terça-feira, 3 de março de 2009

UGT e as centrais da América Latina na defesa dos trabalhadores da região

UGT acompanha os efeitos da crise na América Latina e Mercosul

(Postado por Valdir Vicente, Secretário de Politicas Públicas da UGT, membro do Foro Consultivo Econômico e Social do Mercosul e membro do Conselho Nacional de Imigração) — Um dos grandes eventos internacionais que ocorrerá brevemente se dará em torno das comemorações do Dia Internacional da Mulher, em Santano do Livramento, fronteira com Rivera, no Uruguai, no próximo dia 8 de Março. A promoção é da UGT (União Geral dos Trabalhadores) através da Comissão de Mulheres, da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CM- CCSCS). A escolha da cidade gaúcha deve-se ao fato de estar localizada na fronteira com o Uruguai, separada apenas por uma avenida. No dia 8 será realizado um ato público com a participação de delegações dos quatro países que integram o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A previsão é reunir pelo menos 10 mil pessoas e para isso contará com a participação das centrais sindicais dessas nações sulamericanas. Participarão as centrais sindicais argentinas CTA e CGT, do Uruguai e do Paraguai. A crise financeira mundial é o pano de fundo de todas as nossas reuniões internacionais. Especialmente na América Latina em que já sofremos com o retorno dos trabalhadores que migraram para a Europa e Ásia. Do Japão já estão de volta cerca de 350 mil dekasseguis, o que significa um corte brusco nas remessas que eram feitas anteriormente para o Brasil e a pressão sobre emprego e renda que esses trabalhadores vão criar, para adaptar sua sobrevivência ao mercado brasileiro. No próximo dia 9 de Março, estaremos em Brasília em reunião no Conselho Nacional de Imigração em que a pauta será os efeitos da crise nos trabalhadores que migram para o Brasil. Continuamos ainda a receber vários trabalhadores, especialmente da Bolívia, que trabalham em condições degradantes em São Paulo, por exemplo.

Leia mais notícias: 

Confiança da indústria aumenta 1,3% em fevereiro, diz FGV

Apesar da segunda alta seguida, indicador é o quarto menor da série e reflete ritmo fraco da economia.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), que mede as expectativas do setor sobre a economia, subiu 1,3% em fevereiro ante mês anterior, após subir 0,5% em janeiro ante dezembro, informou nesta segunda-feira, 2, a  Fundação Getúlio Vargas (FGV). O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos. De janeiro para fevereiro, o indicador subiu de 75,3 pontos para 76,3 pontos, nos dados com ajuste sazonal.  A fundação também aproveitou para atualizar e revisar o dado referente a janeiro. O ICI teria subido 0,8%, e não 0,5%, no primeiro mês do ano. 

Em comunicado, a FGV comentou que, apesar de registrar a segunda evolução positiva consecutiva, o índice ainda reflete um ritmo muito fraco de atividade econômica, sendo o quarto menor da série iniciada em abril de 1995, superando apenas os níveis de outubro de 1998 (71,2 pontos), dezembro de 2008 (74,7) e janeiro de 2009 (75,3).

Na comparação com fevereiro do ano passado, o ICI registrou queda de 33,33%, recuo menos intenso do que a taxa negativa de 36,7% apurada em janeiro, no mesmo tipo de comparação, nos dados sem ajuste sazonal.

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve queda de 0,9% em fevereiro após subir 2,6% em janeiro, na série com ajuste sazonal. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas, que apresentou aumento de 3,7% em fevereiro, em comparação com a queda de 1,5% em janeiro, também na série com ajuste sazonal.

Na comparação com fevereiro do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve quedas de 33,2% e de 33,4%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em fevereiro deste ano. O levantamento para cálculo do índice foi realizado entre os dias 2 e 26 de fevereiro, em uma amostra de 1.072 empresas informantes. (Leia mais no Estadão)

UGT recebe mulheres em situação de rua no Anhangabaú

Através das mulheres que vivem e moram em situação de rua em São Paulo, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo confirmam, neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, a sua opção e preocupação com as famílias paulistanas socialmente excluídas.

No Dia Internacional da Mulher, a UGT receberá no Vale do Anhangabaú as mulheres paulistanas e suas famílias que vivem em situação de rua, moradoras de cortiço, de favelas, sem teto e catadoras de material reciclável. O evento está estruturado para receber 8 mil pessoas, que terão acesso a atendimento social, apoio para recuperação de documentos pessoais e, inclusive, acesso a banhos, corte de cabelos e troca de roupas.

 “A vinculação sócio-econômica necessária para fazer frente à crise inclui, também, a mobilização das mulheres e das famílias vítimas da exclusão social”, afirma Ricardo Patah.

A iniciativa da UGT neste 8 de março é inédita ao mobilizar as famílias em situação de rua através das mães destas famílias e, ao mesmo tempo, buscar o apoio da opinião pública para uma situação que a todos preocupa.

As roupas que serão doadas, por exemplo, estão sendo recolhidas nos bairros, através de ação dos voluntários da UGT e do Sindicato dos Comerciários.

A interação com as nulheres em situação de rua (e suas famílias) no evento do dia 8 de Março criará um novo patamar social para as políticas de inclusão social, que faz parte da bandeira da União Geral dos Trabalhadores.

O evento acontecerá nos dias 7 e 8 de março. No primeiro dia, se concentrará nos aspectos sociais. E o dia 8 de Março, serão realizados shows para a grande confraternização com todas as mulheres paulistanas, com a presença de autoridades e lideranças politica e religiosas. (Leia mais no DCI)

Meirelles: Brasil sairá da crise mais forte do que entrou

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acredita que o Brasil vai sair da crise mais forte do que entrou. No final da reunião extraordinária de ministros das Finanças ibero-americanos, que foi realizada hoje em Portugal, ele disse: "Apesar de ser uma crise grave que afeta fortemente o Brasil, o fato concreto é que as condições favoráveis com que o Brasil atuou nesse contexto e as medidas tomadas fazem com que a expectativa é que o Brasil possa sair dessa crise mais fortalecido do que entrou."

Meirelles comentou as notícias de que a inflação não tem baixado como esperado pelos analistas por causa da crise. "O fato concreto é que a previsão de inflação feita pelo mercado está caindo de uma forma gradual, refletindo a situação e a evolução da economia brasileira. Naturalmente que todos estamos monitorando isso da forma mais cuidadosa possível e aguardando os efeitos de toda essa conjuntura nos diversos indicadores econômicos do Brasil."

O encontro de um dia faz parte da Reunião Extraordinária dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais ibero-americanos e tem como objetivo formular uma posição comum de Brasil, Portugal, Espanha e outros países da América de língua espanhola para ser apresentada na reunião do G-20, em abri

Na reunião realizada no Porto, o tema principal foi a crise internacional. "A crise está surpreendendo a maior parte dos analistas internacionais pela sua dimensão. É a maior crise desde possivelmente a década de 30 e não chegamos ainda a um ponto em que possamos avaliar de fato as suas consequências. Ela foi gerada em outros países, e o Brasil de uma certa maneira importa essa crise." (Mais informações no Estadão)

Venda de carros em fevereiro supera 2008

Com redução de IPI e melhora no crédito, mercado comercializa mais unidades do que no mesmo mês do ano passado. Associação de distribuidores diz que queda no setor foi "apenas estancada'; no caso de caminhões, retração se acentuou, com recuo de 21%.

Na esteira do IPI reduzido e da melhora nas condições de crédito, o mercado de carros bateu em fevereiro o nível do ano passado. No último mês, foram vendidos 191.343 automóveis e comerciais leves, volume 0,15% superior ao de fevereiro de 2008. Na comparação com os meses do ano anterior, essa é a primeira alta desde setembro passado, após o agravamento da crise global.

Já em relação a janeiro, houve acréscimo de 0,85%, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Como fevereiro teve 19 dias úteis, contra 21 em janeiro, a diferença passa a 11%, quando se comparam as médias diárias de vendas nos dois meses.

O resultado, porém, não é motivo de comemoração, segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.

"O que vimos é que as ações do governo, como a redução do IPI e a injeção de liquidez no mercado, aliadas aos descontos oferecidos pelas montadoras e concessionárias, estancaram a queda do mercado. Mas não é o caso de abrir champanhe", diz.

A preocupação maior é com o comportamento das vendas após o fim do prazo de vigência do IPI reduzido, no dia 31 de março. Na avaliação de Reze, o reaquecimento no setor agora ocorreu porque os consumidores anteciparam a compra, contando que depois do fim do benefício haverá um encarecimento dos carros. "Sem a isenção do IPI, os preços vão aumentar 7%. Então, apesar da alta, estamos com a pulga atrás da orelha", afirma.

De acordo com ele, as concessionárias não têm condições de trabalhar com margens mais apertadas para segurar o repasse ao consumidor final. (Leia mais na Folha)

Dia Internacional da Mulher - Evento no Sul discute o papel da mulher 

Serão dois dias de atividades em Santana do Livramento (RS), com a participação de delegações dos países que integram o Mercosul

O papel da mulher no Mercosul, na sociedade, na família, no trabalho, na política e nos espaços de poder será o tema principal das atividades a serem realizadas no dia 7 de março, em Santana do Livramento, na divisa entre o Brasil e Uruguai, como parte da comemoração do Dia Internacional da Mulher. A promoção é da UGT (União Geral dos Trabalhadores) por meio da Comissão de Mulheres da Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CM- CCSCS).

"É nessa cidade do extremo sul do Rio Grande do Sul onde ocorre o maior índice de casos de violência contra a mulher", explica Eleuza de Cássia Bufelli Macari, coordenadora do projeto e secretária-adjunta da Secretaria de Relações Internacionais da UGT.

No dia 8 de março, haverá um ato público com a participação de delegações dos quatro países que integram o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A previsão é reunir pelo menos 10 mil pessoas.

Para Eleuza de Cássia, o evento será uma forma de a CM-CCSCS promover um debate visando garantir às trabalhadoras das nações que formam o Mercosul seus direitos. (Rádio Progresso de Ijui)