sábado, 19 de julho de 2008

UGT critica decisão retrógrada da imigração européia

Para ler o texto em inglês, favor clicar no link http://i-newswire.com/pr187805.html. O texto foi distribuído pela i-newswire para jornalistas do mundo todo. Trata-se de uma iniciativa da UGT de apresentar para um público o mais amplo possível a visão do seu presidente, Ricardo Patah.

Diretiva de Retorno é criticada pela UGT

A aprovação, pelo parlamento europeu, no dia 18 de junho, de medidas restritivas em toda a Europa contra os imigrantes sem documentos, a chamada "Diretiva de Retorno", recebeu duras críticas do presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.

A Europa parece cada vez mais um continente retrógrado, defensivo, fechado sobre si mesmo. Em matéria de restrições à imigração, as suas políticas estão se tornando progressivamente mais restritivas e persecutórias. a “Diretiva de Retorno”, que vem sendo chamada, com razão, de “Diretiva da Deportação” e “Diretiva da Vergonha”.

Em 18 de junho, o Parlamento europeu aprovou, com 369 votos a favor, 197 contra e 106 abstenções, padrões e procedimentos comuns para a deportação de imigrantes ilegais. Trata-se da “Diretiva de Retorno”, que vem sendo chamada, com razão, de “Diretiva da Deportação” e “Diretiva da Vergonha”.

A Diretiva, que deve entrar em vigor em 2010, estabelece regras bem mais rígidas para os imigrantes e desencadeou forte reação no resto do mundo, inclusive na América Latina. Esse tipo de decisão reflete um ambiente crescentemente xenófobo e racista em muitos países europeus.

Alegando que tais iniciativas atentam contra os direitos humanos, que torna criminoso o imigrante sem documento, Patah assegurou que a ameaça do migrante ser condenado à prisão (com penas que varia de 6 a 18 meses) é um grande risco para a harmonia entre os povos porque o migrante que vai em busca de emprego, não pode ser tratado como se fosse delinqüente, mas com o mesmo respeito que os imigrantes de todas as partes do mundo são tratados no Brasil e em países da América Latina, por exemplo.

Ricardo Patah lembra que a UGT é uma central sindical que tem na defesa dos direitos dos excluídos uma de suas principais bandeiras, portanto não poderia permanecer calada diante de tamanho retrocesso, principalmente porque as migrações são inerentes a todos os seres vivos e o homem, o mais evoluído desses seres, não é diferente. "Não entendemos como a Europa, o continente que mais migrou, especialmente durante as grandes guerras mundiais, adote práticas como essa", diz Ricardo Patah, repudiando veementemente a "Diretiva de Retorno".

O presidente da UGT diz que a entidade está encaminhando seu protesto às autoridades européias, com o pedido de que revejam a atitude tomada.”