Chega a grande temporada das negociações salariais
(Postado por Moacyr Pereira, Secretário de Finanças da UGT) — A economia vai bem. Basta dar uma olhada nos jornais. É o momento de iniciarmos mais uma etapa da temporada das negociações salariais e sob o guarda chuva da UGT organizarmos as convenções coletivas de tal maneira a incluir cláusulas sociais, resgatar salários e a dignidade dos trabalhadores. Porque nas épocas das vacas gordas é que temos que exigir nossa participação nos lucros e nos resultados e confirmar, através de negociações intensas, de pressão junto aos politicos e de acompanhamento permanente no Congresso Nacional os avanços sociais. Neste segundo semestre de 2010 temos na agenda as eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. É o momento de apresentarmos, como a UGT fez recentemente, os pontos de vista da classe trabalhadora. Queremos a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução dos salários e vamos insistir que se assine a Convenção 158, que trata do controle da rotatividade, como o Brasil já fez com a Convenção 151, em fase de regulamentação através do Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com as exigências da UGT e demais centrais. Ou seja, temos que negociar salários e benefícios sociais, recuperar a inflação e repor ganhos salariais, reduzir jornada e controlar esta absurda rotatividade que achata, a cada ano, os ganhos salariais que negociamos.
CNI: emprego industrial cresce no 2º trimestre
A sondagem industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a expansão nas contratações do setor continuou no segundo trimestre deste ano, mesmo que de forma moderada. Em uma escala onde valores acima de 50 pontos representam crescimento, o indicador do número de empregados na indústria registrou 54,6 pontos entre abril e junho. Nos três primeiros meses do ano, o indicador havia ficado em 55,5 pontos.
De acordo com a CNI, pequenas, médias e grandes empresas aumentaram o número de funcionários no trimestre. Pela análise setorial, apenas as indústrias de couro, móveis e madeira reduziram a mão de obra empregada no período. "Os empresários continuam apostando em aumento da demanda, com expectativas altas, à exceção das exportações. Por isso, as companhias devem continuar os investimentos e a contratação de trabalhadores, com ritmo menor, mas com crescimento", avaliou o gerente-executivo de Análise da CNI, Renato da Fonseca. (Estado)
Custos logísticos representam até 16% do PIB brasileiro, diz ministro dos Portos
Pedro Brito, defende uma drástica redução dos custos com logística no País como forma de aumentar o volume de investimentos nesta área e incrementar as atividades portuárias brasileiras
O ministro dos Portos, Pedro Brito, defendeu hoje uma drástica redução dos custos com logística no País como forma de aumentar o volume de investimentos nesta área e incrementar as atividades portuárias brasileiras. Atualmente, segundo ele, o País perde em torno de 15% a 16% de seu PIB com custos logísticos. "Os Estados Unidos que estão longe de ser um exemplo no setor de logística, como a Bélgica, Alemanha, ou mesmo os asiáticos, gastam em torno de 8%", comentou o ministro em palestra ao setor de navegação e portos na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Segundo Brito, se houvesse uma redução pela metade nestes custos, o Brasil poderia aumentar os investimentos em infraestrutura dos atuais 20% para 25% do PIB. Ele destacou que a China investe 40% do seu PIB em portos.
De acordo com o ministro, um estudo feito pelo Banco Mundial em 2007 apontava o Brasil em 61º lugar em funcionalidade portuária. Em 2009, o País saltou 20 posições, principalmente por conta da modernização dos terminais e do programa de dragagem que está em andamento e que deve receber investimentos de R$ 1,45 bilhão.
Mas o principal gargalo, disse ele, ainda é a demora na liberação de cargas. "Estamos integrando os seis agentes que são necessários para a liberação de uma carga para tentar reduzir este calcanhar de Aquiles", comentou, citando nominalmente a Anvisa, Ministério da Agricultura, Receita Federal, Polícia Federal, Marinha e demais autoridades portuárias.
"Estamos obtendo avanços importantíssimos, mas absolutamente insuficientes para os padrões que temos que ter no Brasil. Uma economia do tamanho da nossa não pode jamais ficar nesta posição, mesmo que fique à frente de Argentina e mesmo do México. Temos que continuar investindo e aumentar estes investimentos".
O ministro comentou que mesmo na eventual mudança de governo após as eleições os projetos não devem ser alterados. O desenvolvimento dos projetos de modernização e dragagem, segundo ele, estão bastante amarrados e não teriam como ser suspensos. "Pouca gente está percebendo que estes investimentos na dragagem dos portos já estão mudando de forma definitiva o comércio internacional do Brasil, porque estão exigindo mais investimentos em áreas de apoio, em ampliação dos rebocadores, etc", comentou.
Para ele, conforme este setor logístico avançar, será diretamente proporcional uma forte redução no custo dos fretes. "Vamos ampliar a capacidade de cargas dos portos brasileiros. Isso vai fazer a diferença e o custo de fretes será extremamente reduzido no Brasil", comentou. (Estado)
Lula demite presidente dos Correios
Decisão de despedir Carlos Henrique Custódio e seu diretor de Gestão de Pessoas visa estancar crise política. Ambos foram indicados por Hélio Costa, que tem apoio do PT em Minas e nega contágio; sucessor trabalhou com Roriz.
Na tentativa de evitar a politização da crise dos Correios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o presidente da empresa, Carlos Henrique Custódio, e o diretor de Gestão de Pessoas, Pedro Magalhães Bifano.
O engenheiro David José de Matos, que trabalhou nos governos de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, no Distrito Federal, vai assumir a vaga de Custódio.
As demissões devem ser publicadas no "Diário Oficial da União" de hoje. Os dois foram indicados pelo ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais.
Lula seguiu recomendação de Erenice Guerra (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento), que foram escalados para fazer um raio-X da instituição em junho, após uma crise de gestão que culminou com o atraso na entrega de correspondências.
O ministro das Comunicações, José Artur Filardi, e a cúpula do PMDB não foram consultados. José Serra (PSDB) fez menções críticas, ao longo da campanha, à administração dos Correios.
O relatório dos ministros apontava três problemas: 1) atraso na licitação de 1.429 franquias cujos contratos vencem em novembro e que podem causar um "apagão postal"; 2) logística falha; 3) demora na realização do concurso público que atraiu mais de 1 milhão de inscritos.
SEM COMUNICAÇÃO — O raio-X apontou ainda que os diretores não se comunicavam e não funcionavam como um colegiado, emperrando todas decisões administrativas da estatal.
Na gestão de Custódio, no posto desde 2006, os Correios tiveram o menor lucro na era Lula (em 2009). O ganho foi impactado pelo rombo do fundo de pensão Postalis, como revelou a Folha.
Nesta semana, surgiu nova crise com a revelação de que o site dos Correios tinha um manual ensinando os candidatos a conquistar eleitores. Ele foi alterado após a Folha publicar a notícia.
Pedro Magalhães era o responsável pela realização do concurso. Será substituído por Nelson de Oliveira, uma indicação do PT.
O ex-ministro Hélio Costa minimizou as demissões. "Não vejo como nada de excepcional. Não tenho nada a dizer." O mesmo tom foi adotado pelo líder do PMDB, Henrique Alves (RN). ""Não vai ter nenhuma repercussão política. Foi uma avaliação técnica baseada em problemas administrativos internos." (Folha)
Número de casos graves da gripe H1N1 cai em todo o país
De acordo com os dados, o período entre 28 de fevereiro e 6 de março foi o que teve o maior número de pessoas hospitalizadas (79). Entre 11 e 17 de julho, não houve nenhum registro de internações causadas pela influenza H1N1 – gripe suína. O número de mortes provocadas pelo vírus também caiu. Foram registradas 11 mortes entre 21 e 27 de fevereiro e nenhuma entre 4 e 17 de julho.
A análise preliminar indica ainda que os casos graves pelo vírus estão ocorrendo em menos de 50% dos municípios brasileiros. De 1º de janeiro a 17 de julho deste ano, foram notificados 727 casos de pessoas que precisaram de internação e 91 mortes.
A campanha de vacinação, feita entre 8 de março e 2 de junho, atingiu 46% da população. Em todo o Brasil, foram vacinadas gestantes, doentes crônicos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, adultos de 20 a 39 anos, indígenas e trabalhadores de serviços de saúde.
Os números divulgados ainda são parciais. A atualização do banco de dados é feita pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Mesmo com a redução de casos, o Ministério da Saúde informou que continuará monitorando o vírus no país. (DCI)
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