sábado, 20 de agosto de 2011

UGT e Sitraicp negociam greve dos trabalhadores das obras do Maracanã

UGT se reúne neste domingo, com vice-governador e vice-prefeito

do Rio para negociar greve dos trabalhadores do Maracanã

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, tem agenda amanhã, domingo, 21/8, com o vice-governador e secretário estadual de obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza Pezão e com o vice-prefeito da capital carioca, Carlos Alberto Muniz, para acelerar o acordo que ponha fim à greve dos operários que reformam o estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.

Ricardo Patah será acompanhado por Nilson Duarte Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada (Sitraicp) e presidente da UGT-Rio, que representa os trabalhadores em greve da reforma do Maracanã.

“A paralisação não afetará as obras do Maracanã que serão entregues no prazo previsto e a principal divergência entre as propostas, negociável com vontade política, ocorre em torno da extensão do plano de saúde para as famílias dos trabalhadores”, afirma Ricardo Patah. Até o momento Consórcio Delta/Odebrech/Andrade Gutierrez oferece o plano de saúde apenas para o funcionário e deixa de fora sua família. E o que motivou a greve foi problemas de segurança na obra, após a explosão de um tambor e a intransigência do Consórcio em torno do valor da cesta básica, que os trabalhadores querem em R$ 300,00.

As obras da reforma do Maracanã foram orçadas, inicialmente, em R$ 700 milhões. Já sofreram aditivos, pedidos pelas empreiteiras, para R$ 1 bilhão. “Nada mais justo do que atender as reivindicações dos trabalhadores, que além da melhoria na cesta básica e no plano de saúde, querem mais segurança na obra”, reafirma Ricardo Patah.

Ricardo Patah marcou audiência com o vice-governador e secretario estadual de obras e com o vice-prefeito para acelerar a negociação e buscar uma solução no interesse dos trabalhadores, da cidade e do Estado do Rio de Janeiro e, principalmente, para reduzir os ruídos e manipulações em torno de obras da Copa do Mundo.

“O Maracanã foi inteiramente construído em dois anos, numa época em que não contávamos com toda a tecnologia da construção civil e com a expertise atual dos trabalhadores ocupados na obra”, lembra Ricardo Patah. (Marco Roza, da Redação da UGT)