terça-feira, 25 de agosto de 2009

Hoje é o dia de se discutir em Comissão na Câmara dos Deputados a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salários

UGT promove seminário para discutir atuação dos bancos públicos e privados durante a crise financeira

(Postado por Edson Roberto dos Santos, Secretário para Assuntos de Finanças, Créditos e Seguros da União Geral dos Trabalhadores) — A crise financeira mundial, que aparentemente começa a ceder, deixou lições dolorosas para os trabalhadores brasileiros e em especial para os correntistas e para as pequenas e médias empresas brasileiras. De uma hora para outra o sistema bancário privado fechou o acesso ao crédito e quando começou a oferecê-lo o fez com spreads altíssimos, completamente fora do contexto, prejudicando empresas, correntistas e a recuperação da crise financeira. Ao mesmo tempo, os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) se sensibilizaram diante da pressão continuada das centrais sindicais e ampliaram a oferta de crédito, abaixaram os juros e reduziram o spread.

Tendo como pano de fundo a retomada da dianteira dos bancos públicos sobre os bancos privados na oferta de crédito e na redução do spread, e a discussão da oferta de empregos no setor bancário a União Geral dos Trabalhadores-UGT, promoverá nesta quarta-feira, dia 26 de agosto, o I Seminário Nacional de Bancários e Securitários, através da Secretaria para Assuntos de Finanças, Crédito e Seguros da UGT e com apoio da CONTEC e FENESPIC.

A agenda do evento está assim definida:

- Local: Hotel Maksoud Plaza (Alameda Campinas nº 150 -- São Paulo/SP)

- Data: 26/08/2009; Horário: das 09:00 às 17:00 horas;

- Palestrantes:

- LOURENÇO FERREIRA DO PRADO – CONTEC

- DEPUTADO ESTADUAL DAVI ZAIA - FEEB SP/MS

- MAGNUS RIBAS APOSTÓLICO – FENABAN

- ARMANDO VERGÍLIO DOS SANTOS JÚNIOR – SUSEP

- JOSÉ ROBERTO MENDES DO AMARAL – BANCO DO BRASIL S.A.

- GERALDO L.M.MARTINS/MARCOS R.CARNIELLI – ITAÚ/UNIBANCO

Câmara debate com empresários e sindicalistas redução da jornada de trabalho

A proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95 que reduz para 40 horas a jornada semanal de trabalho será analisada hoje (25) pela Comissão Geral da Câmara. Cerca de 300 sindicalistas de todo o país devem participar do debate, que começa às 9h30.

A proposta já foi aprovada em comissão especial e precisa agora ser votada em dois turnos no plenário da Câmara e depois no Senado. O texto prevê a redução da jornada de 44 para 40 horas sem diminuição dos salários, aumenta o adicional da hora extra de 50% para 75% sobre o valor da hora trabalhada. (Agência Brasil)

Aposentadoria pode ter aumento pelo PIB

Governo sinaliza conceder reajuste real a benefícios acima do mínimo igual à metade da variação do PIB de dois anos antes. Acordo entre governo e aposentados pode sair hoje, valendo para 2010 e 2011; se houver acerto, aumento real será de 2,55% em 2010.
O governo sinalizou ontem que poderá atrelar o aumento real para as aposentadorias acima do salário mínimo a uma parcela da variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Segundo relatos de sindicalistas envolvidos na negociação, a tendência é que o ganho real seja equivalente a 50% do crescimento do PIB, e a regra, que precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional, seja aplicada em 2010 e em 2011.
Um acordo entre governo, centrais sindicais e aposentados deverá ser fechado hoje. Se a proposta se confirmar, além de corrigir os benefícios pela variação da inflação, o governo garantirá aumento real de 2,55% às aposentadorias em 2010. Como haverá ainda a reposição da inflação, o reajuste total ficaria próximo de 6%.
A regra de reajuste é similar à já aplicada hoje ao salário mínimo. A diferença é que, no caso do piso salarial, a variação do PIB de dois anos antes é aplicada integralmente, ou seja, além da inflação, o mínimo tem aumento de 100% do PIB.
Ontem, governo e sindicalistas não chegaram a um consenso, mesmo depois de quase seis horas de negociação. Representantes dos trabalhadores e dos aposentados trouxeram novas propostas, e o governo pediu mais tempo.
Os sindicalistas informaram aos ministros que comandam as negociações -José Pimentel (Previdência) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência)- que não aceitam a imposição do governo para que sejam retirados quatro projetos de interesse dos aposentados em discussão no Congresso.
Na semana passada, o governo avisou que só chegaria a um acordo se, de antemão, os sindicalistas abrissem mão dos projetos. Com a negativa das centrais sindicais, o governo voltou atrás e aceitou manter uma das propostas no Legislativo: o projeto que vincula o benefício previdenciário ao número de salários mínimos na época da concessão.
Esse acerto, no entanto, depende de um compromisso dos líderes dos partidos de não votar a medida no ano que vem, quando haverá eleição presidencial.
Política de valorização — Na reunião de ontem, trabalhadores e aposentados também foram enfáticos ao defender um aumento real para os benefícios acima do salário mínimo não apenas em 2010.
"Queremos uma política de valorização das aposentadorias, assim como existe o projeto para o salário mínimo. Tem de ser em 2010 e em 2011", declarou o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.
"Poderá ser um percentual do PIB. É uma proposta que foi colocada por nós e pelo governo. Pode ser 50%, 70%", declarou o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique. A Folha apurou que o acordo deverá ser fechado em torno de 50% do PIB de dois anos antes. (Leia mais na Folha)

Crise não afeta alimento, bebida e limpeza e higiene

Consumo desses produtos não se alterou e houve até a inclusão de novos itens entre as classes de menor renda. O consumo de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza ficou imune à crise e até se sofisticou no primeiro semestre deste ano. As classes de menor renda, D e E, incluíram cinco itens na lista de compras: achocolatado em pó, caldo, iogurte, leite longa vida e salgadinho. Esse movimento contraria o que normalmente ocorre em outras épocas de aperto econômico, quando os produtos básicos ganham força.
Com isso, houve um acréscimo tanto de quantidades como de gastos. Entre janeiro e junho, as famílias brasileiras compraram um volume 14% maior de bens não duráveis e ampliaram em 19% o desembolso com esses itens em relação a igual período de 2009, revela pesquisa da LatinPanel. "Foi o melhor primeiro semestre para esses produtos desde 2006 em termos de taxa de crescimento anual", afirma a diretora comercial da LatinPanel e responsável pela pesquisa, Christine Pereira. A enquete consulta semanalmente 8,2 mil domicílios para avaliar as compras de mais de 70 categorias de produtos, o que representa 91% do potencial de consumo domiciliar do País.
Além da inflação sob controle que deu mais poder de compra aos salários, houve no primeiro semestre deste ano migração de consumo de bens financiados para aqueles comprados à vista, como alimentos e itens de higiene e limpeza. Situações novas como a lei seca e a gripe suína reforçaram a tendência de gastar mais com produtos consumidos dentro de casa, explica a diretora. Ela acredita que a lei antifumo deve intensificar essa tendência nos próximos meses.
Das quatro cestas de itens pesquisados, o maior crescimento em volume ocorreu nos alimentos, que tiveram um aumento de 15% ante o primeiro semestre de 2008. Em valor, o acréscimo foi de 18% no mesmo período. O fato de a taxa de crescimento em valor ter superado o acréscimo em volume no período ratifica a tendência de compra de itens mais sofisticados, observa Christine. Tanto é que, tirando o detergente em pó, que é um item de consumo básico, os quatro produtos que apresentaram as maiores taxas de crescimento de consumo para todos os estratos sociais no primeiro semestre são aqueles mais sofisticados. Nesse rol estão iogurtes, sucos em pó, leites aromatizados e molhos.
De acordo com a pesquisa, a cesta de produtos que apresentou maior taxa de crescimento em valor foi a de produtos de higiene. No primeiro semestre deste ano, os gastos aumentaram 26% na comparação com os mesmos meses de 2008. Christine observa que esse crescimento foi puxado pelos itens de maquiagem, colônias, xampus e pós-xampus, além de antissépticos bucais.
A explicação para esse acréscimo, segundo a diretora da LatinPanel, é que, em momentos de crise, quando os consumidores deixam de comprar itens mais caros e viajar, eles costumam compensar essa lacuna com o aumento de gastos com pequenas "indulgências", que são esses produtos de uso pessoal. Segundo Christine, essa tendência positiva para os bens não duráveis em geral deve ganhar força neste semestre, com a recuperação da renda e do emprego estampada nos índices recentemente divulgados. (Leia mais no Estadão)

Melhora a previsão do PIB para 2010

Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que a previsão para a recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 melhorou pela segunda semana seguida, de 3,80% para 4%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de expansão de 3,50%. A recuperação deverá ser liderada pela indústria. Para o mercado, a produção nas fábricas deve crescer 5,05% em 2010, ritmo maior que a média esperada para a economia. (Leia mais no Estadão)

Presidente do BNDES: país crescerá 4% em média até 2012

A economia brasileira deverá apresentar um crescimento de 4%, em média, de 2009 a 2012. A opinião é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Segundo ele, mostra reportagem do Globo, na edição desta segunda-feira, apesar de uma pequena alta entre zero e 1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) prevista para este ano, o "entusiasmo" das empresas está de volta, e o Brasil tem condições de crescer muito acima da média dos países desenvolvidos.

O presidente do BNDES apontou a recuperação da indústria, cujo nível de ocupação deve chegar a 82% no fim deste ano, e o aumento dos investimentos de longo prazo como fatores que devem ajudar a alcançar a média de crescimento de 4% até 2012.

Para este ano, a previsão do banco é de que a taxa de investimentos fique na faixa dos 19% do PIB, insuficiente, na avaliação de Coutinho, para sustentar uma retomada mais forte da economia nos próximos anos. O Brasil, avaliou, precisa elevar seu esforço de investimento e poupança em direção a 23%, 24% ou 25% do PIB, contando também com a ajuda do setor privado. (Leia mais em O Globo)