sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sinais de avanços na economia precisam ser sustentados por ações políticas para modernizar Brasil

Vendas crescem 8,1% em dezembro e voltam a nível pré-crise

(Postado por Moacyr Pereira) — 2010 começa a engrenar, com sinais animadores na economia, depois de um Dezembro de desemprego. Os trabalhadores e a UGT em especial se mobilizam para um ano em que se reafirmarão os encaminhamentos no Congresso Nacional em torno das 40 horas semanais, sem redução dos salários, pela terceirização sem precarização e pelo controle das demissões imotivadas. A pauta é do interesse da classe trabalhadora e, principalmente, do Brasil. Precisamos modernizar nosso País, rapidamente, se quisermos aproveitar, de fato, as condições que nos são favoráveis. Mas como afirma o presidente Ricardo Patah, de nada adiantam as condições favoráveis se ainda continuar a persistir o atraso em parte do empresariado, que quer manter os ganhos apenas para seus bolsos e o governo não agir com seriedade para enfrentarmos, de vez, o Apagão na Educação.

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Segundo ACSP, alta ocorreu sob base fraca, quando houve queda de 8,7% sobre dezembro de 2007.

As vendas medidas pelas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) aumentaram 8,1% no País em dezembro na comparação com dezembro de 2008, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 21, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A pesquisa é feita em cerca de 2,2 mil municípios no Brasil e inclui vendas feitas a prazo e à vista.

Em nota, a ACSP destaca que o crescimento das vendas em dezembro ocorreu sob uma base fraca, quando houve queda de 8,7% sobre as vendas de dezembro de 2007. "Dessa forma, a alta de dezembro de 2009 representa, basicamente, uma volta ao patamar de dois anos atrás", afirma o texto.

Todas as regiões do País registraram aumento nas vendas. No Sudeste, houve alta de 10%; no Centro-Oeste, de 7,9%; no Sul, de 5,8%; no Nordeste, de 3,9%; e no Norte, de 2,7%. (Leia mais no Estadão)

Funcionários de Furnas param por 24h e ameaçam fazer greve

Empregados protestam contra alteração no Plano de Cargos e Salários; fornecimento de energia foi mantido

Três mil funcionários de Furnas Centrais Elétricas dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo realizam até as 24 horas desta quinta-feira, 21, uma paralisação das atividades. Os trabalhadores acusam a estatal de descumprir termos do Plano de Cargos e Salários (PCS) e ameaçam realizar novas greves, caso não haja acordo entre as partes. O fornecimento de energia, contudo, foi mantido nesta quinta, já que foram preservados turnos para 30% dos funcionários, como prevê a lei.

"Fizemos essa paralisação de 24 horas como uma mensagem de insatisfação. Agora vamos esperar a negociação, que deve ser retomada amanhã. Caso não dê certo, vamos passar para greves de 48 e 72 horas", afirmou o diretor do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Cilas Ponce.

Segundo ele, a progressão salarial prevista no PCS foi reduzida pela estatal e agora os funcionários negociam para receber uma indenização. A compensação, de acordo com o sindicato, foi paga aos empregados da Eletronorte, que assim como Furnas faz parte do Sistema Eletrobrás. "Como a companhia trata alguns funcionários de uma maneira e outros de outra? É contra isto que estamos protestando", afirmou Ponce.

Para cumprir o acordo, segundo o sindicato, Furnas está exigindo que os funcionários retirem as ações que movem na Justiça contra o Plano de Cargos e Salários da empresa. Procurados, os porta-vozes da companhia não foram encontrados para dar declarações. (Leia mais no Estadão)

CENTRAIS FAZEM ATOS POR JORNADA MENOR
Em reunião ontem, as centrais sindicais decidiram intensificar as mobilizações a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Segundo a CUT, os sindicatos incluirão o tema nas negociações coletivas do ano e farão manifestações. No dia 2 de fevereiro, haverá vigília na Câmara dos Deputados para pedir que o projeto seja votado ainda nesse primeiro semestre. (Folha)

Lula sanciona lei que permite abater do IR doações a Fundo Nacional do Idoso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso. Com a nova legislação, sancionada nesta quarta-feira, pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir do Imposto de Renda doações feitas ao fundo, nos âmbitos nacional, estadual e municipal.

O Fundo será gerenciado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) e tem por objetivo financiar programas e ações que assegurem os direitos sociais do idoso e criem condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.

Sua receita virá principalmente dos recursos destinados ao Fundo Nacional de Assistência Social; das contribuições feitas a fundos controlados por Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselhos do Idoso; de recursos destinados no orçamento da União; de contribuições e resultado de aplicações de governos e organismos estrangeiros e internacionais; e de resultado de aplicações no mercado financeiro. (Leia mais em O Globo)

Financiamento imobiliário bateu recorde em 2009, diz Abecip

Os financiamentos imobiliários feitos pelos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que operam com recursos da caderneta de poupança, tiveram alta de 13,3% em 2009, na comparação com 2008. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Foram concedidos R$ 34 bilhões, quantia superior em 6,25% a estimada para 2009 pela Abecip em dezembro para o Morar Bem, de R$ 32 bilhoes.

Do total financiado em 2009, cerca de R$ 13,85 bilhões se destinaram a operações de empréstimo para a construção de novas unidades, enquanto R$ 20,16 bilhões foram para aquisição de imóveis prontos.

O volume de empréstimos constitui um recorde histórico pelo segundo ano consecutivo, diz a Abecip. Os agentes do SBPE financiaram perto de 303 mil imóveis no ano passado, 1% acima do resultado de 2008.

Nos depósitos de poupança, houve captação líquida de R$ 23,805 bilhões em 2009, ante R$ 13,901 bilhões no calendário anterior.

Financiamento imobiliário deve chegar a R$ 50 bi em 2010

Os financiamentos imobiliários feitos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) devem somar R$ 50 bilhões este ano, dos quais R$ 30 bilhões se referem às pessoas físicas e R$ 20 bilhões às construtoras, informou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

A cifra representa uma alta de 47% na comparação com 2009, quando os empréstimos atingiram R$ 34 bilhões. A estimativa para este ano tem como ponto de partida a manutenção das condições de renda e crédito conjugada à retomada dos lançamentos por parte das construtoras.

De acordo com o presidente da entidade, Luiz Antonio França, a estimativa é de que entre 400 mil e 450 mil unidades sejam financiadas, o que seria um "número sem precedentes na história do SBPE".

- Somando as operações do SBPE e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é possível que o número de novos financiamentos se aproxime da casa do milhão-, acrescentou França.

Já a perspectiva para a captação líquida de recursos em contas de poupança é de um crescimento superior a 10% em 2010. No ano passado, essa captação ficou em R$ 23,805 bilhões.

Durante coletiva de imprensa realizada hoje, a Abecip também pontuou que, desde 2006, o valor médio dos financiamentos registra elevação, passando de R$ 70,6 mil em 2006 para R$ 123 mil em 2009.

Por sua vez, o percentual de financiamento em relação ao valor do imóvel passou de 53,2% para 61,1% em 2009. O presidente da Abecip explicou que a alta se deve a uma maior confiança por parte da população no financiamento imobiliário. " Esse percentual pode com certeza chegar a 80% nos próximos três anos " , disse França. (Leia mais no Globo)