José Ibrahim assume como secretário-adjunto de Formação Política da UGT
A Secretaria de Formação Política foi criada no 2o. Congresso da UGT e tem como titular Paulo Rossi e como secretário adjunto José Ibrahim.
“Depois de quatro anos de crescimento continuado da UGT vamos, junto com os demais companheiros da central, trabalhar para manter a qualidade de nossa organização e mobilização que caracteriza e diferencia a UGT”, afirma José Ibrahim.
Histórico de lutas -- José Ibrahim esteve à frente, aos 21 anos, da primeira grande greve após o golpe militar de 64, em 1968. Ele liderou a greve de mais de 3 mil trabalhadores da Cobrasma, a maior metalúrgica de Osasco, em 16 de julho de 1968. O movimento se alastrou para outras fábricas da região, entre elas, a Braseixos, Barreto Keller e Lanoflex.
Os trabalhadores na época, como agora, lutavam por melhores salários. A grande diferença era que a mobilização acontecia em plena ditadura militar. Exatamente por isso, a greve de 68 foi um marco na história do movimento sindical brasileiro.
José Ibrahim pagou um preço alto por sua determinação e posicionamento político. Foi preso, torturado e banido do Brasil. Foi exilado no Chile, Panamá, México e França. Fora do Brasil, se tornou uma das referencias mundiais do movimento sindical e político brasileiro.
Propostas -- “Vamos trabalhar para ajudar o companheiro Paulo Rossi e o presidente da UGT, Ricardo Patah, a ampliar a musculatura política da central”, diz.
José Ibrahim voltou para o Brasil meses antes da anistia, em 1979. Acompanha, de perto, todo a recente história política brasileira que nos garantiram o Estado de Direito, os rituais democráticos com eleições diretas em todos os níveis e o controle da inflação.
“A democracia é um valor universal muito mais amplo do que os rituais formais que conquistamos, temos que ampliar e aprofundar a participação dos trabalhadores através de seus sindicatos e centrais em todas as instâncias das decisões política, social e econômica do País”, afirma.
Através de seminários, workshops e muita troca de ideias, José Ibrahim pretende transferir para os companheiros e companheiras da UGT e do movimento sindical brasileiro a experiência que acumulou desde a juventude.
“Vamos trabalhar para fortalecer todo o movimento sindical brasileiro, respeitando e valorizando as várias centrais, mantendo um diálogo permanente com as diretorias dos sindicatos, para contagiar com muita democracia todas as instâncias de mobilização sindical e política”, afirma.
E conclui: “Só teremos um Brasil verdadeiramente forte quando a classe trabalhadora brasileira também for forte e tiver voz nos destinos de nosso País”. (Marco Roza, da redação da UGT)
Leia, por favor, o clipping do dia:
Juros e inflação em alta tornam mais cara dívida interna do país
Só neste ano, correções elevaram gastos do governo em R$ 98 bi.
A combinação de juros e inflação em alta deixou a dívida pública federal mais cara para os cofres públicos.
Nos últimos 12 meses, o governo gastou em média uma taxa de 12,36% ao ano para captar no mercado interno. Há um ano, esse gasto ficava em torno de 10,9%.
Apenas neste ano, a dívida já ficou 6,58% mais cara. Os juros devidos aos investidores elevaram o custo do governo em R$ 97,9 bilhões.
O principal motivo para este encarecimento foram as sucessivas altas de juros anunciadas pelo Banco Central. A chamada taxa básica Selic, definida pelo BC, subiu de 10,25% em junho de 2010 para 12,50% anteontem.
Com isso, o custo dos títulos atrelados a juros subiu 2,24 pontos percentuais no mesmo período.
Diante da perspectiva de fim do ciclo de aperto monetário, a demanda por papéis que remuneram de acordo com a variação da Selic está caindo. Em junho, eles representavam 30,91% da dívida total, menor fatia da história.
A inflação também fez o custo dos papéis subir, já que muitos deles têm correção ligada a índices de preços.
Em junho, a dívida pública chegou a R$ 1,8 trilhão. Nos últimos oito anos e meio de administração petista, o aumento foi de quase R$ 1 trilhão - atribuído por especialistas à expansão dos gastos e da máquina pública.
"O governo gasta aquilo que não tem e o crescimento brasileiro vai sendo feito com base no endividamento. O custo é alto e vai subir", diz o professor do Ibmec Ruy Quintans. (Folha)
Pacote de ajuda à Grécia será de € 109 bilhões
Haverá ainda um corte de parte da dívida grega no valor de 37 bilhões de euros e mais 12 bilhões de euros usados na recompra de dívidas. No total, o pacote chega a 158 bilhões de euros.
Entre as medidas, estão um aporte de € 109 bilhões em recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que se soma a um corte na dívida de 37 bilhões até 2014, pela contribuição direta e voluntária dos credores.
O pacote se completa com € 12 bilhões, que serão usados na recompra de obrigações gregas. Em cerca de 10 anos, a contribuição do setor privado será de 135 bilhões. Essas medidas tendem a ser consideradas pelas agências de rating como um "default seletivo", ou seja, um calote parcial.
A "participação privada" no resgate era a grande divergência entre os líderes de Alemanha, Angela Merkel, e França, Nicolas Sarkozy, e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-ClaudeTrichet.
Pelo acordo selado ontem - com anuência do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), que representa o setor financeiro -, os bancos privados terão três opções para contribuir: trocar títulos da dívida grega por novas obrigações de maturidade mais extensa (roll over); trocar obrigações por novos títulos de mesma maturidade; ou revender os papéis à Grécia por preço menos elevado que seu valor de face.
"Nós teremos uma contribuição voluntária dos credores, como desejávamos", disse Angela Merkel ao final da cúpula, em tom de alívio. "Nós consideramos essa oferta única, dadas as circunstâncias excepcionais da Grécia", confirmou o IIF.
Default. Todas as três opções de contribuição, entretanto, podem vir a ser consideradas pelas agências de rating Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch como default de pagamento, mesmo que a participação seja voluntária.
Questionado sobre se a UE estava concordando com um calote grego, Sarkozy reagiu com impaciência e ironia. "Este não é o meu vocabulário e eu não estou na direção de uma agência de rating", argumentou, reiterando: "Nós decidimos aumentar a maturidade dos empréstimos e baixar a taxa de juros. O setor privado participará voluntariamente, aumentando a duração de seus títulos".
Outra medida anunciada foi a reforma do Feef, criado em 2010, que também será encarregado, a partir de agora, de recomprar dívidas de países em dificuldades no mercado secundário - onde são negociados os títulos de segunda mão - no caso de "circunstâncias excepcionais".
Essas circunstâncias já estão reunidas no caso grego, e o fundo vai emitir eurobônus com classificação AAA para obter recursos - de até € 12 bilhões - para a recompra dos títulos pela Grécia. Além disso, o Feef passa a ter o poder de repassar recursos a países em crise para que eles recapitalizem seus bancos. (Estado)
Dólar cai ao menor preço em 12 anos e fecha a R$ 1,555
Ajuda de € 109 bilhões à Grécia, anunciada hoje pela União Europeia contribuiu para o tombo generalizado da divisa no mundo.
O dólar persistiu em baixa pelo terceiro dia ante o real e voltou ao patamar de R$ 1,55, aproximando-se do preço mais baixo desde janeiro de 1999, de R$ 1,5384. O dólar comercial fechou hoje em baixa de 0,32%, a R$ 1,555, enquanto na BM&F o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 1,5546, recuo de 0,35%. O euro comercial subiu 0,77% para R$ 2,236.
A decisão de líderes da zona do euro de apoiar um segundo plano de socorro à Grécia, anunciada em documento prévio no começo do dia, impulsionou o euro desde cedo, mas a moeda disparou além de US$ 1,44 somente à tarde, após a confirmação do acordo pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. Sarkozy também afirmou que a Linha de Estabilidade Financeira da Europa (EFSF, em inglês), o fundo de resgate europeu, ganhará autoridade para operar no mercado secundário de títulos para auxiliar nesse esforço. Por volta das 16h10, o euro subia para US$ 1,437, de US$ 1,421 ontem.
No final da tarde, os países da zona do euro informaram em um comunicado que o setor financeiro mostrou disposição em ajudar voluntariamente a Grécia e pode contribuir com um total de aproximadamente 50 bilhões de euros no período que vai de 2011 a 2014. Desse total, 12,6 bilhões de euros seriam destinados a um programa de recompra de dívida, enquanto 37 bilhões de euros serão utilizados "em um menu de opções" disponíveis para ajudar os gregos.
O salto do euro pesou contra o dólar, que se manteve em baixa ou ampliou as perdas no mercado internacional de moedas. Em relação ao real, o dólar foi pressionado ainda por ingressos de recursos, atraídos pela alta da taxa Selic (juro básico da economia brasileira) em 0,25 ponto porcentual ontem, para 12,50% ao ano, em meio à situação incerta da dívida nos EUA.
Com o dólar perto de mínimas históricas, o mercado volta a inquietar-se com possíveis medidas cambiais. O economista José Francisco de Lima Gonçalves, da Fator Corretora, disse que o próximo passo do governo deve ser uma medida mais dura, alguma restrição de prazo de permanência da aplicação no País e poderia afetar todos os fluxos, incluindo IED e renda variável. "Mas aí a situação teria de estar no limite", avalia. A adoção de novas medidas depende, segundo ele, da pressão de exportadores e de industriais sobre o governo, por causa da concorrência asiática. Contudo, a volatilidade é tão grande lá fora, que diante das incertezas, o governo se mantém na observação, não está precisando entrar em campo, bastando fazer alertas para tentar conter a baixa do dólar, disse.
Com fluxo favorável, o volume de negócios melhorou e o Banco Central fez dois leilões de compra de dólar à vista, nos quais fixou as taxas de corte em R$ 1,5558 e R$ 1,5548.
Nas operações de câmbio turismo, o dólar caiu 0,24% hoje para R$ 1,653 na venda e R$ 1,537 na compra. O euro turismo subiu 0,43% para R$ 2,347 na venda e R$ 2,207 na compra. (Estado)
Curso técnico eleva em 12% salário de jovem com formação colegial
Em um momento em que o mercado de trabalho brasileiro continua aquecido e é forte a demanda por mão de obra com qualificação técnica, o resultado de uma pesquisa da Fundação Itaú Social mostra que os jovens com diploma do ensino médio profissionalizante têm salários até 12% maiores do que aqueles que cursaram o médio regular.
De acordo com o estudo "Avaliação Econômica do Ensino Médio Profissional", a diferença de remuneração é ainda maior - de quase 20% - em favor dos trabalhadores que frequentaram algum curso técnico na área industrial, como mecânica, metalurgia, manutenção automotiva, petroquímica, entre outros. Os jovens que apostaram na educação profissional voltada aos setores agropecuário (agronomia, agronegócio), de gestão (contabilidade, administração) e de saúde (enfermaria, radiologia) recebem, respectivamente, um contracheque 13% e 9% mais gordo do que aqueles que optaram pelo ensino médio tradicional.
Baseado em microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) cruzados com informações dos censos escolares oficiais, a pesquisa também revela que dos 8,8 milhões de alunos no último nível do ensino básico nas escolas públicas e particulares do Brasil, pouco mais de 10% estão matriculados em algum curso de educação profissional. Um contingente de cerca de 1 milhão de estudantes está distribuído em cursos integrados de ensino médio tradicional e técnico (2%), concomitantes (35%) e subsequentes (60%). As escolas particulares respondem por metade das matrículas na educação profissional, enquanto as unidades estaduais ofertam 35% da vagas e as federais, 15%.
Na opinião de Lígia Vasconcellos, gerente de avaliação de projetos do grupo Itaú Unibanco, a constatação do ganho salarial maior para trabalhadores que cursaram o ensino médio profissionalizante carrega duas mensagens para os formuladores de políticas educacionais no país. "Embora o custo da educação técnica seja bem superior ao do ensino regular, o retorno em termos de salários vale o investimento. O outro recado é que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente por mão de obra de nível médio com bom nível de qualificação", diz ela.
Para o professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa Naercio Menezes Filho, economista especializado em educação, o poder público deve concentrar esforços para ampliar a rede de escolas com ensino médio tradicional integrado ao profissionalizante. "É uma política que tem tudo para dar certo e vem sendo bastante discutida no país atualmente. O ensino regular tem uma cobertura muito ampla de disciplinas, mas uma parcela muito grande dos jovens têm pouco interesse nesse tipo de formação, preferem cursos que priorizem a capacitação para o mercado", avalia Menezes Filho, para quem o chamado colegial deve ser preservado para pessoas com vocação acadêmica e interessadas em ingressar no ensino superior.
Apesar de contar com apenas seis escolas de segundo grau com ensino regular e profissional integrados, o governo do Rio de Janeiro trabalha com uma meta de unificar educação tradicional e técnica nos mais de 500 colégios da rede estadual em 20 anos. Parte dessa transformação ocorrerá em parceria com a iniciativa privada, conta o subsecretário de gestão do ensino da Secretaria de Educação, Antonio Vieira Neto.
Nesse modelo de parceria, as empresas "adotam" a escola, investindo na infraestrutura, e o Estado se encarrega do aspecto pedagógico. "Já temos experiência com a Oi para uma escola técnica focada em mídias digitais e telecomunicações, com o Pão de Açúcar para a formação de jovens para a indústria de alimentos e com a ThyssenKrupp para a área de gestão. Essas escolas têm processos seletivos muito disputados e suas notas no Ideb estão acima da média da rede estadual", conta Vieira Neto.
Mas o processo de integração das escolas estaduais de ensino médio do Rio tem pela frente um obstáculo difícil de ser superado: o alto custo. De acordo com o planejamento em andamento no sistema educacional fluminense, juntar ensino médio regular e técnico numa única escola implica ampliar o horário de aula, contratar novos professores e modernizar totalmente a estrutura dos colégios. Atualmente, o gasto por aluno do governo estadual no ensino médio regular é de R$ 2,6 mil por ano. Já o custo estimado por aluno nas escolas com as duas opções de ensino integradas é quase o dobro, de aproximadamente R$ 5 mil.
A principal estratégia do governo estadual de São Paulo nessa área é a oferta de cursos técnicos a alunos já matriculados no ensino médio regular no contraturno das aulas, medida anunciada recentemente pela Secretaria de Educação. Os programas profissionalizantes serão descentralizados ao Centro Paula Souza, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia e a instituições de ensino particulares. O Estado programou investimentos de cerca de R$ 60 milhões para criar 30 mil vagas a partir de outubro. A expectativa do governo é que até 2014, 450 mil jovens concluam o ensino médio com uma formação geral e técnica.
"Com esse modelo não foi preciso fazer um grande esforço orçamentário, mas o principal objetivo é estabelecer um projeto pedagógico unificado que contribua para melhorar a qualidade do ensino médio", conclui Lucia Helena Lodi, assessora da coordenadoria de estudos e normas pedagógicas da Secretaria de Educação de São Paulo. (Valor)
Trabalho em casa gera horas extras
O aumento na contratação de empregados para trabalhar em casa vem elevando o número de empresas que enfrentam processos trabalhistas. Empregados que prestam serviço no sistema home office vêm usando novas tecnologias - como Iphones, Skype e videoconferências - como meios de prova nos pedidos de pagamento de horas extras. Apesar de a modalidade não ser regulamentada por lei, há decisões judiciais que concedem o pagamento de horas extras quando é possível demonstrar a jornada de quem trabalha de casa. Segundo a Sociedade Brasileira deTeletrabalho (Sobratt), o número de pessoas que trabalham em home office tem crescido em média 10% ao ano.
A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por exemplo, já decidiu pelo pagamento das horas extras de um trabalhador que exercia suas funções de casa. "Por meio da prova produzida nos autos, principalmente a prova oral, o autor fazia jus às horas extras pleiteadas", afirmou o ministro relator Aluysio Corrêa da Veiga no processo. A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região também concedeu recentemente horas extras a empregado home office. Quanto às despesas domésticas, a Justiça tem entendido que a empresa deve bancar os equipamentos necessários à atividade e dividir com o empregado despesas como energia elétrica e telefone.
A advogada trabalhista Luciana Fernandes D'Oliveira, do Crivelli Advogados Associados, afirma que em geral os tribunais têm entendido que se a jornada é controlada - seja por e-mails, MSN, Skype, Iphones ou softwares que conseguem precisar em qual o momento se estava trabalhando - cabe o pagamento de horas extras se extrapolado o limite de oito horas diárias. "Houve fiscalização intensa da jornada de trabalho do empregado", afirma Luciana. O advogado Danilo Pereira, do Demarest & Almeida, porém, cita o caso de uma indústria farmacêutica em que a prova testemunhal foi mais relevante. "Um representante de vendas pleiteou horas extras com base em relatórios on-line sobre as visitas que fazia, mas o que comprovou seu direito foram os médicos que testemunharam sobre suas visitas", afirma.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que em caso de cargo de confiança e "atividade externa incompatível com o controle de jornada" não cabe horas extras. Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), Renato Henry Sant'Anna, não há necessidade de regulamentação do trabalho em casa por considerá-lo como outro qualquer, com os mesmos direitos e obrigações. "Por isso, se empregado home office trabalha mais do que a jornada legal, comprovadamente, deve receber hora extra", diz. Ele lembra que, antigamente, caminhoneiros não conseguiam receber hora extra por ter atividade externa impossível de ser controlada. "Como, hoje em dia, o GPS já permite esse controle, cabe o pagamento", exemplifica.
Por outro lado, as empresas tentam se prevenir de processos judiciais. O advogado trabalhista Marcelo Gômara, do escritório TozziniFreire, afirma que se o contrato fixa jornada das 12h às 20h e o trabalhador provar por meio de e-mails que houve atividade das 21h às 23h, isso será considerado hora extra pela Justiça do Trabalho. O advogado aconselha clientes a identificar o profissional que tem o perfil para trabalhar em casa, que lhe seja enviado um manual sobre ergonomia e alimentação durante a jornada de trabalho, e que ele assine uma declaração que garanta que vai trabalhar em um ambiente isolado, sem risco de violação da confidencialidade da empresa. "É também preciso treinar o chefe desse trabalhador a não cobrar dele o cumprimento de horários, mas de metas para evitar processos", afirma Gômara.
Apesar das discussões, até mesmo o Judiciário utiliza o trabalho home office. Da Espanha, a analista judiciária Cristiane Meireles Ortiz continua a assessorar a desembargadora federal da 4ª Região (Sul) Maria Lúcia Luiz Leiria. Como o marido da analista, um delegado da Polícia Federal, foi transferido para o exterior, ela teria direito à licença não remunerada para acompanhá-lo. "Porém, o processo eletrônico da Justiça Federal permite que seu trabalho seja feito de qualquer parte do mundo. Ela já está com 31 processos", diz a desembargadora. (Valor)
Por falta de acordo, desoneração da folha de pagamentos por ser feita setorialmente
A falta de entendimento no governo sobre a desoneração da folha de pagamento das empresas levou parte da equipe econômica a propor à presidente Dilma Rousseff que a medida seja adotada setorialmente. Entre os segmentos que poderiam ser beneficiados num primeiro momento estão os de software e construção civil - num estímulo à inovação e ao investimento, respectivamente - e as indústrias têxtil e de calçados, afetadas pelo câmbio.
Segundo técnicos do governo, na área de software, a desoneração da folha seria uma forma de dar mais competitividade à produção e de atrair grandes grupos internacionais que querem se instalar no Brasil. Cerca de 60% dos custos do setor são relacionados à mão de obra. E já existe a experiência das empresas exportadoras de software e serviços de tecnologia de informação, que pagam uma contribuição menor sobre a folha.
- O setor de software está presente em quase toda atividade econômica. A desoneração da folha é essencial para aumentar a competitividade e a força dessas empresas - afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Gérson Schmitt.
A Abes e outras cinco entidades já apresentaram ao governo uma conta que mostra que a contribuição previdenciária de 20% que hoje incide sobre a folha de pagamento equivale a 2,7% do faturamento das empresas do setor. No caso da construção civil, é em torno de 2%. Isso significa que uma eventual contribuição criada sobre o faturamento nos percentuais calculados pelos setores teria resultado neutro para a arrecadação.
É justamente a preocupação do Ministério da Previdência com o risco de prejuízos ao INSS que tem dificultado o fechamento da proposta de desoneração da folha dentro da equipe econômica. O temor é que o fim ou mesmo a redução da contribuição previdenciária sobre a folha, que hoje rende cerca de R$ 80 bilhões por ano, acabe não sendo reposta pela criação de um novo tributo sobre o faturamento das empresas. (O Globo)
Jornal britânico discorre sobre a existência de duas classes médias no Brasil
Baseado em dados fornecidos por um estudo realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o diário econômico britânico Financial Times publicou uma matéria na última quarta-feira (20) focando, sobretudo, na evolução da classe média brasileira ao longo dos anos. O texto também ressalta os impactos dos programas sociais, elaborados pelo governo, no sentido de melhora na situação dos brasileiros.
O jornal discorre sobre a coexistência de duas classes médias no Brasil: a tradicional, que tem uma renda doméstica mensal superior a R$ 5.174, e a nova classe média, que ganha entre R$ 1.200 e R$ 5.174.
Contando ainda com a análise do Professor Marcelo Néri, da FGV, o jornal afirma que o grupo inserido na nova classe média é o que mais vem se beneficiando com os programas sociais elaborados pelo governo. O acesso desses indivíduos à educação, por exemplo, permitem que eles disputem no mercado de trabalho com o grupo da classe média tradicional.
Evolução -- Desde 2003, 33 milhões de brasileiros subiram ao patamar de renda que define a nova classe média. Atualmente, 105,5 milhões de brasileiros, dos 190 milhões totais, fazem parte do grupo mencionado.
A renda dos analfabetos também melhorou, crescendo, entre 2003 e 2009, em média 37%. Se a vida dos mais pobres parece ter melhorado sensivelmente, a situação da classe média tradicional parece ter piorado. Para se ter uma ideia, neste período, a renda das pessoas com, pelo menos, superior incompleto, caiu 17%.
Nos últimos dez anos, a renda de 50% da população mais pobre avançou 68% e, ao mesmo tempo, a renda dos 10% mais ricos cresceu apenas 10% no período, observou Neri. Os números mostram claramente que a renda está melhorando de forma muito mais rápida para os grupos tradicionalmente excluídos da sociedade brasileira, como os negros, as mulheres e os residentes da periferia brasileira.
O jornal ainda mencionou os novos programas sociais lançados pela presidente Dilma Roussef, que têm como objetivo retirar cerda de 16 milhões pessoas da situação de absoluta pobreza.
A reportagem ainda avalia que muitos estão reclamando que a ajuda do governo aos pobres, por meio de benefícios e aumentos salariais, e aos ricos, com empréstimos para suas empresas, inunda a economia com dinheiro, levando à inflação. O Banco Central, por sua vez, para lidar com isso, aumenta as taxas de juros, penalizando sobretudo a classe média.
O jornal finaliza ponderando que, apesar da classe média no Brasil reconhecer a importância da redistribuição de renda, também está preocupada com o quanto isso vai custar para ela. (Infomoney)
Calendário com 13 concursos prevê a abertura de 25.571 vagas, além de cadastro de reserva
Na última semana, a Marinha abriu 800 vagas para cargos de nível médio. Já a Fundação Municipal de Saúde de Niterói anunciou 523 vagas para cargos de diversos níveis. Órgãos como Petrobras e a Empresa Brasil de Comunicação, por sua vez, continuam com as inscrições abertas para seus concursos. O prazo para participar da seleção da Secretaria Municipal de Fazenda termina hoje. No total, são 13 concursos, com 25.571 vagas, além de cadastro de reserva:
- Petrobras- A empresa vai preencher 590 vagas, sendo 442 para cargos de nível médio (24 cargos), como técnico de contabilidade, técnico de segurança e técnico de manutenção, e 148 para cargos de nível superior, entre eles de advogado, analista ambiental, analista de sistemas, arquiteto, assistente social, contador, dentista, engenheiro (petróleo, produção, naval, entre outros), estatístico, geofísico, geólogo, nutricionista e químico de petróleo. As inscrições estarão abertas até o dia 31 deste mês, no site da Fundação Cesgranrio , enquanto que as provas objetivas serão realizadas no dia 28 de agosto, com taxas de R$ 30 e R$ 45. A remuneração mínima inicial varia entre R$ 1.801,37 e R$ 2.615,86, para cargos de nível médio, e entre R$ 5.770,31 e R$ 6.217,19, para cargos de nível superior.
- Empresa Brasil de Comunicação (EBC)- O órgão recebe inscrições para seu concurso público com 537 vagas de todos os níveis de escolaridade. A remuneração varia de R$ 1.698 a R$ 5.803. Os cargos de nível médio são de técnico de operações de empresa de comunicação pública, técnico de produção e manutenção de empresa de comunicação pública e técnico de área de administração de empresa de comunicação pública. Já os cargos de nível superior são de analista de empresa de comunicação pública, jornalista e gestor de atividade jornalística de empresa de comunicação pública. As inscrições vão até o dia 7 de agosto, via internet, através dos sites http://www.cespe.unb.br/concursos/EBC2011/ , http://www.cespe.unb.br/concursos/EBC_JORNALISTA2011/ e http://www.cespe.unb.br/concursos/EBC_GESTOR2011/ . As taxas são de R$ 62 para nível superior e de R$ 37 para nível médio.
- TRF 1ª Região- O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com jurisdição nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins, abriu concurso para 29 vagas de juiz federal substituto. O salário é de R$ 21.766,16. O candidato deve ser bacharel em direito há pelo menos três anos e ter, na ocasião da inscrição definitiva, três anos de atividade jurídica, exercida após a obtenção do grau de bacharel em direito. A inscrição preliminar deve ser feita pelo site do Cespe/UnB , até o dia 31. O valor da taxa de inscrição é R$ 160. A seleção será composta por prova objetiva seletiva, duas provas escritas (prova escrita discursiva correspondente a uma dissertação e duas questões, ou a quatro questões, e uma prova escrita correspondente à lavratura de duas sentenças, em dias sucessivos, uma de natureza cível e uma de natureza penal), inscrição definitiva, sindicância da vida pregressa e investigação social, exame de sanidade física e mental, exame psicotécnico, prova oral e avaliação de títulos. A prova objetiva seletiva será realizada em 16 de outubro.
- Marinha- A Marinha do Brasil anunciou 800 vagas para profissionais de nível médio. Entre eles administração, administração hospitalar, mecânica e enfermagem. Ao fim de aproximadamente quatro meses de curso remunerado no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), no Rio, todos os aprovados serão promovidos a cabo, com vencimento inicial de R$ 1.900. O candidato deve ser brasileiro nato, ter entre 18 e 24 anos e, claro, ter concluído o Ensino Médio. As inscrições, via internet , começam no dia 1º de agosto e vão até o dia 4 de setembro. A taxa de inscrição é de R$ 20.
- Polícia Civil - RJ- A Polícia Civil do Estado do Rio publicou edital para contratação de quatro profissionais para atuarem como piloto policial da corporação. Para se candidatar ao posto é preciso ter concluído o ensino médio, não possuir antecedentes criminais, não ter títulos protestados em cartórios e possuir certificado de habilitação técnica para aeronave tipo H-350. A remuneração mensal é no valor de R$ 4.342,98. O período de inscrições começa na próxima quarta-feira e vai até 2 de agosto. A taxa de participação custa R$ 100. Para se candidatar, o interessado deverá acessar o site da FGV , preencher a ficha cadastral, imprimir a taxa e pagá-la em qualquer agência bancária.
- Secretaria Municipal de Fazenda - RJ- O órgão abriu as inscrições do concurso público para 22 vagas para analista de planejamento e orçamento, que exige nível superior em qualquer área de formação. O salário é de R$ 1.057,89. As inscrições vão até o hoje, via internet . A taxa é de R$ 60.
- Fundação Municipal de Saúde de Niterói- O órgão abriu as inscrições do concurso público para 523 vagas, além de cadastro de reserva, para diversos cargos dos níveis fundamental, médio, médio/técnico e superior. Os salários vão de R$ 705,73 a R$ 1.406,29. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 5 de agosto. no serviço de protocolo da instituição, na Rua Visconde de Sepetiba987, 9º andar, no Centro de Niterói.
- Prefeitura de Santos - SP - O governo municipal de Santos abriu 914 vagas para diversos setores da administração. No nível superior, algumas opções são analista de sistemas, arquiteto, contador, economista e farmacêutico. Os salários variam entre R$ 1.095,29 e R$ 5.107,79, incluindo os benefícios. As inscrições poderão ser feitas até o dia 28, somente via internet, por este site . A taxa de inscrição varia entre R$ 40 e R$ 75, de acordo com o nível de escolaridade exigido para o cargo pretendido.
- Banco de Brasília - O Banco de Brasília (BRB) lançou concurso público para o preenchimento de 100 vagas de escriturário e 10 de analista de tecnologia da informação. Para os candidatos portadores de deficiência são reservadas 20 vagas de escriturário e duas de analista. O processo de seleção também formará cadastro de reserva para os cargos de advogado, assistente social, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, psicólogo, auxiliar de enfermagem e técnico de segurança no trabalho. A remuneração varia de R$ 1.680 a R$ 8.013,60. O período de inscrições vai até 5 de agosto no site do Cespe/UnB . As taxas de inscrição variam de acordo com o cargo pretendido, entre R$ 40 e R$ 110.
- Secretaria de Estado de Educação - MG - O governo estadual de Minas Gerais lançou edital para realização de concurso público voltado ao preenchimento de 21.377 vagas na área de educação. Os aprovados irão atuar na sede da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e nas diversas superintendências regionais de ensino e escolas estaduais de municípios mineiros. As carreiras oferecidas são de professor de educação básica, analista educacional, especialista em educação básica, assistente técnico educacional e assistente técnico de educação básica. Os salários iniciais vão de R$ 911,90 a R$ 3.300 para jornadas de trabalho de oito a 40 horas semanais, de acordo com o cargo. As inscrições deverão ser feitas via internet, através do site da Fundação Carlos Chagas. O prazo se inicia às 10h do dia 20 de setembroe segue até as 14h de 19 de outubro. As taxas são de R$ 37,41 para os cargos de assistente técnico, e R$ 47,41 aos demais.
- Prefeitura de Ouro Preto (MG) - Foi aberto concurso para 239 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva de todos os níveis de escolaridade, desde nível fundamental incompleto até superior. Os salários vão de R$ 666,23 a R$ 7.583,10. Os cargos de nível fundamental são de operador de máquinas pesadas e leves, motorista, agente comunitário de saúde, agente de endemias, atendente de consultório dentário, auxiliar cuidador/educador, teledigifonista, auxiliar de farmácia e agente administrativo. Os cargos de nível médio são de almoxarife, analista fiscal de receita municipal, cuidador/educador, fiscal de obras de patrimônio e posturas, guarda municipal, fiscal sanitário e ambiental, cuidador de criança, secretário de escola, cadastrador da receita municipal, desenhista (cadista), técnico agrícola, técnico em análises clínicas, técnico em contabilidade, técnico em edificações, técnico em informática, técnico em meio ambiente, técnico em radiologia, técnico em segurança do trabalho, técnico em turismo, técnico em enfermagem, técnico em prótese dentária e técnico em higiene dentária. Os cargos de nível superior são de analista de sistema, administrador, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, cuidador de idosos, engenheiro agrimensor, agrônomo, civil, eletricista, florestal, geólogo, de segurança do trabalho e de tecnologia da informação, instrutor de educação física, farmacêutico/bioquímico, fisioterapeuta, auditor fiscal de receita municipal, fonoaudiólogo, historiador, jornalista, médico veterinário, nutricionista, procurador municipal, psicólogo, museólogo, terapeuta ocupacional, turismólogo, enfermeiro, médico de várias especialidades, odontólogo, pedagogo e professor de várias matérias. As inscrições podem ser feitas até o dia 27 pelo site da Fundação Conesul de Desenvolvimento . Os candidatos que não possuem acesso a internet poderão realizar as inscrições no posto de atendimento na Câmara Municipal, na Praça Tiradentes, 41, Centro, Ouro Preto (MG), de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h. As taxas de inscrição variam de R$ 30 a R$ 70. As provas objetivas para todos os cargos serão aplicadas nos dias 24 e 25 de setembro, nos turnos da manhã e da tarde, dependendo da função.
- Prodemge- A Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais abriu seleção para o preenchimento de 297 vagas de nível superior. Os cargos oferecidos são de analista/tecnologia da informação e comunicação e analista/gestão administrativa. Os salários são de R$ 2.724,28. Os candidatos devem ter curso superior em qualquer área de atuação. O prazo de inscrições será encerrado amanhã, somente pelo site da Fundação Mariana Resende Costa . A taxa de inscrição é de R$ 60.
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Alagoas- O órgão abriu as inscrições do concurso público para 129 vagas de todos os níveis de escolaridade. A remuneração varia de R$ 1.473,58 a R$ 2.989,33. Os cargos de nível fundamental são de auxiliar em administração, auxiliar de biblioteca e assistente de laboratório. Os cargos de nível médio são de assistente em administração, técnico em agropecuária, técnico em edificações, técnico em eletrotécnica, técnico em contabilidade e assistente de alunos. Já os cargos de nível superior são de administrador, analista de tecnologia da informação, arquiteto e urbanista, arquivista, assistente social, bibliotecário-documentalista, contador, engenheiro civil, engenheiro de segurança do trabalho, jornalista, médico e psicólogo. As inscrições terminam amanhã, via internet, através do site da Copeve . As taxas de inscrição vão de R$ 35 a R$ 60. As provas objetivas serão realizadas dia 4 de setembro.(O Globo)
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