terça-feira, 1 de setembro de 2009

UGT define em plenária planejamento estratégico e confirma sua independência política, avalia Chiquinho Pereira

Chiquinho analisa Primeira Plenária Nacional de Entidades Filiadas da UGT

(Postado por Chiquinho Pereira) O evento reuniu mais de 835 delegados representando 615 sindicatos, federações, e confederações no Ocean Praia Clube. A presença surpreendeu a todos nós em função da quantidade e da qualidade. Todos os participantes participaram da plenária com objetivos claros de contribuir e de recolher subsídios do coletivo da UGT para, de volta às suas bases, nos estados de origem, ajudar a avançar a central que, apesar dos dois anos de vida, atua de maneira organizada e sistemática no cenário político nacional.

Faço questão de destacar quatro pontos que caracterizaram o evento.
O primeiro ponto a destacar foi termos adotado um planejamento estratégico, e isso diferencia a UGT em relação às demais centrais. Que vem ao encontro da grande mobilização da central pois pudemos constatar que nossas metas de filiação, de mobilização e de organização foram cumpridas e superadas. O que nos animou a estabelecer através do planejamento estratégico, objetivos mais amplos, para consolidar a UGT a nível nacional. Pudemos confirmar que as iniciativas da central relacionadas com a ética, a cidadania e o com a inovação na sua vinculação e relacionamento com os sindicatos do Brasil todo foram plenamente assumidos nos discursos e nas práticas sindicais, com um veemente repúdio a um sindicalismo que, infelizmente, ainda aposta no atraso e nas tentativas anti-éticas de relacionamento com os sindicatos que representam as aspirações dos trabalhadores brasileiros.

O segundo ponto foi a discussão política e conseguimos, acredito, definir como a UGT vai se comportar em relação aos governos atuais, principalmente, o governo federal e com os governos futuros, pois temos grandes desafios a contribuir de maneira pró-ativa, muitas vezes critica, para resolver os inadiáveis problemas relacionados com a Saúde, Educação, Lazer, Cultura e Geração de Emprego. A UGT mostrou nesta plenária que quer ter uma voz mais forte ainda no cenário político e social brasileiro e que não nos restringiremos às discussões salariais apenas ou ao debate das condições de trabalho. Queremos muito mais e estamos preparados para agir em todos os níveis politicos a favor da classe trabalhadora brasileira.

Em terceiro lugar, percebemos um entusiasmo muito grande de todas as lideranças que se deslocaram de seus Estados de origem. Teve delegação que viajou 40 horas para participar da plenária e chegou cheia de ânimo, ativa e deixou para todos nós, grandes contribuições.

E, por último, devemos destacar que a União Geral dos Trabalhadores sai desta plenária com um diferencial que pode ser definido pela total independência política e a determinação de influir nas políticas públicas neste momento em que o Brasil dá mostras de sair da crise, em que acontece um grande debate político e que está cada vez mais claro para a UGT a urgência de se agir a favor do Brasil, do seu povo trabalhador, a favor de mais justiça social e pela distribuição de renda que signifique inclusão social.

Por favor, leia as notícias do dia:

Bernardo: salário mínimo previsto para 2010 é R$ 505,90

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou no início desta noite que o valor do salário mínimo constante da proposta orçamentária para 2010 é de R$ 505,90 - e não de R$ 507,00, como foi divulgado mais cedo. Bernardo fez a correção ao chegar ao Congresso para entregar ao presidente do Senado, José Sarney, o texto da proposta de Orçamento. A uma pergunta sobre o total previsto na proposta orçamentária para investimentos das estatais, o ministro respondeu rapidamente: "R$ 97 bilhões", e entrou na sala de Sarney. (Leia mais no Estadão)

Brasil supera Índia e lidera Brics em capitalização de mercado

País registra US$ 477,899 bi em capitalização de mercado até o dia 28 de agosto ante US$ 457,12 bi da Índia.

O Brasil superou a Índia como o maior mercado acionário dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) em 10 de julho passado e segue liderando o grupo, com base na capitalização de mercado ajustada para o free float. Em 28 de agosto, a capitalização de mercado do Brasil era estimada em US$ 477,899 bilhões, enquanto a da Índia estava em US$ 457,12 bilhões, a da China era projetada em US$ 330,57 bilhões e a da Rússia, em US$ 216,81 bilhões. O cálculo tem como base o índice Dow Jones Bric 50.

David Krein, diretor de desenvolvimento de produtos do Dow Jones Indexes, afirma em relatório que, desde 31 de dezembro de 2002, os papéis brasileiros representados no índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR acumulam desempenho bem melhor do que os reunidos no índice Dow Jones Bric 50. O retorno total do Dow Jones Brazil Titans supera em 150% o do Dow Jones Bric, afirma Krein. O retorno anualizado no período foi de 36,46% para os ADRs brasileiros e 32,23% para os 50 papéis selecionados dos Brics. Os dois índices tiveram performance melhor do que os mercados globais amplos medidos pelo índice Dow Jones Global Total Stock Market, que apresenta retorno anualizado de 9,05%. (Leia mais no Estadão)

'A crise no Brasil acabou', afirma professor da Unicamp

Economista considera que é possível manter o crescimento médio de 2,2% na produção industrial a cada mês

Empolgado pelo crescimento de 2,2% da produção industrial em julho em relação a junho, o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e professor da Unicamp Júlio Sérgio Gomes de Almeida considera que "a crise no Brasil acabou".

Para Gomes de Almeida, no Brasil "foram recompostas as forças dinâmicas da economia - consumo e crédito - e o investimento ainda não, mas ele vai voltar". Segundo o especialista, a alta da produção industrial em julho "tira qualquer dúvida sobre a recuperação da indústria".

Ele destacou que 2,2% é um avanço de magnitude expressiva, é a sétima expansão consecutiva e foi generalizado por todas as categorias de uso e vários ramos da indústria, "É um crescimento que tem sustentabilidade. Só peca por um problema: ainda não é suficiente para compensar o tombo que a gente levou no fim do ano passado. É uma recuperação lenta para o tamanho da queda, que foi grande demais", disse.

De acordo com Gomes de Almeida, se a indústria continuar crescendo 2,2% nos próximos meses em relação aos anteriores, em dezembro já terá voltado ao nível de setembro. "A gente está nadando, nadando, nadando, para, se tudo correr bem, chegar no mesmo lugar".

O economista considera que é possível o Brasil continuar com crescimento médio de 2,2% na produção industrial a cada mês na série com ajuste sazonal, devido ao aumento do crédito e do consumo. "A exportação vai melhorar também até o fim do ano, simplesmente porque caiu demais. Não é para soltar foguete", disse. Ele comentou que ainda tem dúvidas se a crise acabou no exterior. "Se vier uma nova rodada de crise, aí a recuperação fica adiada", disse. (Leia mais no Estadão)

Governo destina R$ 10 bilhões para plano habitacional em 2010

Com um volume inédito de recursos em subsídios para a população de baixa renda, o novo plano habitacional do governo Lula é a principal inovação do projeto de Orçamento da União para o ano eleitoral de 2010.

Batizado de Minha Casa, Minha Vida, o programa terá, segundo dados parciais divulgados ontem, R$ 10 bilhões para despesas a fundo perdido, a maior parte destinada a famílias com renda até três salários mínimos. Pelas regras já definidas pelo governo, as famílias mais pobres pagarão prestações mensais que vão variar de R$ 50 a 10% de sua renda.

Em tese, os gastos deveriam começar com R$ 6 bilhões até dezembro, mas, a quase totalidade do dinheiro, que nem foi incluído ainda no Orçamento de 2009, ficará mesmo para o próximo ano.

O projeto de Orçamento foi entregue ontem ao Congresso pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo. O detalhamento dos números, porém, só será feito nesta terça-feira. Bernardo disse não acreditar em uma eventual resistência da oposição ao novo programa. "Acho que vai haver um reconhecimento de todos de que é importante manter o subsídio do programa." (Leia mais na Folha)

BB lança pacote de R$ 14 bi a microempresas

Em mais um lance agressivo para ganhar mercado dos bancos privados, instituição cria novas linhas de crédito para o setor. Banco do Brasil também pretende emprestar mais R$ 13,9 bilhões para que as empresas invistam em bens e aumentem sua produção.

O Banco do Brasil lançará hoje mais um pacote com linhas de crédito para micro e pequenas empresas. Valor: R$ 14,5 bilhões. É mais um lance agressivo do BB para ganhar mercado dos bancos privados sob a avaliação de que o pior da crise econômica já passou e que há espaço para aumentar a sua carteira de crédito.

Depois de perder em novembro de 2008 a liderança para a fusão Itaú-Unibanco, o BB recuperou o título de maior banco do país no mês passado. A estratégia é consolidar a dianteira, aproveitando a melhora do cenário econômico internacional e doméstico.

O BB pretende emprestar mais R$ 13,9 bilhões para micro e pequenas empresas que queiram fazer investimentos em compra de equipamentos. São bens que permitem aumentar a produção. Esse volume ficará disponível para 240 mil clientes tradicionais do banco e com histórico de bom pagador. É uma operação considerada de baixo risco pela direção do BB.

Outra medida será a ampliação do prazo para as pequenas empresas que queiram antecipar a venda futura com cartões de crédito. O novo prazo saltará de 12 meses para 24 meses. O valor adicional para a operação será de R$ 570 milhões.

Essa linha é chamada de "recebíveis", um adiantamento que a empresa pega no banco. Essa linha, em alguns casos, possibilita um adiantamento de até seis vezes o valor do faturamento médio mensal das micro e pequenas empresas. Nessa linha, serão enquadrados 15,4 mil clientes.

Em abril, o Banco do Brasil lançou um pacote para reduzir o custo do crédito a pessoas físicas. No mês de junho, anunciou a ampliação de linhas de crédito no valor de R$ 11,6 bilhões para 303 mil micro e pequenas e empresas. As micro e pequenas empresas são aquelas com faturamento anual de até R$ 15 milhões por ano.

Com a troca do presidente do BB em abril, o governo estimulou a instituição a aumentar a oferta de crédito. Na avaliação do Ministério da Fazenda, a ampliação de linhas de financiamento foi a principal responsável pela retomada da liderança do BB no setor bancário. A expectativa do governo é que a medida estimule a concorrência, levando os bancos privados a seguir os passos do BB. Ou seja, reduzir os juros para não perder clientes.(Leia mais na Folha)