terça-feira, 1 de dezembro de 2009

UGT faz marcação cerrada no Senado para discutir remuneração do FGTS

Remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)

FGTS - Audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para discutir a remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), bem como a distribuição dos resultados apurados do FGTS no exercício anterior. Participam do debate Mário Alberto Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil; José Márcio Camargo, professor da PUC do Rio de Janeiro; Joaquim Lima de Oliveira, superintendente do FGTS da Caixa Econômica Federal; Roberto Kauffman, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro; deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; Artur Henrique da Silva Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT); e Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Horário: 12h
Local: Sala 19 da Ala Alexandre Costa (Agência Senado)

Confiança industrial tem 10ª alta seguida e bate nível pré-crise

Índice sobe 2,4% em novembro ante outubro, para o maior patamar desde agosto do ano passado, aponta a FGV.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, subiu 2,4% em novembro ante outubro, segundo informou nesta segunda-feira, 30, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De outubro para novembro, o ICI subiu de 107,0 pontos para 109,6 pontos, na série com ajuste sazonal, o maior nível desde agosto do ano passado, segundo a FGV. Trata-se da décima alta seguida do indicador.

De acordo com a fundação, após a décima alta consecutiva, o ICI, que superou sua média histórica de 100 pontos em agosto passado, sinaliza a consolidação da recuperação da indústria após a crise financeira internacional. Na comparação com novembro do ano passado, o ICI registrou alta de 35,1%, bem superior à taxa positiva de 7,6% em outubro, nos dados sem ajuste sazonal. Esta foi a elevação mais intensa, neste tipo de comparação, desde julho de 2004.

A fundação também revisou para cima a taxa de variação do ICI apurada para o mês passado, de 2,7% para 3,3%. Ou seja: embora positiva, a taxa divulgada nesta segunda é menor do que a apurada para outubro.

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que teve alta de 2,9% em novembro, ante aumento 1,4% em outubro, nos dados atualizados na série com ajuste sazonal. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que apresentou elevação de 1,8% em novembro, após registrar taxa positiva de 4,2% em outubro. Na comparação com novembro do ano passado, nos dados sem ajuste sazonal, houve aumentos de 29,9% e de 40,9%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em novembro deste ano.
O índice da FGV é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. O levantamento para cálculo do índice foi feito entre os dias 3 e 25 deste mês, em uma amostra de 1.122 empresas informantes. (Leia mais no Estadao)

Presidente do BNDES diz que lucro no ano pode superar R$ 4 bi

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou ontem que o lucro do banco neste ano poderá ultrapassar os R$ 4 bilhões. Segundo ele, o resultado será "um pouquinho menor" do que o de 2008, quando ficou em R$ 5,3 bilhões.
"Já estamos perto de R$ 4 bilhões. Poder ser que a gente ultrapasse [esse valor]", afirmou.
No primeiro semestre, o resultado foi de apenas R$ 702 milhões, 83% abaixo do verificado no mesmo período de 2008. Os motivos apontados então foram o aumento de provisões de risco de crédito e o menor volume de transações de renda variável devido à crise econômica. O presidente não explicou quais fatores colaboraram para a recuperação.
Coutinho também disse que a oferta de R$ 1 bilhão em debêntures realizada pela BNDESPar, empresa de participações do BNDES, visa contribuir para o desenvolvimento desse mercado no país. Como o papel do banco é mais líquido e tem um prazo longo, ele ajuda a formar a curva de juros das debêntures do setor privado.
"O nosso objetivo aqui não é fazer "funding" para o BNDES, dado que o valor é relativamente pequeno, mas sim ajudar o desenvolvimento do mercado", afirmou.
As declarações de Coutinho foram dadas na Fiocruz, no Rio, onde assinou termo para discutir formas de apoio do banco à fundação, ligada ao Ministério da Saúde. A ideia é que, além dos desembolsos do Funtec (Fundo Tecnológico), a fundo perdido, o BNDES possa realizar empréstimos para financiar parte dos investimentos previstos pela fundação para os próximos cinco anos, da ordem de R$ 1 bilhão. Um dos objetivos é transformar a Fiocruz em um "canteiro de sementes" para criar empresas inovadoras.
"Hoje, no formato institucional existente no Brasil, isso [o financiamento de unidades produtivas da Fiocruz] não é possível. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, nós só podemos apoiar empreendimentos da área pública que não sejam dependentes de transferências do Tesouro nacional", explicou. (Leia mais na Folha)

Aldo Mendes acha que há espaço para reduzir juro ao consumidor

Afirmando que não vê "pedras no sapato" a enfrentar no novo cargo, o economista Aldo Luiz Mendes assumiu hoje a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). Para ele, o cenário para a inflação em 2010 "é muito benigno", e há condições de reduzir o juro ao consumidor final.

Até a próxima sexta-feira, Mendes conviverá com Mário Torós, seu antecessor, em período de transição.

Lembrando que sempre sonhou com o BC, onde seu pai foi funcionário de carreira, atuando na diretoria da área bancária, Mendes disse que a tendência é de que as taxas bancárias continuem a cair para o consumidor bancário.

"Acho que a tendência do juro ao consumidor é cair sim, porque o spread têm tendência de redução. Um dos principais componentes do spread é a inadimplência, que é mais fácil de administrar", explicou o novo diretor.

Ao ser questionado sobre como a autoridade monetária pode manejar a inadimplência, Mendes citou como exemplo de influência positiva o projeto de lei que tramita no Congresso para criação do cadastro positivo. Por essa proposta, o bom pagador pode pagar juros menores.

Com linguagem clara e rápida de operador de mercado financeiro, Mendes citou ainda que a direção do BC pode "trabalhar" a divulgação de mecanismos como portabilidade de crédito e de conta bancária, onde o cliente pode transferir seus empréstimos ou sua conta para outro banco que cobre juros menores. Tais medidas podem também ajudar a reduzir o juro ao cliente bancário, segundo ele.

Funcionário de carreira do BB, onde ocupou as vice-presidências de Finanças e de Mercado e Relações com Investidores, Mendes refutou as análises de mercado que apontam aumento de inflação a médio prazo.

"O cenário é muito benigno para a inflação no Brasil", disse o diretor. Ele não quis comentar se há necessidade de novas medidas para recomposição da baixa taxa de câmbio.

Também não comentou as declarações de Torós ao jornal Valor Econômico, contando detalhes da ação do BC na crise financeira global. "Como regra geral, acho que um diretor do Banco Central tem que ter parcimônia na informação", disse.

E concluiu que seu grande desafio será "dar curso ao trabalho muito bem executado pelo Mário (Torós), um excelente economista. Na economia, vejo um cenário muito positivo à frente", disse ele. (O Globo)

Saem atrasados para aposentados e pensionistas em dezembro

Dezembro, mês de expectativas para o bolso. Além do 13º, todo mundo espera um extra para incrementar as compras natalinas e comemorar a chegada do ano novo. A notícia do pagamento de um atrasado justamente no dia 10 do último mês do ano não tem como não agradar, principalmente se esse merecido complemento for para os aposentados.
 
Excelente motivo para comemorar, pois, desde o último dia 24 a Justiça Federal liberou cerca de R$ 324 milhões para os atrasados de 62.155 beneficiados do INSS. Aqueles que fizeram pedidos de revisão ou correção de benefícios devem estar atentos à lista divulgada pelo INSS no site do órgão.

Os atrasados são diferenças que não foram computadas no benefício dos aposentados pela Previdência Social nos últimos cinco anos. A média é que cada aposentado ou pensionista tenha direito a receber R$ 6.347. O primeiro passo é confirmar a presença do nome na lista; em seguida, é esperar até o dia 10. O saque poderá ser feito em qualquer agência do Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal. 

Depois dessa boa nova de fim de ano, agora é aguardar a aprovação do governo para o “pacotão” de 2010. Na pauta para votação, se aprovado, os aposentados e pensionistas terão uma sensível melhora em seus benefícios. (Jornal do Commercio)

Idosos endividados

Só em outubro, aposentados assumiram R$ 1,7 bilhão em empréstimos, o dobro do contratado em igual período de 2008.

Aposentados e pensionistas do INSS estão se endividando como nunca. Em outubro, os segurados pegaram nos bancos R$ 1,77 bilhão em crédito consignado. Esse valor é mais do que o dobro do total contratado em igual mês de 2008. De janeiro a outubro, o estoque de financiamento com desconto em folha alcançou R$ 18,5 bilhões, 154% a mais do que o registrado em igual período de 2008. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Previdência Social.

O crédito consignado vem crescendo desde abril. O principal motivo, segundo avaliação da Previdência, foi o aumento do percentual de comprometimento da renda com o pagamento da prestação dos empréstimos, que passou de 20% para 30%. A queda dos juros também ajudou. Em setembro, o Conselho Nacional de Previdência Social estabeleceu como teto para o consignado a taxa de juros de 2,34% ao mês. O limite anterior era de 2,5% ao mês. No desempenho de outubro, foram os segurados com renda de até um salário mínimo que contrataram 60,5% do total de operações, captando R$ 843,7 milhões. Os valores médios dos empréstimos ficaram em R$ 2.135,18. (Correio Braziliense)