sexta-feira, 2 de julho de 2010

UGT, junto com as demais centrais, quer salário mínimo de R$ 570,00

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, fortalece movimento de greve dos servidores do Judiciário do Estado de São Paulo

Em assembléia realizada na quarta-feira (30 de junho) a categoria decidiu pela continuidade da greve. Antes da assembléia, a Comissão de Representantes das entidades e dois dos representantes de servidores, se reuniram com representantes do Tribunal de Justiça e as propostas apresentadas foram as mesmas de antes, ou seja, nemhum avanço.

Esteve presente o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah falando sobre a denúncia feita na OIT contra o Tribunal de Justiça de São Paulo e deixando bem claro “que Judiciário é este que não faz justiça aos seus Servidores (em sua casa) enquanto o Tribunal de Justiça manter-se calado, estaremos juntos na Praça, até uma solução aos 20,16%”. Ricardo Patah terminou sua fala, com nosso lema “Reposição já”. Manifestando seu apoio aos servidores do judiciário e colocando a estrutura da UGT à disposição do Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, que tem o Companheiro Wagner José de Souza como Presidente. A próxima assembléia geral está marcada para o dia 7 de Julho de 2010 na Praça João Mendes Junior, às 14h.

Ficaram aprovadas as seguintes propostas: pressão de servidores junto aos parlamentares para a assinatura do pedido de CPI na Assembléia Legislativa; Ofício ao CNJ requerendo urgência na Audiência Pública em São Paulo; Denúncia ao Tribunal de Contas do Estado sobre mau uso do Orçamento do TJ paulista. (Wagner José de Souza)

Leia o clipping de hoje:

Centrais querem mínimo de R$ 570 e rejeitam proposta do Planejamento

Na negociação com a Comissão de Orçamento, os líderes sindicais pedem que o PIB negativo de 2009 fique fora do cálculo de reajuste

As centrais sindicais já começaram a pressionar o Congresso e o governo federal para garantir um salário mínimo de R$ 570 no ano que vem. Como a decisão tem ser tomada agora, em ano eleitoral, a tendência é que o governo ceda a mais essa pressão, assim como aconteceu recentemente no embate em torno da elevação das aposentadorias com benefícios acima do mínimo.

O Ministério do Planejamento propõe que o mínimo seja elevado dos atuais R$ 510 para R$ 535,91. O relator do Orçamento, senador Tião Viana (PT-AC), propõe R$ 550.

A guerra em torno do novo mínimo está sendo travada na Comissão Mista de Orçamento, que corre para aprovar até o dia 16, quando começa o recesso parlamentar, o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Viana, que é candidato ao governo do Acre, apresentou uma proposta alternativa para minimizar o desgaste criado com a posição defendida pelo Planejamento, que não prevê aumento acima da inflação em 2011.

O relator quer que o cálculo do mínimo considere a média de crescimento do PIB de 2008 e de 2009, mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses, e não apenas o PIB de 2009, como quer a equipe econômica do presidente Lula. O cálculo de Viana eleva o mínimo para R$ 550 - um aumento real de 2,46%.

Pela proposta do Planejamento, ao considerar o PIB negativo de 0,2% apurado em 2009, o salário mínimo ficaria em R$ 535,91. A reivindicação das centrais, que eleva o mínimo para R$ 570, leva em conta a projeção de crescimento neste ano, que pode ficar entre 7% e 7,5%.

‘Resolver no voto’ — as primeiras reuniões com os parlamentares, os sindicatos já mostraram que desconsideram a proposta do governo e acham pouco o que foi oferecido por Viana. Em reunião com o relator do Orçamento, o presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, defendeu porcentuais mais altos de reajuste. "Queremos o PIB cheio de 2010. Tudo o que vem de aumento para o trabalhador a equipe econômica diz que não tem dinheiro", criticou Torres. Viana diz que é preciso ceder algum aumento real ao trabalhador para manter a coerência dos últimos anos - em 2006, o mínimo teve o maior aumento real do governo Lula, 13,04%. "O Ministério do Planejamento não vê dessa maneira. Há também a pressão das centrais. Vamos ter que resolver isso no voto", admitiu o senador petista. A maioria dos parlamentares é favorável ao aumento real do mínimo. O deputado petista Pepe Vargas (RS) concorda que é preciso dar reajuste acima da inflação. "Não é algo que vá criar um constrangimento grande, e isso tem impacto no crescimento. Mas as centrais estão querendo o PIB de 2010 para negociar melhor o reajuste", avaliou. O senador Paulo Paim (PT-RS) já disse que vai defender a proposta das centrais. (Estado)

Especialistas garantem que investir FGTS em ações da Petrobrás é bom negócio

No entanto, número de trabalhadores que poderão usufruir da alternativa é de apenas 90 mil. Apenas 90 mil trabalhadores poderão aproveitar a alternativa de aplicar 30% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobrás no processo de capitalização da estatal, previsto para ocorrer em setembro, segundo o Instituto FGTS Fácil.

A limitação é porque a regra determinada pelo governo diz que só poderá usufruir da opção quem, em agosto de 2000, comprou papéis da estatal com o FGTS e os manteve na carteira até hoje. Na época, 312 mil trabalhadores reverteram parte do fundo para as ações da petrolífera, mas só 90 mil continuaram com eles.

Para os poucos contemplados, analistas garantem a compra de ações é bom negócio, por causa da melhor rentabilidade na comparação com o Fundo de Garantia. Levando em conta os últimos dez anos, o FGTS rendeu 63,96%. Os papéis PN da Petrobrás, no mesmo período, subiram 655,71%, de R$ 3,50 em agosto para R$ 26,45 na sessão de hoje.
"Mas é importante que o trabalhador saiba que ações é para o longo prazo. Cinco anos, no mínimo", diz Willian Eid Júnior, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O economista Sergio Manoel Correia, da LLA Investimentos, concorda com Eid e, como o longo prazo é a indicação, faz ressalvas. "Quem sabe que precisará do dinheiro em breve, para a compra de um imóvel por exemplo, é melhor deixá-lo no FGTS.
A alta de 655% no entanto não deve se repetir nos próximos dez anos, segundo especialistas. "Mas a alta será mais expressiva do que a do FGTS", completa Eid. (Estado)