quinta-feira, 22 de março de 2012

"Não vamos permitir que eles invadam nosso mercado", diz governo em relação a atitudes contra desindustrialização

Governo deve propor defesa da indústria em reunião no Planalto

A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar a reunião de hoje com pesos-pesados do setor privado para se defender das críticas de que seu governo não estaria tomando as medidas necessárias para barrar um processo de desindustrialização.

"O encontro também é para mostrar o que o governo tem feito na defesa da indústria brasileira", afirmou ontem o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República). A tarefa foi entregue ao ministro Guido Mantega (Fazenda).

Um ponto da agenda empresarial é a reclamação de que o real valorizado leva a uma invasão importados no país.

Aos empresários o ministro vai lembrar que a crise internacional continua grave, gerando um elevado nível de estoque na indústria mundial, que busca nos países emergentes um mercado para seus produtos. "Não vamos permitir que eles invadam nosso mercado", deverá dizer o ministro.

A lista inicial de convidados trazia 27 nomes. Ontem, diante de reclamações, o governo incluiu outros na relação, como o de Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação da Indústria de SP), e de executivos da Ambev.

O foco principal da presidente é convocar os empresários brasileiros a investir mais no setor produtivo. (Folha)


Senado aprova saída de trabalhador para provas

Projeto prevê ausência de 8 horas por mês para quem quiser prestar concursos.

O Senado aprovou ontem projeto que permite ao trabalhador se ausentar do emprego por até oito horas por mês para fazer concurso público ou prova em estabelecimento educacional. O projeto altera a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para incluir o benefício ao trabalhador.

O texto foi aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Por isso, só vai ser votado em plenário se houver recurso apresentado por mais de oito senadores. Do contrário, segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

O projeto inicial previa a possibilidade de ausência do emprego só para trabalhadores matriculados em estabelecimento de ensino regular. Com a mudança, a regra vale para todos os trabalhadores que desejarem participar de seleções públicas.

"A melhor forma de garantir a melhoria de vida do trabalhador é permitir que possa se ausentar para provas", diz o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), que foi o relator.

Para Lucena, o projeto não traz prejuízos a empregadores porque "são no máximo oito horas, consecutivas ou não, a cada 30 dias, não acumuláveis", o que não causaria grande mudança para as empresas. (Folha)