quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Greve dos bancários se amplia para mais de 7 mil agências no Brasil

Greve dos bancários fecha 7.437 agências — Impasse é, principalmente, em torno do reajuste de 11%, recusado pelos bancos, apesar de a Contec, da UGT, ter conseguido reajuste de 12% para os bancários do Banco de Brasília (BRB)

A adesão à greve dos bancários, iniciada no dia 29 de setembro, aumentou e 7.437 agências bancárias fecharam hoje, em todo Brasil, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Na greve ocorrida em 2009 os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior mobilização da greve.

Carlos Cordeiro, presidente da entidade e coordenador do Comando Nacional dos Bancários afirma que, "o fechamento de agências cresceu todos os dias desde o início da greve, mostrando o aumento da adesão dos bancários e a força do movimento".

No primeiro dia de greve, segundo a Contraf-CUT, os bancários fecharam pelo menos 3.864 agências em todas as capitais e inúmeras cidades do interior onde há presença de instituições financeiras, além de centros administrativos de todos os bancos.

Os bancários reivindicam reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego e mais contratações, entre outras coisas. (Estado)

Mulheres são mais chefes de família na classe C, diz Ibope

Na classe C, 32% dos lares são comandados por mulheres, contra 25% nas classes A e B

As mulheres comandam 32% das famílias de classe C no Brasil, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Ibope Mídia Brasil, com dados referentes ao ano de 2009. Nas camadas mais altas da população, o porcentual de mulheres que são chefes de famílias é menor: nas classes A e B, apenas 25% delas estão à frente das famílias.

"As mulheres são mais chefes de família na classe C e elas também decidem o que comprar para a casa", destaca Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia.

A pesquisa ouviu cerca de 20 mil pessoas com mais de 12 anos nas principais regiões metropolitanas do País. Elas foram divididas por classes conforme o Critério Brasil de classificação econômica, que leva em conta a posse de bens para dividir a população em diferentes estratos. No caso da classe C - identificada pelo estudo como a nova classe média brasileira -, a renda mensal varia entre R$ 600 e R$ 2.099.

De acordo com o levantamento, a classe C também é mais jovem e composta por uma maioria de afrodescendentes (negros e herdeiros da miscigenação). Em Salvador, por exemplo, 41% da classe C é negra, enquanto em Brasília o porcentual é de 22%. A pesquisa informa ainda que quem está na classe C é geralmente mais saudável. Pela classificação utilizada, com base no Critério Brasil, 31% da classe AB1 está acima do peso - na classe C1 (uma subdivisão da classe C), este porcentual é de 27%. "Talvez porque as pessoas da classe C andem mais para ir ao trabalho ou se alimentem melhor, sem excessos, elas são mais saudáveis", explica Dora.

Idiomas — Na área de educação, no entanto, a classe média ainda leva uma desvantagem em relação às camadas mais altas. O Ibope Mídia revelou que 23% da população de classe C fala outro idioma e apenas 7% fala o inglês. Do total da população brasileira, 12% falam inglês e, entre as pessoas da classe A, a porcentagem chega a 25%. "A maioria da classe C tem o ensino médio, mas à medida que a pessoa melhora, ela quer estudar mais", acrescenta Dora.

Outro ponto de destaque é que, na classe C, os homens vivem menos. Os dados do Ibope Mídia revelam que, no estrato AB da população, 12% dos homens possuem entre 55 e 64 anos. Na classe C, a porcentagem de homens nesta faixa é menor, de 9%.
Consumo — A classe C também compra menos pela internet e costuma planejar bem as compras, principalmente as mais caras. "As compras são planejadas, mais que nas classes A e B", afirma Dora. "A classe AB simplesmente compra - ela não precisa planejar tanto. Já a classe C planeja tudo", completa. (Estado)

Imóvel está nos planos de 40% da classe C

Cerca de 9,5% querem ainda comprar carro.

Quase 40% da população de classe C no país pretende comprar um imóvel nos próximos meses, segundo o estudo "Classe C Urbana do Brasil: Somos Iguais, Somos Diferentes", divulgado ontem pelo Ibope.
São cerca de 37 milhões de pessoas, entre os quase 100 milhões de indivíduos que fazem parte dessa fatia da sociedade. O instituto entrevistou cerca de 20 mil pessoas.
Outros cerca de 9,5% pretendem ainda comprar um automóvel nos próximos 12 meses, novo ou usado.
Na apresentação do estudo, o Ibope afirma que "esse é um mercado cuja demanda reprimida é altíssima, capaz de fazer crescer consistentemente a indústria automobilística por um bom tempo".
A pesquisa aponta ainda que mais da metade da população da classe C gostaria de guardar dinheiro, mas considera isso difícil.
Dos entrevistados, 39% declaram não saber nada sobre investimentos e finanças, enquanto 61% não gostam de ter dívidas. "Entretanto, uma parcela acima da média nacional afirma ter tendência a gastar dinheiro sem pensar", diz o estudo.
A classe C concentra-se entre as faixas com renda de R$ 600 a R$ 2.099. Dos quase 100 milhões de integrantes dessa classe no Brasil, 32 milhões têm entre 12 e 64 anos.
De acordo com o instituto, a classe C quer "produtos que considerem seus valores e princípios, seu estilo de vida e suas atitudes". (Folha)

Ministério do Trabalho deve flexibilizar de novo a exigência do ponto eletrônico

Depois de ter adiado a vigência do ponto eletrônico de agosto deste ano para março de 2011, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pode baixar uma portaria, permitindo que acordos coletivos celebrados entre os sindicatos (da empresa e dos trabalhadores) possam prevalecer sobre a norma. O pleito é das centrais sindicais que se reuniram na tarde desta terça-feira com o ministro.

A portaria do ponto eletrônico obriga todas as empresas que optam por este tipo de controle de frequência a implantar um relógio de ponto com impressora para registrar todas as entradas e saídas dos funcionários. Dependendo do que for acordado entre as partes, como intervalos para almoço, por exemplo, poderão deixar de ser registrados, caso o pedido seja acatado.

- Vamos analisar com nosso jurídico um novo instrumento para chegarmos a um senso comum, pois vai depender do setor e do porte da empresa. Acho que até o final do mês teremos esse levantamento com as Centrais - disse Lupi. (O Globo)