sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Deputado Roberto Santiago (PV-SP) e vice-presidente da UGT pela segunda vez na lista dos “Cabeças do Congresso”, divulgada pelo Diap

Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas.

Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, rticulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber idéias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.

Além de Roberto Santiago, constam da lista dos 100 “Cabeças” do Congresso, mais 61 deputados e 38 senadores. (Da Redação da UGT)


Leia o clipping do dia, por favor:


Câmara e STF negociaram aviso prévio
Orientação para que deputados votassem o tema partiu dos ministros do Supremo, que preparavam decisão. Empresariado pedia adiamento do debate por conta da crise econômica; líderes acertaram votação.
A votação do projeto que aumentou para até 90 dias o tempo do aviso prévio foi negociada entre o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Há cerca de duas semanas, Maia participou de reunião com integrantes do tribunal, quando foi alertado de que o julgamento sobre o assunto poderia ser retomado em outubro. A orientação para que Câmara votasse o tema antes partiu dos próprios ministros. Eles afirmaram que depois de uma decisão do tribunal, que definiria os critérios de proporcionalidade do aviso prévio, ficaria difícil para a Câmara regulamentar o tema de forma diversa.
Também argumentaram que o Supremo, quando declarou a omissão inconstitucional do Congresso sobre o tema, ajudou a "desobstruir" as negociações, paralisadas há anos por interesses dos empregadores.
Os ministros convenceram empresários -que pediam ao Supremo o adiamento do debate por causa da crise econômica- a procurar a Câmara e tentar encontrar uma solução por lá, onde teriam mais poder de negociação.
Depois do encontro com os ministros, Maia entrou em contato com representantes dos trabalhadores e dos empresários e repetiu o argumento. Se o Congresso não regulamentasse o aviso prévio, corria o risco de o Supremo decidir por uma proposta que desagradasse a um dos dois lados.
"Dialogamos com os empresários e todos foram muito receptivos. Todos com quem conversamos concordaram que já tinha passado tempo demais sem regulamentação", afirmou Maia. Com uma "janela" aberta no plenário ontem, ele conversou com os líderes, que acertaram a votação do projeto. A possibilidade de pautar o aviso prévio já tinha sido levantada anteriormente entre os líderes, mas o acerto para a sua votação foi feito pouco antes, com a concordância de todos os partidos.
Na noite de anteontem, a Câmara aprovou o projeto de lei que define as regras para o pagamento do aviso prévio proporcional, podendo chegar até 90 dias. O projeto precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. "A Câmara tinha que legislar sobre o assunto. Não podíamos deixar que o Supremo concluísse a votação sem que a Câmara se pronunciasse. O Congresso fez o que deveria fazer", disse ACM Neto (BA), líder do DEM.
O STF julgará agora os pedidos que chegaram antes da lei e, para esses casos que já tramitavam, deverá adotar as regras estabelecidas na nova legislação. A possibilidade será debatida em plenário. "É plausível que se aplique o modelo do Congresso", afirmou ontem o ministro Gilmar Mendes, relator do tema no Supremo. (Folha)

Bancários aprovam greve nacional a partir do dia 27

Os bancários reivindicam reajuste de 12,8%, maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade e mais contratações

Em assembleias realizadas hoje (22), bancários de vários Estados do País rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7,8% da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aprovaram a realização de uma greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (27).
Funcionários ligados aos sindicatos dos bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Ceará, Alagoas, Rondônia, Acre, Campinas, Juiz de Fora, Dourados e Campina Grande, entre outros, aprovaram a greve.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5 pontos porcentuais), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade e mais contratações, além de outros pedidos.
Uma nova rodada de negociação com a Fenaban ocorre amanhã (23), às 14h, em São Paulo. Na próxima segunda-feira (26), novas assembleias serão realizadas pelos sindicatos em todo país para avaliar o resultado da nova rodada e organizar a greve. (Fonte:Estado)


Goldman Sachs reduz recomendação de Bradesco, Santander Brasil e BB

O Goldman Sachs reduziu a recomendação de Bradesco, Santander Brasil e Banco do Brasil (BB) de "compra" para "neutro", citando a recente redução do juro básico brasileiro. Para o Itaú Unibanco, a avaliação foi mantida em "compra".

Apesar de citar uma mudança recente no mix de ativos e passivos dos bancos, o Goldman avalia que "juros baixos ainda são prejudiciais para as margens e o resultado final" das instituições brasileiras. Um crescimento mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB) também pode afetar a expansão dos empréstimos e a qualidade dos ativos.

Ao manter a recomendação de "compra" para Itaú Unibanco, a instituição citou que esse banco brasileiro pode apresentar melhora da eficiência em 2012 de modo a neutralizar as perdas de margem. "Além disso, o Itaú Unibanco já iniciou cortes de custos que devem sustentar a lucratividade", acrescentou.

O Goldman também reduziu o preço-alvo das ações dos bancos brasileiros. Para o Itaú Unibanco, o preço-alvo em 12 meses na Bovespa foi reduzido para R$ 36,40 (anterior era de R$ 39,10). Bradesco caiu a R$ 33,60 (antes R$ 36,80); Santander Brasil recuou para R$ 17,50 (antes R$ 19,20) e Banco do Brasil foi cortado a R$ 30,40 (antes R$ 33,60).

O preço-alvo para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ação negociados na bolsa de Nova York) dos bancos também foi reduzido. (Valor)


Para BC, haverá menos juros, inflação e crescimento

Para entender melhor o que pesou na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), ao cortar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, é importante dimensionar o que está escrito no item 18 da ata divulgada ontem. Ele trata do cenário alternativo - construído "sob a perspectiva de um modelo de equilíbrio geral dinâmico estocástico de médio porte" - e indica que, se a crise externa tiver impacto de apenas 25% do que teve a de 2008/09, a atividade econômica doméstica desacelera e a taxa de inflação cai, conforme antecipou esta coluna na semana passada. Em números, isso representaria um adicional de 0,5 a 1 ponto percentual de queda do PIB e 0,5 ponto percentual de redução da inflação. Embora alternativo, esse é o cenário mais realista para o BC.

Mesmo com uma depreciação da taxa de câmbio e a redução dos juros, o Banco Central está convencido de que a taxa de inflação vai ceder em cerca de 2 pontos percentuais de outubro a abril. Isso significa que a variação do IPCA acumulada em 12 meses partiria de cerca de 7% para a casa dos 5% no período de seis meses, caminhando, assim, para o centro da meta de 4,5%.

Dentro desse prognóstico, a autoridade monetária deve reduzir de 4% para 3,5% a projeção de crescimento do país este ano, informação que será comunicada no Relatório Trimestral de Inflação que será publicado no fim do mês.

Mercado continua descrente e o governo não falou sobre 2012 -- É preciso ter em mente, também, que "o governo está determinado a não repetir erros do passado", salientou fonte oficial. Por "erros", segundo essa fonte, entende-se o fato de o Copom ter demorado a reagir ao crash de 2008 e o Ministério da Fazenda ter flexibilizado por tempo demais a política fiscal, combinação que teria levado o país a perder a chance de reduzir o juro.

Desta vez, o ministro Guido Mantega avisou que o "mix" da política econômica será o inverso: rigor fiscal e flexibilização dos juros.

Nesse aspecto, a ata do comitê antecipa que o BC conta com superávit primário consolidado do setor público de 3,15% do PIB para este ano e de 3,10% do PIB nos próximos dois anos. Essas são metas "cheias", sem ajustes de qualquer natureza. Será mais difícil cumprir a meta em 2012 pois a economia estará crescendo menos.

Por esse conjunto de razões o Copom começou a reduzir os juros antes do que o mercado previa e fez um movimento mais audacioso do que a própria presidente Dilma Rousseff imaginava.

Agora, os economistas de bancos estão antevendo mais duas ou no máximo três rodadas de corte da Selic de 0,5 ponto percentual. A curva de juros futuros da BM&F indicava ontem três quedas consecutivas de 0,5 ponto percentual, o que levaria a taxa anual para 10,5% em janeiro.

O BC alega que não se surpreendeu com os índices de inflação dos últimos meses e que já esperava a variação de 0,37% do IPCA de agosto. Para setembro o IPCA pode até ser um pouco maior do que o de agosto, mas seguramente será menor que os 0,45% do ano passado. O que, por efeito estatístico, levará a uma redução da taxa acumulada em 12 meses. De outubro em diante, acredita que os índices serão menores do que os de 2010, ajudados por um processo de desinflação vindo do exterior.

As crises na Europa e nos Estados Unidos vão se refletir no país por vários canais e isso deve aparecer nos próximos seis meses: redução da corrente de comércio, moderação do fluxo de investimentos, condições de crédito mais restritivas e piora no sentimento de consumidores e empresários, listou a ata. Se o crescimento do país já estava se acomodando em patamares mais baixos, o cenário externo vem potencializar a desaceleração doméstica, argumenta o Copom.

As declarações do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, ontem, reforçam as avaliações do BC brasileiro, segundo assessores do governo. Trichet reduziu substancialmente as perspectivas de crescimento da Zona do Euro para este e para 2012 e elevou o tom pessimista em relação ao que esperava em junho.

Este mês a Grécia deve receber a primeira tranche do pacote de socorro, de € 12 bilhões. Como o governo grego não cumpriu as condicionalidades exigidas para contar com esses recursos, as lideranças europeias terão de decidir se concederão algum tipo de "waiver" (perdão) para o país.

Na quarta-feira a Suprema Corte da Alemanha considerou legal o provimento de recursos do país para o fundo europeu de estabilização financeira que vai ajudar a Grécia. No fim de setembro o Parlamento alemão deve aprovar esse aporte. O mesmo terá de ser feito pelos demais parlamentos da União Europeia. A ausência de uma solução para o conjunto dos países com problemas de dívida soberana e a falta de senso de urgência mostram o potencial de duração da crise na Zona do Euro.

O BC avalia que a desaceleração das economias centrais será um processo de longa duração, diferente de 2008, que foi uma crise aguda e rápida. Agora os governos não têm os instrumentos fiscais ou monetários para reagir.

Se há alguma clareza sobre o dramático quadro internacional, o mesmo não se pode dizer dos compromissos fiscais do governo brasileiro. O BC conta com o superávit primário para 2012, mas os ministérios da Fazenda e do Planejamento não explicaram como vão fazer para cumprir a meta. A única indicação para as contas públicas do próximo ano é o projeto de lei do Orçamento que não guarda nenhuma coerência com o discurso recente do governo. (Valor)


Deputados aprovam anistia a bombeiros do Rio e de mais 12 Estados

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira, o Projeto de Lei 2042/11, do Senado, que concede anistia aos policiais e bombeiros militares do Rio de Janeiro, de outros 12 Estados e do Distrito Federal, punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

Foram beneficiados policiais e bombeiros militares dos Estados de Alagoas, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Rondônia e de Sergipe. A anistia se refere aos crimes tipificados no Código Penal Militar (Decreto-lei 1.001/69), que abrange a participação em movimentos por melhorias de remuneração ocorridos entre 1º de janeiro de 1997 e a data de publicação da futura lei.

No caso do Distrito Federal e dos Estados da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins, a anistia se refere ao período de 13 de janeiro de 2010 – data de publicação da Lei 12.191/10 – e a data de publicação da futura lei.

O projeto agora vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. (Agência Câmara)


Crise sacode mercados, e BC age para conter dólar
Instituição vende dólares pela primeira vez desde junho de 2009.
A crise global voltou a sacudir os mercados ontem, provocando desvalorização das ações nas principais Bolsas de Valores do mundo e um novo salto na cotação do dólar no Brasil, levando o Banco Central a vender dólares no mercado pela primeira vez desde junho de 2009. O dólar chegou a ser negociado na manhã de ontem a R$ 1,963 e terminou o dia cotado a R$ 1,895, depois que o BC entrou em campo para reduzir as perdas que variações abruptas da cotação criam para empresas brasileiras com negócios no exterior. Em entrevista em Nova York, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo está pronto para tomar medidas para atenuar os efeitos da crise, e que países emergentes como o Brasil precisam continuar crescendo. "Somos os segmentos hoje que seguram o crescimento internacional", afirmou. (Folha)


Embraer tem 1ª paralisação em dez anos em São José
Os metalúrgicos da Embraer em São José dos Campos (SP) paralisaram ontem as atividades da fábrica por 24 horas. Foi a primeira paralisação na empresa em dez anos. As principais reivindicações dos trabalhadores são a antecipação dos reajustes anuais de novembro para setembro e a negociação de salários diretamente com a empresa. Hoje, ela é feita com a Fiesp. (Folha)


Rio é a capital com maior crescimento da renda do trabalho desde 2003

A evolução do rendimento do trabalho nos últimos anos no Rio de Janeiro apresenta ritmo superior à média observada nas demais regiões metropolitanas do país. O rendimento médio real mensal na capital fluminense aumentou 29% entre 2003 e 2010, enquanto na região metropolitana do Rio a variação foi positiva em 27,5%. O ritmo de crescimento está bem acima da média das metrópoles brasileiras, que foi de 19% no período. É o que revela o estudo “Análise da Evolução Recente do Emprego na Cidade do Rio de Janeiro”, do Instituto Pereira Passos.

O emprego com carteira assinada também cresceu mais na cidade e na região metropolitana do Rio, sendo o dobro do observado na média das regiões metropolitanas incluídas na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE entre 2002 e 2010.

Entre 2003 e 2010, o ritmo de crescimento do rendimento médio das pessoas ocupadas na capital fluminense foi 52,3% superior ao ritmo de avanço nas regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. O cenário positivo para empregos no Rio se acentuou ainda mais nos últimos anos da década passada. Entre 2008 e 2010, o crescimento real do rendimento entre pessoas ocupadas na cidade foi superior ao da média das regiões pesquisadas pela PME do IBGE em 74,7%.

Mas a região apresenta menor crescimento percentual no número de pessoas ocupadas. No total das faixas etárias da população economicamente ativa, a capital fluminense e a região metropolitana do Rio apresentaram crescimento de ocupação de 7,4% e 11,1%, respectivamente. O crescimento médio das regiões metropolitanas pesquisadas foi de 18,9% no período. O resultado comparativamente pior do Rio, segundo o estudo, deriva de uma evolução populacional mais baixa em comparação às médias das metrópoles, significando menor crescimento da mão de obra. (Valor)