sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Acesso dos trabalhadores à comunicação direta com a população garantirá maior participação democrática

Acesso à sociedade brasileira através de espaços nas TVs

(Postado por Marcos Afonso de Oliveira, secretário nacional de comunicação da UGT) — A UGT aplaude e apóia a iniciativa do deputado federal Roberto Santiago, que também é nosso vice-presidente, de ter apresentado um substitutivo, em caráter terminativo, ou seja, não precisa ir a plenário, que foi aprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e que garante a UGT e às demais centrais sindicais 10 minutos a cada seis meses para expor seus pontos de vista para toda a população brasileira. Ganha o Brasil, ganham os trabalhadores. Que poderão apresentar diretamente à população quais são os seus pontos de vista sobre os desdobramentos da economia, da adoção das políticas públicas e seu empenho na busca de um Brasil com mais Educação, mais Justiça Social e, principalmente, mais distribuição de renda. Até o momento, os trabalhadores brasileiros têm apenas as mídias próprias e são dependentes da interpretação dos grandes grupos de comunicação para conseguir fazer chegar suas mensagens até a sociedade brasileira. E nem sempre temos a oportunidade de reafirmar nossos pontos de vista com a clareza que nos caracteriza pois no filtro estabelecido por alguns meios de comunicação, a mensagem dos trabalhadores ganha destaque menor do que as dos grandes grupos econômicos e das instituições vinculadas diretamente ao setor patronal. Com a iniciativa do deputado Roberto Santiago começaremos outra etapa. E caminharemos para um Brasil mãos soberano, com a garantia de voz própria a cada movimento social organizado, entre eles a UGT e demais centrais sindicais.

Sindicalistas podem ganhar tempo na TV
Os deputados aprovaram na quarta-feira uma proposta que concede às centrais sindicais 10 minutos semestrais de transmissão gratuita em emissoras de rádio e televisão em todo o País. A proposta passou pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e seguirá para outras duas comissões. Se for aprovada, não precisa ir a plenário porque tem caráter "terminativo".
De acordo com o texto votado, as emissoras de rádio e de televisão ficam "obrigadas" a transmitir bloco ou inserções de 30 segundos a um minuto de programas das entidades sindicais. O texto estabelece também que os programas deverão ser transmitidos entre as 6h e as 22h das terças-feiras, com a finalidade exclusiva de, segundo diz a proposta, "discutir matérias de interesse de seus representados, transmitir mensagens sobre a atuação da associação sindical e divulgar a posição da associação em relação a temas político-comunitários".

As centrais sindicais tiveram papel fundamental no apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no ano passado elas receberam R$ 81 milhões do imposto sindical, um bolo tributário de quase R$ 2 bilhões formado por um dia de trabalho por ano de toda pessoa que tem carteira assinada.

Os deputados aprovaram o texto sugerido pelo deputado Roberto Santiago (PV-SP) em cima de dois projetos, um do deputado Vicentinho (PT-SP), e outro da deputada Manuela D"Ávila (PC do B-RS). A análise agora caberá às Comissões de Ciência e Tecnologia e Constituição e Justiça.

Segundo a proposta, "as emissoras de rádio e televisão terão direito à compensação fiscal pela cedência do horário gratuito". O projeto diz ainda que o tempo concedido a cada central sindical na TV ou no rádio será proporcional ao número de trabalhadores sindicalizados nos sindicatos a ela filiados, conforme índices estabelecidos pelo Ministério do Trabalho. O texto votado na comissão veda a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos, a defesa de interesses pessoais, partidários ou comerciais. (Estado)

Centrais (entre elas a UGT) ampliam pauta e cobram ajuste no IR

As centrais sindicais apresentaram ontem novas reivindicações ao governo como forma de ampliar as pressões por um aumento real para o salário mínimo. Em encontro com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Carlos Gabas (Previdência), líderes de seis entidades cobraram, além da elevação do mínimo para R$ 580, ganhos reais para aposentados que ganham acima do piso e a correção da tabela do Imposto de Renda.

Em relação ao mínimo, o governo admitiu discutir uma "exceção" para chegar a um valor acima da proposta oficial de R$ 540. Sobre os outros tópicos, nem sequer houve discussão de possíveis porcentuais de ajuste.

Um piso salarial de R$ 580 a partir de 2011 representaria aumento de quase 14% em relação ao valor atual, de R$ 510. Mas regras em vigor, acertadas com as próprias centrais em 2006, preveem que o mínimo seja corrigido pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como não houve crescimento da economia em 2009, o mínimo de 2011 teria apenas a reposição da inflação, chegando a R$ 538 - ou a R$ 540, com arredondamento.

Bernardo e Gabas defenderam a manutenção da proposta oficial, mas em diversos momentos deram sinais de que o aumento poderá ser maior. "Todos concordamos com o critério (de inflação mais variação do PIB). Como não prevíamos a crise, não se pensou que o PIB poderia ser zero ou negativo. Não estamos discutindo mudança no critério, mas se haverá ou não exceção", afirmou o titular da Previdência.

Orçamento. "A bola está com o Congresso. Tem de arrumar dinheiro, alocar dinheiro no Orçamento", disse o ministro do Planejamento.

Bernardo admitiu que a revisão do valor proposto está em análise pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente eleita, Dilma Rousseff. "É evidente que, se o presidente Lula, que está conversando com a presidente Dilma, tiver desejo de fazer alguma inflexão (na proposta oficial), vamos receber um comando e fazer as contas."

O ministro do Planejamento negou que esteja em debate a eventual antecipação, para 2011, do aumento que o mínimo receberá em 2012 - cujo cálculo levará em conta o crescimento do PIB neste ano, estimado em cerca de 7%. "A presidente eleita até fez uma menção sobre isso, mas as centrais não têm interesse. Se o governo não propõe e as centrais não querem, então isso não existe." (Fonte: Estado)

Emprego formal no ano está próximo de 2,5 milhões, diz Lupi

Resultado do Caged relativo a outubro será divulgado nesta sexta-feira.

A geração de empregos com carteira assinada no Brasil está próxima da meta para o ano, de 2,5 milhões de vagas, disse nesta quinta-feira, 18, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

"Vai ser um número bom... estamos aí próximos dos 2,5 milhões", disse Lupi a jornalistas após participar de evento em Brasília.

Na sexta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgará dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a outubro. A previsão do governo para 2010 é a geração de 2,5 milhões de vagas.

No acumulado até setembro, a geração de empregos formais soma 2,201 milhões em 2010.

"Falta pouco para chegar aos 2,5 milhões. Ainda tem o mês de novembro e ainda tem o mês de dezembro, que têm uma queda," disse Lupi. (Estado)

Comércio espera por aumento de dois dígitos nas vendas no Natal

Data mais aguardada pelo comércio, o Natal deste ano promete um incremento de nada menos que dois dígitos nas vendas. A explicação é fácil: com mais dinheiro no bolso, fruto do aumento do emprego e da renda, combinado ao crédito farto, a estimativa é que as vendas possam subir até 15% em comparação ao ano passado.

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) aposta em um crescimento de 12% nas vendas em centros de compras ante o mesmo período de 2009. A demanda maior faz com que o setor varejista aumente também as contratações em aproximadamente 130 mil trabalhadores temporários. O valor médio dos presentes deve variar entre R$ 80 e R$ 110. Alguns consumidores já decidiram antecipar as compras e o clima natalino já chegou às redes sociais.

Nesta quinta-feira, os usuários faziam brincadeiras no Twitter, dizendo qual o presente que gostariam de ganhar. O termo Papai Noel aparecia em quinto lugar na lista dos Trending Topics Brasil (os termos mais postados no microblog): "Papai Noel, me dá seis Rock in Rio Cards??? #rockinrio2011", escreveu o internauta @PoisonLooh.

Só nos shopping centers, as vendas devem saltar 15% em comparação ao mesmo período de 2009. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aponta que entre os presentes favoritos estão artigos de vestuário, produtos eletrônicos, aparelhos celulares, perfumaria e artigos do lar. A associação estima ainda a abertura de 175 mil vagas temporárias de emprego. Os trabalhos incluem atividades de estoquistas, vendedores e equipe interna dos malls.

Na cidade do Rio, as vendas do comércio lojista devem registrar crescimento de 15% no Natal deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa, que representa o melhor resultado em dez anos, foi constatada por uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ).

A pouco mais de um mês para o Natal, quem ainda procura emprego como temporário ainda tem chance de conseguir um posto. De acordo com a Fecomércio-RJ, o comércio ainda oferece vagas para quem busca um trabalho temporário nesse período de festas. Pesquisa feita em 2.407 estabelecimentos do Estado revela que 30,5% dos estabelecimentos pretendem contratar, em média, cinco trabalhadores temporários para o período de fim de ano. (O Globo)

PIB brasileiro deve crescer 7,5% em 2010 e 4,3% em 2011, prevê OCDE

A economia brasileira deve ter expansão de 7,5% neste ano, reduzir o ritmo de crescimento em 2011 para 4,3% e retomar a trajetória de avanço em 2012, quando deve apresentar ampliação de 5%. Os dados fazem parte do relatório Perspectivas Econômicas, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O organismo acredita que a economia do país deve se beneficiar da expansão robusta do crédito e dos ganhos na renda, que sustentam o consumo privado. "Maciços projetos de infraestrutura devem ajudar a elevar as taxas de crescimento nos próximos anos", acrescentou.
A OCDE notou que a inflação deve ficar acima do centro da meta de 4,5% nos dois anos à frente, com os efeitos da recente apreciação do câmbio se dissipando.
Observou ainda que o banco central brasileiro interrompeu o ciclo de aperto monetário e atuou para evitar um fortalecimento maior do real. "Os estímulos monetários remanescentes, injetados durante a crise global, devem ser rapidamente retirados para evitar o aumento das pressões inflacionárias", alertou. (Valor)