terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Vamos nos envolver em ações pela PAZ no Oriente Médio para evitar que o conflito atual contamine o mundo em 2009

Reflexões de Natal e Ano Novo

2008 foi o ano de desafios e conquistas (muitas conquistas) para a União Geral dos Trabalhadores. Chegamos ao final do ano com mais de 500 sindicatos validados. Caminhamos para a integração e unidade na ação, em torno do Brasil que queremos mais justo, muito mais democrático e com inclusão social. Construir a unidade na prática requer que mantenhamos o foco nas grandes questões nacionais que nos mobilizam. Aprendemos ao longo da idealização e construção da União Geral dos Trabalhadores a importância de incluir e gerenciar na prática os pontos de vista diferentes, para criar uma entidade forte que tem hoje o respeito de todos os poderes da República, em especial do presidente Lula que sempre nos recebe para dividir com a central suas preocupações estratégicas a favor do Brasil.

2009 será o ano em que teremos que confirmar todo o nosso empenho diante das manifestações concretas da crise econômica mundial. Vamos continuar a priorizar o emprego, a distribuição de renda, a inclusão social. Vamos manter nossa bandeira de lutas a favor de um Brasil muito mais justo, com geração de oportunidades para os jovens, com proteção para os idosos, com o aproveitamento da energia de nosso povo. Cada brasileiro desempregado é um patrimônio nacional deixado de lado. É algo que não podemos nos dar ao luxo, num Brasil ainda em construção, em que falta muito a ser feito e que precisa de redobrar esforços para a Saúde, a Segurança e a concretização da Paz para todos nós.

A União Geral dos Trabalhadores continuará mobilizada para agregar sua contribuição à melhoria do tecido social brasileiro. Para tanto, mobiliza os seus melhores quadros intelectuais, assimila a experiência de cada um dos seus sindicatos filiados e une todos na ação a favor da nossa Pátria, o Brasil.

(Comentários das notícias de hoje, 30 de dezembro de 2008, postada por Ricardo Patah)

Lupi defende mudança do conceito de informalidade

É interessante a iniciativa do ministro Lupi. Nossa preocupação é que o governo não use as estatísticas para mascarar a realidade de precarização das condições de vida dos trabalhadores informais. A iniciativa de se assumir, integralmente, os pagamentos da Previdência é uma maneira que os trabalhadores informais encontram para ter acesso à securidade social, já que o governo os abandona à própria sorte e ao mesmo tempo os taxa através de impostos indiretos. Vamos avaliar com calma quais serão as contrapartidas do governo ao incluir nas estatísticas oficiais os autónomos. Verificaremos, por exemplo, se haverá garantias de inclusão social, acesso a financiamentos, estímulo para que o autónomo melhore sua condição de vida.

Leia mais: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, defendeu hoje uma mudança no conceito de informalidade de mão-de-obra no País. A alteração, que ainda é discutida pelos técnicos do Ministério do Trabalho e não tem data para ser adotada, implicaria numa redução do porcentual atual de 47% da População Economicamente Ativa (PEA) cuja renda mensal se origina de atividades informais, ou seja, em que não há carteira de trabalho assinada.

Lupi acredita, por exemplo, que os profissionais autônomos, que trabalham por conta própria e mantêm contribuições autônomas para a Previdência Social não devem ser classificados como informais. "Isso nos daria um retrato mais real do mercado de trabalho, possibilitando a adoção de políticas públicas mais efetivas", afirmou.

 Embora reconheça que essa ainda é uma idéia embrionária, Lupi aposta que poderá começar divulgar algumas mudanças nesse sentido a partir de 1º de maio, quando espera publicar os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A Rais é um diagnóstico mais amplo do mercado de trabalho formal do País elaborado anualmente e inclui, além das contratações e demissões pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os dados sobre admissões e dispensas no serviço público civil e militar. (Leia mais no Estadão)

Editorial da Folha: Cessar-fogo imediato

Esse conflito armado que volta às manchetes demonstra nossa falta de determinação de resolver um problema que entrou na pauta mundial desde 1919 com o Tratado de Versailles, quando se decidiu pela criação dos estados de Israel e da Palestina. Em 1948, apenas o Estado de Israel foi criado. Deixando o povo palestino e suas lideranças abandonados à própria sorte.

Agora, o conflito volta a preocupar o mundo e a exigir de todos nós uma ação imediata. Principalmente, por ter o componente Irã, com ameaça de armas atômicas, nas proximidades do conflito. É uma situação emergente. É uma emergência mundial. Não se trata de um conflito regional ou que tenha apenas motivações políticas internas à política de Israel ou do povo palestino. O mundo tem que agir pela paz. E a UGT, como faz parte de seu manifesto, apoia a PAZ mundial através de ações concretas. Por isso, apelamos nas vésperas da data mundial em que se comemora a Paz, que os governos do mundo todo ajam em 2009 para debelar, de vez a atual crise histórica para não termos um componente preocupante que pode transformar a atual crise econômica mundial numa catástrofe sem precedentes.

Leia o Editorial da Folha, que chama a atenção para um cessar fogo imediato:

Hamas deflagra espiral de violência com Israel, cuja política se inclina de novo para a linha dura, com riscos conhecidos

MERECEM repúdio os ataques do grupo extremista palestino Hamas contra o território israelense. Mas a brutal reação de Israel, que abusou do legítimo direito de defesa e provocou uma crise humanitária na faixa de Gaza, tampouco pode deixar de ser condenada.

A facção islâmica que domina o território de 40 km de extensão por 10 km de largura, espremido entre Israel, Egito e o mar Mediterrâneo, voltou a lançar foguetes contra cidades israelenses nas cercanias. Ataques com várias dezenas desses projéteis disseminam o pânico entre os israelenses da região.

Com a ofensiva, o Hamas confirmou, na linguagem do terror que o caracteriza, o rompimento de uma trégua de seis meses, anunciada no dia 19 de dezembro, com o vizinho. A retomada das hostilidades não poderia ficar sem resposta. Não se esperava, entretanto, um contra-ataque tão maciço das forças israelenses, surpresa que está assentada em motivações não apenas militares, mas também políticas.

Está em crise a iniciativa, lançada em 2005 pelo então premiê Ariel Sharon, de unir moderados da esquerda e da direita num partido de centro, o Kadima. Ehud Olmert, sucessor de Sharon, termina o mandato num forte descrédito, que cresce desde a invasão do Líbano, em 2006, na custosa e infrutífera tentativa de anular o poder de fogo da milícia extremista Hizbollah.

A ofensiva contra o Hamas, em Gaza, soa como uma cartada da coalizão governista para evitar a vitória de Binyamin Netanyahu na eleição do novo gabinete, em fevereiro. O ex-premiê de direita radical, crítico do que chama de tolerância excessiva com grupos palestinos hostis a Israel, lidera as pesquisas de opinião.

A inclinação do eleitorado israelense para a direita também parece uma reação à política anunciada para o Oriente Médio por Barack Obama. O presidente eleito dos EUA promete uma diplomacia abrangente e não descarta negociar com o Irã, considerado em Israel a maior ameaça estratégica ao Estado judaico.

A plataforma linha-dura que emerge dessa confluência de fatores contém armadilhas conhecidas. Por mais que o Exército de Israel imponha danos importantes aos extremistas, os bombardeios dificilmente vão tirar do Hamas o controle político de Gaza, como promete a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, candidata a premiê pelo Kadima.

Se optar pela invasão terrestre, o governo israelense vai incorrer no mesmo risco da operação realizada no Líbano. O Exército de Israel poderá até ocupar os prédios do governo e capturar lideranças do Hamas, mas isso não vai aniquilar o extremismo naquela estreita faixa litorânea.

De vício parecido padece o bloqueio econômico e à circulação imposto pelos israelenses contra 1,5 milhão de palestinos que vivem na empobrecida região de Gaza. Trata-se de uma medida desumana, que só faz aumentar o ressentimento contra Israel.

Sem uma solução política que dê autonomia de fato e viabilidade econômica para um Estado palestino no Oriente Médio, o substrato que favorece as espirais de hostilidades permanecerá intacto. O importante agora, contudo, é obter um cessar-fogo imediato entre Hamas e Israel.

Inflação do aluguel é a maior desde 2004

Vivemos uma situação perversa. O mundo inteiro em crise, os governos reduzindo drasticamente os juros e no Brasil ainda se adota os juros altíssimos, os mais elevados do mundo, como forma de conter a inflação e mesmo assim, os trabalhadores são as vítimas de uma inflação que os atinge nos gastos com moradia. O governo Lula e especialmente seu ministro Meirelles precisam ser mais criativos e apostar em políticas que incentivem a concorrência, que estimule a queda de preços em vez de apostar, apenas, no remédio amargo dos juros extratosféricos que não tem funcionado.

Leia mais: IGP-M fecha ano em 9,81%, mas tendência é de baixa em razão da queda das commodities; dezembro tem deflação de 0,13%.

Redução nos preços das matérias-primas compensa alta do dólar; para FGV, consumidor sentirá efeitos no bolso no 1º trimestre

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), que serve como referência para o reajuste de aluguéis e tarifas públicas, encerrou 2008 com uma alta acumulada de 9,81%, maior taxa desde 2004; no entanto, ficou abaixo das expectativas, as quais variaram de 10% a 15% ao longo dos últimos meses.

Para a FGV (Fundação Getulio Vargas), responsável pela medição, a tendência de baixa apresentada pelo indicador a partir de agosto deve continuar 2009 adentro, e os consumidores começarão a sentir no bolso o recuo dos preços em meados do primeiro trimestre.

No acumulado de 12 meses em julho, o IGP-M chegou a 15,15%, quase o dobro dos 8,38% aferidos em janeiro. Depois, passou a cair. O movimento do IGP-M no segundo semestre surpreendeu porque, diferentemente do que acontece normalmente, a valorização de cerca de 50% do dólar ante o real não resultou em pressão inflacionária. "O efeito dessa alta foi compensado pela redução dos preços das commodities no mercado internacional devido à crise", afirma Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV. "A moeda americana não voltará a cair, mas as commodities não voltarão a subir. Não veremos tão cedo se repetir aquele cenário global pujante, com a China comprando todo o minério disponível."

Na avaliação de Quadros, tampouco há o risco de repasse de elevação de custos por parte dos setores da indústria que observaram as suas matérias-primas subirem no primeiro semestre de 2008, pois a demanda externa pelos produtos brasileiros está recuando e a interna deve se desaquecer. "Acho que a inflação será a parte positiva do noticiário em 2009." (Leia mais na Folha)

Governo vai apresentar medidas de incentivo à economia até 20 de janeiro, diz Lula

O presidente Lula está certo. Tem agido com coerência ao discurso que faz junto aos mais desprotegidos, como aconteceu num evento que acompanhamos no dia 23 de Dezembro, ou quando visita os poderosos da Fiesp. O que motiva o presidente Lula é sua preocupação com o Brasil, sua vocação em não deixar que o tecido social se rompa. E, principalmente, o reconhecimento que deende do líder da Nação adotar iniciativas concretas para mobilizar os setores que se deixaram contaminar pelos aspectos negativos da crise. Como sempre afirmamos, o Brasil é muito maior que a atual crise. E os trabalhadores brasileiros, através de seus sindicatos e centrais, estarão na linha de frente para reduzir os impactos da crise e buscar oportunidades de crescimento para o País.

Leia mais: Ao fazer um balanço de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, nesta segunda-feira, que o ano foi bom, mas não ótimo para o brasileiro e que, no período, o país cresceu "economicamente" e "fortemente". Ele disse que, até o dia 20 de janeiro, vai apresentar novas propostas de incentivo ao crescimento econômico e que o governo "não vai ficar esperando" que os "efeitos perversos" da crise abalem o país.

Durante seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula lembrou a criação de quase 2,2 milhões de empregos até outubro passado, o que, segundo ele, gerou mais renda e possibilitou o crescimento do comércio.

- Significa que o Brasil teve um ano bom. Não vou dizer ótimo, mas um ano bom. Apenas no último trimestre é que nós tivemos um problema - já resultado da crise mundial - muito mais por falta de crédito internacional.

O presidente voltou a afirmar que, apesar da crise financeira internacional caracterizada por ele mesmo como "a mais forte de toda a história, depois da industrialização", o Brasil está mais preparado para enfrentar os efeitos da instabilidade nas Bolsas.

- Nós temos reservas, temos um mercado interno forte. Todo o governo está preparado para que, no começo de 2009, a gente comece a trabalhar fortemente com a ajuda necessária para que a economia continue a crescer - destacou. - Estou convencido de que o Brasil deve olhar a crise como uma oportunidade para a gente fazer as coisas que ainda não fizemos, para que a gente possa mostrar que o dinamismo do mercado interno brasileiro é que vai permitir que a nossa economia continue crescendo. Enquanto alguns países do mundo estão em recessão, o Brasil pode crescer um pouco menos do que estava previsto, mas vai continuar crescendo e vai continuar gerando empregos - completou o presidente. (Leia mais no Globo on line)

Mais escolas técnicas pelo país

O presidente Lula sancionou ontem o projeto de lei que cria 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets). Até 2010, o governo planeja ampliar as escolas profissionalizantes de 140 para 354 e aumentar as vagas de 215 mil para 500 mil.

- O que está acontecendo hoje é que o país vive um momento de maior investimento em ciência e tecnologia. Este ano (2009) vamos inaugurar cem escolas técnicas, num país que tinha inaugurado 140 em um século - comparou.

Apesar do corte orçamentário de R$ 1,6 bilhão sofrido pelo Ministério da Educação para o próximo ano, o ministro Fernando Haddad disse, após a solenidade no Planalto, que esse montante será integralmente recomposto.

- Nos 47 minutos do segundo tempo aprovamos uma emenda recompondo aquilo que foi retirado - afirmou. (Leia mais em O Globo)