Centrais sindicais fazem hoje passeatas contra demissões
Em todas as oportunidades de se formar uma unidade na ação, a favor da classe trabalhadora brasileira, as centrais sindicais e os movimentos sociais souberam se unir, ir para as ruas, pressionar o parlamento, buscar uma mudança de atitudes e até mesmo na legislação a favor dos cidadãos brasileiros. Diante da atual crise, de contexto mundial, as centrais vão hoje para as ruas marchar no Ato Internacional Unificado contra a Crise. Todas as vezes que agimos unidos conseguimos mudanças substanciais. Por exemplo, hoje acumulamos ganhos reais de mais de 45% no salário mínimo a partir de ações que mostraram para o Brasil e, especialmente, para o governo brasileiro que através do salário mínimo conseguiríamos distribuir renda no Brasil. O mesmo foi feito quando as centrais se mobilizaram contra a Emenda 3, que tinha o propósito de transformar trabalhadores em PJs. Agora, vamos de novo marchar contra o neliberalismo moribundo, que desde Tatcher e Reagan apostou que o capital era mais importante que o trabalho. Até chegarmos a essa crise monstruosa, que corrói valores, elimina postos de trabalho, compromete não só a economia financeira mas, principalmente, a produção de riquezas. É em torno deste propósito, de recuperar os valores sagrados da produção que mobilizará e motivará todos os que hoje, marcharão, desde a Av. Paulista, símbolo da riqueza de São Paulo, até a Bolsa de Valores, ambiente em que os especuladores ajudaram a afundar a conquista produtiva de várias décadas, de milhões de pessoas.
Leia mais e acompanhe o clipping do dia: As centrais sindicais convocaram para hoje uma manifestação contra as demissões e a crise global. A expectativa é que o ato reúna 10 mil pessoas.
Em São Paulo, o encontro está marcado para começar às 10h, em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista. Em seguida, a passeata seguirá até a Bolsa de Valores de São Paulo.
O "Ato Internacional Unificado contra a Crise", que acontecerá também em outros Estados, foi convocado por organizações sindicais.
O ato reivindica redução dos juros, defesa dos direitos trabalhistas, investimento em políticas sociais e redução da jornada de trabalho sem redução de salários.
"Temos uma pauta imensa contra a crise, mas que se resume na palavra de ordem: defesa do emprego e redução dos juros", disse, em nota, Antonio Carlos Spis, membro da executiva nacional da CUT. Além das centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CGTB, Nova Central, UGT e CTB), a manifestação terá a presença de movimentos sociais e estudantis.
O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, afirma que "os trabalhadores não pagarão pela crise". (Leia mais na Folha)
Dilma prevê retomada da economia brasileira no segundo semestre
Ministra da Casa Civil participou de audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha
Depois de participar da inauguração do Centro de Design no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), a ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha sobre a crise econômica. Ouviu as reivindicações de deputados e representantes de diversos setores da sociedade, e em seguida se pronunciou sobre as medidas do governo para combater a crise. Na avaliação da ministra, o segundo semestre de 2009 será de retomada da economia brasileira, com recomposição do crédito e redução de juros.
— O governo brasileiro tem mantido uma série de investimentos estratégicos para que o país não saia mais fraco, como antes, e sim mais forte do que entrou. (...) Reduzimos o compulsório, estimulamos o crédito, financiamos com os nossos recursos exportações, financiamos a agricultura, alteramos as alíquotas o IR, reduzimos a taxa de juros. Pela primeira vez o Brasil vai poder reduzir os seus juros mantendo a estabilidade.
Dilma defendeu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), afirmando ser uma grande revolução do crédito:
— O PAC não pode ser visto como um projeto orçamento geral da União. É um grande esforço do Brasil para voltar a financiar empreedimentos de 30 anos com taxas de juros adequadas. (Leia mais no Zero Hora)
Renda por habitante cresceu 59% desde 95, enquanto a de emergentes subiu 123%, diz estudo
Apesar do crescimento recente da economia e dos programas do governo de transferência de renda, o Brasil andou para trás nos últimos 13 anos. Entre 1995 e 2008, a renda per capita (ganho anual por habitante) do brasileiro avançou 59,41%, número menor que o crescimento de 68,50% dos países da América Latina e bem inferior ao aumento de 123,31% registrado pelas nações em desenvolvimento. A conclusão é de estudo preparado pelo economista Reinaldo Gonçalves, professor titular em economia internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Este ano, com a piora do cenário internacional, o ganho individual no Brasil terá um dos maiores recuos. É o que mostra a reportagem de Bruno Rosa publicada na edição de segunda-feira do GLOBO.
Segundo economistas, a política de juros altos nos últimos anos, a forte desvalorização cambial e falta de uma política de comércio internacional pró-ativa foram determinantes para o desempenho dos últimos anos. Segundo Gonçalves, os erros na política macroeconômica colocam o Brasil na lanterna do crescimento da renda per capita durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. Por outro lado, ressalta Claudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp, as nações em desenvolvimento e da América Latina promoveram cortes de juros ao longo da última década, reduzindo os custos de investimentos e, assim, gerando emprego e renda. (Leia mais em O Globo)
Prorrogação do IPI deve ser anunciada hoje e incluirá moto
O governo planeja anunciar esta semana - provavelmente hoje - a prorrogação por 90 dias (até 30 de junho) do acordo para redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Além disso, pretende estender o benefício para as motocicletas.
Também para esta semana, há previsão de que sejam anunciadas medidas para o setor financeiro, principalmente para baixar o spread dos bancos, conforme adiantou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na sexta-feira (veja detalhes em texto abaixo nesta página).
A redução de IPI para veículos foi uma das medidas que deram resultado mais imediato entre os vários pacotes adotados pelo governo para minorar o impacto da crise financeira mundial.
De acordo com dados das montadoras, a medida fez com que as vendas subissem de 194.454 unidades em dezembro para 197.454 em janeiro e para 199.366 em fevereiro. Para este mês, a previsão é que o número ultrapasse 240 mil unidades.
De acordo com estudo realizado pela Anfavea (associação das montadoras), em dezembro foram vendidos quase 195 mil veículos, mas, sem a redução do IPI, o total comercializado teria sido de 167 mil. Já em janeiro, foram comercializados mais de 197 mil veículos. Sem a desoneração, as vendas teriam sido de 147 mil, garante a associação. E em fevereiro as vendas chegaram perto de 199,5 mil, mas seriam 149 mil sem a redução do IPI, assegura o estudo realizado pela Anfavea. (Leia mais no DCI)
Atividade do varejo avança 3,9% em fevereiro, diz Serasa
A atividade do comércio varejista no País cresceu 3,9% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento da Serasa Experian. O resultado aponta desaceleração ante o desempenho do comércio em janeiro, quando o indicador registrou alta de 5,1% em base anual, e em dezembro, quando o indicador avançou 7,5%, também em base anual.
O comércio varejista, segundo a Serasa, teve expansão de 4,5% no primeiro bimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2008. A alta foi puxada pelo crescimento de 8,6% da atividade nas lojas de eletroeletrônicos, móveis e informática; seguido por combustíveis e lubrificantes, com aumento de 6,1%; veículos e motos e peças, com avanço de 5,9%; e hipermercados, supermercados e o varejo de alimentos e bebidas, que tiveram expansão de 2,6%. Já as lojas de material de construção tiveram uma queda 8,8% no período, enquanto vestuário e calçados recuaram 2,8%.
Fevereiro também foi um mês positivo para o setor supermercadista, que apresentou alta de 4,16% nas vendas reais, sobre o mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a janeiro, as vendas em fevereiro apresentaram queda de 5,37%. No acumulado do primeiro bimestre de 2009, em comparação ao mesmo período do ano anterior, as vendas tiveram aumento de 5,37%. Os números já estão deflacionados. Na avaliação da entidade, "isso corrobora a tese de que o varejo de alimentos é o último a sentir os efeitos da crise". Sobre a queda em fevereiro ante janeiro, o documento ressalta ser efeito calendário, por fevereiro ter menos dias.
O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo pelo indicador Abras Mercado, como alimentos, limpeza e beleza, recuou 1,6% em fevereiro ante janeiro, para R$ 259,94. Já em relação a fevereiro de 2008, o valor está 12,15% superior. (Leia mais no DCI)
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