cartão de débito seja fixo - uma tarifa, e não uma taxa. O pleito foi feito à associação do setor, que imediatamente negou a possibilidade, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes e Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. Os comerciantes também acionaram o Banco Central (BC), que teria prometido uma avaliação sobre o tema.
"Muitos países já operam dessa forma", comparou Pellizzaro Júnior. A alegação do setor é a de que o custo da transação para a operadora é o mesmo, independentemente do valor do bem adquirido. O presidente da CNDL observou ainda que, no uso do cartão de débito, o dinheiro sai da conta do consumidor na hora, mas o pagamento só é feito ao lojista dois dias depois, com uma taxa de 2%.
Pellizzaro Júnior disse ainda considerar uma "aberração" o governo permitir que o juro do crédito rotativo dos cartões chegue a 600% ao ano. "Por isso, estamos pedindo a inclusão de divulgação de taxas de juros dos cartões também, e não só das tarifas", disse, referindo-se ao estudo do BC para tornar mais transparente a indústria de cartões.
Para ele, dificilmente a regulamentação dos cartões sairá este ano. O BC havia mencionado a possibilidade de já tratar do tema na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de setembro, mas isso não ocorreu. "Deve ficar para 2011, pois o processo eleitoral se estenderá até novembro e dezembro é um mês que não existe", brincou. (Estado)
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