sexta-feira, 26 de junho de 2009

UGT, através dos esportes, amplia sua política de inclusão social e intercâmbio entre os povos

Secretário da UGT comanda delegação brasileira no Global Games, em Praga

(Postado por José António Martins Fernandes, o Toninho, Secretario para Assuntos de Esportes e Lazer) Entre os dias 4 e 14 de Julho estaremos na República Checa, em Praga, representando a UGT e chefiando a delegação brasileira de 70 atletas do Global Games. A modalidade estimula os atletas com deficiência intelectual e estaremos com uma delegação compostas por equipes de vários esportes. É a primeira vez que o Brasil participa e para honra e orgulho da UGT confirmaremos para o mundo a vocação da UGT em apostar na inclusão social através do esporte. Em Agosto chefiaremos a delegação mundial de atletismo em Berlim. Essas atividades, em nome da UGT e da Federação Paulista de Atletismo são fruto de uma dedicação aos esportes que se iniciou com o apoio do Sindicato dos Eletricitários, também filiado à UGT, quando atuávamos na organização dos trabalhadores nas atividades esportivas dentro da Eletropaulo. Agora, somos também membro eleito do Comité Para Olímpico Brasileiro.

Lula: acordo de trabalho vai reduzir críticas ao etanol

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o termo de compromisso assinado hoje entre trabalhadores da cana-de-açúcar, usineiros e governo, para melhorar as condições de trabalho do setor, vai ajudar a diminuir as críticas que são feitas no exterior à produção brasileira de etanol. Segundo o presidente, o acordo tem entre outros objetivos "resolver essas coisas que eram motivos usados contra nós no exterior".

Ele contou que até trabalhadores do setor de cana-de-açúcar chegaram a ser levados para outros países para criticar o setor sucroalcooleiro. Lula contou, sem dar nomes, que, certa vez, recebeu uma autoridade estrangeira que disse que o trabalho de corte da cana era muito penoso. "Eu respondi que sabia que era um trabalho duro, mas melhor que o trabalho em uma mina de carvão, que foi o que transformou o país dele (da autoridade estrangeira) em uma potência", disse.

Lula, que se autodefiniu como "garoto-propaganda" do etanol no mundo, disse que, há décadas atrás, os trabalhadores e os donos das usinas eram "inimigos de classe, sem sequer se conhecer". Ele ressaltou que, nos últimos anos, começou a haver uma aproximação entre sindicalistas, o PT e os usineiros e deu como exemplo o mandato do atual deputado Antonio Palocci como prefeito de Ribeirão Preto (SP), que ajudou nesse diálogo.

O presidente comparou os usineiros aos evangélicos, afirmando que todos os políticos querem os votos de ambos, mas têm vergonha disso. Segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única), Marcos Jank, o compromisso assinado hoje prevê a adoção de "50 práticas empresariais exemplares" no tratamento dos operários. Um dos principais compromissos assumidos pelas 303 usinas que assinaram o acordo foi a adoção da contratação direta dos trabalhadores que atuam no plantio e no corte da cana, eliminando assim a figura do intermediário, conhecido como "gato". Jank também reconheceu que esse compromisso de melhores práticas "ajudará a aprovar a sustentabilidade do etanol brasileiro".

A assinatura do acordo, realizada no Palácio do Buriti, em Brasília, foi marcado por momentos de bom humor. O presidente Lula recebeu um facão de cortar cana de presente de trabalhadores e, ao posar para a foto com o objeto, disse, sorridente, que aquilo não poderia ser interpretado como um objeto de violência, mas de paz e trabalho. Depois, Lula recebeu uma cesta com alguns produtos fabricados a partir da cana. Ele retirou da cesta o pacote de rapadura, mostrou-o aos repórteres e disse: "Isso é rapadura, é doce, mas não é mole". (Leia mais no Estadão)

Ameaça: 20 mil trabalhadores rodoviários podem perder o emprego

Sob a alegação que o modelo atual do sistema do transporte terrestre corre risco de “colapso”, empresas transportadoras apontam a necessidade de demissão de pelo menos 20 mil trabalhadores com o enxugamento da frota, que passaria de 12,6 mil para 4,2 mil ônibus em todo País.

Essa polêmica, que se arrasta desde o ano passado, está vinculada à licitação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de 1.475 ligações interestaduais de ônibus utilizados no transporte rodoviário.

Licitação em 2010 ­— Ao defender o novo adiamento da licitação para novembro de 2010, a ANTT aponta evidências de falhas nos números fornecidos pelas transportadoras e a necessidade de correção dessas disparidades.

Para tanto, a Agência pretende realizar estudos de demanda entre novembro deste ano e março de 2010, avaliando os períodos de baixa e de alta temporada.

Outro argumento apresentado para o adiamento da licitação é que a ANTT teme praticar “uma irresponsabilidade e colocar em risco o atendimento aos usuários”, segundo o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo.

Sem licitação — Os serviços de transporte interestadual de passageiros nunca foram licitados, o que contraria o MPF e o TCU.

Em decisão recente, os ministros do tribunal reafirmaram a necessidade de licitação e concordaram com a autorização especial, que permite o funcionamento das empresas do setor até dezembro, desde que não haja prorrogação ou extensão da autorização.

O adiamento da licitação ainda está garantido. O diretor da Agência disse que vai depender do pronunciamento do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal, que já foram formalmente informados da intenção da ANTT.

"Não vamos criar fatos consumados", concluiu o diretor. (Agência Diap com Valor Online)

Plano Real, recuperação do mínimo, com proposta das centrais           

Corrigido pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o valor do salário mínimo voltou ao nível dos anos 1970.

Desde a implementação do Plano Real, há 15 anos, a menor remuneração permitida pela legislação brasileira cresceu 116% em termos reais.

O ritmo de expansão foi muito maior no Governo Luiz Inácio Lula da Silva do que no de Fernando Henrique Cardoso. Entre 1995 e 1998, os rendimentos subiram 24% (5,5% ao ano), e de 1999 a 2003, 17% (3,3% ao ano).

A partir de 2004, a elevação foi de 48%, o equivalente a 6,8% ao ano. Autor dos cálculos, o economista-chefe da RC Consultores, Marcel Pereira, chama essa evolução de "o novo milagre brasileiro", numa referência ao período dos anos 1970, em que a economia cresceu a taxas superiores a 8% anuais.

"A implementação do Plano Real foi um marco de reversão na deterioração de valor do salário mínimo, que, desde então, passou a dar sinais de expressiva recuperação. A hiperinflação (1) vivida nos tempos que antecederam à implantação do real corroía completamente o poder de compra do salário mínimo", constata.

Segundo Pereira, após a adoção do plano, a garantia da estabilidade de preços permitiu a recuperação do valor real do mínimo. Isso foi fundamental na melhora do poder de compra da população de mais baixa renda, permitindo a incorporação de milhões de pessoas no mercado consumidor.

"A partir de 2003, o ganho do salário mínimo foi ainda maior, embutindo não só as vantagens da estabilidade conquistada por meio do controle da inflação, como uma proposta política mais ousada na negociação dos valores de aumento junto ao Congresso Nacional", diz.

Previdência — Só na Previdência Social, 17,8 milhões de pessoas recebem um salário mínimo, o que equivale a 68% dos benefícios pagos.

Apesar dos ganhos desde a edição do Plano Real, o valor ainda está bem abaixo do que seria necessário para cumprir a determinação constitucional.

Nos termos da Constituição Federal de 1988, ele deve ser capaz de atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

Na estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), o rendimento deveria subir dos atuais R$ 465 para R$ 2.045,06. (Agência Diap)

Renda de trabalhador cai pelo quarto mês consecutivo, diz IBGE

Taxa de desemprego em maio fica estável, em 8,8%, nas 6 principais regiões metropolitanas do país, indica pesquisa. Mercado de trabalho do país abre poucas vagas, e oferta de emprego formal se desacelera em relação ao mesmo mês do ano passado

A renda real média do trabalhador nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu pela quarta vez consecutiva -1,1% em maio em relação a abril. Para especialistas, o dado é fator de preocupação, ao lado da baixa abertura de novos postos e da desaceleração do emprego com carteira assinada.

Já a taxa de desemprego de 8,8% ficou estável em relação a abril (8,9%). É também a segunda menor já registrada em um mês de maio desde o início da série histórica, em 2002.

O estatístico Cimar Azeredo, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disse que, em maio, o número de pessoas com trabalho cresceu, pela segunda vez seguida, apenas 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior -número insuficiente para cobrir a expansão natural da população em busca de trabalho. O número de desocupados cresceu 13% no período, a maior alta desde agosto de 2006.

No caso do emprego com carteira assinada, houve aumento de 0,2% em relação a abril de 2009 e de 2,1% ante maio de 2008. A expansão acumulada nos cinco primeiros meses do ano, porém, mostra que o mercado entrou em outro patamar de desempenho -foi de apenas 2,9% em 2009, ante 8,6% em 2008.

Em queda — A renda dos trabalhadores, apesar de, na comparação anual, ainda estar 3% acima da verificada em maio de 2008, registrou a quarta queda consecutiva em relação ao mês anterior, desta vez de -1,1%. Segundo Azeredo, a perda ocorreu principalmente entre as pessoas de rendimento maior que trabalham no setor de serviços prestados a empresas (-6,2%), educação, saúde e administração pública (-4,2%) e outros serviços (-1,7%).

A economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados, Thaís Marzola Zara, atribui o pior desempenho da renda a dois fatores: o esgotamento do efeito benéfico da inflação, que, em queda, vinha sustentando os ganhos reais, e o próprio desaquecimento do mercado de trabalho.

Fábio Romão, economista da LCA Consultores, afirma que a concentração da queda da renda no setor de serviços pode estar relacionada à menor organização dos trabalhadores desse segmento. "A indústria tem categorias mais estruturadas. Na área de serviços, que é bastante heterogênea, a participação de negociações é menor."

Os dois, porém, traçam cenários diferentes para o comportamento futuro da massa salarial total, que recuou 0,5% em maio sobre abril. Para Romão, ela começará a se recuperar no segundo semestre. "O efeito da inflação vai sair de cena, mas a melhora na ocupação vai ganhar força", diz ele, para quem o emprego deve crescer nos serviços e na construção.

Para Zara, a massa salarial pode voltar a cair até o fim do ano. Com a estagnação da população ocupada, ela crescia basicamente por causa dos ganhos reais de renda do trabalhador, agora interrompidos. (Leia mais na Folha)