segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Abertura e fechamento de empresas serão mais ágeis a partir de 2012


Abertura e fechamento de empresas serão mais ágeis a partir de 2012
O processo de abertura, fechamento, alteração e legalização de empresas deverá ser totalmente integrado em um único ambiente virtual a partir de 2012. De acordo com a Receita Federal, está prevista para o próximo ano a entrada em funcionamento da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Criada pela Lei 11.598, a Redesimé composta por órgãos federais, estaduais e municipais que estejam direta e indiretamente ligados aos registros de empresas.
O empresário que fizer o cadastro na junta comercial, que seria uma das “portas de entrada” à rede, passa a ter acesso a todos serviço disponíveis em uma página na internet. Embora a rede seja gerida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Receita Federal é parceira no projeto com todos os sistemas informatizados integrado ao ambiente do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
As informações serão distribuídas pelos sistemas integrados de forma a permitir que cada órgão receba os dados do interessado, além de formalizar a abertura, regularização, fechamento de uma empresa de forma direta e com a apenas uma comunicação do empresário com a administração pública.
A Receita e o Ministério do Desenvolvimento trabalham para estabelecer a data de estreia do novo sistema online. A entrada em vigor da Redesim estava prevista inicialmente para março de 2012. (Agência Brasil)

País perde R$ 14,5 bi com acidentes em 2011
Brasil tem o quinto maior número de mortes no trânsito do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Dinheiro equivale à arrecadação do ano do Acre, Alagoas, Amapá, Tocantins, Maranhão, Paraíba e Sergipe.
O Brasil deve perder cerca de R$ 14,5 bilhões com acidentes nas estradas federais em 2011 -o que equivale a toda arrecadação de impostos no ano do Acre, Alagoas, Amapá, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins juntos.
Segundo levantamento feito pela Folha com dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da Polícia Rodoviária Federal, os acidentes nas estradas brasileiras já custaram R$ 9,565 bilhões ao país este ano até agosto, o dado mais recente disponível, um crescimento de 4,6% em relação a 2010, descontada a inflação.
Foram 4.768 acidentes com mortes, 43.361 com feridos e 79.430 sem feridos nas estradas federais do país.
"O Brasil deveria adotar um plano unificado de segurança viária, com metas sérias para redução de acidentes", diz André Horta, analista do Cesvi, centro que estuda segurança viária.
Segundo pesquisadores do Ipea, cerca de 60% do prejuízo econômico decorrente de um acidente viário vêm de perda de produção: a pessoa que morre ou fica incapacitada e deixa de produzir.
Os outros custos dos acidentes vêm de atendimento hospitalar, danos ao veículo, entre outros. Segundo o Ipea, um acidente com morte custa, em média, R$ 567 mil.
PACTO PELA REDUÇÃO -- O analista do Cesvi lembra que o Brasil é signatário da resolução da ONU que estabelece entre 2011 e 2020 a "Década de Ação para Segurança Viária". Os signatários se comprometem a reduzir em 50% as mortes em acidentes em dez anos.
A Espanha estabeleceu um plano nacional e conseguiu diminuir em 57% as mortes nas estradas, em sete anos consecutivos de queda.
No Brasil, as mortes nas vias cresceram em média 7% ao ano desde 2004. Em 2010, foram mais de 40 mil - maior registro do Ministério da Saúde em ao menos 15 anos.
O país tem o quinto maior número de mortes no trânsito do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde -atrás de Índia, China, EUA e Rússia. O governo brasileiro propôs em maio um plano de redução de acidentes, que ainda não avançou.
Um dos grandes problemas é que as estradas deixaram de ser eminentemente rurais e se tornaram urbanas.
Na medida que há aumento de fluxo, cresce a chance de acidentes. "E o quadro da polícia rodoviária não aumenta no mesmo ritmo que os carros", diz Horta.
Outro fator por trás da alta dos acidentes foi o aumento no número de motocicletas. Hoje, elas são 22% da frota. Em 2001, eram só 13%.
O aumento se refletiu nas estatísticas de mortes: em 2002, a maior causa eram atropelamentos; desde 2009, as mortes de motociclistas já superam as de pedestres. (Folha)

PIB do Brasil ultrapassou o do Reino Unido
Jornais britânicos divulgaram também que economia nacional é a 6ª maior do mundo.
O Brasil conquistou o posto de sexta maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido, de acordo com pesquisa publicada pelos principais jornais britânicos nesta segunda-feira. É a primeira vez que o país fica atrás de uma nação sul-americana, de acordo com informações divulgadas pelo “Daily Mail”.
A crise bancária de 2008 e a recessão foram fatores determinantes para a queda do Reino Unido, segundo o jornal “The Guardian”, que ainda destaca que a América do Sul tem crescido a partir das exportações para a China e Ásia.
- O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los na economia é um fenômeno novo - comparou Douglas McWilliams, CEO do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, em inglês), consultoria responsável pela pesquisa.
ex-conselheiro britânico, Peter Slowe disse que “o Brasil tem uma variedade de recursos naturais com os quais pode contar”, como o petróleo e minerais da Amazônia.
O primeiro no ranking de maior economia são os Estados Unidos, à frente da China, Japão e Alemanha.
Em 2010, o Brasil foi a sétima maior economia do mundo depois de ultrapassar a Itália. No terceiro trimestre deste ano, porém, o PIB brasileiro ficou estagnado, depois que o consumo das famílias e a indústria tiveram ligeira queda. Para 2012, o BC estima um crescimento de 3,5%, enquanto o ministro da Fazenda prevê uma expansão entre 4% e 5%. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, O Brasil fechará 2011 como o sexto maior PIB mundial, com US$ 2,4 bilhões
Dados recentes divulgados pelo Pnud a respeito do IDH, que mede o desenvolvimento humanos das nações, mostra que ainda existe um abismo separando Brasil e países desenvolvidos, como o Reino Unido (em 28º). De acordo com as últimas estatísticas, o Brasil ocupa a 84ª posição de um ranking com 187 países avaliados. No entanto, quando se leva em conta a desigualdade, o país perde 13 posições, ocupando a 97ª posição no ranking dos países. E, assim, o índice vai para 0,519 — redução de 27,7% sobre o indicador (0,718).
Os cinco primeiros do ranking são: Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. Os cinco últimos classificados são: Chade, Moçambique, Burundi, Níger e República Democrática do Congo(O Globo)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Brasil merece mais



Em seu artigo publicado em 22/12/11, na pág. 3 da Folha de S. Paulo, com o título “O Brasil merece mais”, Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), destaca a importância de o movimento sindical ganhar espaço no Ministério do Trabalho.
E convoca a as centrais sindicais a incluir esta questão na agenda unificada dos trabalhadores.

A seguir, segue matéria: 

São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


RICARDO PATAH
TENDÊNCIAS/DEBATES
O Brasil merece mais
Quem parece ser inoperante é a equipe de inteligência do governo; falta quem informe e previna a presidente sobre a atuação dos seus ministérios
A queda do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, sexto integrante do primeiro escalão do governo abatido pela pesada artilharia da mídia, abastecida pela farta munição dos arsenais "amigos", deixa patente que, mesmo sem oposição relevante no cenário político e partidário, o bloco situacionista se mostra incapaz de sustentar nos cargos os nomes que emergiram da grande costura feita por Lula para eleger e dar governabilidade a Dilma. E suscita uma inquietante pergunta: até onde isso vai?
Nem bem caiu Lupi, após 28 dias de desgastante exposição na mídia, os canhões apontam na direção do ministro petista Fernando Pimentel, do círculo íntimo da Presidência. Mas também há metralhadoras atirando contra o ministro Mário Negromonte, do PP, indicado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner.
E não faltam listas circulando na praça com os nomes que estariam na "fila" para ocupar as manchetes e fotos de capa clamando por degola. A imprensa cumpre o seu papel. Quem parece desatenta, ou mesmo inoperante, é a equipe de inteligência do governo. Falta quem informe e previna a presidente sobre a atuação do ministério em geral.
Onde houver indícios ou provas de malfeitos, que providências saneadoras sejam tomadas. Não é aceitável que Dilma e a nação sejam surpreendidas sistematicamente por denúncias que lançam "suspeitas de corrupção" que sempre acabam com a queda do ministro alvo.
Ministro ou funcionário graduado, de qualquer esfera de governo, tem o mesmo direito garantido a todos os brasileiros pela Constituição, onde está escrito que todos são inocentes até prova em contrário.
Sem tal garantia para o cidadão comum ou para o ministro, como evitar injustiças e linchamentos morais de qualquer acusado?
O Brasil merece mais que isso.
Como presidente da central sindical UGT - União Geral dos Trabalhadores, critico o fato de que nós, do movimento sindical, não fomos mais atuantes no suporte político às ações do Ministério do Trabalho e Emprego, contribuindo para o fortalecimento dos vínculos entre a pasta e o movimento. Esse ministério não pode perder a função de elo entre um governo de caráter popular e a classe trabalhadora.
O pior a fazer agora seria entrar em disputas sobre nomes para a sucessão de Lupi. Fundamental é que tal nome venha do movimento sindical. O Ministério do Trabalho e Emprego deve priorizar e assumir o comando de uma política nacional de qualificação de mão de obra, voltada para a formação de quadros técnicos e apontando para o aumento da competitividade nacional.
Mais importante que o príncipe é o princípio, já ensinava o poeta Torquato Neto. Um novo modelo de Ministério do Trabalho depende de nós. Faço esse desafio a todos os meus companheiros do movimento sindical, entendendo que tal tarefa também deve fazer parte da nossa agenda unitária.
RICARDO PATAH é presidente da central sindical UGT - União Geral dos Trabalhadores.
Desemprego cai à menor taxa desde 2002 com as contratações do Natal
Dados do IBGE, que levam em conta vagas informais, contrastam com o fraco resultado do Caged. O resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado, que previa uma taxa de 5,7% para o mês de novembro.
As festas de fim de ano e a construção geraram em novembro mais 141 mil postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, reduzindo o desemprego a 5,2% -o menor nível desde o início da série histórica iniciada em 2002.
O resultado muda uma tendência de estabilidade apresentada na taxa até outubro, quando estava mais próxima de 6%, disse o gerente de pesquisa de emprego do IBGE, Cimar Azeredo. A população ocupada subiu 0,7%, para 22,8 milhões de pessoas.
Os dados do IBGE contrastam com a divulgação feita há dois dias pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontou o mês de novembro como pior resultado da história, com a geração de 138.247 postos de trabalho, número 69% menor do que há um ano.
Azeredo explicou que o Caged considera apenas os cargos formais de trabalho, enquanto o IBGE leva em conta também as vagas dos trabalhadores informais.
As cidades que ofereceram maior número de vagas nas áreas de construção civil e prestação de serviços, atividades que mais empregaram, foram São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com destaque para o Rio de Janeiro, que abriu 70 mil novos empregos no comércio. A pesquisa abrange também Salvador, Recife e Porto Alegre.
VAGAS TEMPORÁRIAS -- A continuidade das contratações no país só poderá ser confirmada em janeiro, observou o economista, já que em novembro e dezembro a maioria dos empregos são temporários.
"Esse poder de efetivação do mercado é que responde se o mercado está desaquecido ou não", explicou.
No acumulado do ano até novembro, a taxa média de desocupação está em 6,1%. No mesmo período de 2010 o índice era de 6,9%.
O resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado, na avaliação da consultoria Rosemberg & Associados, que previa uma taxa de 5,7% para o mês de novembro.
A consultoria observou porém que isso não significa que a boa notícia terá continuidade em 2012, já que o crescimento do rendimento médio do trabalhador está praticamente estabilizado.
Ela observa ainda que não estão claros os efeitos que a crise externa terá nos empregos brasileiros no primeiro trimestre do ano que vem.
O rendimento médio do trabalhador (R$ 1.623,40) subiu 0,1% em novembro ante outubro e 0,7% em relação a novembro de 2010. O maior salário médio foi pago em São Paulo (R$ 1.723,60) e o menor em Recife (R$ 1.199,70).(Folha)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais de 40% da população acha que pobreza diminuiu nos últimos 5 anos


Mais de 40% da população acha que pobreza diminuiu nos últimos 5 anos
Segundo estudo do Ipea, maior parte dos brasileiros acredita que a promoção de cursos profissionalizantes rápidos seria a maneira mais eficaz de o governo acabar com a pobreza no País.
O desemprego e a falta de qualidade do ensino são as principais causas da pobreza no Brasil, que apresentou recuo nos últimos cinco anos. A conclusão faz parte da mais recente rodada do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), pesquisa que, promovida em agosto pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela a avaliação da população brasileira sobre os bens e serviços públicos.
O levantamento, promovido com 3.796 pessoas de 212 municípios, aponta que a percepção de 41,4% da população é de que a pobreza diminuiu nos últimos cinco anos, enquanto para 29,7% houve um aumento da pobreza no período e para 28,1% não houve mudanças. A avaliação de que a pobreza diminuiu, segundo a pesquisa, é maior no Nordeste (48,5%) e no Norte (46,5%) e menor no Sul (36,1%) e no Sudeste (37%).
O levantamento mostra que para 29,4% da população o desemprego é a principal causa da pobreza, seguido pela falta de qualidade do ensino e a dificuldade de acesso à educação, apontado por 18,4%. A corrupção e a desigualdade social também foram citados como causas da pobreza por 16,8% e 12% dos que participaram da pesquisa, respectivamente. De acordo com o levantamento, a população acredita que é preciso uma renda familiar mensal de R$ 2.090 para não ser considerado pobre, ou seja, uma renda per capita em torno de R$ 523 numa família de quatro pessoas, valor próximo ao atual salário mínimo, de R$ 545. A avaliação da população brasileira, segundo a pesquisa, é de que as principais formas de reduzir a pobreza são por meio da criação de vagas de emprego (31,4%) e a melhora da qualidade do ensino (23,3%).
O Ipea questionou ainda quais poderiam ser as principais políticas implementadas pelo governo federal para acabar com a pobreza no Brasil. A percepção de 18,7% da população é de que deveriam ser promovidos cursos profissionalizantes rápidos, enquanto para 18,6% seria necessário aumentar o valor do salário mínimo.
A avaliação de 12% aponta a necessidade de oferta de bolsas para estudantes e de 11,5% mostra a exigência de maior estímulo para que as empresas contratem pessoas cuja faixa de renda é menor. O levantamento mostra também que, na avaliação da população brasileira, a violência e a insegurança (23%), as dificuldades no acesso ao sistema de saúde (22,3%), a corrupção (13,7%) e o desemprego (12,4%) são os principais problemas recentes do País. (Estado)

Taxa de desemprego diminui, e fica em 5,2% em novembro
A taxa de desemprego ficou em 5,2% em novembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A taxa mostrou recuo em relação aos 5,8% registrados no mês passado, e ficou abaixo do desemprego de 5,7% da População Economicamente Ativa (PEA) registrado em igual mês de 2010. A taxa de novembro é a menor, para qualquer mês, desde o início da série histórica, em março de 2002.
O rendimento real habitual ficou em R$ 1.623,40, o que representou avanço 0,1% sobre outubro deste ano, e aumento 0,7% na comparação com igual mês de 2010. A massa de rendimentos real habitual alcançou R$ 37,4 bilhões, valor 0,6% acima do total registrado no mês anterior, e foi 2,2% maior em relação a novembro do ano passado.
A população ocupada ficou em 22,8 milhões em novembro, o que representa crescimento 0,7% em relação a outubro, e alta de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou 11,2 milhões, o que representa estabilidade em relação a outubro, e avanço 6,8% na comparação com igual mês de 2010, com geração de 708 mil postos de trabalho no período.
A PME abrange as seis maiores regiões metropolitanas do país. (Valor)

Aeroviários entram em greve em São Paulo
A greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra 
Os aeroviários de São Paulo entraram em greve na madrugada desta quinta-feira, 22, e fazem manifestação reivindicando aumento salarial no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo, João Pedro Passos de Souza Leite, a greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra.
"A maior parte dos trabalhadores parados faz parte de apoio em terra, como pessoal de rampa, push back e descarga", explica. Segundo ele, por conta da paralisação, os voos da companhia aérea TAM são os mais prejudicados.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os guichês da TAM eram os que apresentavam maior volume de passageiros nesta manhã. Ao menos seis decolagens da empresa e um da Gol estavam com atrasos até as 7h30.
Para João Pedro, "a tentativa de começar a greve nesta quinta-feira, foi para sensibilizar as empresas aéreas para que ofereçam uma nova proposta para os trabalhadores".
Segundo ele, a paralisação dos aeroviários no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deve começar no final da tarde de hoje. (Estado)

Acordo deve barrar greve nos aeroportos
Sindicatos aceitarão reajuste de 6,5%; Tribunal Superior do Trabalho exige 80% da categoria no trabalho no fim de ano. Categoria vai fazer assembleias hoje; se descumprirem ordem da Justiça, sindicatos podem ser multados.
Sindicatos dos trabalhadores do setor aéreo e as companhias entraram em acordo ontem à tarde. Isso afasta a possibilidade de greve a partir das 23h de hoje.
Folha apurou que os sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que ameaçavam parar, pediram reajuste salarial de 6,5%. A proposta foi aceita pelas empresas e o acordo deve ser assinado hoje.
Anteontem, as empresas fizeram acordo com dois sindicatos de aeroviários (trabalhadores em terra), do Rio e de Manaus, ligados à Força Sindical -reajuste de 6,17%.
Após conversas com a Secretaria-Geral da Presidência e com a Secretaria de Aviação Civil, a CUT resolveu fazer a proposta de 6,5%.
"O acordo [que valerá para todos] foi bom diante do cenário econômico e do prejuízo que as aéreas tiveram", diz Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores no Transporte Aéreo, ligada à Força Sindical.
Apesar da iminência do acordo, o Snea, sindicato das empresas, recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho.
O tribunal determinou que 80% dos trabalhadores deverão estar a postos nas vésperas do Natal e do Ano-Novo, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia aos sindicatos. Estão previstas assembleias hoje em vários Estados.
Para Marlene Ruza, diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a greve continua de pé até segunda ordem.
"Manter 80% só beneficia as companhias", disse Ruza.
RACHA SINDICAL -- Os sindicatos iniciaram as negociações de forma unificada em novembro. Mas a decisão da Força Sindical de criar um sindicato de aeronautas na cidade de São Paulo rachou lideranças.
A CUT abandonou negociações e aprovou indicativo de greve, enquanto a Força seguiu negociando com o Snea.
Em Congonhas e Cumbica, o clima de greve era inexistente ontem.
Entre pilotos e comissários, a afirmação era praticamente unânime de que não haverá greve.
"Para quê fazer uma greve agora, que vai ser certamente considerada ilegal pela Justiça?", disse um piloto que não quis se identificar. (Folha)

Prepare a renegociação de suas dívidas
Se você possui dívidas, principalmente no cartão de crédito ou no cheque especial, e pretende renegociar as condições do empréstimo com seu banco, vale a pena conferir as análises e comentários a respeito do mais recente relatório do Banco Central (BC) sobre as operações de crédito do sistema financeiro nacional, para preparar a argumentação com seu gerente no momento da renegociação do débito.
Os empréstimos para pessoas físicas com atraso superior a 90 dias registraram o expressivo aumento de 50% nos últimos 12 meses, passando de R$ 24 bilhões em 2010 para R$ 37 bilhões em novembro deste ano. Essa é uma péssima notícia para os bancos porque implica na necessidade de reconhecer, nos seus balanços, as possíveis perdas devido à inadimplência dos clientes.
O BC impõem regras prudenciais que, na prática, limitam a possibilidade de concessão de novos empréstimos pelas instituições financeiras caso um volume expressivo de operações anteriormente contratadas não tenha sido quitado no prazo de vencimento estabelecido.
A regulamentação determina que o montante das provisões para eventuais perdas seja proporcional ao total de empréstimos em atraso e mais recentemente, de acordo com o post de AngelaBittencourt no blog Casa das Caldeiras, o BC resolveu olhar o crédito com lupa no Brasil. A partir do ano que vem todas as operações com valores a partir de R$ 1 mil serão monitoradas pelo Sistema de Informações de Crédito (SCR).
Para os banqueiros, a necessidade de provisionar possíveis perdas com empréstimos de liquidação duvidosa em seus balanços significa diminuir a capacidade de geração de lucros de suas instituições. Isso porque em vez de direcionar os recursos do banco para a conquista de novos mercados potencialmente rentáveis, a prioridade passa a ser resolver pendências antigas de operações já contratadas. Se a solução dos problemas for demorada, a instituição corre o risco de perder participação em mercados importantes que estão sendo desenvolvidos pelos concorrentes. Com certeza o seu gerente deve estar sendo pressionado para eliminar as pendências.
Outro efeito colateral do aumento das provisões para empréstimos problemáticos é a elevação do custo de captação de recursos no mercado. Se o volume de operações em atraso aumenta, ficando destacado no balanço do banco, os aplicadores de recursos em títulos da instituição começam a considerar que o risco do investimento é maior e passam a exigir taxas de juros maiores. Como consequência, o lucro do banqueiro diminui, pois ele tem que pagar mais caro para os investidores. É mais pressão sobre o gerente.
Em uma negociação racional, o banco terá todo o interesse em ajustar as condições do seu empréstimo para evitar que você fique inadimplente. Se o seu financiamento já está atrasado, a instituição financeira tem o incentivo para encontrar a solução para a situação o mais rapidamente possível.
Esse é, na média, o atual ambiente geral de negócios dentro das instituições financeiras no Brasil. Considerando este cenário e tendo em vista que o custo do cheque especial e do financiamento do cartão de crédito é proibitivo, evite usar essas linhas de crédito e pesquise condições mais vantajosas.
Não se sinta pressionado e procure fechar um acordo de renegociação de dívidas apenas quando tiver certeza de que será capaz de cumprir as condições pactuadas. (Valor)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nos manter alertas e mobilizados com a crise mundial


Marcos Afonso de Oliveira

Nos manter alertas e mobilizados com a crise mundial
Marcos Afonso de Oliveira, secretário de imprensa da UGT
Por enquanto a crise mundial só piora nos solos europeus e norte-americanos, com reflexos inclusive na Ásia. A Alemanha já antecipa que a crise deve durar os próximos dez anos. Os reflexos, claro, vão chegar ao mercado brasileiro e terão, claro, reflexos na qualidade de vida dos trabalhadores. Por isso, a necessidade de estarmos preparados e mobilizados para, juntos com os líderes políticos brasileiros, agirmos para consolidar nosso mercado interno e, principalmente, proteger os interesses da classe trabalhadora. Não aceitaremos mais, como ocorreram em crises passadas, que as contas fiquem apenas com os trabalhadores. Conta que chega com desemprego, com redução ainda mais drástica nas aposentadorias, com redução dos investimentos sociais em saúde e educação. É hora de avaliarmos de perto a situação nas economias europeias e colocar nossa barba de molho. E aproveitar para ampliar nossa mobilização sindical e cidadã para não sermos surpreendidos com a conta que tende a ser repassada apenas para a classe trabalhadora.

Unctad vê risco de contração global e alerta emergentes
A Agência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) recomendou ontem que os países emergentes e em desenvolvimento preparem planos contra o "contágio contracionista" de politicas econômicas que vem sendo adotadas pelos países ricos.
Para a Unctad, os pacotes de austeridade fiscal dos países ricos estão criando uma "acumulação perigosa" de riscos para a economia mundial. A entidade condenou essa política, insistindo que o alvo deveria ser crescimento e não o combate a déficit público.
Este ano, a maioria dos países desenvolvidos suspendeu ou reverteu as politicas econômicas expansionistas que ajudaram a evitar uma crise global ainda maior depois da choque de 2008.
Agora, por causa da forte queda da demanda, vários países ricos estão à beira de uma nova recessão. E a Unctad se mostra surpresa com a insistência dos governos de concentrar os seus esforços no corte de déficit fiscal e em reduzir a divida pública interna, quando o desemprego bate recorde, os investimentos declinam, o setor financeiro está fragilizado e as famílias têm crescente dificuldades financeiras.
"A austeridade fiscal no cenário atual tornará a situação pior, não melhor. O contágio contracionista afetará todos os países, e os emergentes e em desenvolvimento precisam preparar planos de contingencia", afirma a Unctad.
A entidade destaca que o setor privado só pode fazer uma bem sucedida desalavancagem (reduzir a sua dívida) se outros forem capazes de se endividar mais e de estimular a demanda. Se os setores público e privado tentam se desalavancar simultaneamente, do jeito que estão fazendo hoje, a economia vai direto para a recessão, num circulo vicioso que alimenta a atual crise de confiança.
Para a Unctad, os déficits fiscais de hoje são consequência da crise, e não sua causa. Nos países desenvolvidos, entre 1997-2008, o balanço fiscal primário variou de -1,5% a 3,2% do PIB. Na média, o saldo primário foi de 0,8%. Foi só após o início da crise que os déficits chegaram aos recordes atuais.
Considerando que o crescimento do PIB normalmente tem sido muito menor do que antecipado, a Unctad julga não ser surpresa que o balanço fiscal também tenha piorado. Ao mesmo tempo, os gastos públicos sobem por causa da necessidade de pagar benefícios e outras transferências sociais quando a economia desacelera.
A entidade insiste que o impacto adverso das receitas econômicas adotadas atualmente podem ser antecipados. Para isso, basta lembrar as experiências desastrosas de dezenas de países em desenvolvimento nos anos 80.
Para evitar nova recessão e uma década perdida, a agência da ONU propõe uma politica alternativa. Os países ameaçados por recessão e deflação deveriam evitar intensificar as medidas de austeridade, já que elas podem produzir efeitos opostos ao desejado e até mesmo empurrar o país para a depressão.
Já países com superavit fiscal deveriam elevar a demanda doméstica e os salários. Senão, o resultado final será uma nova rodada de contração econômica global.
Também deveriam-se adotar politicas fiscais como instrumentos para crescimento e desenvolvimento, implementar politicas com impacto no emprego, e deixar para construir forte posição fiscal nos tempos de prosperidade. (Valor)


Suposta fraude na Caixa pode dar prejuízo de R$ 100 milhões ao FGTS
Títulos sem valor vendidos no mercado serviam de garantia de dívidas do governo do Rio junto ao fundo. Transação não poderia ter sido feita; banco de Brasília que adquiriu os papéis podres abriu sindicância interna.
As transações financeiras da corretora carioca Tetto realizadas após uma suposta pane no setor de informática da Caixa Econômica Federal ameaçam lesar em cerca de R$ 100 milhões o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), conforme aponta o banco em ação judicial.
Folha revelou anteontem que a Tetto vendeu, como se não tivessem dívidas, papéis da dívida pública de baixo ou nenhum valor. O caso surge em meio a uma disputa entre PT e PMDB pelo controle da Caixa.
Tetto só conseguiu fazer isso porque o sistema da Caixa que atestava a qualidade dos papéis, justamente sob uma vice-presidência do PMDB, ficou mais de dois anos inoperante.
Quando a informação voltou ao ar, os compradores tinham papéis que valiam ao todo R$ 1 bilhão a menos. E agora a União, que os garantia, pode ser acionada na Justiça para pagar a conta.
A Caixa reconheceu ter havido um "erro", que atribuiu a uma empresa terceirizada, mas alegou que a Tetto vendeu "gato por lebre".
No conjunto dos papéis vendidos pela Tetto também havia alguns que serviam de garantia para quitação de dívidas do governo do Rio de Janeiro junto ao FGTS.
Os papéis da garantia ao FGTS não tinham valor de mercado e não podiam ser comercializados.
Em e-mail interno, a Caixa diz que a dívida do governo do Rio com o FGTS era de R$ 70 milhões em 2003, o que representa um valor atualizado de R$ 100 milhões.
Tetto adquiriu todos os contratos de crédito do Rio em 2005. Mas recebeu o documento com a informação de que um lote dos papéis não era comercializável.
Em março de 2009, durante o "apagão" da Caixa, a Tetto repassou créditos imobiliários ao banqueiro carioca Antonio José de Almeida Carneiro, do Fundo de Investimentos Aimorés, incluindo o lote vinculado ao FGTS.
Folha apurou que o banqueiro pagou valores irrisórios à Tetto pelos ativos.
Em novembro de 2009, apenas oito meses depois da compra, Carneiro vendeu ao BRB, o banco do governo do Distrito Federal, por R$ 97 milhões, uma parte dos papéis adquiridos da Tetto, incluindo o lote do FGTS.
Quando o apagão da Caixa foi sanado, em 2011, o BRB descobriu que os papéis não valiam o que pagou e, pior ainda, estão como garantia de uma dívida.
Hoje os créditos estão em nome do BRB. E o FGTS poderá ficar sem o bem que garantia o pagamento da milionária dívida do Rio.
OUTRO LADO -- O banco do Distrito Federal informou que está "buscando preservar os direitos do BRB frente a irregularidades que possam, eventualmente, ter sido cometidas".
Para isso, abriu uma sindicância interna para apurar o caso. A apuração começou neste ano, quando o governo passou às mãos de Agnelo Queiroz (PT). Na época das fraudes, o governador era José Roberto Arruda (DEM), que renunciou em 2010 após denúncias de corrupção.
Procurado, Carneiro não foi localizado. Em ofício à Caixa, ele se disse lesado pelo banco. A Tetto sustenta que sua operações são legais e responsabiliza a Caixa. (Folha)


Crise europeia é um risco para todas economias do mundo, avalia FMI
A crise da dívida europeia representa um risco para "todas as economias do mundo", disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao se reunir com autoridades na Nigéria.
"O que está acontecendo nas economias avançadas, particularmente na Europa, é, obviamente, uma preocupação para todos no mundo neste momento", disse ao se reunir com o presidente do Senado nigeriano, David Mark.
Segundo Lagarde, os países mais pobres, em especial aqueles que dependem muito da Europa para comércio e investimento, "devem se preparar para lidar com as potenciais implicações".
As economias em desenvolvimento devem se certificar se possuem reservas e resistência suficientes para lidar com as turbulências, avisou. (Valor)

Zara assina acordo com Ministério Público
Segundo o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado ontem em São Paulo, a Zara ficará responsável por fiscalizar as condições de trabalho entre suas fornecedoras e terceirizadas. Caso sejam detectadas irregularidades, ela pagará multa no valor de R$ 50 mil. A empresa também vai investir
R$ 3,4 milhões em ações sociais. (Folha)