Centrais sindicais preparam manifestação pelo emprego
A manifestação que envolverá centrais sindicais e representantes de vários segmentos sociais vinculados aos trabalhadores, no próximo dia 30 de Março, simboliza, para nós da UGT, a união em torno de novos princípios que deverão pautar, a partir da recuperação da atual crise, a convivência social no Brasil. A crise mostrou no mundo inteiro, com reflexos diretos no Brasil, que os homens e mulheres de negócios, que ditavam os procedimentos da economia, eram pessoas que pensavam apenas nos seus interesses mesquinhos. Suas atitudes desumanas e imediatistas (encobertas durante a expansão da pirâmide que se transformou a economia mundial) vieram à tona nos primeiros sintomas da crise. Demitiram para preservar seus ganhos. Demitiram covardemente. Agora, cabem aos trabalhadores e suas lideranças, aliados aos governos dos respectivos países, consolidar a nova aliança a favor de uma democracia mais participativa. Em que os especuladores, os agiotas e banqueiros sejam mantidos sob controle o mais rigoroso possível e que atuem dentro de um contexto de contrapartidas sociais. Vamos apoiar a expansão do crédito público mas exigir, simultaneamente, a manutenção do emprego. É para discutir a nova ordem mundial, para manifestar nossa absoluta insatisfação com o desemprego e, principalmente, para reafirmar que não cabe aos trabalhadores pagar sozinhos pela atual crise, que estaremos todos juntos na manifestação do dia 30 de Março.
Leia as notícias a seguir:
Dirigentes das seis centrais sindicais - Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) - se reúnem às 10h para discutir a manifestação pelo emprego e contra a crise econômica que pretende reunir cerca de 10 mil trabalhadores. O movimento está marcado para a próxima segunda-feira (30).
Em São Paulo, o Ato Internacional Unificado contra a Crise, convocado pelas centrais sindicais e mais 19 entidades populares e estudantis, será marcado por uma passeata da Avenida Paulista até o centro (Bolsa de Valores). A concentração será às 10h em frente à Federação das Indústrias do Estado (Fiesp). (Jornal da Midia)
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Medida proíbe banco de cobrar boleto ou carnê em operações de crédito e leasing
Os bancos estão proibidos de cobrar qualquer taxa de seus clientes pela emissão de boletos bancários ou carnês referentes a operações de crédito e de leasing. Também estão obrigados a disponibilizar saques de até R$ 5.000 no mesmo dia em que o cliente pedir. O Conselho Monetário Nacional entendeu que essas mudanças tinham de ser feitas para adaptar o sistema bancário ao Código de Defesa do Consumidor.
A regra, porém, valerá apenas para novos financiamentos. O ressarcimento pela cobrança do boleto é prática comum em financiamentos de automóveis e empréstimos por meio de financeiras. O cliente recebe um carnê com o valor da prestação e uma despesa extra relativa à emissão do documento.
Nada impedirá, no entanto, que o banco inclua esse gasto na taxa de juros cobrada no financiamento do cliente. A norma não atinge serviços de cobrança que sejam prestados pelos bancos, mas apenas para os financiamentos bancários.
Os bancos também estão obrigados a autorizar saques de até R$ 5.000 da conta de seus clientes no mesmo dia do pedido. Até agora, muitos bancos pediam prazos e o BC permitia que as retiradas acima desse valor pudessem ser adiadas para o dia seguinte ao pedido, mas não tratava como obrigatório o saque em valores mais baixos.
Continuam valendo regras sobre a linguagem clara nos contratos e o fornecimento de todas as informações ao cliente. Débitos em conta corrente só podem ser feitos com autorização prévia e os bancos não podem dificultar o acesso a guichês de caixa, por exemplo. Essas regras já estavam em vigor e foram reafirmadas pelo CMN.
Houve mudança também no limite de empréstimos que os bancos podem fazer à população de baixa renda. Foi ampliado, por exemplo, de R$ 1.000 para R$ 2.000 o valor dos financiamentos a esses clientes (Leia mais na Folha)
Desemprego sobe para 8,5% em fevereiro em seis regiões
Renda ficou estável em R$ 1.321, segundo o IBGE.
A taxa de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do país subiu para 8,5% em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em janeiro, a taxa havia sido de 8,2%. No mês passado, houve um acréscimo de 51 mil pessoas no contingente de desocupados, que chega a 1,9 milhão.
O rendimento ficou praticamente estável no conjunto dos locais pesquisados (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre), com variação negativa de 0,1% e valor de R$ 1.321,30.
Segundo Cimar Pereira, do IBGE, o comportamento do mercado de trabalho no mês passado apresentou sinais contraditórios: as comparações com fevereiro do ano passado mostram que o rendimento ainda é 4,6% superior ao daquele período. Apesar disso, a análise dos dados em relação a janeiro mostra piora na formalização e no total de ocupados na indústria.
Analistas ouvidos pela Folha, no entanto, avaliam que os indicadores evidenciam uma piora no mercado de trabalho. Na comparação com janeiro, o número de ocupados na indústria caiu 3,2%.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada recuou 1,1%, o equivalente a 109 mil pessoas a menos no mercado. E mesmo o nível de ocupação, que representa a proporção de pessoas ocupadas na população com dez anos ou mais, passou de 52,1% para 51,6%, um recuo recorde para o período. "Isso mostra que o mercado de trabalho não está absorvendo, não está gerando postos suficientes com um cenário econômico não favorável", afirma Pereira.
Rendimento menor em SP — A análise dos dados por região metropolitana mostra que o rendimento em São Paulo caiu 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro. O resultado representa a pior queda para o mês de fevereiro desde 2003. Segundo o IBGE, o indicador foi afetado por dois segmentos: indústria e outros serviços (hotéis e restaurantes).
Na indústria paulista, o rendimento de fevereiro foi 10% inferior ao de janeiro. Em fevereiro do ano passado, o trabalhador da indústria paulista recebia em média R$ 1.525,29. No mês passado, esse valor havia recuado para R$ 1.313,31.
Socorro a bancos pequenos
Aplicação até R$ 20 milhões em instituições menores terá garantia. Medida injeta R$ 40 bi
Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem o uso do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - mecanismo que cobre depósitos do sistema financeiro - para afiançar integralmente títulos que os bancos poderão emitir para captar recursos. Voltada às pequenas e médias instituições, a medida deverá permitir a injeção de R$ 40 bilhões no mercado, incentivando a expansão da concessão de crédito, especialmente nos nichos onde são mais fortes. É o caso do financiamento de pequenas e médias empresas e de veículos u3
sados.
A iniciativa é a primeira de um pacote maior que está sendo preparado pela equipe econômica para reduzir os spreads bancários - diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final. Entre outras, está sendo avaliada a possibilidade de novas desonerações das operações de crédito.
- As medidas visam a dar condições aos bancos menores de voltarem a competir agressivamente, colaborando para a baixa dos spreads - afirmou o presidente do BC, Henrique Meirelles. (Leia mais em O Globo)
Desemprego sobe pouco, mas atinge maior nível desde abril
Analistas ouvidos pela Agência Estado previam que a taxa ficaria em 9,05%, mas IBGE aponta índice de 8,5%
A taxa de desemprego no Brasil atingiu em fevereiro o maior nível desde abril do ano passado, mas ficou abaixo das expectativas do mercado. A taxa ficou em 8,5%, a mesma de abril de 2008 e acima da leitura de 8,2% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 26.
Os analistas ouvidos pela Agência Estado previam que a taxa ficaria dentro do intervalo de 8,70% a 9,30%, com mediana de 9,05%. Em fevereiro de 2008, a taxa havia sido de 8,7%.
Além disso, apesar da elevação da taxa de desemprego de janeiro para fevereiro, a taxa de fevereiro é a menor para o mês apurada pelo IBGE desde 2003, segundo salientou o gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, Cimar Azeredo.
Segundo ele, os dados do mercado de trabalho no mês mostraram que há indicadores favoráveis, como os resultados do rendimento e o aumento da desocupação dentro do padrão de sazonalidade para o período, mas há também dados preocupantes como a redução no número de trabalhadores com carteira assinada e o recuo da ocupação na indústria.
Ocupados — O número de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do Pais ficou em 20,94 milhões em fevereiro, com queda de 1% ante janeiro e aumento de 1,4% ante fevereiro de 2008.
A população desocupada somou 1,9 milhão, com aumento de 2,7% ante janeiro, mas queda de 1,5% na comparação com fevereiro do ano passado.
O nível de ocupação (proporção das pessoas com 10 anos ou mais de idade ocupadas nas seis regiões) caiu de 52,1% em janeiro para 51,6% em fevereiro, recuo recorde do primeiro para o segundo mês do ano. "Esse recuo mostra que o mercado de trabalho não está absorvendo, o cenário econômico não é favorável e acaba não gerando postos de trabalho suficientes", disse Azeredo.
Já o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 1,1% em fevereiro ante janeiro, mas aumentou 3,4% na comparação com fevereiro de 2008. O número de trabalhadores sem carteira recuou nas duas bases de comparação: -2,2% ante janeiro e -1,8% ante fevereiro do ano passado.
Indústria — Segundo os dados do IBGE, a indústria foi o setor que registrou a maior queda (-3,2%) no número de ocupados em fevereiro ante janeiro. O setor industrial reduziu em 117 mil o número de trabalhadores nas seis regiões pesquisadas de um mês para o outro. Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria aumentou em 1% o emprego, com acréscimo de 34 mil ocupados.
A queda na comparação com o mês anterior foi puxada pelas regiões de Porto Alegre e São Paulo, segundo destacou Azeredo. Ele observou que, tradicionalmente, a indústria mostra queda na ocupação em fevereiro ante janeiro, mas este ano o recuo foi o maior já apurado na pesquisa, cuja série teve início em 2002.
O maior aumento de vagas em fevereiro ocorreu no setor de construção, com aumento de 2,6% ante janeiro (mais 38 mil trabalhadores) e alta de 4,1% ante fevereiro do ano passado (mais 60 mil trabalhadores). (Mais informações no Estadão)
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