quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

UGT e demais centrais continuam na luta por mínimo de 580,00

Governo e centrais não chegam a acordo sobre salário mínimo

Planalto diz que não aceita conceder mais do que R$ 545, mas acena com correção do Imposto de Renda em 4,5%. Sindicalistas ainda defendem os R$ 580, mas admitem que o governo não deve aceitar mais de R$ 550.
O governo manteve posição fechada ontem, em reunião com as centrais sindicais, de um salário mínimo de R$ 545 em 2011, "sem espaço para demagogias", mas acenou com a tendência de corrigir a tabela do Imposto de Renda na Fonte em 4,5% -núcleo da meta de inflação.
A informação foi passada ontem à imprensa pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), após o encontro de cerca de duas horas com os sindicalistas, no Palácio do Planalto, que terminou em impasse.
O índice do reajuste da tabela do Imposto de Renda é inferior à demanda das centrais -elas exigem 6,46%-, que representa a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no ano passado.
Ao afirmar que "essa é a tendência" do governo sobre a correção da tabela, Carvalho ressaltou que o governo não vai vincular um eventual ajuste no imposto à negociação sobre o aumento do salário mínimo. "O governo nunca falou em trocar uma coisa pela outra", disse.
Neste ponto, o governo manteve a proposta de R$ 545, mas deixou indicado, segundo representantes das centrais, que o Congresso poderá ser o fórum para a discussão do valor final.
A proposta a ser enviada pelo governo ao Congresso será de R$ 545, de acordo com o ministro.
O governo está amparado no cumprimento de acordo firmado com as centrais em 2007, pelo qual o reajuste do salário mínimo seria calculado sempre pela variação do PIB de dois anos antes, mais a variação da inflação do ano anterior.
Com o impacto da crise econômica de 2008 no PIB de 2009, o aumento previsto para este ano ficou aquém do que desejavam as centrais.
"Esse é um governo que cumpre acordos", afirmou Carvalho, usando o argumento central do governo para não ceder na questão do salário mínimo.
O governo também se comprometeu a enviar para o Congresso uma medida provisória formalizando a regra atual de reajuste até 2015.
NOVA REUNIÃO — Ao final da reunião, da qual também participaram o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e o ministro Carlos Lupi (Trabalho), os sindicalistas mantiveram a defesa dos R$ 580, mas reconheceram reservadamente que o governo dificilmente passará de R$ 550. E devem aceitar este número final.
As centrais estão dispostas, inclusive, a descontar o aumento adicional do reajuste previsto para 2012, que deve ficar entre 12% e 13%.
O terceiro de ponto de reivindicação dos sindicalistas -o aumento de 10% para os aposentados- acabou ficando em segundo plano na discussão de ontem.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 2, já na esteira do resultado das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
No topo da pauta, segundo os representantes das centrais, estará justamente a discussão sobre a correção da tabela do IR, que os sindicalistas já encaram como o ponto mais viável de negociação com o governo. (Folha)

Medidas do BC derrubam crédito ao consumidor, e juros sobem
Em 2010, volume cresceu 21%, ante 15% em 2009 e 31% em 2008.
As medidas anunciadas pelo Banco Central em dezembro para frear a expansão do crédito já se refletiram em juros mais altos e queda nos empréstimos.
Financiamentos de veículos e operações de crédito pessoal estão 18% abaixo do verificado em novembro.
A taxa média do juro ao consumidor passou de 39% ao ano, naquele mês, para 45% no início de janeiro, acima dos níveis apurados na crise de 2008/2009.
Em dezembro, o BC começou a esfriar a economia para controlar a alta da inflação. Foram anunciadas restrições ao crédito para o consumo com prazos acima de 24 meses e a retirada de R$ 61 bilhões da economia.
Para a instituição, dezembro marca o fim do processo de recuperação do crédito.
"Os juros subiram bastante em dezembro, e dados parciais de janeiro mostram continuidade nessa elevação. A perspectiva é de encurtamento de prazos e de crédito crescendo a taxas mais acomodadas", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
A inadimplência, que chegou ao menor nível em quase nove anos em dezembro, deve parar de cair, segundo ele, embora não deva subir.
Em 2010, as operações de crédito para consumidores e empresas cresceram 20,5%, acima dos 15% verificados um ano antes, mas abaixo dos 31% em 2008.
O total de empréstimos chegou ao recorde de R$ 1,7 trilhão ao fim do governo Lula (46,6% do PIB). Há oito anos, estava em 26% do PIB. O destaque foram as operações com juro subsidiado (como as do BNDES).
O BC espera alta de 15% no crédito em 2011, mas pode rever o número para baixo devido ao aumento dos juros. (Folha)

Falta de mão de obra pressiona os preços de produtos e serviços
Com dificuldade de encontrar profissionais, empresas aumentam salários e repassam custo extra. A atual escassez de trabalhadores dificulta expansão e favorece migração de indústrias buscando funcionários.
A falta de mão de obra já faz muitos setores elevarem o preço de seus produtos e serviços em decorrência do aumento de custo provocado pela necessidade de pagar salários maiores para reter ou contratar profissionais.
São exemplos dessa tendência a construção civil, o comércio e até mesmo o emprego doméstico, cujo contingente de trabalhadores caiu 1,1% em 2010 nas principais regiões metropolitanas do país, segundo estudo da LCA Consultores, feito, a pedido da Folha, a partir de dados de preços e mercado de trabalho do IBGE.
Entre as altas de preço ao consumidor mais expressivas em 2010, estão empregado doméstico (11,81%), mão de obra para reformas e manutenção (10,56%), vestuário (7,48%) e alimentação fora de casa (9,81%).
Todos tiveram aumentos superiores à inflação média (5,91%, pelo IPCA). Os salários das categorias nas quais se inserem subiram também acima da renda média pesquisada pelo IBGE.
Num sinal de oferta restrita de trabalhadores, o rendimento na construção registrou aumento recorde de 11,1% de janeiro a novembro.
Hoje o IBGE divulga os dados de dezembro do mercado de trabalho e a expectativa é de que o avanço da renda e do emprego na construção se repitam.
"A falta de mão de obra, e não só de trabalhadores com alto grau de qualificação, atinge vários setores, mas a construção é o mais afetado pelo problema", diz Fábio Romão, economista da LCA.
Amos Genish, presidente da GVT, diz que a empresa esbarra na falta de mão de obra especializada em construção para expandir mais rapidamente sua rede de telefonia e dados.
"Esse aumento é uma tendência muito clara em alguns ramos de serviços, vestuário e construção, o que traz ainda mais preocupação ao cenário de inflação para 2011", avalia Laura Haralyi, analista do Itaú Unibanco.
Outros setores também sofrem com a escassez de mão de obra. No comércio, o total de trabalhadores avançou apenas 1,1% de janeiro a novembro de 2010 -taxa abaixo do crescimento vegetativo da população.
SALÁRIOS — Segundo Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Alimentação e Hospedagem, a dificuldade de encontrar profissionais levou o setor a reajustar salários em até 12% -quase seis pontos acima da inflação. A mão de obra é o principal custo do setor e responde por 30% das despesas.
A indústria do vestuário vive a mesma situação: o setor teve de aumentar salários em cerca de 8% em 2010. Muitas fábricas migraram de São Paulo principalmente para o Nordeste em busca de mão de obra (principal custo do setor, com peso de 30%) mais barata, segundo Fernando Pimentel, superintendente da Abit (associação da indústria têxtil).
Diante da perspectiva de economia ainda aquecida em 2011, Romão espera novos reajustes salariais acima da inflação -porém mais brandos, diz, em decorrência da expectativa de aumento menor do salário mínimo, que teve ganho real de 6% em 2010. (Folha)

Prêmio Nobel alerta que elevação da taxa básica para combater inflação pode elevar desemprego no Brasil

Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, acha, como muitos presentes em Davos, que o Brasil vai bem. Mas, em entrevista ao GLOBO, ele faz um alerta: o combate à inflação - sobretudo a que está sendo "importada" pelo aumento mundial no preço dos alimentos - não deve ser feita apenas subindo a taxa básica de juros da economia. Isso porque essa elevação vai fazer com que pobres no Brasil, que já vêm sofrendo com a alta dos preços dos alimentos, ainda percam o emprego por causa dos juros. Stiglitz prevê o fim do dólar como moeda de reserva e se mostra mordaz na crítica ao seu país: segundo ele, os EUA têm um modelo falho e inspiram pouca confiança para liderar.

O GLOBO: Há certo otimismo este ano. Algumas pessoas até apostam que a economia mundial vai voltar ao que era antes da crise. O senhor concorda com este otimismo?

JOSEPH STIGLITZ:A maioria das previsões é de que o crescimento em 2011 vai ser mais fraco que em 2010.

Tem havido problemas com previsões?

STIGLITZ: Sempre houve. Parte do problema é que a maioria das pessoas aqui (em Davos) é desproporcionalmente (representantes) de multinacionais. Estamos vivendo num mundo muito dividido, onde uma parte está indo muito bem, e outra vai mal. As pequenas e médias empresas nos EstadosUnidos ainda têm problemas para obter capital e o desemprego pode chegar a 8%. De certa forma, as pessoas estão se sentindo bem porque estavam muito doentes antes.

A economia mundial não está melhor?

STIGLITZ: Está melhor, mas saiu da UTI e está agora na sala de recuperação.

Há uma mudança global, com países emergentes crescendo muito mais rápido do que os países ricos, enquanto a Europa não consegue se reerguer. Como o senhor vê a evolução disso?

STIGLITZ: Para mim, é o que há de mais excitante. Há um novo equilíbrio do poder geopolítico, mas que também é uma das fontes de incerteza e inquietação. O G-7 (grupo das sete mais ricas economias) inspirava certo conforto. A comunidade global se reunia (no G-7) e o sentimento de todos era o de que no caso de problema, ele poderia ser resolvido e os EUA exercitariam sua influência e liderança. Agora, há muito pouca confiança na liderança dos Estados Unidos.

E a China também não quer assumir esta liderança, não?

STIGLITZ: O modelo americano se mostrou falho. A influência das instituições financeiras ainda é muito grande politicamente e isso está fazendo diminuir a confiança na democracia. Mesmo o modelo político foi desafiado. (Nos EUA) milhões de cidadãos perderam suas casas e você não fez nada em relação a isso. E mesmo quando pessoas estão perdendo o emprego, debate-se se elas devem ter seguro desemprego. Acho que o respeito pelo modelo americano diminuiu.

O fato de Brasil, Índia e China estarem obtendo maior parte do bolo não é uma boa coisa?

STIGLITZ: É muito positivo.Vai se criar um mundo mais estável, mas o sujeito que era o líder ou o brutamonte - dependendo do prisma em que você vê - não está muito satisfeito (os EUA).

Quem está liderando, então?

STIGLITZ Ninguém. Talvez seja uma boa coisa não ter lider. Mas há uma ansiedade por conta disso.

Isso terá impacto na economia mundial?

STIGLITZ: Indiretamente. Vemos isso claramente na Europa, onde todo mundo reconhece que há muitos problemas financeiros. Há esperança que eles (os europeus) resolvam, mas não há 100% de confiança. Está claro que Estados Unidos e China estão numa batalha cambial. Não importa de que lado você esteja, este não é um conflito saudável.

Mas China e EUA também não têm interesse em atirar em cada um, porque um depende do outro. Não é um lado positivo?

STIGLITZ: É também um sinal de que não há cooperação. Suas visões do mundo são muito diferentes. Outro exemplo de reaçao é que o Brasil e outros países adotaram medidas para se protegerem (da guerra cambial) e estão criticando fortemente a conduta da política monetária americana. Isso não acontecia antes. Quando os EUA subiram taxas de juros em 1980, isso causou um efeito devastador emvocês, mas vocês eram vitimas silenciosas. Agora, vocês estão gritando e dizendo: vamos comandar nossas economias e não podemos mais contar com vocês (potências) se não levarem em consideração as necessidades do mundo.

No longo prazo, o que isso pode significar para o dólar ?

STIGLITZ: Isso vai dar ímpeto para o fim do sistema de reservas dependente do dólar.

O presidente francês Nicolas Sarkozy, que preside o G-20 (grupo das maiores economias do planeta) disse esta semana que o dólar vai continuar predominante...

STIGLITZ: Líderes políticos têm esta tarefa difícil: (de um lado) é preciso passar de um sistema de moeda única (dolar) para um novo sistema, mas ao mesmo tempo, não se quer instabilidade neste sistema. No futuro próximo, o dólar vai permanecer predominante, mas estamos caminhando para a transição para um novo sistema.

Um novo sistema em que o euro também não vai prevalecer, não?

" O pobre vai sofrer com o aumento dos preços (dos alimentos). Fazê-lo perder o emprego (como consequência do aumento de juros) não vai resolver o problema da sociedade "

STIGLITZ: Eu gostaria de ter uma moeda para reserva mundial: dividir (o bolo) entre euro e dólar pode ser até mais instável, porque quando alguém achar que o o euro está mal, vai correr para comprar dólar.Espero que Sarkozy não tenha abandonado a agenda de uma moeda global de reservas. Acho que ele só estava tentando reassegurar o mercado porque uma reforma desta magnitude não vai acontecer da noite para o dia.

A nova presidente do Brasil herdou uma economia superaquecida. Como o senhor vê o risco de inflação no país?

STIGLITZ: As pessoas têm que tomar cuidado para distinguir as fontes de inflação.Tem inflação importada, por exemplo, devido ao aumento dos preços dos alimentos ou energia. Isso tem que ser levado em consideração, mas não pense que se pode lidar com isso simplesmente através da elevação da taxa de juros. O pobre vai sofrer com o aumento dos preços (dos alimentos). Fazê-lo perder o emprego (como consequência do aumento de juros) não vai resolver o problema da sociedade.

O que fazer com a economia superaquecida?

STIGLITZ: Você precisa tratar nas áreas onde ela está aquecida.

O governo está taxando o fluxo de capital.

STIGLITZ: Isso faz sentido.

Como o senhor vê estes países emergentes no longo prazo? Na China, por exemplo, já se fala em bolha no mercado imobiliário.

STIGLITZ: Com todo este capital entrando, há o risco de uma bolha. E a grande lição desta crise é que os mercados não se autocorrigem nem são estáveis. Acho que os países emergentes conseguem passar bem por isso, e o Brasil já fez um bom trabalho na gestão (destes desequilibrios), com a estabilização da economia. Mas ainda há problemas de desemprego. A questão é: como se livrar das áreas superaquecidas, e ao mesmo tempo, expandir a economia nas áreas em que precisa. O que vocês devem fazer é pegar o dinheiro (que estão ganhando) com a alto preço das commodities e investir na parte da economia que não está superaquecida e onde há desemprego. Tem que usar isso para diversificar mais. (O Globo)

Bancos querem reduzir casos de assédio moral

Os principais bancos do país resolveram enfrentar o problema do crescente número de reclamações de casos de assédio moral - quando um empregado é constantemente humilhado por um superior -, que tem gerado inúmeros pedidos de indenização na Justiça. O Bradesco, Itaú, Santander, HSBC, Citibank, Votorantim, Safra, BIC Banco e Caixa Econômica Federal (CEF) firmaram ontem um acordo inédito com os bancários, que vale para todo o país. Agora, os trabalhadores terão, nas instituições financeiras e no sindicato, canais de comunicação para denunciar anonimamente os casos. Os bancos terão até 60 dias corridos para apurar as informações e tomar providências.

O acordo firmado entre bancos e trabalhadores é resultado de pelo menos três anos de negociações. Ele agora será adicionado à Convenção Coletiva 2010/2011. Com a assinatura, as instituições financeiras devem informar seus funcionários que não será admitida nenhuma prática de assédio moral.

Essas ocorrências - registradas não só em instituições financeiras - têm provocado uma enxurrada de ações na Justiça do Trabalho. Somente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou 656 processos sobre o tema no ano passado, o que representa um aumento de 44% em relação a 2009, quando foram analisados 455 pedidos. Em 2008, os ministros da Corte decidiram em 294 casos.

O acordo de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho pretende ser ainda mais amplo, segundo o diretor de Relações do Trabalho da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Magnus Ribas Apostólico. Os canais de reclamações não devem tratar só de assédio moral, mas também de discriminação, assédio sexual e outros tipos de conflito. "Queremos, ao primeiro sinal, tomar as providências necessárias para resolver as desavenças e evitar o ajuizamento de ações", diz.

Para o diretor, o acordo demorou para ser firmado porque eles queriam fazer algo com efeito prático e não apenas uma carta de intenções. Com as informações coletadas por esses canais, segundo Apostólico, será feito um balanço semestral para avaliar onde os problemas foram verificados e tentar prevenir novos transtornos.

Já a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvândia Moreira, considera o acordo uma das principais conquistas da categoria. Ela afirma que, em pesquisa feita no ano passado pelo sindicato, oito em cada dez funcionários apontaram o assédio moral como um dos principais problemas. Entre as reclamações dos bancários está a cobrança pelo cumprimento de metas cada vez mais rigorosas. Para ela, a prática, além de comprometer a rotina e a saúde do trabalhador, leva muitas vezes à depressão ou até mesmo ao suicídio. "A assinatura desse acordo significa que os bancos reconhecem a existência do problema e se comprometem a combatê-lo", diz.

Na Justiça, os casos de assédio moral têm gerado pesadas indenizações. A maior condenação do país foi dada contra uma instituição financeira, em abril de 2009. O Bradesco foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) a indenizar em R$ 1,3 milhão o ex-gerente Antônio Ferreira dos Santos, que trabalhou por 20 anos na instituição, por preconceito sobre sua orientação sexual. Santos afirmou ter sofrido diversos episódios de preconceito por conta da atitude de um diretor regional do banco que, segundo ele, frequentemente o expunha a constrangimentos públicos - sugeriu, por exemplo, que ele utilizasse o banheiro feminino da agência e disse, em público, que o banco "não era lugar de veado". Procurado pelo Valor, o Bradesco não quis comentar o assunto.

Em uma outra recente decisão do TST, um ex-gerente do Santander também teve direito a indenização. O valor arbitrado foi de R$ 100 mil. O ex-gerente, que trabalhou no banco de 2004 a 2007, alegou que sofria perseguições no banco para que atingisse metas extremamente rigorosas, e que teria sido isolado dos colegas por determinação da empresa. A assessoria de imprensa do Santander informou que o banco não comenta assuntos sub judice.

O Unibanco também foi condenado pelo TST, em 2009, a indenizar uma trabalhadora em R$ 10 mil. A funcionária alegou que sua condição financeira foi exposta em reunião com os demais colegas de trabalho. Ela afirmou que seu superior teria mencionado o status da sua conta corrente, que se encontrava "estourada" e que ainda foi citada na frente de todos os colegas como exemplo que jamais deveria ser seguido, "sob pena de advertências e prejuízos da permanência como empregado na agência". (Fonte: Valor Econômico)