quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais de 40% da população acha que pobreza diminuiu nos últimos 5 anos


Mais de 40% da população acha que pobreza diminuiu nos últimos 5 anos
Segundo estudo do Ipea, maior parte dos brasileiros acredita que a promoção de cursos profissionalizantes rápidos seria a maneira mais eficaz de o governo acabar com a pobreza no País.
O desemprego e a falta de qualidade do ensino são as principais causas da pobreza no Brasil, que apresentou recuo nos últimos cinco anos. A conclusão faz parte da mais recente rodada do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), pesquisa que, promovida em agosto pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela a avaliação da população brasileira sobre os bens e serviços públicos.
O levantamento, promovido com 3.796 pessoas de 212 municípios, aponta que a percepção de 41,4% da população é de que a pobreza diminuiu nos últimos cinco anos, enquanto para 29,7% houve um aumento da pobreza no período e para 28,1% não houve mudanças. A avaliação de que a pobreza diminuiu, segundo a pesquisa, é maior no Nordeste (48,5%) e no Norte (46,5%) e menor no Sul (36,1%) e no Sudeste (37%).
O levantamento mostra que para 29,4% da população o desemprego é a principal causa da pobreza, seguido pela falta de qualidade do ensino e a dificuldade de acesso à educação, apontado por 18,4%. A corrupção e a desigualdade social também foram citados como causas da pobreza por 16,8% e 12% dos que participaram da pesquisa, respectivamente. De acordo com o levantamento, a população acredita que é preciso uma renda familiar mensal de R$ 2.090 para não ser considerado pobre, ou seja, uma renda per capita em torno de R$ 523 numa família de quatro pessoas, valor próximo ao atual salário mínimo, de R$ 545. A avaliação da população brasileira, segundo a pesquisa, é de que as principais formas de reduzir a pobreza são por meio da criação de vagas de emprego (31,4%) e a melhora da qualidade do ensino (23,3%).
O Ipea questionou ainda quais poderiam ser as principais políticas implementadas pelo governo federal para acabar com a pobreza no Brasil. A percepção de 18,7% da população é de que deveriam ser promovidos cursos profissionalizantes rápidos, enquanto para 18,6% seria necessário aumentar o valor do salário mínimo.
A avaliação de 12% aponta a necessidade de oferta de bolsas para estudantes e de 11,5% mostra a exigência de maior estímulo para que as empresas contratem pessoas cuja faixa de renda é menor. O levantamento mostra também que, na avaliação da população brasileira, a violência e a insegurança (23%), as dificuldades no acesso ao sistema de saúde (22,3%), a corrupção (13,7%) e o desemprego (12,4%) são os principais problemas recentes do País. (Estado)

Taxa de desemprego diminui, e fica em 5,2% em novembro
A taxa de desemprego ficou em 5,2% em novembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A taxa mostrou recuo em relação aos 5,8% registrados no mês passado, e ficou abaixo do desemprego de 5,7% da População Economicamente Ativa (PEA) registrado em igual mês de 2010. A taxa de novembro é a menor, para qualquer mês, desde o início da série histórica, em março de 2002.
O rendimento real habitual ficou em R$ 1.623,40, o que representou avanço 0,1% sobre outubro deste ano, e aumento 0,7% na comparação com igual mês de 2010. A massa de rendimentos real habitual alcançou R$ 37,4 bilhões, valor 0,6% acima do total registrado no mês anterior, e foi 2,2% maior em relação a novembro do ano passado.
A população ocupada ficou em 22,8 milhões em novembro, o que representa crescimento 0,7% em relação a outubro, e alta de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou 11,2 milhões, o que representa estabilidade em relação a outubro, e avanço 6,8% na comparação com igual mês de 2010, com geração de 708 mil postos de trabalho no período.
A PME abrange as seis maiores regiões metropolitanas do país. (Valor)

Aeroviários entram em greve em São Paulo
A greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra 
Os aeroviários de São Paulo entraram em greve na madrugada desta quinta-feira, 22, e fazem manifestação reivindicando aumento salarial no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Aeronautas do Município de São Paulo, João Pedro Passos de Souza Leite, a greve foi deflagrada às 4h45 e vai continuar ao longo do dia, atingindo boa parte do pessoal de apoio em terra.
"A maior parte dos trabalhadores parados faz parte de apoio em terra, como pessoal de rampa, push back e descarga", explica. Segundo ele, por conta da paralisação, os voos da companhia aérea TAM são os mais prejudicados.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os guichês da TAM eram os que apresentavam maior volume de passageiros nesta manhã. Ao menos seis decolagens da empresa e um da Gol estavam com atrasos até as 7h30.
Para João Pedro, "a tentativa de começar a greve nesta quinta-feira, foi para sensibilizar as empresas aéreas para que ofereçam uma nova proposta para os trabalhadores".
Segundo ele, a paralisação dos aeroviários no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, deve começar no final da tarde de hoje. (Estado)

Acordo deve barrar greve nos aeroportos
Sindicatos aceitarão reajuste de 6,5%; Tribunal Superior do Trabalho exige 80% da categoria no trabalho no fim de ano. Categoria vai fazer assembleias hoje; se descumprirem ordem da Justiça, sindicatos podem ser multados.
Sindicatos dos trabalhadores do setor aéreo e as companhias entraram em acordo ontem à tarde. Isso afasta a possibilidade de greve a partir das 23h de hoje.
Folha apurou que os sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que ameaçavam parar, pediram reajuste salarial de 6,5%. A proposta foi aceita pelas empresas e o acordo deve ser assinado hoje.
Anteontem, as empresas fizeram acordo com dois sindicatos de aeroviários (trabalhadores em terra), do Rio e de Manaus, ligados à Força Sindical -reajuste de 6,17%.
Após conversas com a Secretaria-Geral da Presidência e com a Secretaria de Aviação Civil, a CUT resolveu fazer a proposta de 6,5%.
"O acordo [que valerá para todos] foi bom diante do cenário econômico e do prejuízo que as aéreas tiveram", diz Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores no Transporte Aéreo, ligada à Força Sindical.
Apesar da iminência do acordo, o Snea, sindicato das empresas, recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho.
O tribunal determinou que 80% dos trabalhadores deverão estar a postos nas vésperas do Natal e do Ano-Novo, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia aos sindicatos. Estão previstas assembleias hoje em vários Estados.
Para Marlene Ruza, diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a greve continua de pé até segunda ordem.
"Manter 80% só beneficia as companhias", disse Ruza.
RACHA SINDICAL -- Os sindicatos iniciaram as negociações de forma unificada em novembro. Mas a decisão da Força Sindical de criar um sindicato de aeronautas na cidade de São Paulo rachou lideranças.
A CUT abandonou negociações e aprovou indicativo de greve, enquanto a Força seguiu negociando com o Snea.
Em Congonhas e Cumbica, o clima de greve era inexistente ontem.
Entre pilotos e comissários, a afirmação era praticamente unânime de que não haverá greve.
"Para quê fazer uma greve agora, que vai ser certamente considerada ilegal pela Justiça?", disse um piloto que não quis se identificar. (Folha)

Prepare a renegociação de suas dívidas
Se você possui dívidas, principalmente no cartão de crédito ou no cheque especial, e pretende renegociar as condições do empréstimo com seu banco, vale a pena conferir as análises e comentários a respeito do mais recente relatório do Banco Central (BC) sobre as operações de crédito do sistema financeiro nacional, para preparar a argumentação com seu gerente no momento da renegociação do débito.
Os empréstimos para pessoas físicas com atraso superior a 90 dias registraram o expressivo aumento de 50% nos últimos 12 meses, passando de R$ 24 bilhões em 2010 para R$ 37 bilhões em novembro deste ano. Essa é uma péssima notícia para os bancos porque implica na necessidade de reconhecer, nos seus balanços, as possíveis perdas devido à inadimplência dos clientes.
O BC impõem regras prudenciais que, na prática, limitam a possibilidade de concessão de novos empréstimos pelas instituições financeiras caso um volume expressivo de operações anteriormente contratadas não tenha sido quitado no prazo de vencimento estabelecido.
A regulamentação determina que o montante das provisões para eventuais perdas seja proporcional ao total de empréstimos em atraso e mais recentemente, de acordo com o post de AngelaBittencourt no blog Casa das Caldeiras, o BC resolveu olhar o crédito com lupa no Brasil. A partir do ano que vem todas as operações com valores a partir de R$ 1 mil serão monitoradas pelo Sistema de Informações de Crédito (SCR).
Para os banqueiros, a necessidade de provisionar possíveis perdas com empréstimos de liquidação duvidosa em seus balanços significa diminuir a capacidade de geração de lucros de suas instituições. Isso porque em vez de direcionar os recursos do banco para a conquista de novos mercados potencialmente rentáveis, a prioridade passa a ser resolver pendências antigas de operações já contratadas. Se a solução dos problemas for demorada, a instituição corre o risco de perder participação em mercados importantes que estão sendo desenvolvidos pelos concorrentes. Com certeza o seu gerente deve estar sendo pressionado para eliminar as pendências.
Outro efeito colateral do aumento das provisões para empréstimos problemáticos é a elevação do custo de captação de recursos no mercado. Se o volume de operações em atraso aumenta, ficando destacado no balanço do banco, os aplicadores de recursos em títulos da instituição começam a considerar que o risco do investimento é maior e passam a exigir taxas de juros maiores. Como consequência, o lucro do banqueiro diminui, pois ele tem que pagar mais caro para os investidores. É mais pressão sobre o gerente.
Em uma negociação racional, o banco terá todo o interesse em ajustar as condições do seu empréstimo para evitar que você fique inadimplente. Se o seu financiamento já está atrasado, a instituição financeira tem o incentivo para encontrar a solução para a situação o mais rapidamente possível.
Esse é, na média, o atual ambiente geral de negócios dentro das instituições financeiras no Brasil. Considerando este cenário e tendo em vista que o custo do cheque especial e do financiamento do cartão de crédito é proibitivo, evite usar essas linhas de crédito e pesquise condições mais vantajosas.
Não se sinta pressionado e procure fechar um acordo de renegociação de dívidas apenas quando tiver certeza de que será capaz de cumprir as condições pactuadas. (Valor)