segunda-feira, 2 de março de 2009

Falta Estado no Brasil que abandona o País às ações nefastas de grandes grupos econômicos

Telefonia no Brasil está entre as mais caras

(Postado por Chiquinho Pereira) O grande problema no Brasil é que não é apenas a telefonia que subtrai renda aos brasileiros por práticas oligopolistas e pela mais absoluta indiferença e conivência dos governos, em todos os níveis. Aqui é uma verdadeira casa sem dono para vastos setores económicos. Os banqueiros ganham dinheiro até na crise através de tarifas, juros e spreads abusivos. O setor de cimento subtrai renda dos pobres. O mesmo vale para o aço de construção civil. Quando olhamos para os medicamentos, a situação é lamentável, pois há ganhos exagerados no atacado e distorções de preços absurdas no varejo. Falta governo que aja a favor dos cidadãos, estimulando a concorrência, abrindo os mercados controlados pelos cartéis. Falta sentimento de pátria ao homem público brasileiro, infelizmente.

Leia mais: País aparece entre os 40 últimos em ranking de comprometimento da renda com serviços fixo e móvel feito com 150 países. Na banda larga, Brasil ocupa o 77º lugar no ranking de preços; país cai para o 60º posto em índice que mede desenvolvimento no setor.

Os serviços de telefonia e internet no Brasil estão entre os mais caros no mundo, segundo um estudo que a ONU divulga hoje. No ranking de 150 países da UIT (União Internacional de Telecomunicações), o Brasil aparece entre os 40 em que o uso de telefones fixos e celulares consome a maior fatia da renda per capita.

O acesso à telefonia foi um dos critérios usados pela organização para elaborar o Índice de Desenvolvimento em Tecnologia de Informação e Comunicação, que avalia os avanços no setor entre 2002 e 2007. O Brasil caiu seis posições em relação ao índice anterior e agora ocupa o 60º lugar.

Tomando como referência o preço de um pacote básico, a UIT chegou à conclusão de que o uso do celular no Brasil é um dos mais caros, consumindo o equivalente a 7,5% da renda média per capita do país. Numa escala crescente de custo, o país ocupa a 114ª posição. A telefonia fixa morde uma fatia menor da renda do brasileiro (5,9%), mas também coloca o país entre os últimos, no 113º lugar.

Entre os mais baratos, empatam Hong Kong (China), Dinamarca e Cingapura, onde o uso do celular é responsável por só 0,1% da renda média. O contraste para o Brasil também é notável em relação a vizinhos como Argentina, onde a conta do celular é bem menor (2,5% da renda per capita).

A internet de banda larga, considerada pela UIT importante ferramenta para o desenvolvimento econômico, tem um preço elevado no Brasil. De acordo com o estudo, seu custo mensal equivale a 9,6% da renda média per capita brasileira.

Com isso, o Brasil fica em 77º lugar na escala de preços, posição intermediária no ranking de 150 países, mas abaixo dos demais membros do Bric, o grupo dos grandes emergentes: Rússia (37º), Índia (73º) e China (75º), onde o acesso à internet de banda larga custa proporcionalmente menos.

No índice geral de desenvolvimento, a UIT justifica a queda de seis posições do Brasil observando que houve pouco avanço nos três critérios utilizados: acesso, uso e capacidade. (Mais informações na Folha)

Governo discute com Congresso projetos para blindar economia do Brasil

Toda tentativa de o governo federal organizar a casa é bem vinda. E se for levada a termo, sem se embutir armadilhas para a oposição, mas se pensar mesmo em algo que gere continuidade, deve ter nosso mais amplo apoio. O Brasil precisa de planejamento para além dos mandatos executivos. Precisamos equavionar os problemas em vários setores a longo prazo, para conseguir acumular ganhos e melhorias. E evitar que cada novo governante comece do zero.

Leia mais: O governo quer aproveitar a crise mundial e a ausência de eleições em 2009 para agilizar a aprovação de projetos de lei e de reformas consideradas fundamentais para os próximos anos. Se não vão blindar totalmente o país da turbulência internacional – como mesmo admitem fontes do primeiro escalão – os projetos deverão contribuir para devolver o país à rota do crescimento sustentável quando o cenário internacional melhorar. Discutidas nas últimas reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES, também conhecido como “Conselhão”), tais propostas preveem não só as reformas tributária e política, que demandam mudanças por meio emendas à Constituição, como também um conjunto de sete projetos de lei em fase final de tramitação no Congresso Nacional.

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, confirma a disposição do governo, ao revelar uma programação de reuniões, nesta semana, com ministros e parlamentares para definir não só a relação final de projetos, como também a agenda de trabalho no Congresso. Embora manifeste preocupação com a antecipação do debate eleitoral, Múcio considera o momento favorável para a mobilização dos vários partidos – mesmo os de oposição – em favor da agenda.

– A crise estimula a mobilização dos partidos para a busca de soluções para o país – avalia o ministro.

Além do projeto de lei do Cadastro Positivo de Crédito, a lista de microrreformas inclui os projetos de lei de reforma do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de controle de gastos do funcionalismo público, de definição das licenças ambientais, de regras para terceirização e a votação dos destaques da Lei do Gás. O rol também inclui o projeto de lei que deverá regulamentar a exploração do petróleo no pré-sal, ainda em discussão pela comissão interministerial liderada pelos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil. (Leia mais no JB online)

Sindicatos levam Embraer à mesa de negociações

A Embraer está numa sinuca de bico, pois é inegável que a grande parte de suas encomendas vêm do Exterior. Mas também é inegável que para atender estas encomendas, enquanto existiam, a Embraer usou nosso dinheiro para se financiar. Na hora das vacas magras é a hora de discutir as alternativas com os trabalhadores, em vez de sair demitindo para (se for obrigada pela Justiça, como está sendo) conversar depois. Agora além da Embraer o movimento sindical tem que cuidar dos empresários oportunistas que estão doidos para repetir a irresponsabilidade em seus setores.

Leia mais: São Paulo e São José dos Campos (SP), 2 de Março de 2009 - A novela protagonizada por Embraer e sindicatos terá mais capítulos nesta semana. Pela primeira vez, as partes se encontrarão para tentar uma negociação sobre as 4.273 demissões feitas pela fabricante de aviões no dia 19 de fevereiro. Na quinta-feira será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) uma audiência de conciliação.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que buscará com a direção da Embraer a reintegração dos dispensados. Na última sexta-feira pela manhã, a empresa teve que readmitir os funcionários por decisão do TRT. À noite, a Embraer manifestou que entraria com recurso contra a liminar. Caberá ao Tribunal a análise do pedido. (Leia mais na Gazeta Mercantil)

Crise reduz pressão de alimento na inflação

Índice de preços no atacado da agropecuária, que chegou a acumular alta de 40% em 12 meses, registra agora avanço de apenas 3%. Desvalorização das commodities já começa a ser sentida pelo consumidor; analistas veem possibilidade maior de queda nos juros.

A crise econômica mundial diminuiu a pressão interna sobre os alimentos. Essa queda se reflete na inflação, desacelerando principalmente os índices de preços no atacado, que têm influência das commodities agrícolas negociadas no mercado externo.

Aos poucos, essa queda chega ao bolso do consumidor. A soja, que recua na Bolsa de Chicago, por exemplo, provoca queda nos preços do óleo para os consumidores nos supermercados.

Além de pressão menor dos preços que têm influências externas, a inflação também perde força por causa de produtos com negociações apenas internas, como os cereais. Com isso, alguns analistas preveem taxa de inflação próxima de 4% para este ano, o que vai facilitar a ação do BC em reduzir os juros.

A grande demanda mundial por alimentos em 2008, quando a economia ainda crescia, levou a uma forte alta nos preços no atacado, empurrando os índices inflacionários para cima.

Os produtos agropecuários chegaram a registrar alta de 40,25% no acumulado de 12 meses em julho do ano passado no IPA (Índice de Preços por Atacado) do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), calculado pela FGV.

Essa alta no atacado refletia a elevação recorde dos preços das commodities nas principais Bolsas agrícolas espalhadas pelo mundo. Em Chicago, por exemplo, a soja chegou a ser negociada a US$ 16,60 por bushel (27,2 quilos) no início de julho de 2008, valor jamais registrado até então. (Leia mais na Folha)

Chegou a hora de pagar o novo mínimo

O presidente da Associação Comercial do RN, Sérgio Freire, disse que o reajuste vem num momento oportuno O impacto do reajuste de 12,04% no salário mínimo brasileiro, que foi autorizado no último dia 1º de fevereiro, só será sentido de fato agora, quando os primeiros salários referentes ao mês - em especial o dos servidores públicos - começarão a ser pagos. Com a remuneração saindo de R$ 415 para R$ 465, a expectativa é que R$ 640 milhões sejam injetados na economia do Rio Grande do Norte durante todo o ano, beneficiando 984.516 trabalhadores a partir deste início de mês.

Descontada a inflação desde abril do ano passado, o aumento real do benefício é de 5,7%, o que leva a um reajuste real acumulado no governo Lula de 46,05%. Em todo o Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o incremento vai injetar R$ 21 bilhões a mais na economia a partir de agora. No Rio Grande do Norte, a expectativa da Associação Comercial do Estado é de um crescimento de 10% nas vendas do setor, que deve ser aquecido pelo incremento no salário dos trabalhadores.  (Leia mais no Diário de Natal)