quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Juros altos atraem especuladores estrangeiros e prejudicam investimentos produtivos

UGT diz que Copom está fora de sintonia com a realidade

Para a União Geral dos Trabalhadores UGT), faltou bom senso aos membros do Copom que mantiveram o Brasil como recordista mundial em juros, título do qual nenhum brasileiro pode se orgulhar. É lamentável que essa decisão tenha ocorrido num momento em que a economia brasileira é destacada no mundo todo como exemplo. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT)

Leia o clipping do dia:

Às vésperas da eleição, BC mantém juros

Em decisão unânime, Copom deixa taxa básica em 10,75% ao ano; para analistas, Selic só volta a subir em 2011. Manutenção deixa o Brasil no topo do ranking das maiores taxas reais do mundo e pode atrair mais dólares.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu ontem, por unanimidade, manter novamente a taxa básica de juros em 10,75% ao ano.
Foi a penúltima reunião do Copom neste ano, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais.
A maioria dos economistas já esperava a manutenção dos juros. Além da questão eleitoral, a avaliação é que aumentar ou reduzir a taxa agora seria reconhecer que a instituição errou nas suas decisões recentes.
O próximo encontro acontece em dezembro e não há expectativa de mudanças. Para analistas, os juros só voltam a subir em 2011.
A taxa básica (Selic) começou a subir em abril. Estava em 8,75% ao ano, menor nível da história recente. Chegou ao nível atual em julho.
A Selic determina o custo de dinheiro para os bancos e serve de base para o custo dos empréstimos a empresas e consumidores.
Para especialistas, o cenário é de estabilidade no juro bancário, pois a alta esperada para a taxa básica em 2011 deve ser compensada pela queda na inadimplência e pela maior oferta de crédito.
A manutenção dos juros deixa o Brasil no topo do ranking das maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo. Isso contribui para atrair mais dólares e derrubar sua cotação, apesar das medidas recentes do governo para taxar investimento estrangeiro em título público.
A política de juros do BC neste ano causou muita polêmica entre economistas.
Para alguns, o calendário eleitoral levou a instituição a adiar o início do ciclo de alta para depois da definição das candidaturas. E a antecipar o fim para a última reunião antes do primeiro turno.
Outros dizem que o BC exagerou nas avaliações sobre a inflação no começo do ano e demorou a perceber que a economia já dava sinais de desaceleração.
Em comunicado, o BC diz apenas que avaliou "o cenário macroeconômico e as perspectivas para inflação".
Um dos indicadores usados pelo BC para definir o juro é o IBC-Br (Índice de Atividade do BC), que antecipa a tendência do PIB. O indicador, divulgado ontem, ficou estável em agosto ante julho. (Folha)

Burocracia emperra financiamento estudantil

Reformulado, Fies tem demora na adesão de faculdades e atraso no benefício. Há reclamação sobre a demora no repasse dos recursos a alunos que pagaram enquanto esperavam crédito.
Por questões burocráticas, estudantes universitários têm enfrentado problemas para obter o novo Fies (financiamento estudantil) ou para receber as mensalidades pagas enquanto aguardavam o início do programa federal.
Reformulado neste ano, o Fies sofreu alterações em sua gestão, que saiu da Caixa para o Ministério da Educação, além de permitir que o aluno se inscreva a qualquer momento. Antes, eram abertos apenas dois períodos ao ano.
Segundo universidades privadas, apesar de as alterações serem positivas, tem havido problemas na transição.
Levantamento feito neste mês pelo Semesp (sindicato das particulares de SP) aponta que 85 das 107 escolas consultadas têm dificuldade para entrar no novo sistema.
O universo representa 75 mil estudantes que possuem ou buscam financiamento. Não há dados específicos sobre alunos prejudicados.
Alguns dos problemas citados são demora para inscrição da faculdade no sistema e desconhecimento das agências bancárias sobre o novo modelo de financiamento. Ambos os casos atrasam o benefício aos alunos.
Também há reclamação sobre a demora para repasse dos recursos a serem transferidos a alunos que pagaram mensalidades enquanto esperavam o início do Fies, que atrasou quase três meses.
É o caso do consultor legislativo Edmundo Cerqueira Mascarenhas Filho, 45. Pai de uma aluna de medicina da Escola Bahiana de Medicina (BA), ele pagou todo o primeiro semestre. As mensalidades são de quase R$ 2.000.
"Tive de pedir dinheiro emprestado para os meus irmãos. E até hoje estou devendo, porque a faculdade ainda não recebeu o dinheiro do MEC para me repassar", diz.
Edmundo enfrenta problema adicional: a escola aceitou o pedido de financiamento de 50% do curso, mas o sistema registrou só 25%. "Desde maio tento corrigir."
Já a Unis (MG) diz que há quatro meses não recebe repasse do MEC e que banca, ela própria, o abatimento das mensalidades que deveria ser custeado pelo Fies.
"As mudanças anunciadas são positivas, mas ainda são apenas teoria", diz o diretor-executivo do sindicato das universidades particulares de SP, Rodrigo Capelato.
O MEC afirma que os problemas são pontuais e que o sistema funciona bem.
Além da gestão do programa e do prazo para inscrição, o Fies também teve redução da taxa de juros e prazo maior para o beneficiário poder pagar sua dívida. (Folha)

Site registrará queixa de venda on-line

Lançada hoje pelo Procon, página vai receber reclamações de consumidores relativas a compras pela internet. Até agora, quem quisesse reclamar de algum site de vendas on-line precisava ir até um posto do PROCON.
O Procon lança hoje um site exclusivo para queixas de compras pela internet. O site entra em operação amanhã.
Até agora, quem precisasse registrar uma reclamação contra um site de vendas on-line precisava ir até um dos postos de atendimento do Procon -em São Paulo, o atendimento é feito apenas nos Poupatempos de Itaquera (zona leste), Santo Amaro (zona sul) e Sé (centro).
O Procon já realiza atendimentos on-line, das 10h às 16h, mas só para dúvidas. Também é possível tirar dúvidas por telefone e e-mail.
Mas o registro de reclamações só pode ser feito pessoalmente e com a apresentação do RG original e de cópias dos documentos que comprovem a compra.
Com o novo site, o consumidor não precisará mais ir até um desses postos de atendimento nem apresentar documentos na primeira etapa.
Por enquanto, o site só receberá queixas contra operações feitas on-line. A ideia é que, no futuro, o site seja usado para reclamações contra todas as empresas, de qualquer meio de consumo.
O procedimento será o seguinte: pelo site, o consumidor que não tiver sido atendido corretamente -prazo de entrega não cumprido, produto com defeito, cobrança indevida etc.- poderá registrar sua queixa.
A reclamação será encaminhada a um técnico do Procon, que vai analisar a demanda e encaminhar mensagem ao consumidor informando sobre seus direitos e a eventual necessidade de envio de documentos e outros dados. A empresa será notificada também pela internet.
Caso o procedimento não dê resultado, o Procon vai instaurar um processo administrativo, com a realização de audiência conciliatória com o consumidor e representantes da empresa.
O Procon não informou quantas queixas recebe anualmente de empresas de vendas on-line. No ranking do ano passado, porém, a B2W, que reúne os sites Americanas.com, Submarino, Shoptime e TV Sky Shop, aparece no 29º lugar entre as empresas com mais reclamações de consumidores. (Folha)

Dieese divulga estudo sobre o 13º salário nesta quinta-feira (21)

Nesta quinta-feira (21), o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicas) encaminhará aos meios de comunicação estudo referente ao pagamento do 13º salário em 2010.

A nota à Imprensa vai ser enviada a partir das 10h por meio eletrônico.

Tal como foi feito no ano passado, o trabalho incluirá uma análise dos pagamentos do 13º a partir dos grandes setores de atividade econômica: indústria, construção civil, comércio, serviços e agropecuária.

(Fonte: Notícias da CNTM, Agencia Diap)