terça-feira, 28 de abril de 2009

Aos poucos, o Brasil e seus trabalhadores constroem a saída para a atual crise financeira. Falta, ainda, a retomada plena dos empregos.

Operários fazem protesto em SP por aumento real de 5,5%

(Postado por Moacyr Pereira, secretário de finanças da UGT) O diferencial desta manifestação de trabalhadores da construção civil foi terem tido a visão da importância estratégica que a categoria tem na retomada do crescimento da economia, que passará pela construção de um milhão de moradias e pelo respeito aos direitos dos trabalhadores da construção civil através do pagamento de suas justas reivindicações. E prova também que a classe trabalhadora não tem medo de crise, que sabe analisar o contexto e partir para a mobilização de sua base.

Leia mais: Trabalhadores da construção civil fizeram ontem paralisações de advertência em obras da capital paulista para pedir aumento real de 5,5%, além de perdas da inflação dos últimos 12 meses. A categoria ameaça greve por tempo indeterminado em maio, caso o setor não ofereça aumento até o dia 11.

As paralisações ocorreram ontem entre as 5h e as 12h e tiveram a adesão de 80% dos operários de 9.000 canteiros da cidade, segundo o Sintracon-SP (sindicato dos trabalhadores). Cerca de 20 mil fizeram manifestação na zona sul de São Paulo, segundo Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato.

Para os representantes da indústria, os números dos sindicalistas estão "superestimados". O SindusCon-SP (sindicato da indústria) informou que o trabalho foi "normal" em "praticamente todas" as obras da cidade.

"A manifestação foi totalmente fora de hora porque não interrompemos as negociações. Apesar de o setor ter contratado neste ano, as admissões foram em patamares inferiores às de 2008, cuja média era de 35 mil contratações por mês", diz Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP. (CR) (Leia mais na Folha)

Governo amplia ações para estimular consumo

De novo uma medida acertada do governo. É do consumo que surgem os estíulos para a produção e o emprego. E foi a retração brusca do consumo, muitas vezes fruto de manipulação de alguns setores vinculados à área da especulação, que fez se instalar a percepção da crise. Que agora, com as atuais iniciativas de estímulo ao consumo, com a redução de IPI para automóveis e da linha branca. Falta, ainda, irrigar o crédito para fazê-lo chegar, com juros baixos, aos consumidores populares e aos trabalhadores, principalmente.

Leia mais: O governo está convencido de que é preciso continuar apoiando o consumo para enfrentar a crise global e, para isso, trabalha com duas linhas de ação: desonerações e estímulo ao crédito. Entre os produtos sob análise, destacam-se aqueles do segmento da linha branca, tidos como portáteis, como ventiladores, liquidificadores, batedeiras e torradeiras.

Como mostra reportagem do Globo, a avaliação da equipe econômica é que o estímulo concedido depende do produto. Há casos em que o remédio mais eficiente é melhorar as condições de compra da população e não necessariamente reduzir tributos para baixar preços. Além disso, o espaço para abrir mão de receitas é pequeno, considerando que a arrecadação vem caindo nos últimos meses.

Embora já tenha feito simulações sobre a renúncia fiscal causada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de outros produtos da linha branca representaria, o governo ainda não decidiu. Estudos do governo apontam que o problema da linha branca pode não estar nos preços e sim na falta de crédito, devido à crise.

Na semana passada, o governo reduziu a alíquota do IPI para máquinas de lavar, fogões e geladeiras, o que representou uma renúncia de R$ 173 milhões. Os benefícios concedidos a pessoas físicas e jurídicas já ultrapassam R$ 12 bilhões desde o início da crise mundial no fim de 2008.

Venda de outros produtos crescem — De carona nas vendas até 30% maiores de geladeiras, fogões e máquinas de lavar, beneficiados com o corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), itens como televisão e som também foram mais procurados na última semana.

Lourival Kiçula, presidente da Eletros, que representa as indústrias do setor, disse que, apesar de não ter em mãos os números, fala-se que outros produtos , além dos da linha branca, também venderam mais. Este seria o caso dos aparelhos de Tv. Na rede Tele-Rio, as vendas do produto cresceram 15%, a metada da alta na linha branca. (Leia mais em O Globo)

Mercado melhora levemente estimativa para economia neste ano

O mercado financeiro elevou sua previsão para a performance da economia este ano pela primeira vez em sete semanas. Houve alta da estimativa da inflação neste ano, mas o mercado continuou reduzindo a perspectiva para os preços no ano que vem, segundo relatório Focus divulgado nesta segunda-feira.

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 passou de uma queda de 0,49% na semana anterior para uma retração de 0,39%. Esta é a primeira vez em sete semanas que a projeção para a expansão da economia brasileira este ano é ampliada. O cenário para 2010 foi mantido, apontando crescimento de 3,5%.

Na semana passada, o Boletim Focus aumentou a previsão de retração da economia brasileira de 0,30% para 0,49% em 2009.

As estimativas para a taxa Selic no fim deste ano e do próximos foram mantidas, em respectivamente 9,25% e 9,50%.

O Boletim Focus mostrou que a expectativa é que o corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será de um ponto percentual, para 10,25%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir esta semana e, na avaliação de analistas, o ritmo de corte de juros deve cair, diante dos sinais de recuperação da economia brasileira.

Na última reunião, em março, o Copom reduziu de 12,75% para 11,25% ao ano a taxa básica de juros da economia.

Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, o relatório apontou aumento na estimativa, que passou de 4,23% para 4,30%, interrompendo sete semanas seguidas de queda.

Em março, o IPCA registrou inflação de 0,20%, variação menor do que a alta de 0,55% observada em fevereiro. Foi a menor variação captada pelo índice desde setembro de 2007, quando ficou em 0,18%, e o menor resultado para o mês de março desde o início da série, em 1994.

Já o prognóstico para a inflação no ano que vem caiu, de 4,40% para 4,30%. Os dois números estão abaixo do centro da meta perseguido pelo governo, de 4,50%.

Empresário brasileiro é um dos mais otimistas da América Latina, revela pesquisa

Apesar da crise, o empresário brasileiro ainda é um dos mais otimistas do continente, de acordo com a pesquisa Business Monitor Latin America, feita pela TNS Gallup Argentina com 905 micro e pequenos empresários da América Latina. De acordo com o levantamento, feito em dezembro, no auge da turbulência internacional, apenas os empresários colombianos são mais otimistas que os brasileiros, que por sua vez se igualam aos da República Dominicana. Mais da metade dos entrevistados dos dois países (54%) estima que estará em melhor posição econômica daqui a 12 meses. No caso da Colômbia, o otimismo contagia 62% dos entrevistados.

Em contrapartida, os chilenos e argentinos, principais parceiros comerciais do Brasil no continente, estão com a moral em baixa. No Chile, apenas 37% enxergam um horizonte positivo. Na Argentina, esse percentual é ainda menor: 20%. Além disso, 35% dos empresários argentinos são campeões no quesito de mau humor, porque acham que a situação vai piorar ainda mais.

Patrocinado pela multinacional americana UPS (United Parcel Service), maior empresa de entrega de pacotes do mundo, o levantamento visa a fornecer aos empresários e profissionais um melhor entendimento das motivações das decisões empresariais na América Latina. Para a presidente da UPS Brasil, Nadir Moreno, os números surpreenderam positivamente:

- Esperava uma percepção mais negativa do brasileiro. A preocupação com a crise é notória, mas o otimismo brasileiro está colado com a realidade do país. A economia local está mais bem posicionada.

O otimismo brasileiro e no continente, porém, era bem maior em 2007, no levantamento anterior. Antes da crise, 84% dos micro e pequenos empresários previam melhorias econômicas em sua empresa. No fim de 2008, esse percentual despencou para 47%. No Brasil, em 2007, o grau de otimismo chegava a 89% dos entrevistados e apenas 1% achava que iria piorar. Com a crise, o otimismo caiu para 54% e 20% acham que o cenário tende a ficar ainda mais turvo.

Para Nadir Moreno, os dados podem servir de alerta aos estrategistas do comércio exterior brasileiro:

- Esse pessimismo do Chile e da Argentina pode atrapalhar as relações com o Brasil.

O otimismo brasileiro pode resultar em aumento do emprego. O país se destaca quando se pergunta como as empresas vão lidar com o quadro de pessoal: 38% afirmam que vão aumentar seu quadro e 51% que vão mantê-lo. Em segundo lugar vêm os venezuelanos: 25% vão aumentar seu efetivo e 63% o manterão no mesmo patamar. Mais uma vez, os argentinos aparecem na rabeira: apenas 14% dos ouvidos disseram que vão contratar mais, 69% disseram que não vão nem contratar nem demitir e 14% (o maior percentual regional) afirmaram que vão demitir.

Em geral, a maioria (59%) das pequenas e micro empresas do continente declarou que planejava conservar seu nível de pessoal. Além disso, três de cada dez planejavam aumentá-lo e uma de cada dez, reduzi-lo. Em relação a 2007, esse percentual caiu significativamente com a crise. Na ocasião 58% dos empresários iriam contratar e apenas 36% manteriam os atuais níveis de emprego. (Leia mais em O Globo)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

É o momento certo de acelerar o corte dos juros para aproveitar os cortes do IPI e deixar a classe trabalhadora consumir

Ritmo de corte de juros vai cair

(Postado Por Valdir Vicente) A discussão mais importante desta semana é a redução das taxas de juros. Basta a gente dar uma olhada atenta nas demais notícias reproduzidas abaixo e veremos que existe uma preocupação muito grande do governo com o consumo. Mas como manter o consumo com juros que ainda são os mais altos do mundo? Temos que reduzir os juros para aproveitar os cortes que o governo fez no IPI dos automóveis e da linha branca para permitir que os mais pobres tenham condições de comprar os produtos com o IPI reduzido. Do jeito que estão os juros, ainda fica muito difícil as famílias trabalhadoras terem acesso aos bens, que ajudaria a reaquecer a economia e a gerar e manter os empregos. Os níveis de desemprego começam a preocupar e temos que cortas juros para manter os empregos e o consumo. Essa é a reflexão que deve ocupar todas as lideranças das centrais sindicais nesta semana que antecede ao Primeiro de Maio.

Leia mais: Os sinais de recuperação da economia brasileira, que deve sair de uma recessão no primeiro trimestre deste ano, segundo técnicos do Ministério da Fazenda, levarão o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a voltar a vestir sua carapuça mais conservadora e diminuir o ritmo nos cortes da taxa básica de juros (Selic), aponta reportagem de Patrícia Duarte publicada pelo GLOBO neste domingo.

- Já há sinais de recuperação da economia, e é preciso levar isso em consideração. A política monetária demora nove meses para surtir efeito e, se houver exagero agora, pode acabar obrigando a uma elevação de juros no próximo ano - defende o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.

O Copom volta a se reunir nesta semana e, na avaliação da maioria do mercado, deve cortar a Selic, hoje em 11,25% ao ano, em 1 ponto percentual. No encontro anterior, o corte foi de 1,5 ponto, pegando de surpresa muitos analistas.

Além disso, avalia o economista-chefe da corretora Ativa, Arthur Carvalho, as recentes medidas do governo para estimular o consumo vão entrar na conta, e isso reduz os espaços para cortes mais fortes nos juros.

- A inflação está controlada, não é um problema. Mas o nível de juros que se está buscando (de um dígito) é desconhecido. É bom ter cautela - argumenta. (Leia mais em O Globo)

Lula diz que pânico na sociedade levou à queda no consumo

Para o presidente, notícias sobre a crise afetaram a economia.

Lula destacou medidas do governo para estimular diversos setores.

Governo anuncia redução do IPI de eletrodomésticos

'50% da crise é um pouco de pânico', diz Lula

Lula diz que governo vai ajudar municípios que perderam FPM

Dilma assina em BH o primeiro contrato do pacote habitacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (27) que as notícias sobre a crise financeira nos EUA e na Europa causaram pânico na sociedade brasileira, afetando diretamente o consumo no Brasil.

 “Houve em parte dos brasileiros um certo bloqueio na compra de produtos, que em uma situação normal eles continuariam comprando”, declarou.

Lula salientou que o governo foi rápido ao tomar medidas para reaquecer a economia nacional. Entre elas, ele destacou a liberação do compulsório; a ajuda à indústria automobilística, aos pequenos bancos e à agricultura e o lançamento de um programa habitacional.

 “Numa demonstração de que era necessário para enfrentar a crise fazermos mais investimentos, termos mais ousadia do que se teve em qualquer outro momento da história”, afirmou.

Para o presidente, os números que melhor refletem a melhora da economia são os da indústria automobilística, frizando que em março deste ano a produção foi maior do que em 2008. Outro ponto positivo, segundo Lula, é o varejo, que no último mês foi beneficiado com o corte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)para os produtos da linha branca.

 “Posso assegurar que o Brasil continua sendo um país com maiores possibilidades de sair dessa crise muito fortalecido, porque a crise chegou aqui, mas não chegou na intensidade que ela está nos Estados Unidos”, disse. (G1)

Centrais sindicais sugerem medidas para preservar empregos na crise

Uma política de valorização do salário mínimo, a extensão do seguro-desemprego aos trabalhadores rurais e terceirizados e a ratificação da Convenção da OIT que trata da demissão sem justa causa.

Essas são algumas das propostas de combate aos efeitos negativos da crise econômica mundial nas taxas de emprego apresentadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em audiência promovida, quarta-feira, pela Comissão Especial da Crise Financeira - Área de Serviços e Empregos.

Redução da jornada - Presidente da CUT, Artur Santos sugeriu também a redução da jornada de trabalho, com carga horária de 40 horas, como forma de criação de novos postos de trabalho. Para ele, as empresas beneficiadas por incentivos fiscais deveriam se comprometer a não demitir empregados por certo tempo. Ele afirmou que alguns setores, como o dos bancos, se aproveitaram da crise para demitir sem justa causa, embora não tenham sido afetados, e citou como exemplo o banco Santander.

Horas extras - Já o representante da UGT, Antônio Maria Cortizo, defendeu a limitação das horas extras para criação de novas vagas. Ele assinalou que a UGT, assim como a Força Sindical e a CUT, quer a ampliação da faixa de renda com direito a isenção do Imposto de Renda, como meio de se aumentar os ganhos dos trabalhadores, o consumo e a produção no País.

O relator da comissão especial, deputado Vicentinho (PT-SP), afirmou que deve acatar algumas das sugestões apresentadas pelas lideranças sindicais, como a redução da jornada de trabalho e das horas extras e o compromisso de empresas beneficiárias de incentivos fiscais de suspender demissões. Para Vicentinho, algumas das demissões efetuadas nos últimos meses não têm relação direta com a crise financeira internacional.

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que participou do debate, defendeu mudanças na estrutura de gastos e investimentos do governo federal. Ele lembrou que, nos últimos 10 anos, o governo manteve os indices de superávit primário, em prejuízo dos investimentos.

Na opinião do deputado, os reajustes para adequar a economia à crise devem se concentrar no setor financeiro, que tem lucrado com títulos do governo e altas taxas de juros há muitos anos. Sobre as sugestões dos sindicalistas, ele considerou as mudanças urgentes, pois a participação dos trabalhadores na renda nacional já foi de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje está perto de 38%. “Corremos sérios riscos de ver essa participação ser ainda mais diminuída”, completou. (Fonte: Jornal da Câmara do Deputados. 24/04/2009.)

Os sinais de recuperação da economia brasileira, que deve sair de uma recessão no primeiro trimestre deste ano, segundo técnicos do Ministério da Fazenda, levarão o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a voltar a vestir sua carapuça mais conservadora e diminuir o ritmo nos cortes da taxa básica de juros (Selic), aponta reportagem de Patrícia Duarte publicada pelo GLOBO neste domingo.

- Já há sinais de recuperação da economia, e é preciso levar isso em consideração. A política monetária demora nove meses para surtir efeito e, se houver exagero agora, pode acabar obrigando a uma elevação de juros no próximo ano - defende o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Teles.

O Copom volta a se reunir nesta semana e, na avaliação da maioria do mercado, deve cortar a Selic, hoje em 11,25% ao ano, em 1 ponto percentual. No encontro anterior, o corte foi de 1,5 ponto, pegando de surpresa muitos analistas.

Além disso, avalia o economista-chefe da corretora Ativa, Arthur Carvalho, as recentes medidas do governo para estimular o consumo vão entrar na conta, e isso reduz os espaços para cortes mais fortes nos juros.

- A inflação está controlada, não é um problema. Mas o nível de juros que se está buscando (de um dígito) é desconhecido. É bom ter cautela - argumenta. (Leia mais em O Globo)

Centrais organizam 4 eventos distintos para 1º de Maio

As centrais sindicais estão organizando quatro eventos diferentes em São Paulo para a comemoração do Dia do Trabalho, em 1º de Maio. O da Força Sindical, que pretende reunir 1 milhão de pessoas, será realizado na praça Campo de Bagatelle (zona norte da capital). A União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) farão juntas uma comemoração na Avenida São João (região central), para o qual são esperadas 200 mil pessoas.

Além dessas entidades sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também prepara sua festa. Este ano, a direção da CUT São Paulo decidiu descentralizar a comemoração. Na capital, por exemplo, ocorrerão dois eventos separados, um na zona sul, na Avenida do Arvoreiro, e outro na zona leste, na Avenida Barão de Alagoas. A previsão da central é que os dois eventos deverão reunir cerca de 150 mil pessoas.

O evento da Força Sindical terá shows, sorteio de carros e um ato político, para o qual foram convidados o ministro do Trabalho, Carlos Lupi; a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT); os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), além do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. De acordo com a entidade, a comemoração custará R$ 2 milhões e será paga com recursos dos sindicatos filiados e também de empresas patrocinadoras.

A comemoração unificada da UGT, CTB e Nova Central também terá shows e um ato político, para o qual foi convidado o ministro do Trabalho, entre outros. Essas centrais estimam que a comemoração custará R$ 1,3 milhão e será patrocinada por algumas empresas.

O custo das comemorações da CUT está estimado em R$ 500 mil e será bancado pelos sindicatos vinculados à central. Além da capital, a central prevê a realização de eventos no interior do Estado. Além de shows e do debate político, a CUT prevê a prestação de serviços na festa da zona sul, como a emissão de carteira de trabalho e orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis. A CUT convidou para o evento o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o governador Serra e o ministro do Trabalho. (Estadão)

 

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Surgem sinais tímidos de recuperação da crise financeira, mas para os trabalhadores situação só melhora com retomada dos empregos e dos salários

Concessão de crédito cresce pela 1ª vez desde dezembro

Começamos a ver luz no fim do túnel. A recuperação anunciada e esperada para Março, chega timidamente no final de Abril. O que deve nos animar um pouco, mas sem euforia, pois ainda tem muita água para rolar e muita dificuldade a ser enfrentada. Para os trabalhadores brasileiros a medida da recuperação da crise passa pela recuperação dos empregos e dos salários. Nós existimos socialmente através do emprego, pois apenas empregados, com salários, é que podemos acessar os bens e contribuir para o fortalecimento do mercado interno. Com a chegada do Dia das Mães aguardamos também uma recuperação no comércio e nossos bravos companheiros e companheiras do comércio vão atuar mais uma vez na principal ponta da economia para ajudar o Brasil a sair, aos poucos, desta terrível crise que ainda está longe de ser superada e que deixará marcas na economia mundial e brasileira para sempre.

 

Leia e reflita sobre o clipping das notícias de hoje: Novos empréstimos registram alta de 26,1% em março; estoque de crédito no País sobe para 42,5% do PIB

As novas concessões de crédito no Brasil registraram em março a primeira expansão desde dezembro, com alta de 26,1% ante fevereiro, totalizando R$ 155,732 bilhões, informou o Banco Central nesta quinta-feira, 23. As concessões para pessoas jurídicas evoluíram 28,8% e as para pessoas físicas, aumento de 21,5%.

Já o estoque das operações de crédito no País cresceu 1%% em março frente a fevereiro e acumulou R$ 1,241 trilhão, o equivalente a 42,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 41,8% do PIB em fevereiro.

O saldo de operações com recursos livres no mês cresceu 0,9% em março, enquanto os empréstimos com recursos direcionados tiveram expansão de 1,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de crédito cresceu 25%.

O chefe do Departamento Econômico do BC (Depec), Altamir Lopes, informou que estima crescimento de 14% no crédito este ano, que deve atingir 44% do PIB em 2009. Ele destacou que há uma expansão moderada do crédito depois do travamento no mercado provocado pela crise financeira internacional. Segundo Altamir, embora esteja voltando à normalidade, o crédito ainda está muito concentrado nos bancos públicos.

Segundo dados do Banco Central, as instituições públicas são responsáveis por empréstimos que equivalem a 16% do PIB. Em setembro do ano passado, o número estava em 13,2%. No mesmo período, a evolução do crédito nos bancos privados nacionais foi bem mais discreta, passando de 17,2% para 17,8% do PIB. Entre as instituições privadas estrangeiras, o crescimento também foi menor, de 8,3% para 8,7% do PIB no mesmo período.

Os dados mostram ainda que de setembro de 2008 a março deste ano, o crédito nos bancos públicos cresceu 18,3%, enquanto nos bancos privados nacionais avançou 1,5%, e nos bancos privados estrangeiros, 3,5%, informou Altamir. "Para o crédito voltar à normalidade, esse crescimento precisa ser mais disseminado", afirmou o chefe do Depec, enfatizando que o movimento de retomada do crédito precisa ocorrer nos bancos pequenos e médios, os que mais sofreram com a falta de liquidez.

Nesse sentido, Altamir lembrou a criação do novo Recibo de Depósito Bancário (RDB), que permite captação de recursos nos bancos pequenos e médios com garantia de até R$ 20 milhões do Fundo Garantidor de Crédito.

Habitação — O crédito destinado à compra de imóveis continua com ritmo aquecido de expansão. Em março, o total da carteira de crédito destinado à habitação - com recursos direcionados e livres - apresentou expansão de 2,5% ante o mês anterior, o que aumentou o total para R$ 64,137 bilhões. O porcentual equivale a mais que o dobro do registrado na carteira total de crédito, que teve expansão de 1% em março na comparação com fevereiro.

Em 12 meses, o total das operações de crédito habitacional apresenta expansão de 40,2%, quase o dobro do crescimento da carteira total de crédito do sistema financeiro, de 25% no mesmo período.

Nas operações de crédito livre para as pessoas físicas, o financiamento imobiliário teve taxa de crescimento ainda maior, de 6% no mesmo período. Com a expansão, o montante total passou para R$ 3,679 bilhões. Em 12 meses, essa carteira cresceu 38,1%.

No financiamento imobiliário com recursos livres a pessoas físicas chama a atenção o volume de novas operações (concessões) realizadas em março, que somou R$ 206 milhões em março. A cifra é 48,7% maior que a registrada em fevereiro e 44,7% maior do que o apurado 12 meses antes. (Leia mais no Estadão)

Banco público puxa crédito; privado segura

Bancos estatais elevaram o crédito em R$ 21 bi no 1º trimestre enquanto privados reduziram carteiras em R$ 7,6 bi, diz BC.

Governo usa instituições para segurar crédito na crise e comprar carteiras de bancos pequenos e médios que enfrentam dificuldades.

Os bancos públicos puxaram a expansão do crédito nos últimos meses e ajudaram a garantir a oferta de financiamentos bancários no país, já que as instituições privadas passaram a adotar uma conduta mais conservadora desde o agravamento da crise.

Segundo dados do Banco Central, no primeiro trimestre deste ano os bancos públicos aumentaram em R$ 21,4 bilhões (ou 4,8%) as suas carteiras de crédito, que no mês passado somavam R$ 466 bilhões. Os bancos privados, ao contrário, reduziram seus saldos em R$ 7,6 bilhões no mesmo período, o que corresponde a uma queda de 1%.

Os números do BC mostram que, com o impulso dado pelas instituições públicas, a oferta total de crédito continuou em alta no país, mesmo com a crise. No mês passado, o saldo dos financiamentos ofertados pelo sistema financeiro correspondia a 42,5% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 41,8% em janeiro. Foi o 14º mês consecutivo de alta no indicador.

Desde o início da crise, o governo Lula diz que usará os bancos federais -Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal- para sustentar o crédito no país. Lula, aliás, pressiona BB e Caixa a reduzirem os juros dos empréstimos de forma agressiva para estimular a economia.

Os números mostram ainda que, entre os bancos públicos, a maior expansão do crédito ocorreu nas operações com pessoas físicas, em que o crescimento registrado no trimestre chegou a 9,3%. Já entre os privados, a maior queda foi no saldo dos empréstimos ao setor de serviços, que recuou 7%.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, parte desse movimento é consequência das dificuldades enfrentadas nos últimos meses pelos bancos privados, especialmente os de menor porte.

Com a crise, tanto bancos maiores como grandes investidores -como fundos de investimento e de previdência- passaram a evitar aplicações de maior risco, o que significou uma queda nos depósitos feitos em instituições financeiras pequenas e médias.

Com isso, esses bancos passaram a vender parte de suas carteiras de crédito para bancos maiores. Instituições públicas como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estiveram entre as maiores compradoras. "Os grandes bancos [privados] continuam operando normalmente. Os pequenos e médios é que se retraíram", afirma Lopes.

Já o economista Armando Castelar, pesquisador da UFRJ e analista da Gávea Investimentos, afirma que, com a crise, muitas pessoas e empresas optaram por transferir seus depósitos para bancos públicos, que, em tese, teriam menos probabilidade de quebrar por contarem com garantias do governo.

"Sabendo que existe essa garantia, as pessoas correram para o banco público, que por isso ficou com muito dinheiro em caixa e, portanto, com maior capacidade de emprestar", diz Castelar. (Leia mais na Folha)

Pessimismo de empresários diminui, mostra índice da CNI

O índice de confiança do empresário industrial, medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), apresentou recuperação no início do segundo trimestre em relação ao primeiro.

O índice ficou em 49,2 pontos, dois acima do de janeiro. Na comparação com abril do ano passado, houve uma queda de 12,6 pontos.

Segundo a CNI, o índice abaixo de 50 pontos mostra que a maioria dos empresários ainda não está confiante no cenário econômico.

A recuperação foi puxada pelas grandes e pelas médias empresas. Para os grandes empresários, o índice já está em território positivo, com 51,8 pontos. Para as médias, ainda se situa em 48,8 pontos. No caso das pequenas, recuou 2,7 pontos ante o início do ano, para 46,8 pontos.

Dos 27 setores industriais pesquisados, 19 apresentaram índices abaixo de 50 pontos. Os piores resultados foram observados nas indústrias de álcool e madeira. (Folha online)

Codefat é ampliado, mas presidência segue rotativa

Governo recua de fixar ministro à frente do conselho.

O governo ampliou o número de assentos do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) -colegiado responsável pela gestão de um patrimônio de R$ 180 bilhões-, mas recuou na proposta de acabar com a presidência rotativa do órgão.

Decreto publicado no "Diário Oficial" da União de ontem elevou de 12 para 18 o total de integrantes que compõem o conselho. A ampliação foi feita para acomodar as mudanças ocorridas no mundo sindical desde o ano passado, com a aprovação da lei que reconhece as centrais sindicais e com a fusão e a criação de novas entidades.

A nova composição do Codefat vinha sendo discutida pelo governo havia meses, mas enfrentava resistências por conta da intenção do ministro Carlos Lupi (Trabalho) de acabar com a presidência rotativa.

Lupi queria garantir exclusividade ao ministro do Trabalho, mas entre os conselheiros havia o temor de que isso representasse a criação de superpoderes para o ministro.

"Ainda defendo essa ideia, mas o presidente Lula avaliou a questão e disse que isso poderia causar problemas ao FAT no futuro, dependendo do governo e do ministro. Ele não quer entrar para a história como o presidente que fez isso", declarou Lupi à Folha.

"Essa foi uma decisão do presidente, que tem todo o direito de fazer mudanças", disse o atual presidente do Codefat, Luiz Fernando Emediato, da Força Sindical -central aliada ao PDT de Lupi. Com a presidência rotativa, as bancadas que integram o Codefat (compostas por trabalhadores, empresários e pelo governo federal) revezam-se no comando do órgão a cada dois anos.

Na nova composição, houve o acréscimo de dois conselheiros por bancada. Representam agora os trabalhadores: CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral de Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

A representação dos empresários ficou com as confederações da indústria (CNI), do comércio (CNC), da agricultura (CNA), do sistema financeiro (Consif), de serviços (CNS) e de turismo (CNTur).

O governo também tem seis representantes. Em agosto, haverá nova eleição para presidente, e a tendência é que a cadeira passe para a Confederação Nacional da Agricultura.

FGTS — O decreto também ampliou o número de integrantes do Conselho Deliberativo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que tem o ministro do Trabalho como presidente. (Folha)

Caixa lança crédito de até R$ 10 mil para turismo na segunda-feira

Conhecer o Brasil pode ficar mais fácil: a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo lançam na segunda-feira o crediário Caixa Fácil Turismo. Nele, o banco vai oferecer linhas de crédito para emprestar até R$ 10 mil, que podem ser pagos em até 24 vezes. No programa, os juros serão mais baixos do que os cobrados pelo mercado.

A liberação do dinheiro poderá ser feita por empréstimo ou cartão e o pagamento, por meio de boleto bancário ou débito em conta corrente. O interessado não precisará ser correntista da Caixa para ter acesso ao financiamento. Já as operações serão realizadas por meio das agências de viagens credenciadas.

A iniciativa foi divulgada no início do mês na 24ª reunião do Conselho Nacional de Turismo. Segundo o vice-presidente de pessoa física da Caixa, Fábio Lenza, o financiamento sai no ato da compra, na própria agência de viagem ou operadoras de turismo.

- É uma linha desburocratizada, semelhante à que foi lançada para o setor de varejo (para a venda de eletrodomésticos). O cliente comprará pacotes de viagem, assim como compra uma televisão - disse.

Algumas operadoras, que serão incentivadas a participar do programa - mediante ganho de taxa sobre a venda - já aprovaram a medida, como a CVC Turismo e TAM Viagens.

- A iniciativa é válida e vai facilitar o acesso das classes sociais C e D às viagens, permitindo que mais brasileiros tenham o produto viagem em sua cesta de consumo - acredita o presidente do Conselho de Administração do grupo CVC, Guilherme Paulus. A TAM não fez comentários, mas garantiu presença no programa.

Hoje, a Caixa Econômica Federal tem dois produtos no segmento de turismo. Um é o Cartão Turismo Caixa, que já liberou R$ 700 milhões para os clientes.

O outro é o CDC Turismo, que financia pacotes turísticos para quem recebe salário ou benefício permanente do INSS pelo banco. O gerente do Viaja Mais Melhor Idade da Braztoa (associação das operadoras), Enzo Arns, diz que esse último caso não foi altamente utilizado.

- As operadoras têm condições de parcelamento iguais ou melhores, sem burocracia para aprovar. O mecanismo de compra é mais direto, feito por cheque ou cartão de crédito, e não compromete todo o salário com o consignado. (O Globo)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

UGT defende o fim da discriminação e exige que seguro-desemprego seja ampliado para todos os trabalhadores de todos os setores econômicos

Ministro Lupi recebe centrais para debater ampliação das parcelas do seguro-desemprego

Desde o primeiro momento a UGT foi contra esta discriminação na determinação de quais trabalhadores e de que setores poderiam ter o seguro-desemprego ampliado. O Ministério do Trabalho ao perceber a justeza da ADIn que a UGT impetrou, chamou as centrais para conversar e para tentar nos envolver, também, na redefinição de quais setores gostaríamos de ver incluídos. Nossa resposta é clara: queremos que o seguro-desemprego seja ampliado para todos. Inclusive com a inclusão de todos os estados da federação, todas as categorias profissionais. Aproveitamos a reunião também para exigir do governo uma atitude contra as práticas anti-sindicais de alguns ministérios que prejudicam o financiamento da estrutura sindical.

Leia mais: Sindicalistas solicitaram estender benefício aprovado pelo Codefat a outros setores econômicos. Atualmente 103,7 mil trabalhadores foram atendidos pelas parcelas extras

Ministro Carlos Lupi recebe proposta de ampliação de parcelas do seguro-

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, recebeu na tarde desta quarta-feira representantes das centrais sindicais para avaliar a proposta de ampliação das parcelas do seguro-desemprego para categorias atingidas diretamente pela crise financeira mundial. Atualmente o benefício de receber duas parcelas extras do seguro-desemprego já atende 103, 7 trabalhadores.

Entre os setores lembrados pelas centrais para receber a ampliação do benefício estão os de frigorífico do Mato Grosso do Sul, de metalúrgico do Paraná e de minerais no Pará. De acordo com as centrais, estas áreas também foram bastante afetadas pelas demissões sob efeito da turbulência internacional.

"O pedido das centrais é legítimo, afinal, todos são trabalhadores. Mas temos que estudar porque a medida aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), de ampliação do benefício, prevê estudos técnicos baseados no Caged para comprovar que o setor foi atingido pela crise, através de dados anteriores", afirmou Lupi, salientando que um grupo de trabalho do Codefat será responsável por realizar novos estudos.

A UGT/Nacional, foi representada pelo Vice Presidente e Dep.Fed. Roberto Santiago, Secretário de Relações Institucionais e Presidente do SECEFERGS Miguel Salaberry Filho e o Assessor Roberto Nolasco.  (Fonte: Assessoria de imprensa MTE).

Senna é tema de exposição na cidade de São Paulo

Quando escolhemos homenagear Ayrton Senna o fizemos por causa de sua postura ética e patriótica. Além da determinação permanente de vencer adversidades e conquistas vitórias permanentes. A ponto de quinze anos após o termos perdido no Dia do Trabalho de 1994, Ayrton Senna continua a emocionar os brasileiros e continua um exemplo de solidariedade e de inclusão social através do Instituto Ayrton Senna, brilhantemente gerenciado por sua irmã Viviane Senna. Vamos todos à exposição homenagear Ayrton Senna.

Leia mais: Galeria Prestes Maia recebe carro, troféus e fotos da carreira do tricampeão.

As comemorações do Dia do Trabalho em São Paulo terão uma homenagem ao piloto Ayrton Senna.

O tricampeão de F-1, falecido na data do feriado em 1994, será tema de uma exposição que tem início nesta quarta-feira (22), na Galeria Prestes Maia, localizada no Vale do Anhangabaú.

O evento, que é uma parceria entre os grupos UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e o Instituto Ayrton Senna, terá a Lotus usada pelo brasileiro em 1987, além de diversos troféus e fotos.

A abertura da exposição será às 19h30 (de Brasília), com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e do ministro dos Esportes, Orlando Silva, entre outras personalidades. O público poderá visitar a partir desta quinta, das 9 às 17h. A exposição vai até o dia 15 de maio.

No próximo dia 1º, a morte de Senna completará 15 anos. O piloto perdeu a vida em um forte acidente durante o GP de San Marino, quando estampou seu Williams no muro da curva Tamburello. (UOL)

Lula está construindo um gigante regional único, diz 'Newsweek'

Lula tem demonstrado uma capacidade de agregar valores que tem surpreendido até mesmo alguns setores do movimento sindical e, especialmente, grandes setores da nossa elite. O presidente Lula transforma o Brasil num país sério, com referências democráticas sólidas, apoiado numa economia igualmente bem estruturada. E tudo isso feito por um simples trabalhador, um ex-metalúrgico que coloca o Brasil no cenário mundial, através de alianças com países do dito terceiro mundo, entre eles os que ficam na África, e se coloca também na História para orgulho de todos nós brasileiros.

Leia mais: O Brasil vem se transformando na última década em uma potência regional única, ao se tornar uma sólida democracia de livre mercado, uma rara ilha de estabilidade em um continente conturbado e governada pelo Estado de direito ao invés dos caprichos dos autocratas. A afirmação é feita em artigo publicado na última edição internacional da revista americana Newsweek.

" Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manua "

"Contando com a cobertura da proteção de segurança americana, e um hemisfério sem nenhum inimigo crível, o Brasil tem ficado livre para utilizar sua vasta vantagem econômica de seu tamanho dentro da América do Sul para auxiliar, influenciar ou cooptar vizinhos, ao mesmo tempo conseguindo conter seu rival regional problemático, a Venezuela", afirma o artigo.

Segundo a revista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "preside uma superpotência astuta como nenhum outro gigante emergente".

O artigo foi publicado menos de um mês após Lula ter aparecido na capa da Newsweek, com uma entrevista exclusiva à revista após seu encontro com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.

Poderio militar — A Newsweek observa em seu último artigo que enquanto outros países emergentes e mesmo os Estados Unidos contam com seu poderio militar como forma de afirmação, o Brasil "expressou suas ambições internacionais sem agitar um sabre". A revista observa que quando há algum conflito na região, o Brasil envia "diplomatas e advogados para as zonas quentes ao invés de flotilhas ou tanques". " Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil " O artigo também comenta que o Brasil tem se tornado uma voz mais assertiva para os países emergentes nos temas internacionais, contestando por exemplo os subsídios agrícolas dos países ricos. "Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil. Apesar de ter começado sua carreira política na esquerda, Lula surpreendeu os investidores nacionais e estrangeiros ao preservar as políticas amigáveis ao mercado de Fernando Henrique Cardoso internamente, para a frustração dos militantes de seu Partido dos Trabalhadores. Para a esquerda, ele ofereceu uma política externa vitaminada", diz a Newsweek.

Influência americana — A revista diz que os esforços brasileiros advêm da estratégia "não-declarada" de se contrapor à influência dos Estados Unidos e de dissipar as expectativas de que exerça um papel de representante de Washington", mas que nem por isso o país embarcou na "revolução bolivariana". " Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros"

"Pelo contrário, Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros", diz o artigo. "No fim das contas, o poder do Brasil vem não de armas, mas de seu imenso estoque de recursos, incluindo petróleo e gás, metais, soja e carne."

A revista afirma que isso também tem servido para conter a Venezuela e que a provável aprovação próxima da entrada do país de Hugo Chávez ao Mercosul não é "um endosso aos desejos imperiais de Chávez, mas uma forma de contê-lo por meio das obrigações do bloco comercial, como o respeito à democracia e a proteção à propriedade".

"Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual", conclui a Newsweek. (BBC Brasil)

Equipe econômica admite que Brasil fechará 1º trimestre em recessão técnica

A equipe econômica já admite que o Brasil fechará o primeiro trimestre em recessão técnica, configurada quando há retração do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) por dois trimestres consecutivos. Como mostra reportagem de Martha Beck, publicada na edição desta quinta-feira do Globo, a posição do governo se baseia no fraco desempenho da indústria no início de 2009, com retração de 17,2% na produção em janeiro e fevereiro. Mesmo assim, os técnicos ainda consideram que a economia vai encerrar o ano com crescimento, na contramão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que anunciou na quarta-feira prever queda de 1,3% para o PIB brasileiro em 2009 .

- Existe uma grande possibilidade de o Brasil fechar o primeiro trimestre em recessão técnica diante do resultado da produção industrial. Mas nós ainda acreditamos que vamos ter crescimento positivo este ano -disse ao GLOBO um integrante da equipe econômica.

No último trimestre de 2008, o PIB recuou 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, o pior resultado desde a recessão pós-Plano Collor. Como no início de 2009 não houve uma recuperação da indústria, as chances de recessão técnica aumentaram. (Leia mais em O Globo)

Cai investimento externo na produção

Procura por ações e títulos de renda fixa voltou a aumentar em março, com saldo de US$ 844 milhões na Bovespa.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) foi 39% menor no primeiro trimestre do ano do que no mesmo período do ano passado, de acordo com relatório divulgado ontem pelo Banco Central. Os números da conta de capital mostram que, ao mesmo tempo em que o apetite das empresas estrangeiras por investimentos produtivos está em queda por causa da crise econômica, a procura por ações e títulos de renda fixa brasileiros voltou a aumentar no mês passado, atraída pelas melhores condições oferecidas pelo Brasil.

O fluxo de entradas menos saídas de dólares decorrentes de operações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi de US$ 844 milhões em março, primeiro saldo positivo desde maio de 2008. Nos últimos nove meses, entre junho e fevereiro, a bolsa brasileira havia perdido mais de US$ 17 bilhões de investidores estrangeiros. (Mais informações no Estadão)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

UGT, CTB e NCST promovem Primeiro de Maio Unificado e homenageiam Ayrton Senna com exposição que começa hoje, em São Paulo

Banco Central não descarta novas medidas para reduzir juros

Temos que acelerar a queda dos juros no Brasil a ponto de ser percebido pelo consumidor final. De nada adiantam as boas intenções do governo se o trabalhador já tem um cálculo intuitivo de que qualquer coisa financiada custará o dobro se for comprada a prazo. Trata-se de uma transferência de renda absurda feita através dos juros igualmente absurdos que mesmo em queda ainda colocam o Brasil como o líder mundial neste tipo de especulação, contra os interesses dos trabalhadores, dos consumidores e do País.

Leia mais: O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, não descarta novas medidas para a redução dos spreads bancários - diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e o custo cobrado nos empréstimos ao consumidor. Ele considera que as medidas adotadas pelo BC já surtem efeito na economia, mas é preciso aguardar um pouco mais antes de novas decisões.

- Está havendo redução gradual e algumas medidas já foram tomadas, como o Fundo Garantidor de Crédito e o leilão de dólar sem direcionamento. Estamos aguardando o efeito disso. E, caso seja necessário, poderemos tomar novas medidas - afirmou.

Quanto às mudanças nas cadernetas de poupança, Meirelles informou que, independentemente da decisão do governo, a idéia é "manter a aplicação como grande canal de investimento e preservação de patrimônio da população brasileira, principalmente dos pequenos investidores".

Sobre a vinculação do rendimento à Selic (taxa básica de juros), o presidente do Banco Central disse que o governo "não tem ainda nenhuma decisão" à respeito das mudanças para a caderneta de poupança.

As mudanças no rendimento das cadernetas de poupança vêm sendo discutidas pela área econômica por determinação do presidente Lula. O objetivo é evitar que os grandes poupadores usem esse tipo de aplicação para proteger seus investimentos por causa da queda dos juros de outras aplicações.

Caixa confirma estudo para estimular financiamento de eletrodomésticos

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse ontem que a instituição estuda novas medidas para estimular o financiamento de eletrodomésticos. Reportagem publicada pela Folha ontem informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o Banco do Brasil e a Caixa a abrirem novas linhas de crédito para as financeiras das grandes varejistas. Com essa medida, aliada a outras já adotadas, o presidente espera obter um resultado positivo do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

"Estamos estudando, a partir da redução que o governo fez do IPI dos eletrodomésticos [geladeira, máquina de lavar, fogão e tanquinho], novos lançamentos. Estamos fazendo estudos para ver de que melhor maneira o consumidor pode tomar recursos, para facilitar o acesso ao crédito", afirmou.

"Nossa contribuição vai ser exatamente via parcerias com grandes redes de varejo, porque isso facilita para o consumidor. Ele (...) vai direto a uma loja, (...) escolhe o produto e já teria lá o crédito da Caixa."

Habitação — Coelho falou ainda sobre o programa do governo federal de construção de casas populares, que, segundo ela, tem sido bastante procurado pela população. "O simulador [da Caixa] tinha média de acesso de 74 mil acessos por dia. A partir do lançamento do programa, passamos a ter 450 mil acessos." A procura por informações também cresceu nas agências, disse a presidente da instituição. (Leia mais em O Globo)

Exposição homenageia Ayrton Senna, em SP

A UGT, junto com a CTB e a NCST, dá um grande salto histórico nas suas reflexões em torno do Primeiro de Maio, o Dia Internacional do Trabalho. Avançamos porque apostamos na unidade na prática. E, juntos com as demais centrais, provamos que os interesses dos trabalhadores nos unem na ação e, o mais importante, ao homenagearmos Ayrton Senna trazemos para o cenário nossa vocação pela luta continuada, nossa determinação, como era de Ayrton Senna, de buscar sempre a vitória. Sem deixar de lado, em cada etapa, nossa vinculação com os interesses do Brasil, com nosso povo, com nossa gente. Visitem a exposição, venha trocar ideias com as lideranças das centrais que estarão sempre presentes. Participe das homenagens aos trabalhadores, a Ayrton Senna, ao Brasil.

Leia mais: Em parceria com as centrais UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros) e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), o Instituto Ayrton Senna realiza, a partir de quinta-feira (23) e até o dia 15 de maio, na Galeria Prestes Maia, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, a exposição Vitória, para homenagear o piloto Ayrton Senna, os trabalhadores e comemorar os 15 anos do Instituto.

Os visitantes terão acesso à sala Instituto Ayrton Senna, na qual poderão conhecer mais detalhes sobre a atuação da organização que já atendeu, desde sua fundação, em 1994, mais de 11,5 milhões de crianças e adolescentes em todo o país, através de programas educacionais.

Outra atração será a sala do personagem Senninha, onde a criançada vai assistir ao filme Para Ser Um Campeão. Os fãs poderão ainda adquirir produtos Ayrton Senna e Senninha, na Senna Store, contribuindo com o trabalho do Instituto, já que 100% dos royalties do licenciamento desses produtos vão para os programas educacionais da organização.

Segundo a diretora-executiva do Instituto Ayrton Senna, Margareth Goldenberg, esta é a primeira vez que a organização tem a oportunidade de expor tantos objetos sobre a trajetória de Ayrton Senna e com entrada gratuita, o que permitirá o acesso do público em geral.

 “Isso só foi possível em função da parceria com as centrais, que arcaram com o custo de produção da exposição”, explica. Além disso, Margareth destaca a doação feita pelas centrais, no valor de R$ 100 mil, que será destinada 100% aos projetos educacionais. (O Fuxico)

Caixa confirma estudo para estimular financiamento de eletrodomésticos

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse ontem que a instituição estuda novas medidas para estimular o financiamento de eletrodomésticos. Reportagem publicada pela Folha ontem informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o Banco do Brasil e a Caixa a abrirem novas linhas de crédito para as financeiras das grandes varejistas. Com essa medida, aliada a outras já adotadas, o presidente espera obter um resultado positivo do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

"Estamos estudando, a partir da redução que o governo fez do IPI dos eletrodomésticos [geladeira, máquina de lavar, fogão e tanquinho], novos lançamentos. Estamos fazendo estudos para ver de que melhor maneira o consumidor pode tomar recursos, para facilitar o acesso ao crédito", afirmou.

"Nossa contribuição vai ser exatamente via parcerias com grandes redes de varejo, porque isso facilita para o consumidor. Ele (...) vai direto a uma loja, (...) escolhe o produto e já teria lá o crédito da Caixa."

Habitação — Coelho falou ainda sobre o programa do governo federal de construção de casas populares, que, segundo ela, tem sido bastante procurado pela população. "O simulador [da Caixa] tinha média de acesso de 74 mil acessos por dia. A partir do lançamento do programa, passamos a ter 450 mil acessos." A procura por informações também cresceu nas agências, disse a presidente da instituição. (Leia mais na Folha)

Receita vai discutir com sindicatos desoneração de renda do trabalho

A Receita Federal pretende ouvir centrais sindicais para discutir a tributação sobre a renda do trabalho. A informação é do coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Secretaria da Receita Federal, Marcelo Lettieri. Ele afirmou que agora o objetivo do órgão é ouvir todos, e não somente os representantes dos setores produtivos, como o automobilístico, construção civil e agricultura, beneficiados com desonerações para estimular a economia em crise.

- A secretária [da Receita, Lina Vieira] sempre diz que pretende ouvir todos. Ela disse que não vai ouvir só o setor produtivo, mas também os trabalhadores. Então, já entrou em contato para ouvir as centrais sindicais. Ela, juntamente com o Ipea [o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], vai discutir a tributação sobre a renda do trabalho de forma aberta - disse, em entrevista à Agência Brasil.

Otimista, Lettieri vê crescimento de 2% para a economia (Produto Interno Bruto - PIB) em 2009 e critica as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil, por achar que a instituição está contaminada pelas conjunturas européia e americana. Ele cobrou ainda do Banco Central uma política rápida de redução dos juros.

- Se a gente tiver nessa política monetária uma resposta mais rápida, a gente chega a 2% tranqüilamente - enfatizou.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se nos dias 28 e 29 deste mês para definir a taxa básica de juros, a Selic.

UGT vai ao Supremo contra o governo

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) entrou ontem com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que todos os trabalhadores demitidos recebam duas parcelas extras do seguro-desemprego e não só os das indústrias metalúrgica, mecânica, têxtil, química, automobilística e de borracha demitidos em dezembro, como determinado pelo Ministério do Trabalho. Segundo a UGT, a Constituição garante tratamento isonômico a todos.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, desde setembro mais de 700 mil trabalhadores perderam o emprego, mas apenas 103 mil têm o direito de receber duas parcelas a mais. (IG)

 

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Percebemos grandeza de propósitos na Cúpula das Américas

UGT na Cúpula das Américas

Como participante da Cúpula das Américas, a UGT esteve presente em todas as discussões relacionadas com as saídas para a crise financeira mundial e nos envolvemos, também, numa das principais questões que é o término do embargo a Cuba. Pela primeira vez, um chefe de Estado de um pequeno pais como são as ilhas Trinidad e Tobago assinou o documento final. Entregamos, também, um documento em que demos ênfase na superação da crise, e sugerimos se optar por uma série de alternativas antes de demitir. Reafirmamos nossa posição contra o racismo e contra a perseguição aos trabalhadores migrantes.

Novas regras podem diferenciar poupadores, diz Lula

Presidente assinala também que governo deve anunciar a redução do preço dos combustíveis após acordo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou neste domingo, 19, em Trinidad e Tobago, que as novas regras para a caderneta de poupança podem vir a diferenciar os "pequenos poupadores" dos "grandes investidores". Questionado se haveria rendimentos distintos para cada grupo, Lula afirmou não saber. Insistiu que o tema é "delicado" e que está sendo estudado com "carinho" pela equipe econômica.

O presidente assinalou ainda que o governo deve anunciar a redução do preço dos combustíveis somente depois de chegar a um acordo com os Estados, que sofrerão perdas na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Mas não deu prazo.

"Nós precisamos fazer a diferenciação entre o pequeno poupador e aquele que quer fazer da poupança um investimento", afirmou Lula, em entrevista ao final da 5ª Cúpula das Américas. "Nós não podemos permitir que a poupança sofra qualquer enfraquecimento e, ao mesmo tempo, não podemos permitir que as pessoas que mais necessitam dessa poupança criem desconfiança sobre esse instrumento financeiro tão importante."

Ao abordar o tema, Lula insistiu que a caderneta de poupança é um instrumento que evita a corrosão das economias dos mais pobres e não pode se converter em uma espécie de "fundo de investimento", gênero de aplicação destinado às pessoas de maior poder aquisitivo. Conforme lembrou, cerca de 93% dos poupadores têm, em suas contas, menos de R$ 5.000. "Vamos tomar cuidado porque, daqui a pouco, tem gente tirando R$ 50 milhões ou R$ 60 milhões e querendo aplicar na poupança. (Se isso acontecer), você mata a poupança", resumiu.

Embora façam um discurso em torno dos "pequenos poupadores", a preocupação do Ministério da Fazenda e do presidente está relacionada também com o financiamento das dívidas do governo. Com a tendência de o Banco Central fazer novos cortes na taxa básica de juros (Selic) - hoje de 11,25% -, a caderneta de poupança pode virar uma opção mais atrativa para o investidor do que os títulos públicos - base dos fundos de investimento.

A remuneração da poupança corresponde à soma da Taxa Referencial (TR) mais 6% ao ano. Em março, essa conta permitiu um retorno de 0,64%. Os fundos de renda fixa, que tiveram rendimento de 0,91%, são grandes compradores dos títulos da dívida pública brasileira. (Leia mais no Estadão)

"Spreads" dos bancos precisam cair ainda mais

Do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em entrevista publicada na edição de hoja da Folha de S.Paulo:

A taxa de equilíbrio de juros no Brasil mudou de patamar? O país pode conviver com uma taxa básica de juros de um dígito?

HENRIQUE MEIRELLES - É um pouco prematuro dizer, pois temos uma conjugação de dois fatores, estruturais e conjunturais. Estrutural é a queda dos prêmios de risco, resultado da gradual estabilização da economia brasileira. As taxas de juros reais [descontada a inflação] já estiveram acima de 20% e hoje estão ao redor de 5%. Mas vêm caindo nos últimos anos de forma gradual, independentemente dos ciclos, de subidas e descidas. Existe, hoje, um movimento cíclico, conjuntural, que é a crise mundial, que leva a uma desaceleração da atividade. Qual será a conjugação desses dois fatores no futuro? O momento é prematuro para ver.

Mas, se tirarmos os efeitos conjunturais, o sr. avalia que vamos voltar à realidade anterior, de juros básicos altos, ou as taxas baixas vieram para ficar e estamos num novo patamar de juros no país?

MEIRELLES - Esse é o ponto.

Banqueiros centrais têm dito que, no próximo ano, diante da política expansionista para combater a crise, o mundo terá de fazer ajustes na sua política monetária. Isso pode acontecer aqui no Brasil?

MEIRELLES - Existem diferenças entre economias. O que estávamos discutindo na pergunta anterior em última análise é qual é a taxa de equilíbrio no Brasil e onde estaremos no final dessa crise em relação à taxa real de juros versus onde estará naquele momento a taxa de equilíbrio. Nos EUA, com as taxas de juros zero, claramente a taxa nominal está baixa. Certamente haverá nos EUA, num certo momento, um aumento de juros. Isso não é necessariamente uma situação aplicável a todos os países, dependerá da situação de cada um. (Leia mais na Folha)

A qualquer sinal negativo, desespero pode voltar ao mercado, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou neste domingo que a crise global não foi resolvida e que não se deve ceder ao que chamou de "otimismo exagerado", diante de sinais de recuperação de alguns setores da economia. Segundo ele, ao primeiro sinal negativo, "todo mundo, de novo, entrará em desespero".

- Não há dúvida de que há sinais importantes de recuperação da economia, e é justo comemorá-los - afirmou Meirelles. - O que não se pode é confundir sinais de melhora com a superação do problema. Já dizem que o Brasil é o porto seguro entre os emergentes. Vamos devagar... O otimismo exagerado pode levar a novas decepções.

- Temos que nos acautelar, porque notícias negativas podem aparecer - afirmou Meirelles.

Ele deu como exemplo os dados do PIB (soma de bens e serviços produzidos no país) no primeiro trimestre, que só devem ser divulgados em junho - e podem chegar já num momento de recuperação. (O Globo)

Shoppings de São Paulo vão abrir 12.600 vagas de emprego até o fim do ano

Até o fim do ano, cidades da Grande São Paulo e do interior do estado vão ganhar cinco novos shoppings. Juntos, somam 184 mil metros quadrados de área construída - o tamanho do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Além dos novos empreendimentos, outros três estão sendo ampliados. Ao todo, mil lojas serão inauguradas e, pelo menos, 12.600 empregos diretos, criados. A maioria é para os cargos de vendedor, atendente, segurança, recepcionista, ajudante de limpeza, além de gerente a auxiliar administrativo. O cadastro pode ser realizado nos próprios shoppings ou nas grandes redes de lojas.

Nos próximos dois meses, três centros de compras vão abrir as portas. O Shopping Praça da Moça, de Diadema, tem inauguração prevista para o final de maio. Em junho, começam a atender o público o Shopping União de Osasco e o Outlet Premium, em Itupeva. Em novembro, serão abertos o Shopping Vila Olímpia, na capital, e o Villàgio Shoppig, em Sorocaba. De acordo com a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), o país conta com 379 grandes centros de compras, que atraem por mês 325 milhões de consumidores. A previsão é de que 24 novos empreendimentos sejam inaugurados neste ano, o que representa crescimento de 8%.

Na capital, três shoppings vão aumentar a oferta de serviços até dezembro. O Shopping Pátio Higienópolis terá cem novas lojas. O Raposo Shopping ganhará mais 40. O Shopping Paulista vai abrigar mais salas de cinema, cinco restaurantes e até um spa.

- O shopping é a grande solução de lazer nos tempos de crise. Ali, é possível ir ao cinema, comer bem, além de ser um lugar seguro. Sem dúvida, é um setor que fica em evidência nesses períodos - comenta Bayard Lucas de Lima, da Brascan Shoppings Centers, uma das maiores de empreendedoras do setor.

 

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mercado interno, sustentado pelos trabalhadores e suas famílias, é a grande esperança para sairmos da crise

Varejo dribla crise e vendas crescem 1,5% em fevereiro

(Postado por Enilson Simões de Moura, o Alemão) Infelizmente, tivemos que ter uma crise no Brasil, depois de termos experimentado o gostinho do crescimento da nossa economia, para aprendermos a valorizar o mercado interno e a atuação direta que os trabalhadores e suas famílias têm na sustentação deste mercado. Todas as notícias recentes sobre sinais de recuperação passam pelo vigor do nosso mercado interno, que deveria e deverá ser muito maior, incluindo milhões de brasileiros e brasileiras que ainda foram deixados de fora. A recuperação que acontecerá, porque nós somos muito maiores que esta crise, deverá valorizar os trabalhadores e seus salários, a inclusão social, a distribuição de renda. Porque as elites que controlam a grande maioria da riqueza do País, investem lá fora, em paraísos fiscais. E os trabalhadores gastam aqui no Brasil, dentro do mês, tudo o que ganham. Dando sustentação ao nosso mercado interno.

Leia mais: Para IBGE, o bom desempenho reflete a continuidade do aumento da massa salarial

O comércio varejista fechou o mês de fevereiro ainda imune aos efeitos mais intensos da crise econômica que estão derrubando a produção industrial. As vendas do varejo aumentaram 1,5% ante janeiro e subiram 3,8% ante fevereiro do ano passado, puxadas especialmente pelo consumo de alimentos. Para o técnico do IBGE, Reinaldo Pereira, a continuidade no aumento da renda dos trabalhadores está beneficiando o setor.

No primeiro bimestre o varejo acumulou expansão de 4,9% e, em 12 meses, de 8,0%. Até mesmo o índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência pelo IBGE, registrou uma alta de 0,93% no trimestre encerrado em fevereiro ante o terminado em janeiro. O índice mostra uma aceleração ante os resultados apurados desde o início da crise e é o maior desde maio do ano passado.

Segundo Pereira, o bom desempenho do comércio varejista reflete a continuidade do aumento da massa salarial, com manutenção do consumo doméstico. Ele explica que a massa de salários das principais regiões metropolitanas do País, apurada pelo próprio instituto, aumentou 6,2% em fevereiro deste ano ante igual mês do ano passado.

De acordo com Pereira, a crise ainda não afetou o mercado de trabalho no Brasil como ocorreu em outros países, o que ajuda o varejo. "Ainda há restrição de crédito, a crise está instalada no País e há incertezas, mas não existe um problema grave de desemprego, a massa salarial continua em alta e a inflação controlada garante um aumento na renda real, tudo isso está ajudando o mercado interno e o varejo", disse.

O segmento de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso (cerca de 30%) na pesquisa, registrou aumento de 5,6% nas vendas em fevereiro ante igual mês do ano anterior, respondendo por mais de 70%, ou 2,8 pontos porcentuais, da expansão das vendas totais do varejo no período (3,8%).

Ante janeiro de 2009, as vendas do segmento cresceram 2,9%. Segundo Pereira, as vendas de alimentos continuam sendo beneficiadas pelo aumento da massa salarial e, ainda, pela queda nos preços de alguns produtos alimentícios. (Leia mais no Estadão)

Lula vai discutir com equipe econômica mudanças no cálculo de rendimento da poupança

Essa movimentação do governo federal em torno da poupança é muito perigosa. Pois qualquer mexida no rendimento tem que ser muito bem explicada para que não gere na população uma sensação de insegurança em relação à poupança. Vamos acompanhar de perto, avaliar como o governo vai atuar para evitar que a poupança possa ser utilizada por especuladores. Mas sem deixar cair a sensação de segurança, que é o grande estímulo para que os brasileiros sejam incentivados a ampliar e muito nossa capacidade de poupar.

Leia mais: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou hoje (16) que vai discutir com a equipe econômica mudanças no cálculo do rendimento da caderneta de poupança. Segundo ele, o objetivo é evitar que, com a queda da taxa de juros, grandes investidores migrem para a poupança.

 “Na medida em que começa a cair a taxa de juros, você precisa ter um equilíbrio, porque senão não é mais poupança. Passa a ser investimento”, disse Lula. “Daqui a pouco, as grandes multinacionais vão querer colocar dinheiro na poupança. Por isso, precisamos ter cuidado para não quebrar um sistema que funciona adequadamente”.

Embora tenha hoje despacho com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente afirmou que nenhuma medida relacionada à poupança sairá nesta quinta-feira. O governo, disse ele, vai cuidar do assunto com muita cautela, para preservar “o que temos de mais sagrado, que são os poupadores brasileiros”.

O presidente Lula deu as declarações em entrevista à imprensa, após participar da cerimônia com novos oficiais-generais das Forças Armadas, no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. (Agencia Brasil)

Governo anuncia pacote de R$ 12,6 bilhões para agroindústria

Demorou muito ter sido adotada essa iniciativa do governo federal. A agroindústria é um setor estratégico para nossa economia, onde estamos perdendo milhares de empregos e correndo o risco de comprometer nossa qualidade produtiva. É um setor que tem que ser protegido na crise para não permitir que o Brasil perca sua competitividade internacional, já que somos os maiores produtores de carnes bovina, suína e de frango.

Leia mais: O governo anunciou agora há pouco um pacote de ajuda à agroindústria nacional com R$ 12,6 bilhões em benefícios. As medidas foram aprovadas em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os ministros Guido Mantega (Fazenda), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Paulo Bernardo (Planejamento) estão reunidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da agropecuária nacional.

Uma das principais medidas adotadas foi a criação de uma linha de crédito de R$ 10 bilhões do BNDES para capital de giro de setores da agroindústria muito atingidos pela crise financeira internacional . São eles a avicultura, a suinocultura, a bovinocultura de carne e de leite, a fumicultura, a indústria madeireira, a indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, além de cooperativas agrícolas, entre outros.

O Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop) foi reforçado em R$ 300 milhões e o Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras) recebeu mais R$ 50 milhões, por exemplo. (Mais informações em O Globo)

Fórum debate tecnologias sociais para gerar trabalho e renda sustentáveis

Idéias sobre tecnologias sociais que facilitam a vida dos cidadão é o assunto principal do 2° Fórum Nacional de Tecnologia Social, que termina hoje (15) em Brasília. As tecnologias sociais são iniciativas simples e de baixo custo capazes de gerar trabalho, renda e inclusão social com sustentabilidade.

A secretária executiva da Rede de Tecnologia Social, Larissa Barros, explica que a finalidade é difundir tecnologias sociais que podem ser aplicadas em uma escala maior em outras regiões. “Queremos identificar as tecnologias sociais que respondam aos grandes desafios regionais, a partir dos potenciais regionais e das tecnologias sociais desenvolvida nas regiões.”

Um exemplo é a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), a tecnologia consiste em implantar uma horta em círculos com um galinheiro no centro. As hortaliças servem para o consumo familiar e a comercialização. Segundo o representante da Fundação Banco do Brasil Gilson Calixto, essa tecnologia melhorou a qualidade alimentar e garante uma renda mensal acima de R$ 300 para as famílias que implantaram o Pais.

Desde 2005, o Pais foi implantado para 3,4 mil famílias de todos os estados da região Nordeste, Goiás e Minas Gerais e pretende atender cinco mil famílias até 2010. O custo do material é financiado por parceiros, e cada unidade implantada deverá receber em torno de R$ 8,5 mil.

Outra tecnologia social que ajuda na economia familiar é o Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC). O aquecedor reduz o consumo de energia elétrica com chuveiro, pois consegue aquecer até mil litros de água. Cerca de 13 mil casas no Brasil, já usam essa tecnologia. A instalação pode ser feita em casa com a ajuda de manual disponível no site www.sociedadedosol.org.br.

UGT vai ao Supremo contra o governo

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) entrou ontem com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que todos os trabalhadores demitidos recebam duas parcelas extras do seguro-desemprego e não só os das indústrias metalúrgica, mecânica, têxtil, química, automobilística e de borracha demitidos em dezembro, como determinado pelo Ministério do Trabalho. Segundo a UGT, a Constituição garante tratamento isonômico a todos.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, desde setembro mais de 700 mil trabalhadores perderam o emprego, mas apenas 103 mil têm o direito de receber duas parcelas a mais. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.