Brasil é 7º mais desigual do mundo. Mortalidade infantil ainda preocupa
Há dois anos, desde a sua fundação, a UGT defende a bandeira da inclusão social pois temos consciência que a atual situação de altíssima concentração de renda só será resolvida com políticas públicas pró-ativas a favor da inclusão social. O governo do presidente Lula já se esforça neste sentido com os aumentos reais do salário mínimo e com o Bolsa Família. Mas temos muito o que fazer porque as barreiras da desigualdade são imensas e colocam de um lado um por cento da população, ou seja, 190 mil pessoas controlando a metade de nossa riqueza. E do outro lado 99% dos brasileiros com o resto da riqueza e de toda a pobreza. Temos que mudar essa situação e buscar políticas que atuem o Estado e a sociedade civil, os trabalhadores e suas centrais, os partidos políticos e as igrejas para minorar essa tragédia que afeta o Brasil desde o seu descobrimento.
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Uma das principais mazelas da sociedade brasileira, a desigualdade ainda assombra os indicadores de bem-estar da população e arranha a imagem do país no mundo.Reportagem de Vivian Oswald, publicada nesta terça-feira pelo Globo, revela que os 10% mais ricos da população brasileira têm renda 40,6 vezes superior aos 10% mais pobres. Somente sete países entre os 182 analisados pelo Programa das Nações Unidas (Pnud) apresentam resultados piores do que o Brasil neste quesito. No entanto, este ano, mais do que a renda, a expectativa de vida dos brasileiros foi apontada como vilã dos passos lentos de crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Na desigualdade, nem Níger e Serra Leoa, os últimos do ranking do IDH apresentam situação semelhante. No primeiro, os 10% mais ricos ganham 15,3 vezes mais que os 10% mais pobres. No segundo, o valor é de 12,8 vezes. A Namíbia é o país que registra a maior desigualdade (106,6 vezes). Seguida por Bolívia ( 93,9), Comores (60,6), Colômbia ( 60,4), Haiti (54,4) e Panamá (49,9)
O governo aponta os dados do crescimento da renda como fator de melhoria na situação social e na redução destas diferenças. O problema do Brasil, para especialistas, é a falta de interação entre as políticas.
- Desde meados da década passada tivemos avanços sobretudo em saúde e educação. Nos últimos dez anos foi na redução das desigualdades. Estamos na direção correta, melhorando a distribuição de renda e crescendo no IDH de longo prazo - disse o diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), André Urani.
No entanto, entre as famílias 20% mais pobres do país morrem 99 em mil crianças de até cinco anos. A estatística aumenta para 119 óbitos em mil quando tomadas famílias em que as mães são analfabetas. Trata-se de índices africanos, segundo o Pnud. Entre os 20% mais ricos, as mortes caem a 33 por mil. (Leia mais em O Globo)
Caixa libera R$ 20 bi para micro e pequena empresa
Como participante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social a UGT sempre prega a necessidade de fazer chegar o crédito às micro e pequenas empresas. Nestas empresas que estão os empregos. Temos que incluir com urgência os setores de serviços e o comércio que foram sempre deixados de lado com a prioridade que se dá para o setor industrial. Temos que lembrar sempre e insistir sempre que estamos no Século 21, o século dos serviços, e os governos e bancos oficiais, pelo menos, têm que levar em conta a importância social e econômica dos setores de comércio e serviços.
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A Caixa Econômica Federal liberou R$ 20 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas. O recurso está disponível nas agências do banco a partir de hoje, Dia da Micro e Pequena Empresa, até o final de dezembro. O dinheiro será ofertado em linhas de capital de giro e de antecipação de receitas.
De janeiro a agosto deste ano, a Caixa disponibilizou R$ 18,24 bilhões em crédito para esse setor, o que representa um crescimento de 16,85% em relação ao mesmo período de 2008. Segundo o banco, a expectativa é fechar 2009 com R$ 38,24 bilhões emprestados - 56% a mais que no ano passado. (Leia mais no Estadão)
Inflação de setembro foi maior para mais pobres, afirma Dieese
Itens que mais pesam para as classes baixas, como Alimentação, Habitação e Transporte, têm alta expressiva
O custo de vida na capital paulista medido pelo Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou uma taxa maior para as famílias de menor renda em setembro, de 0,31% (R$ 377,49 em média), enquanto o índice pleno fechou em 0,27%. De acordo com o Dieese, as famílias mais pobres foram mais prejudicadas porque os produtos que mais subiram são os que mais pesam no seu orçamento. Alimentação subiu a 0,51%, Habitação elevou para 0,39% e Transporte acelerou para 0,50%.
No grupo Alimentação, a maior alta foi detectada nos produtos in natura e semielaborados, com alta de 1,09%. Os produtos da indústria alimentícia subiram 0,11% e a alimentação fora de domicílio, pouco utilizada pelas famílias mais pobres, ficou praticamente estável, com variação de 0,02%. As frutas e legumes subiram 6,11%, raízes e tubérculos subiram 5,09%. Os destaques foram para limão (57%), mamão (16,70%), berinjela (18,41%), tomate (12,57%), cebola (8,56%) e batata (6,71%).
No grupo Habitação, o aumento foi puxado pelo subgrupo Locação, Impostos e Condomínio, com alta de 0,95%, devido, principalmente, ao reajuste de 1,57% no aluguel. A operação do domicílio subiu 0,22%, provocada pelo aumento da tarifa de água de 4,51% a partir da segunda quinzena do mês passado. Isso significa, de acordo com o Dieese, que o ICV sofrerá ainda impacto da conta de água no mês de outubro.
Já para as famílias de extrato de renda intermediário, que recebem mensalmente R$ 934,17, o ICV apresentou uma variação de 0,26% no mês passado, abaixo da inflação cheia do mês. Para as famílias com renda mensal de R$ 2.792,90, o custo de vida subiu 0,27%, a mesma variação do índice cheio. (Leia mais no Estadão)
País crescerá até 7% em 2010, prevê FGV
Para Ibre, economia retoma "exuberância" do período pré-crise; mercado volta a estimar expansão em 2009.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem deve variar de 4,5% a 7%, de acordo com projeção do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo análise da instituição, uma alta de 7% resultaria de uma recuperação em forma de V, "na qual a intensidade da retomada é equivalente à da contração ocorrida na virada de 2008 para 2009". "O crescimento de 7% [do PIB] não é, de forma alguma, inconcebível."
A Carta do Ibre aponta que a economia brasileira está retomando a "exuberância" do nível de atividade pré-crise.
A expansão mais consistente em 2010, porém, poderá trazer o maior desafio ao Banco Central desde a implementação do regime de metas de inflação, em 1999.
Na análise do Ibre, se a economia caminhar no ano que vem para uma taxa de crescimento próxima de 7%, o BC "enfrentará a situação desconfortável de ter que puxar o freio da política monetária em plena campanha eleitoral". Já o cenário de 4,5% seria de mais tranquilidade para o BC, que poderia, sem o fantasma da pressão inflacionária, manter a taxa básica de juros em 8,75% ao ano.
Entre os fatores que devem estimular a economia em 2010, está o aumento do salário mínimo. Pelas regras atuais, o reajuste deve ser feito pela taxa de inflação do ano mais a taxa de crescimento do PIB verificada dois anos antes, o que elevaria o mínimo para R$ 505,90.
Mercado — Pela primeira vez desde o fim de março, economistas consultados pelo BC esperam uma variação positiva do PIB em 2009. Segundo a pesquisa Focus da última semana, a projeção é de crescimento de 0,01%.
Na semana anterior, a previsão era de variação zero do PIB. Desde março, porém, o mercado vinha prevendo retração na economia.
Em relação à taxa Selic, a previsão para 2010 foi aumentada pela segunda semana seguida, passando de 9,50% ao ano para 9,75%. Para 2009, continuou nos atuais 8,75%. A projeção para o IPCA chegou a 4,31% para este ano. (Leia mais na Folha)
Greve dos bancários entra no 13º dia
Os bancários decidiram, em assembleia realizada na tarde de segunda-feira, permanecer com a greve nacional da categoria, que completa 13 dias nesta terça-feira. Sem proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os mais de 46 mil grevistas em São Paulo, Osasco e Região, prometem fazer uma passeata, às 16h30, na esquina da Avenida São João com a Rua Líbero Badaró, no centro da capital.
Para o presidente do sindicato paulista, Luiz Cláudio Marcolino, os banqueiros precisam apresentar proposta de aumento salarial e PLR mais justa.
Os bancários pedem 10% de reajuste salarial, com 5% de aumento real e Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) composta por três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Além disso, os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que comprometem a saúde dos funcionários.
Em São Paulo, as mobilizações de segunda-feira foram concentradas nas agências bancárias da região da Avenida Paulista e nos prédios administrativos, onde estão localizados os escritórios dos presidentes dos bancos. Uma nova assembleia ocorre nesta terça-feira, às 17 horas, para definir os rumos da paralisação da categoria. (Leia mais em O Globo)
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