terça-feira, 13 de abril de 2010

UGT mobiliza opinião pública para a recuperação dos valores do FGTS

FGTS é patrimônio dilapidado

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é patrimônio dos trabalhadores e a garantia de sobrevivência, de investimento na casa própria e até mesmo apoio na doença grave. É um patrimônio que é composto ao longo de décadas e ao mesmo tempo tem sido dilapidado ao longo dos anos numa indiferença assustadora dos órgãos públicos, que deveriam ter o dever de preservar os valores do FGTS. O que acompanhamos é uma politica sistemática e institucionalizada de remunerar com TR, que ninguém sabe ao certo quanto é, mais 3%, ou seja, a metade do que se repassa de ganhos para a poupança. No ano passado, o FGTS foi corrigido em 3,9% contra a inflação medida pelo IPCA de 4,31%. Perdemos para a inflação e perdemos patrimônio. Por isso, a UGT está mobilizada ao lado do deputado federal Roberto Santiago (PV-SP), nosso vice-presidente, para resgatar a constitucionalidade do FGTS, nas suas finalidades (investimeno em infra-estrutura e casa própria) e recuperar o valor do nosso patrimônio. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

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Garfada no FGTS

Desde 2002, o FGTS acumula perdas de R$ 58 bilhões em relação à inflação do período, segundo o Instituto FGTS Fácil. Apenas ano passado o FGTS foi corrigido em apenas 3,9%, contra inflação medida pelo IPCA de 4,31%. O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, diz não ser possível que o FGTS continue a ser reajustado abaixo da inflação. "Iniciamos a luta para reduzir as perdas que o trabalhador vem acumulando diante da atual remuneração pela TR (Taxa Referencial), que hoje é zero, mais parcos 3%. O FGTS é um patrimônio do trabalhador e tem que receber um retorno financeiro adequado ao investimento", defende Patah. 
(Monitor Mercantil)

Serasa: demanda do consumidor por crédito tem recorde

O número de consumidores que buscaram crédito aumentou 18,3% de fevereiro a março, mostra o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje. O patamar é recorde, desde janeiro de 2007, quando o indicador passou a ser calculado. O resultado de março superou a melhor marca registrada até então, de maio de 2008.

De acordo com economistas da Serasa, os consumidores aproveitaram o último mês de desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre itens como automóveis para ir às compras e parcelar. O fato de março ter mais dias úteis do que fevereiro também contribuiu para o índice recorde. Segundo os economistas, o resultado é reflexo de uma conjuntura econômica favorável.

Na comparação anual, entre março de 2009 e o mês passado, a demanda do consumidor por crédito subiu 32,5%, outro recorde. Em março de 2009, em meio à crise econômica mundial, o indicador havia tido o pior desempenho para o mês. No acumulado do primeiro trimestre de 2010, a demanda aumentou 21,6%.

O indicador registrou elevação nas seis faixas de renda analisadas pela Serasa. As maiores altas na demanda por crédito de fevereiro a março foram entre os consumidores com renda mensal abaixo de R$ 500 (32,9%), os com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil (32,8%) e os com renda de mais de R$ 10 mil (32,2%). A região brasileira onde mais cresceu a procura por crédito foi o Nordeste (21%), seguido pelo Sul (20,8%), Norte (19,2%), Sudeste (18,5%) e Centro-Oeste (7,6%). (Estadão)

PT diz que Lula vetará reajuste a aposentado

Acordo na Câmara prevê 7% para benefícios superiores ao salário mínimo, mas Congresso quer 7,71%.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou ontem que, caso o Congresso aprove reajuste maior do que 7% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai vetar o benefício.
Proposta nesse sentido tem grandes chances de ser aprovada nas próximas semanas, já que a maioria dos partidos aliados ao governo defende aumento de 7,71% para a categoria -o que equivale a repassar a inflação de 2009 mais 80% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2008.
O índice, inclusive, chegou a ser acertado na semana passada por lideranças do Senado, mas Vaccarezza garante que o valor não tem amparo técnico do governo. Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, também afirmou que levaria a proposta para os ministros, mas, segundo sua assessoria, até agora ele não obteve resposta. Segundo o deputado petista, o máximo a que o governo pode chegar é 7%, ou a correção da inflação mais dois terços da variação do PIB.
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), um dos intermediários do acordo, disse que chegou a conversar rapidamente sobre o assunto com Lula durante o final de semana. O deputado disse ter entendido que o presidente apoia um acordo com o Senado. "O Vaccarezza diz que não, mas entendo que o Lula quer o acordo. Não dá para eles [senadores] votarem uma coisa e a gente, na Câmara, outra", diz Silva.
Nas duas propostas, o aumento seria retroativo a janeiro deste ano e o reajuste de 2011 ficaria desvinculado da discussão atual, deixando o assunto para depois das eleições.
Vaccarezza é relator da medida provisória que prevê, originalmente, o reajuste de 6,14% e já está na pauta da Câmara. "Se seguirem o caminho da demagogia será uma tragédia para os aposentados. Só vai restar ao presidente da República, por responsabilidade fiscal, vetar", disse Vaccarezza, ressaltando que a categoria ficaria sem o aumento retroativo.
O deputado afirmou ontem que a medida provisória deve ser votada nesta semana na Câmara, mesmo sabendo das chances concretas de o governo sair derrotado.
De acordo com cálculos dos congressistas, o reajuste de 7% resultaria em pagamento de mais R$ 1,1 bilhão neste ano. Com 7,71%, o gasto adicional seria de cerca de R$ 1,8 bilhão. (Folha)

Depois de decisão do STJ, Arruda deixa Superintendência da PF

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda deixou às 17h20, a Superintendência da Polícia Federal (PF), onde estava preso há dois meses.

Ele saiu numa Hyllux prata, mas não foi possível identificar o motorista. Sua mulher, Flávia Arruda, também foi à PF, num Fox vermelho e seu advogado Nelio Machado, num Mercedes prata. Eles seguiram em comboio para a casa do ex-governador no setor de Mansões Park Way.

Na saída do ex-governador da prisão, havia vários manifestantes pró-Arruda em frente à Superintendência da PF e alunos da Universidade de Brasília (UnB), integrantes do Movimento Fora Arruda. Os apoiadores de Arruda comemoram sua saída cantando.

O Superior Tribunal de Justiça se reuniu hoje para julgar o voto do ministro Fernando Gonçalves, pela soltura de Arruda. A decisão foi tomada por 8 votos a 5.

Outros cinco envolvidos no esquema de arrecadação de dinheiro e distribuição de propina envolvendo empresários e integrantes do alto escalão do governo do DF. O esquema foi desbaratado pela PF, na Operação Caixa de Pandora.(Agência Brasil)

Brasileiros aproveitam mais a chance de melhores empregos, diz pesquisa

Cerca de 11% dos executivos mudaram de emprego no ano passado.
Mais de um terço dos brasileiros mudaria de vaga se tivesse boa oferta.

Uma pesquisa de uma empresa internacional de recrutamento mostra que os brasileiros estão aproveitando o surgimento de melhores oportunidades de emprego. Dos trabalhadores de médio e alto escalão no Brasil, 11% mudaram de emprego no ano passado, segundo a consultoria Robert Half.

O número é o maior entre os 13 países pesquisados pela empresa. Na França, foram 10% que mudaram de emprego, mais que na Itália (7%) e na Alemanha (5%).

O Brasil também tem o maior percentual de executivos que mudariam de emprego se recebessem uma boa proposta - 36%. Para Fernando Mantovani, diretor da Robert Half, "quando tudo vai bem, quando a economia cresce, quando as empresas estão crescendo, você vê a mudança de emprego como uma oportunidade de alavancar sua carreira".

Segundo ele, os brasileiros em geral se sentem mais satisfeitos com o atual trabalho do que os franceses, por exemplo, mas mesmo assim iriam para um emprego novo.

Falta de profissionais — A pesquisa também aponta uma tedência para os próximos anos: Com a expansão da economia, podem faltar profissionais qualificados para ocupá-las. Com isso, quem se destacar nas empresas vai ser mais disputado pelas concorrentes, o que pode elevar a média de salários em certas categorias.

As áreas relacionais à infraestrutura, como a construção civil e o setor de gás, podem sofrer mais com a falta de profissionais. Mas, independentemente do ramo, quem se qualificou vai ter mais chance de dar um passo adiante.

O consultor de negócios Leonardo Bombachini mudou de emprego após cinco anos na mesma empresa. Foi para uma concorrente para ganhar 30% a mais. "Eu não esperava. Como o mercado aqueceu, eu fiquei mais antenado, e aí veio essa oportunidade e eu agarrei. Achei que valia a pena e resolvi arriscar", diz ele. (G1)

Artesanato gira R$ 52 bilhões por ano na economia nacional

Existem no Brasil 8,5 milhões de artesãos, que têm um faturamento médio mensal de um salário mínimo, o que gera uma arrecadação bruta nacional de R$ 52 bilhões ao ano. Esses dados são de pesquisa do Vox Populi, solicitada pelo Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape, com a intenção de medir o impacto do segmento artesanal na economia brasileira. Considerando que o artesanato brasileiro tem adquirido uma importância crescente na recuperação e preservação da cultura popular e principalmente no incentivo ao desenvolvimento econômico, torna-se importante conhecer um pouco mais sobre a realidade desses profissionais da arte.

Para Tânia Machado, presidente da Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape, o maior destaque da pesquisa é que, dessa movimentação nacional, R$ 24 bilhões, ou seja 47%, vêm da compra de matéria-prima da indústria. Desse total, R$ 3,6 bilhões, ou seja, 15%, são gastos na indústria têxtil, R$ 3,4 bilhões em material para acabamento e R$ 2,5 bilhões em gastos com metais.

Outro dado importante é o aumento do faturamento do artesão brasileiro em quase 30%, de 2008 para 2009, que demonstra a preocupação do artesão com custos e organização da produção, já que o valor da matéria prima recuou de 59% para 47%. Tendência também constatada nesses quatro anos é de que os artesãos brasileiros geram mais empregos a cada ano, empregando em média cinco pessoas, sendo que a maioria são parentes.

Ainda de acordo com a pesquisa, o universo artesanal brasileiro continua sendo predominantemente feminino, com 74% dos entrevistados em todo o país, e a idade média dos artesãos está acima dos 40 anos. Os artigos utilitários continuam sendo a maior opção de produção, vindo os de decoração em segundo lugar. E em um país onde não há significativo investimento em educação, destaca-se ainda o fato de 41% dos artesãos brasileiros terem o ensino médio completo, 39% terem finalizado o ensino superior e somente 19% terem até a 8ª série.

Um exemplo de destaque é a artesã mineira Flávia Lúcia Guimarães, 41. Ela é formada em Relações Públicas desde 1992 e, depois de trabalhar 12 anos em empresas de call center e recursos humanos, se enveredou pelo trabalho artesanal. “Trabalhava em uma área muito estressante. Meu trabalho me fazia mal, adoeci por causa da rotina que levava, e busquei uma nova ocupação. A produção de peças de cerâmica em alta temperatura é para mim uma arte terapia”. A artesã explica que sua renda diminuiu em relação à época que trabalhava em sua área de formação e tinha salário fixo, mas ressalta que a melhoria da qualidade de sua vida compensa.

Um número não muito favorável da pesquisa nacional, que está na contramão da realidade mineira, foi a queda de 10% no número de artesãos que exportam, de 23% para 13%. De acordo com Tânia Machado, isso não ocorreu em Minas. “A Central Mãos de Minas/Instituto Centro Cape não sentiu essa realidade nacional. Muito ao contrário, podemos falar em um crescimento de até 30% de exportações mineiras de 2005 a 2009”, afirma. (Uai)