Marcos Afonso de Oliveira |
Por Marcos Afonso de Oliveira, secretario de imprensa da UGT
O Brasil inteiro e a União Geral dos Trabalhadores, com seus mais de 1000 sindicatos filiados, queremos uma queda substancial na Taxa Selic, hoje. De preferencia de 1%. Pois, desta maneira o Comitê de Política Econômica do Banco Central ajustará nossos juros internos à nova etapa da crise financeira mundial, escapará da pressão dos especuladores e ajudará o Brasil e os brasileiros que produzem, que trabalham e, principalmente, aqueles e aquelas que precisam trabalhar, a gerenciar suas vidas econômicas sem muitos sustos. Até o momento, com estes juros nas estratosferas, com o cartel dos bancos e financeiras atuando impunemente nas barbas do governo e da sociedade, só o povo brasileiro perde. Perde com a transferência de renda que é repassada para os cofres dos bancos e financeiras, que arbitram, sem pudor algum, as próprias taxas de juros. Por isso, mais do que a queda da Taxa Selic é importante que vigiemos também o repasse dessa queda para a produção e para as finanças pessoais. Os trabalhadores e a classe média brasileira precisam de crédito para a casa própria, para financiar a Educação dos seus filhos e para adquirir seus bens. Com a atuação impune dos bancos que fazem o que bem querem com a moeda que reflete a riqueza do País, riqueza que nós geramos, somos as vítimas preferenciais deste sistema. É hora de queda acentuada na Taxa Selic. E de se ampliar o controle social e governamental sobre a atuação dos bancos e financeiras, com o repasse urgente do novo patamar de juros, que queremos cada vez mais baixo, para quem trabalha e produz neste nosso querido Brasil.
Leia o clipping de hoje, por favor
Custo de mão de obra na construção dispara
Escassez de pessoal provoca elevação de salários; projetos de infraestrutura acirram competição por profissionais. Mestre de obra com boa qualificação já ganha de R$ 12 mil a R$ 18 mil em SP; pedreiro recebe até R$ 5.000 mensais.
O aumento de custo da mão de obra empregada na indústria da construção civil brasileira já bateu recorde em 2011. Isso, sem que boa parte das obras da Copa de 2014 tenha começado. A previsão da indústria é que as construções relacionadas ao Mundial comecem em 2012. De janeiro a agosto, a despesa com mão de obra cresceu 10,22%. É a primeira vez, desde 2008 -quando a metodologia de cálculo para esse indicador foi alterada-, que o percentual do crescimento do custo médio nacional da mão de obra alcança dois dígitos.
"Esse é, de longe, o indicador que mais tem puxado o custo global da construção civil nos últimos meses. A questão virou a principal preocupação do setor", diz Luís Fernando Mendes, economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A razão para esse fenômeno é simples. A indústria desmobilizou mão de obra no longo período em que houve escassez de projetos. A demanda por profissionais vem de várias frentes.
O aumento da renda das famílias estimulou a pequena construção, os chamados "puxadinhos".
A oferta de crédito deu novo impulso à construção habitacional, turbinada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Obras de infraestrutura listadas no PAC começaram a sair do papel. Estádios, saneamento e mobilidade urbana para a Copa engrossaram a fila de projetos.
O setor da construção civil emprega atualmente 2,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Estima-se que haja ainda no país outro 1,5 milhão de informais.
Hoje, a média salarial de um trabalhador da construção civil no Brasil é de R$ 1.398,80, segundo o IBGE. Na capital paulista, o piso salarial para trabalhadores não qualificados é de R$ 910,80 e o qualificado de R$ 1.086,80.
Mas a renda já alcança níveis maiores. Segundo o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, já há mestres de obras que ganham entre R$ 12 mil e R$ 18 mil em São Paulo, ou pedreiros com renda mensal de R$ 4.000 a R$ 5.000.
SONDAGEM -- Pesquisa divulgada ontem pela CBIC e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que a escassez e o custo da mão de obra são os dois gargalos que devem atrapalhar a execução das obras da Copa do Mundo.
"A indústria está treinando gente, mas ficamos dez anos parados. Agora o setor vive um novo ciclo que deve durar 10 anos", afirmou Renato Fonseca, gerente-executivo da CNI.
Diante dessa situação, o atraso nas obras da Copa do Mundo acabou sendo "providencial". De acordo com Mendes, do CBIC, a indústria da construção não teria como atender a demanda. (Folha)
Escassez de pessoal provoca elevação de salários; projetos de infraestrutura acirram competição por profissionais. Mestre de obra com boa qualificação já ganha de R$ 12 mil a R$ 18 mil em SP; pedreiro recebe até R$ 5.000 mensais.
O aumento de custo da mão de obra empregada na indústria da construção civil brasileira já bateu recorde em 2011. Isso, sem que boa parte das obras da Copa de 2014 tenha começado. A previsão da indústria é que as construções relacionadas ao Mundial comecem em 2012. De janeiro a agosto, a despesa com mão de obra cresceu 10,22%. É a primeira vez, desde 2008 -quando a metodologia de cálculo para esse indicador foi alterada-, que o percentual do crescimento do custo médio nacional da mão de obra alcança dois dígitos.
"Esse é, de longe, o indicador que mais tem puxado o custo global da construção civil nos últimos meses. A questão virou a principal preocupação do setor", diz Luís Fernando Mendes, economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A razão para esse fenômeno é simples. A indústria desmobilizou mão de obra no longo período em que houve escassez de projetos. A demanda por profissionais vem de várias frentes.
O aumento da renda das famílias estimulou a pequena construção, os chamados "puxadinhos".
A oferta de crédito deu novo impulso à construção habitacional, turbinada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Obras de infraestrutura listadas no PAC começaram a sair do papel. Estádios, saneamento e mobilidade urbana para a Copa engrossaram a fila de projetos.
O setor da construção civil emprega atualmente 2,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Estima-se que haja ainda no país outro 1,5 milhão de informais.
Hoje, a média salarial de um trabalhador da construção civil no Brasil é de R$ 1.398,80, segundo o IBGE. Na capital paulista, o piso salarial para trabalhadores não qualificados é de R$ 910,80 e o qualificado de R$ 1.086,80.
Mas a renda já alcança níveis maiores. Segundo o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, já há mestres de obras que ganham entre R$ 12 mil e R$ 18 mil em São Paulo, ou pedreiros com renda mensal de R$ 4.000 a R$ 5.000.
SONDAGEM -- Pesquisa divulgada ontem pela CBIC e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que a escassez e o custo da mão de obra são os dois gargalos que devem atrapalhar a execução das obras da Copa do Mundo.
"A indústria está treinando gente, mas ficamos dez anos parados. Agora o setor vive um novo ciclo que deve durar 10 anos", afirmou Renato Fonseca, gerente-executivo da CNI.
Diante dessa situação, o atraso nas obras da Copa do Mundo acabou sendo "providencial". De acordo com Mendes, do CBIC, a indústria da construção não teria como atender a demanda. (Folha)
Os benefícios da queda dos juros
Muitos analistas e, aparentemente, até círculos próximos ao governo enxergam na queda da taxa básica de juros a solução dos problemas fiscais brasileiros.
A ideia é que a queda da Selic irá liberar os recursos que viabilizarão o necessário aumento dos investimentos públicos em infraestrutura, com sacrifício mínimo dos gastos correntes e dos aumentos de dispêndio com o funcionalismo.
Um olhar superficial sobre os grandes números fiscais sugere que essa seria uma solução muito atraente. Nos últimos 12 meses, o superavit primário chegou a 3,8% do PIB, e os gastos com juros, a 5,8%, gerando um deficit público equivalente a 2% do PIB.
Entretanto, como se sabe, para todo problema complicado em geral há uma solução simples -e errada. Nada garante, por exemplo, que uma redução dos gastos com juros de um ponto percentual do PIB seja, de fato, transformada em aumento dos investimentos, dadas as demandas frequentes por expansão dos gastos sociais (que já ameaçam ressuscitar a CPMF) bem como da remuneração do funcionalismo.
Sempre se pode argumentar que, mesmo assim, o exercício valeria a pena, pois teríamos uma transferência de renda de poupadores (ou rentistas, de acordo com o viés ideológico do leitor) para os beneficiários de programas sociais e os funcionários públicos -em proporção a ser decidida no processo político.
Mais importante, entretanto, é observar que a própria economia com juros pode se mostrar decepcionante. Isso porque boa parte da dívida pública atualmente se encontra vinculada, direta ou indiretamente, à inflação, e não mais à própria Selic.
A parcela da dívida indexada à Selic foi reduzida, como resultado de uma política executada com competência e persistência pelo Tesouro Nacional, de cerca da metade (47,8%) para um terço (32,5%) da dívida federal entre dezembro de 2004 e agosto passado. Por outro lado, a parcela indexada à inflação foi incrementada de 12% para 28,6%, como parte da estratégia de alongamento da dívida pública -esses títulos são normalmente a prazos bastante longos, em média quase sete anos ante três anos e meio para a dívida total. Já a fatia prefixada aumentou de 16% para quase 35%.
Caso a redução da taxa de juros seja acompanhada por elevação da inflação, a economia para o Tesouro poderia ser mitigada ou mesmo eliminada, visto que os encargos associados à dívida vinculada ao IPCA aumentariam.
O efeito sobre a dívida prefixada, por sua vez, depende das expectativas de inflação. Uma surpresa inflacionária transfere, em um primeiro momento, renda dos poupadores para o devedor, ou seja, o governo.
Mas os investidores aprendem. Em particular, se o processo de redução das taxas de juros for percebido como sinal de maior tolerância inflacionária, então os encargos sobre a dívida prefixada tendem a subir ao longo do tempo, à medida que os investidores demandem maior seguro para se proteger contra o risco inflacionário mais alto.
A conclusão é que, para contribuir de forma consistente para a redução dos encargos da dívida pública, a redução dos juros deve ocorrer em ambiente de inflação, efetiva e esperada, declinante.
É com isso, aparentemente, que contam certos economistas e, muito provavelmente, um número grande de políticos, que, provavelmente, já têm vários projetos para receber os recursos a serem liberados pela economia com os juros.
Ocorre que, sob o regime de metas para a inflação, gerar benefícios fiscais não é o objetivo da política monetária. Ela deve zelar pela estabilidade de preços, mesmo que na sua versão tropicalizada, qual seja, a (generosa) meta de 4,5%.
O regime no qual a política monetária deve se submeter às restrições impostas pela dinâmica da dívida pública é chamado de "dominância fiscal". Esse geralmente é característico de países com dinâmica de dívida explosiva, ou quase, o que não é o caso do Brasil.
Preocupa, portanto, o discurso que parece começar a surgir em Brasília, de que, em vez de a política fiscal abrir espaço para cortes de juros, caberia à política monetária gerar as economias necessárias para viabilizar o necessário aumento dos investimentos do setor público.
MARIO MESQUITA, 46, doutor em economia pela Universidade de Oxford, escreve às quartas-feiras, a cada 14 dias, neste espaço. (Folha)
A ideia é que a queda da Selic irá liberar os recursos que viabilizarão o necessário aumento dos investimentos públicos em infraestrutura, com sacrifício mínimo dos gastos correntes e dos aumentos de dispêndio com o funcionalismo.
Um olhar superficial sobre os grandes números fiscais sugere que essa seria uma solução muito atraente. Nos últimos 12 meses, o superavit primário chegou a 3,8% do PIB, e os gastos com juros, a 5,8%, gerando um deficit público equivalente a 2% do PIB.
Entretanto, como se sabe, para todo problema complicado em geral há uma solução simples -e errada. Nada garante, por exemplo, que uma redução dos gastos com juros de um ponto percentual do PIB seja, de fato, transformada em aumento dos investimentos, dadas as demandas frequentes por expansão dos gastos sociais (que já ameaçam ressuscitar a CPMF) bem como da remuneração do funcionalismo.
Sempre se pode argumentar que, mesmo assim, o exercício valeria a pena, pois teríamos uma transferência de renda de poupadores (ou rentistas, de acordo com o viés ideológico do leitor) para os beneficiários de programas sociais e os funcionários públicos -em proporção a ser decidida no processo político.
Mais importante, entretanto, é observar que a própria economia com juros pode se mostrar decepcionante. Isso porque boa parte da dívida pública atualmente se encontra vinculada, direta ou indiretamente, à inflação, e não mais à própria Selic.
A parcela da dívida indexada à Selic foi reduzida, como resultado de uma política executada com competência e persistência pelo Tesouro Nacional, de cerca da metade (47,8%) para um terço (32,5%) da dívida federal entre dezembro de 2004 e agosto passado. Por outro lado, a parcela indexada à inflação foi incrementada de 12% para 28,6%, como parte da estratégia de alongamento da dívida pública -esses títulos são normalmente a prazos bastante longos, em média quase sete anos ante três anos e meio para a dívida total. Já a fatia prefixada aumentou de 16% para quase 35%.
Caso a redução da taxa de juros seja acompanhada por elevação da inflação, a economia para o Tesouro poderia ser mitigada ou mesmo eliminada, visto que os encargos associados à dívida vinculada ao IPCA aumentariam.
O efeito sobre a dívida prefixada, por sua vez, depende das expectativas de inflação. Uma surpresa inflacionária transfere, em um primeiro momento, renda dos poupadores para o devedor, ou seja, o governo.
Mas os investidores aprendem. Em particular, se o processo de redução das taxas de juros for percebido como sinal de maior tolerância inflacionária, então os encargos sobre a dívida prefixada tendem a subir ao longo do tempo, à medida que os investidores demandem maior seguro para se proteger contra o risco inflacionário mais alto.
A conclusão é que, para contribuir de forma consistente para a redução dos encargos da dívida pública, a redução dos juros deve ocorrer em ambiente de inflação, efetiva e esperada, declinante.
É com isso, aparentemente, que contam certos economistas e, muito provavelmente, um número grande de políticos, que, provavelmente, já têm vários projetos para receber os recursos a serem liberados pela economia com os juros.
Ocorre que, sob o regime de metas para a inflação, gerar benefícios fiscais não é o objetivo da política monetária. Ela deve zelar pela estabilidade de preços, mesmo que na sua versão tropicalizada, qual seja, a (generosa) meta de 4,5%.
O regime no qual a política monetária deve se submeter às restrições impostas pela dinâmica da dívida pública é chamado de "dominância fiscal". Esse geralmente é característico de países com dinâmica de dívida explosiva, ou quase, o que não é o caso do Brasil.
Preocupa, portanto, o discurso que parece começar a surgir em Brasília, de que, em vez de a política fiscal abrir espaço para cortes de juros, caberia à política monetária gerar as economias necessárias para viabilizar o necessário aumento dos investimentos do setor público.
MARIO MESQUITA, 46, doutor em economia pela Universidade de Oxford, escreve às quartas-feiras, a cada 14 dias, neste espaço. (Folha)
Juro ao consumidor sobe em proporção bem maior que a Selic
A taxa básica de juros foi de 10,75% em agosto de 2010 para 12% a partir de agosto de 2011. O juro do crédito pessoal pulou de 42% para quase 50% ao ano. E o do cheque especial passou de 165% para 187% ao ano.
Nesta terça-feira (18), o Comitê de Política Monetária do Banco Central vai decidir o que fazer com a taxa básica de juros da economia, a Selic. A expectativa do mercado financeiro é de que que ela caia.
A taxa Selic serve de referência pra todas as operações de crédito no Brasil, mas o repórter Alan Severiano mostra que a proporção entre ela e os juros cobrados dos consumidores pode surpreender.
Aquela compra que você conseguiu realizar em longas parcelas. Sabe quanto custou o dinheiro que você pediu emprestado?
Mesmo com a recente redução, a taxa Selic, que é referência para a economia, continua mais alta do que no ano passado. Ela variou de 10,75% em agosto de 2010 para 12% a partir do fim de agosto deste ano.
Já o juro ao consumidor nesse período subiu proporcionalmente bem mais. O do crédito pessoal pulou de 42% para quase 50% ao ano. O de veículos de 23% para 29%. E o do cheque especial passou de 165% para 187% ao ano.
Há mais de dois anos, Rosana depende desse tipo de crédito para fechar as contas. “Hoje eu teria até uma reserva, com certeza, se não tivesse utilizando e pagando juros todo mês”, conta.
A taxa de juros cobrada pelos bancos é mesmo maior que a taxa básica definida pelo Banco Central porque inclui impostos, a inadimplência dos clientes, as despesas e o lucro dos bancos. O peso dessa conta aumentou no último ano.
A Federação dos Bancos diz que a margem de lucro subiu um pouco nesse período, mas argumenta que o que mais pesou foram as medidas do governo para dificultar o crédito e o crescimento do número de consumidores que não honram as dívidas.
“Em função disso, condições piores fizeram com que os bancos ficassem mais cautelosos e ampliassem mais a margem comparativamente ao que foi o aumento da taxa básica”, explica Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban.
Mesmo que o Banco Central continue reduzindo a taxa Selic, os juros ao consumidor devem subir até o fim do ano, acompanhando a inadimplência, prevê o economista Celso Toledo. A partir daí, a expectativa é de redução.
“Até metade do ano que vem, provavelmente, a economia vai ter reagido, a inadimplência vai cair. E a inadimplência e o juro caindo vai fazer com que o crédito fique mais barato”, avalia Celso Toledo. (G1)
Lei Antiálcool começa a punir venda de bebida a adolescentes em 30 dias
Proibição será sancionada hoje; governo estadual vai fazer campanhas educativas durante um mês. Punição a donos de estabelecimentos que deixarem jovem beber vale inclusive se ele estiver com os pais.
A Lei Antiálcool, que punirá comerciantes onde menores de idade forem flagrados comprando ou consumindo bebidas, será sancionada hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas entrará em vigor em 30 dias.
Neste período, haverá uma campanha de conscientização, com blitze informativas em bares, restaurantes e supermercados. Após os 30 dias, as sanções serão aplicadas. A fiscalização será feita por agentes da Vigilância Sanitária e do Procon, além de policiais militares.
Os donos dos estabelecimentos poderão receber multas de R$ 1.745 a R$ 87.250, ter o comércio fechado por 30 dias e até perder a licença de funcionamento.
Pela nova lei, os donos de qualquer tipo de estabelecimento, incluindo postos de gasolina, hotéis e até hospitais podem ser punidos, caso o consumo seja feito em suas instalações, como acontece com a Lei Antifumo. A punição vale, inclusive, quando os menores estiverem acompanhados dos pais.
Uma emenda parlamentar, que tira a responsabilidade do dono do bar quando o adolescente estiver acompanhado de um adulto, será vetada pelo governador.
Segundo o secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, o veto acontece porque a emenda prejudicaria a lei. "Se o dono do bar, do posto, do supermercado, não tiver a responsabilidade, não vamos avançar em nada."
Além da fiscalização, o governo ainda promete realizar ações educativas nas escolas estaduais e aumentar o número de leitos para o tratamento de dependentes. (Folha)
Proibição será sancionada hoje; governo estadual vai fazer campanhas educativas durante um mês. Punição a donos de estabelecimentos que deixarem jovem beber vale inclusive se ele estiver com os pais.
A Lei Antiálcool, que punirá comerciantes onde menores de idade forem flagrados comprando ou consumindo bebidas, será sancionada hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas entrará em vigor em 30 dias.
Neste período, haverá uma campanha de conscientização, com blitze informativas em bares, restaurantes e supermercados. Após os 30 dias, as sanções serão aplicadas. A fiscalização será feita por agentes da Vigilância Sanitária e do Procon, além de policiais militares.
Os donos dos estabelecimentos poderão receber multas de R$ 1.745 a R$ 87.250, ter o comércio fechado por 30 dias e até perder a licença de funcionamento.
Pela nova lei, os donos de qualquer tipo de estabelecimento, incluindo postos de gasolina, hotéis e até hospitais podem ser punidos, caso o consumo seja feito em suas instalações, como acontece com a Lei Antifumo. A punição vale, inclusive, quando os menores estiverem acompanhados dos pais.
Uma emenda parlamentar, que tira a responsabilidade do dono do bar quando o adolescente estiver acompanhado de um adulto, será vetada pelo governador.
Segundo o secretário de Saúde, Giovanni Guido Cerri, o veto acontece porque a emenda prejudicaria a lei. "Se o dono do bar, do posto, do supermercado, não tiver a responsabilidade, não vamos avançar em nada."
Além da fiscalização, o governo ainda promete realizar ações educativas nas escolas estaduais e aumentar o número de leitos para o tratamento de dependentes. (Folha)
Justiça autoriza SP a penhorar o que for pago em cartões a devedores de ISS
Ação inédita faz parte de modernização na cobrança dos devedores; procuradores querem também leilão online de imóveis com dívidas
A Prefeitura de São Paulo conseguiu autorização da Justiça para penhorar o que for pago em cartão de débito ou crédito para 50 empresas que devem mais de R$ 3 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) ao Município. A notificação do juiz Laurence Matos, titular da Vara de Execuções Fiscais de São Paulo, será enviada nos próximos dias às operadoras Cielo e Redecard. O governo municipal espera sequestrar R$ 50 milhões com essa ação inédita de cobrança.
Supermercados, transportadoras, imobiliárias, escolas particulares e até um parque de diversões estão entre os devedores que podem ter bloqueados os pagamentos de clientes feitos no cartão. Responsável pelo setor de cobrança de grandes devedores da capital dentro da Procuradoria-Geral, Loredania Kfouri de Vilhena Nunes diz que os nomes não podem ser divulgados porque as empresas acionadas pela Prefeitura ainda podem entrar no Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) da Prefeitura, antes de os bloqueios entrarem em vigor - o que deve ocorrer nos próximos dias.
“Antes de ser pedido o bloqueio dos recebíveis de cartão de crédito, esgotamos todas as possibilidades de negociação”, afirma a procuradora. “Foram autuados os estabelecimentos que utilizam cartões como meio de cobrança”, acrescenta Loredania. Com os bloqueios da operadora Cielo, por exemplo, as transações pagas aos devedores com os cartões Visa, Master Card e American Express serão penhoradas. A outra companhia acionada, a Redecard, recebe os valores pagos por Diners Club Internacional e Master Card.
Penhoras. Só com as cobranças online, que entraram em vigor neste ano, os procuradores conseguiram penhorar 50 imóveis de devedores que somam R$ 47 milhões. A Procuradoria agora aguarda o juiz de Execuções Fiscais autorizar o primeiro leilão online da história da Prefeitura para colocar parte desses imóveis à venda.
“Alguns desses devedores, que tiveram bens penhorados, acabaram entrando no PPI. Dos R$ 47 milhões penhorados em imóveis, R$ 7,2 milhões foram parcelados por devedores, que agora podem evitar o leilão de seus bens”, explica a procuradora Loredania. Pelo sistema normal, via cartório, a penhora de um imóvel demorava até 3 anos.
Pelo mesmo sistema, a Procuradoria bloqueou R$ 187 milhões em conta corrente das 150 empresas que mais devem ISS. “Até o ano passado, havia uma morosidade que dificultava a negociação com o devedor. Agora, a partir da penhora, o devedor se vê obrigado a aderir ao parcelamento ou corre o risco de perder aplicações e imóveis”, argumenta o procurador-geral do Município, Celso Augusto Coccaro. “Essa cobrança é justa principalmente com o contribuinte que paga suas contas em dia”, completa Coccaro. (Estado)
Brasil é segundo país dos Brics em investimentos estrangeiros, diz ONU
Relatório da organização mostra que apenas a China fica na frente do Brasil no ranking do IED.
O Brasil atraiu US$ 32,5 bilhões (R$ 56,5 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos (IED) no primeiro semestre de 2011, ficando apenas atrás da China entre os países do Brics - grupo que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul - segundo um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), divulgado nesta terça-feira.
A China continua captando o maior volume de investimentos estrangeiros destinados aos países emergentes. Foram US$ 61 bilhões nos primeiros seis meses de 2011, quase o dobro do Brasil.
O IED da Rússia foi de US$ 23,4 bilhões nesse período e, o da Índia, US$ 17,8 bilhões. Já a África do Sul está bem atrás, com apenas US$ 2,5 bilhões.
O índice mede o os valores investidos em produção, como a construção de fábricas, em fusões e aquisições de empresas e empréstimos entre matrizes e filiais.
Mineração e telefonia
No acumulado deste ano até setembro, as fusões e aquisições realizadas por companhias estrangeiras no Brasil já somam US$ 14 bilhões.
Esse montante já é superior ao total obtido em 2010, de US$ 8,8 bilhões, disse à BBC Brasil Astrit Sulstarova, economista da Unctad. As principais aquisições foram na área de mineração e detelefononia.
O fluxo de IED para o Brasil no primeiro semestre deste ano quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 12 bilhões). Mas a comparação é relativa, já que no segundo semestre de 2010 os investimentos estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 36 bilhões.
Como a Unctad leva em conta o semestre anterior para analisar a evolução, no caso do Brasil o IED teve queda de quase 10% entre os seis primeiros meses deste ano e o último semestre de 2010, que contabilizou um grande número de fusões e aquisições importantes.
Mas a tendência do Brasil, ressalta Nicole Moussa, especialista em América Latina da Unctad, é de alta anual constante do fluxo de IED.
"O Brasil deu um salto e está em uma trajetória ascedente. Antes, os aumentos dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil eram pontuais. Nos últimos quatro anos, temos observado que o crescimento anual é contínuo", diz Moussa.
"Isso mostra uma tendência. Há quatro anos, o IED no Brasil estava próximo ao nível do México. Nesse período, o Brasil ultrapassou o México."
América Latina
Moussa diz que devido às incertezas em relação à economia global, talvez possa haver menos entusiasmo por parte dos investidores internacionais neste segundo semestre em todo o planeta.
Apesar disso, ela acredita que a América Latina poderá ser menos afetada por uma possível retração dos investimentos.
O Brasil também representou sozinho mais de um terço do fluxo de investimentos estrangeiros diretos na América Latina no primeiro semestre do ano.
O IED do continente totalizou US$ 94,2 bilhões, com de crescimento de 5,1% em relação ao segundo semestre de 2010, diz o relatório "Global Investment Trends Monitor" da Unctad.
Crise financeira
O fluxo de IED no mundo, que atingiu US$ 720,2 bilhões no primeiro semestre, cresceu apenas 2% na comparação com os seis últimos meses de 2010, segundo a Unctad.
Os emergentes, como em 2010, atraíram mais da metade do fluxo de IED neste ano. Nos países avançados, houve queda de quase 4% no primeiro semestre de 2011.
Em razão da crise financeira nos países ricos, que já começa afetar os emergentes, a Unctad alerta que os dados preliminares do terceiro trimestre indicam uma desaceleração no crescimento do fluxo de investimentos diretos estrangeiros. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. (Estado)
Brasil gera 209 mil empregos formais em setembro
O governo acaba de anunciar a geração de 209 mil vagas formais em setembro, resultado 8,8% superior aos 190,4 mil registrados em agosto, mas 15,3% inferior a setembro de 2010. No ano, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registra saldo de 2 milhões de empregos com carteira assinada. Entre janeiro e setembro do ano passado, o resultado fora muito superior -- saldo de 2,5 milhões.
Os dois resultados são comparáveis, uma vez que representam a série ajustada do Ministério do Trabalho, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. O resultado acumulado entre janeiro e setembro deste ano foi inferior apenas aos verificados nos anos de 2010 e 2008, quando a economia brasileira cresceu forte -- avanço de 7,5% e 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), respectivamente. (Valor)
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