segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010 é o ano da Revolução na Educação a favor de um Brasil mais justo e com muito menos corrupção

Para UGT, 2010 é o ano da Revolução na Educação para conter a corrupção e ampliar a distribuição de renda

Vamos fechar neste ano de 2010 a primeira década do Século 21. A UGT vai ampliar sua preocupação com os excluídos, como faz parte do seu programa, para avançar muito alem do Bolsa Família, que tirou da miséria absoluta mais de 30 milhões de brasileiros e da valorização do salário mínimo que ajudou a reforçar o mercado interno brasileiro transformando trabalhadores assalariados que apenas sobreviviam em consumidores e cidadãos. Queremos muito mais. Para a UGT 2010 será o ano que avançaremos para consolidar no Brasil a Revolução da Educação. É através de escolas de boa qualidade, de faculdades e universidades privadas que não sejam meras arapucas caça-níqueis, com professores motivados e bem pagos em todos os níveis educacionais que vamos preparar o povo brasileiro para a tomada de consciência de sua própria cidadania, de seus valores civis que nos ajudarão a combater o principal gargalo da nossa economia que é e, infelizmente, continua a ser a corrupção. Ao combatermos a corrupção vai sobrar dinheiro para mais Educação e para solucionar os demais gargalos da nossa economia que se refletem na infra-estrutura, nas qualidades das estradas, na eficiência de nossos portos e aeroportos.

É através da Educação que vamos também mobilizar a Nação brasileira, este conceito tantas vezes esquecido, para acelerar a distribuição de renda e fazer com que os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, através das suas respectivas centrais, entre elas a UGT, tenham seus pontos de vista respeitados dentro e fora do parlamento (que vamos renovar este ano), com a vigilância permanente dos nossos governantes, os estimulando a trabalhar, como a UGT o faz, tendo sempre o Brasil da imensa maioria nos seus horizontes.

Vamos construir a partir de 2010 o Brasil mais justo, menos corrupto, mais igualitário através da Revolução na Educação, que será o grande pilar de transformação do Brasil. A UGT conta com o apoio de cada um dos seus sindicatos filiados, com o empenho cívico de sua base para fazer a Revolução da Educação que nos ajudará a criar um novo Brasil, com sua ajuda e participação.

Número de miseráveis cairá pela metade até 2015, segundo estudo

Pesquisa de Marcelo Neri, da FGV, também indica que as classes A e B vão crescer 50% em cinco anos.
Nos próximos cinco anos, o Brasil deve reduzir o número de miseráveis pela metade e aumentar em 50% as classes A e B. A projeção é de Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Conforme sua estimativa, no início de 2015, os pobres serão apenas 8% dos brasileiros, caindo para quase um quarto da proporção que vigorava em 1993, de 35%. Em pouco mais de duas décadas (1993-2005), um contingente de 51,6 milhões de brasileiros muito pobres, numa população de 147 milhões, será reduzido para 16,1 milhões, em 222 milhões - ou seja, uma queda de quase 70% em termos absolutos, mesmo levando-se em conta o aumento populacional.
A linha de pobreza utilizada por Neri corresponde a uma renda per capita familiar de R$ 137 na média do Brasil (a linha varia de acordo com a região). Nesse conceito, que representa uma linha de pobreza relativamente baixa (alguns consideram que seja uma linha de extrema pobreza), os pobres correspondem exatamente à classe E.
Neri diz que aquele é um cenário "auspicioso", ou de "otimismo condicionado à manutenção das políticas razoáveis aplicadas entre 2003 e 2008". Mas não julga a projeção nem um pouco improvável. Na verdade, baseia-se na hipótese de que a fase que ele chama de "era de ouro" dos avanços sociais no Brasil, de 2003 a 2008 (ou de 2001 a 2008, quando se toma a desigualdade) prolongue-se por mais cinco anos, depois de um momento de estagnação em 2009, em função da crise global.
Entre 2003 e 2008, 32 milhões de brasileiros ascenderam às classes A, B e C, e 19,3 milhões saíram da pobreza, provocando uma redução de 43% na proporção de pobres. O consumo popular cresceu e fortaleceu o mercado interno.
De maneira análoga, Neri projeta um crescimento médio anual de 5,26% da renda total familiar per capita (medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad) no quinquênio 2010-2014, repetindo-se o desempenho do indicador entre 2003 e 2008.
Simultaneamente, ele supõe que a queda da desigualdade verificada de 2001 a 2008 prossiga até 2015, levando os índices brasileiros para o nível atual do Espírito Santo. Com base na Pnad de 2008, o índice de Gini da renda familiar per capita do Brasil em 2008 era de 0,5486, comparado a 0,518 do Espírito Santo. Em 2003, o Gini brasileiro era de 0,583. Segundo Neri, a projeção de queda do índice nacional até 2015 para o nível atual do Espírito Santo "é até conservadora, porque seria uma redução um pouco menor do que a ocorrida de 2003 a 2008". O Gini é um indicador de desigualdade que varia de zero a 1, e indica piores distribuições à medida que vai aumentando.
As projeções apontam uma profunda mudança no perfil social do Brasil, que caminharia para se tornar um país de classe média. Se à classe E for acrescentada a classe D, que também está próxima à pobreza, chega-se a uma proporção da população de 40% em 2008, que deve cair para 28% no início de 2015. Já a classe C, correspondente à classe média popular, cresce de 49% para 56,5%, tornando-a a maioria absoluta do população. As classes A e B, finalmente, sobem de 10,5% para 15,7%. Assim, a classe média como um todo, que hoje já corresponde a pouco mais de 60%, incluindo-se a classe C, sobe para 72%.
O otimismo de Neri apoia-se em algumas evidências de que a melhora social brasileira no período 2003-2008 tem fundamentos sólidos. Ele nota que, nesse período, enquanto a renda média de todas as fontes cresceu em média 5,26%, a renda do trabalho teve uma expansão anual de 5,13%. Em outras palavras, a ideia de que o aumento real das transferências sociais e previdenciárias é um fator muito mais importante do que os demais na melhora da renda dos pobres não se sustenta, já que, se fosse assim, a renda do trabalho deveria ser inferior ao crescimento da renda total.
O pesquisador nota ainda que, no Nordeste, região cujo avanço social é visto como fruto de políticas assistencialistas, a renda do trabalho subiu uma média anual de 7,3%. "Talvez haja mais sustentabilidade na expansão nordestina do que nas ideias daqueles que imaginam que há na região uma nova economia sem produção", ironiza.
Em relação à queda da desigualdade, o economista frisa a importância do avanço da educação nas melhoras da distribuição de renda entre 2001 e 2008, e acha que a tendência pode se estender para os próximos anos. Em 1990, 15% das crianças brasileiras na idade do ensino fundamental estavam fora da escola, número que caiu para menos de 4% em 2001 e para menos de 2,5% recentemente. Para Neri, o aumento da escolarização teve impacto positivo no crescimento da renda do trabalho dos pobres, explicando em parte por que, entre 2001 e 2008, a renda média dos 10% mais pobres aumentou 72,45% em termos reais, enquanto que a dos 10% mais ricos teve ganho real de apenas 11,37%.
Neri acha que a escolaridade média da força de trabalho continuará aumentando. "Isso permite antecipar melhoras futuras da desigualdade". Quanto à qualidade da educação, ele diz que segue um grande problema, mas que está sendo implantado um sistema com avaliações e metas por escola, o que sinaliza que pode haver avanços. (Leia mais no Estadão)

Situação demográfica do País favorece o crescimento

Um dos fatores estruturais que explicam o otimismo dos investidores internacionais com o Brasil atende por uma expressão ainda pouco conhecida que, à primeira vista, soa quase como charada de jogo de tabuleiro: bônus demográfico.
Em síntese, trata-se de um período no qual a população economicamente ativa supera largamente a de dependentes, composta por idosos e crianças. Segundo especialistas, é uma condição propícia ao desenvolvimento de uma economia.
"O Brasil do início do século 21 passa por uma combinação entre uma estrutura demográfica e uma estrutura social que realçam uma proporção da população em idade em que o retorno social e econômico das pessoas é maior", explica o professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), José Eustáquio Diniz Alves.
Nesse contexto, diz o professor, "a população não é um entrave, mas sim um fator impulsionador da ?decolagem? do desenvolvimento".
O País chegou ao bônus demográfico porque a taxa de natalidade caiu fortemente a partir do fim dos anos 70, em uma velocidade maior do que diminuiu a taxa de mortalidade. Ou seja, com o passar dos anos, a soma de idosos e crianças se tornou bem menor do que o total de pessoas na ativa.
Outra forma de entender o assunto é olhar a proporção entre pessoas ativas e inativas. Segundo Alves, na década de 70, cada pessoa na ativa era responsável por uma inativa. Hoje, essa relação é de uma para 0,50.
Exemplos — Dois exemplos citados pelo especialista dão a dimensão da importância dessa condição para o crescimento econômico. Segundo ele, a reconstrução da Europa e do Japão, no pós-guerra, foi facilitada porque ambas as regiões passavam por um bônus demográfico.
O professor do Ence também faz um alerta. "Em qualquer país, só se pode usar uma vez o bônus demográfico. No entanto, essa janela de oportunidade de nada adiantará para a solução dos problemas sociais se o Brasil não for capaz de absorver a mão de obra disponível e incentivar as potencialidades da alta proporção de pessoas capazes de contribuir para a elevação da produção e da produtividade." (Leia mais no Estadão)

TARIFA DE ÔNIBUS EM SP SOBE PARA R$ 2,70
A partir de hoje, a passagem de ônibus municipal em São Paulo passa a custar R$ 2,70 e a integração com o metrô, R$ 4. O aumento de 17,4% foi anunciado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) no dia 20 de dezembro.
Este é o primeiro reajuste desde novembro de 2006 e está acima da inflação de 15,9%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A prefeitura informou que o reajuste segue a inflação acumulada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Outras justificativas para o aumento foram melhorias, como a ampliação do período de uso do bilhete de duas para três horas. (Leia mais na Folha)

Financiamento de imóvel com recursos de FGTS e poupança deve aumentar em 25% em 2010

O setor da construção civil deverá ser um dos motores da economia em 2010, devendo superar a marca de um milhão de unidades, tanto para famílias de baixa renda, quanto de classe média. O número representa um crescimento de 25% sobre o total de moradias financiadas em 2009. A projeção é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip) e considera as duas principais fontes de recursos da habitação, que são o FGTS e a poupança.

Segundo a entidade, as operações com recursos da poupança vão crescer 50%, atingindo R$ 45 bilhões, com mais de 400 mil unidades financiadas. Com orçamento de R$ 24 bilhões para habitação, tudo indica que o FGTS também vai superar as 400 mil moradias contratadas no ano passado.

De acordo com a reportagem de Geralda Doca da edição desta segunda-feira do Globo, este mês, a Abecip divulgará o balanço de 2009, mas a expectativa é que tenham sido financiadas pela poupança 310 mil unidades, num total de R$ 32 bilhões.

Os recursos - destinados a imóveis novos e usados, para todas as classes de renda - são 70% superiores aos cerca de R$ 40,5 bilhões liberados pelas duas fontes em 2009 - menos de R$ 23 bilhões da poupança e R$ 18 bilhões do FGTS. (Leia mais em O Globo)

Financiamento imobiliário e cartões serão os campos de batalha na disputa do mercado pelas instituições este ano

Se 2009 foi marcado pela arrancada dos bancos públicos - usados pelo governo como uma das principais armas no combate à crise - este ano deverá se destacar por uma guerra ainda mais acirrada entre os estatais e os bancos privados que, somente agora, voltaram a se interessar de verdade pelo mercado de crédito, principal campo de batalha do setor. Além dessa frente, outras também prometem aparecer, como a concentração bancária e expansão para o exterior, como mostra reportagem do GLOBO de Patrícia Duarte. Ou seja, a disputa também será feroz na compra de instituições de menor porte e financeiras e ações mais agressivas no mercado internacional.

- Os bancos privados, pelas circunstâncias de 2008 e com percepção de risco mais elevada, retraíram-se. Os bancos públicos assumiram a posição - lembra o analista do setor bancário da corretora Ágora, Aloísio Lemos.

Públicos igualaram com privados espaço no crédito — Por conta da crise internacional, que secou as fontes de crédito no mundo inteiro, no fim de 2008 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que os bancos públicos - Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - não deixassem a fonte secar e mandou-os abrir a torneira do crédito. Não queria que fosse dado dinheiro com olhos fechados, mas não aceitava o conservadorismo que vigorava até aquele momento.

O plano deu certo e, em pouco tempo, os bancos públicos assumiram a liderança no mercado de crédito, sem perdas financeiras. Enquanto que seus pares privados preferiam esperar para ver se o resultado seria positivo. Segundo uma importante fonte da equipe econômica, os bancos privados respiraram aliviados com a ação das estatais, uma vez que elas estavam emprestando para empresas e consumidores finais, evitando uma quebradeira geral.

- Apesar de potencialmente perderem clientes, já que muitos migraram para bancos como o Banco do Brasil na crise, os bancos privados gostaram da ofensiva do governo naquele momento, quando as avaliações de risco eram enormes - afirmou a fonte.

Segundo dados do Banco Central (BC), neste último ano os bancos públicos conseguiram igualar a participação dos privados nacionais no setor de crédito: cerca de 40% cada um, algo inédito. Os bancos privados estrangeiros ficam com o restante. Em setembro de 2008, antes da crise, a fatia dos bancos públicos era de apenas 34,2% e, dos privados nacionais, com destaque para o Itaú Unibanco e Bradesco, de 44,4%.