terça-feira, 23 de junho de 2009

Trabalhadores dos setores de comércio e serviços serão grandes beneficiados com as vagas que serão abertas com legalilização dos bingos

Legalização de bingos vai gerar 320 mil novos empregos

(Postado por Roberto Santiago, vice-presidente da UGT e deputado federal, PV-SP) Acompanho na Câmara Federal e participo dos entendimentos junto aos demais deputados das negociações em torno do projeto de lei 270/2003 que legalizará os bingos no Brasil. A expectativa é gerar 320 mil empregos diretos, com aproveitamento dos jovens, no primeiro emprego; e dos homens e mulheres, entre 40 e 60 anos, que geralmente batalham, sem sucesso, por uma oportunidade de trabalho.
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou, nesta semana, o projeto que autoriza a volta de bingos, videobingos e videoloterias. Os próximos passos, que devem consumir, ainda, uns três meses, é encaminhar a proposta para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça e do plenário da Câmara, além de todo o trâmite nas comissões e no colegiado do Senado, antes de ir à sanção presidencial.
A necessidade de empregos, que continua como um dos mais perversos indicadores da crise financeira mundial, ainda está presente na vida de milhões de famílias brasileiras. Ao regularizarmos os bingos, com os desdobramentos tributários associados, se prevê, além das novas vagas, a arrecadação de R$ 7 bilhões de impostos por ano.
Outra proposta que apóio no atual projeto de lei é a monitoração on-line, em tempo real, que será adotada em relação aos jogos. A partir da sanção presidencial, os bingos (vídeo bingo e vídeo jogo) serão monitorados on-line e os impostos arrecadados pelo governo federal serão automaticamente repassados para investimentos em saúde e educação, de acordo com a atual proposta em discussão e negociação na Câmara dos Deputados.
O momento histórico é mais do que adequado. A curto prazo, nos interessa gerar empregos. E é o que conseguiremos com as 320 mil vagas diretas e colocaremos, também, um fim aos bingos clandestinos, que operam de maneira irregular e não recolhem nem impostos e muito menos assinam as carteiras dos funcionários que empregam.
A longo prazo, devemos pensar no imenso fluxo de turistas que chegarão para a Copa do Mundo de 2014. São pessoas acostumadas ao jogo em seus países de origem e que vão querer, acreditamos, ter a oportunidade de visitar os bingos legalizados.
Ainda mais quando sabemos que o projeto de lei prevê que os bingos deverão pagar em prêmios de 70% a 80% dos valores arrecadados entre os apostadores. Do que sobrar, menos tributos sobre os prêmios, será separado um percentual de 17% a serem pagos em royalties mensais: 15% para a saúde, 1% para cultura e 1% para esporte.

Criação de vagas formais no País sobe pelo 4º mês consecutivo

Caged aponta geração de 131.557 empregos com carteira assinada em maio; no ano, estoque de vagas sobe 0,56%.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de maio registrou a geração líquida de 131.557 empregos formais na economia, no quarto mês consecutivo de saldo positivo, após a forte queda do emprego registrada até Janeiro.
De acordo com os números divulgados nesta segunda-feira, 22, pelo Ministério do Trabalho, o saldo de maio é resultado de admissões que somaram 1.348.575 e demissões de 1.217.018. Nos cinco primeiros meses de 2009, houve a abertura de 180.011 postos de trabalho formais. Com esse saldo acumulado, o estoque de empregos da economia subiu 0,56% em relação a dezembro de 2008.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, relacionou o resultado positivo às medidas de estímulo da economia adotadas pelo governo federal. "Estamos no caminho certo e é preciso continuar na política de redução de juros, nas ações de estímulo do crédito ao setor produtivo, nas ações anticíclicas para estimular o consumo e a renda", comentou.
Setores — Todos os setores da economia pesquisados pelo Caged registraram saldo positivo em maio. A indústria registrou a abertura de 700 empregos formais em maio, sendo o segundo mês consecutivo de saldo positivo. Mas ainda acumula perda de vagas no acumulado de janeiro a maio, no total de 146.478.
Em maio, o setor de agropecuária foi o que teve melhor desempenho, com saldo positivo de 52.927 vagas. Em seguida, vem o setor de serviços (+44.029 empregos). Em seguida vem construção civil (+17.407 vagas). Já o comércio registrou saldo positivo de 14.606 empregos formais.
Todas as regiões do País registraram saldo líquido positivo na criação de empregos formais no mês de maio. "Foi a primeira vez que isso ocorreu neste ano e é um indicativo muito positivo da recuperação da economia", comentou Lupi. Os Estados do Sudeste, particularmente São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, além do Paraná e da Bahia apresentaram os melhores resultados líquidos de empregos formais.
O bom desempenho da agropecuária explica os bons desempenhos de Estados onde há vários ciclos agrícolas em desenvolvimento desde abril. O cultivo do café, por exemplo, foi responsável pela contratação de muita mão de obra em São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O ciclo da cana de açúcar ajudou também a deslanchar novas contratações em São Paulo.
Em razão desse comportamento sazonal da agricultura, o Caged registrou em maio a abertura de mais vagas de trabalho com carteira assinada nas cidades do interior do País do que nas regiões metropolitanas. No interior, houve saldo líquido positivo de 79.218 empregos formais contra 34.202 postos no conjunto das regiões metropolitanas.
Junho — O ministro do Trabalho afirmou que o Caged de junho deverá registrar saldo positivo maior do que o de maio. Segundo ele, os setores de serviços e construção civil deverão continuar o "ritmo forte" de novas contratações.
Lupi também aposta que a indústria de transformação continuará registrando saldo positivo na geração de empregos formais.
"O meu otimismo tem alguma base real", afirmou Lupi, fornecendo dados do seguro-desemprego para justificar a crença na tendência de alta do emprego. Em maio deste ano, foram solicitados 536.170 pedidos do benefício, contra 566.676 pedidos registrados em maio do ano passado. (Leia mais no Estadão)

Crise atinge 63% das pequenas empresas brasileiras, aponta pesquisa

Segundo o Sebrae, setor mais atingido foi a indústria. 
Levantamento incluiu 4,2 mil empresas brasileiras.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Sebrae-SP mostrou que a crise financeira internacional atingiu 63% das micro e pequenas empresas brasileiras. O levantamento foi feito entre os meses de março e maio de 2009, com 4,2 mil pequenos negócios brasileiros. 

Entre os impactos da crise internacional, destacam-se a queda de demanda (60%) e as taxas de juros (45%). As empresas afirmaram ter dificuldade em levantar dinheiro nos bancos e também sentem que estão pagando taxas mais altas.

Embora os empresários também tenham sentido a alta dos preços dos produtos importados e a redução de prazos para pagamentos de fornecedores, somente 2% dos ouvidos disseram ter sentido o aumento da inadimplência dos clientes. 

Regiões e setores — Entre as regiões, as empresas do Sudeste e Centro-Oeste foram os que disseram ter sentido com mais gravidade a crise econômica (64%).

Entre os setores, a indústria sentiu mais os problemas da economia, com 67% dos entrevistados do segmento alegando ter tido redução de faturamento. No comércio, este índice foi de 66%; nos serviços, de 56%. 


Mantega anuncia criação de dois novos fundos garantidores para pequenas empresas

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira, em São Paulo, que dois novos fundos garantidores de crédito vão entrar em operação "em até duas semanas", ambos voltados para o segmento de micro e pequenas empresas. O primeiro deles será operado pelo BNDES e terá capital inicial de R$ 1,7 bilhão.

Com as mesmas características, o Banco do Brasil vai operar um segundo fundo de aval, podendo chegar a um capital de R$ 4 bilhões.

- Esses recursos vão crescer conforme a necessidade e disponibilidade das empresas - disse o ministro, que participou de seminário sobre a participação de bancos públicos na economia.

Segundo Mantega, os dois fundos fazem parte das medidas que o governo deve anunciar ainda nesta semana para tentar reativar o ritmo de investimentos. Esse pacote deve incluir também o setor de bens de capitais.

Falando sobre as micro e pequenas companhias, Mantega disse que o segmento trabalha hoje "na defensiva", em função da dificuldade para obter novos empréstimos nos bancos privados.

- Com os fundos, poderemos ativar mais essa área da economia - disse o ministro, que não deu indicações sobre a continuidade de redução do IPI para a indústria automotiva e de linha branca.

- Estamos estudando todos os IPIs em todos os setores e quando tivermos uma decisão ela será anunciada.

Bens de capital — Já o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reafirmou que o governo espera fechar nesta semana um pacote de medidas para o setor de bens de capital. Mas ele admitiu que a queda na arrecadação federal de impostos pode afetar essa negociação.

Segundo ele, o objetivo é buscar uma "solução satisfatória" para o setor.

- Existem impactos fiscais que precisam ser calculados. A situação fiscal não é fácil, existe uma pressão grande sobre as contas fiscais - disse ele.

Segundo Coutinho, as medidas em estudo têm características financeiras e fiscais.

- Entendo que o Ministério da Fazenda tem de ponderar todos os lados, não pode simplesmente adotar tudo aquilo que gostaríamos - acrescentou ele. (Leia mais em O Globo)

Crédito agrícola será 37% maior na próxima safra, de R$ 107,5 bilhões

O crédito agrícola do governo será de R$ 107,5 bilhões na próxima safra, o que representa uma alta de 37% no volume de recursos ante o crédito à safra 2008-2009. A agricultura comercial receberá R$ 92,5 bilhões e a familiar, R$ 15 bilhões. O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2009-2010 será lançado nesta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em Londrina, no norte do Paraná.

De acordo com Stephanes e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, só para a agricultura comercial o volume de recursos cresceu 42,3% em comparação com o plano anterior.

O ministro da Agricultura lembrou que esta é a segunda vez que o governo federal escolhe o Paraná para o lançamento.

- O estado tem uma agricultura organizada e é responsável por um quinto da produção agrícola brasileira, sendo, com apenas 2,8% da área do território nacional, o maior produtor de grãos do país - justificou. (Agência Brasil)

Financiamento imobiliário com poupança cresce

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança cresceram 5% em maio ante o mesmo mês de 2008, segundo a Abecip (associação de entidades de crédito imobiliário). O valor, R$ 2,38 bilhões, ficou quase estável ante abril (R$ 2,37 bilhões). De janeiro a maio, houve alta de 8,94% ante o mesmo período de 2008.

Em nota, a Abecip afirma que o crédito imobiliário tende à estabilização, "depois de cinco anos de crescimento acelerado". (Folha)