quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A partir do escritório da UGT em Brasília se acelerarão as campanhas e pressões junto ao Congresso Nacional e ministérios a favor dos trabalhadores

UGT abre escritório em Brasília

A União Geral dos Trabalhadores agora tem escritório em Brasília, inaugurado ontem com as presenças do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do deputado federal Roberto Santiago, também vice-presidente da UGT, do deputado Paulo Pereira (PDT-SP), presidente da Força Sindical, do senador Paulo Paim (PT-RS) e representantes da presidência da República. O escritório se transforma numa plataforma da UGT no Distrito Federal para ser utilizada para acelerar as açoes junto ao governo federal e para apoiar os filiados do Brasil todo nas suas articulações em Brasília a favor dos interesses das respectivas categorias profissionais e de seus sindicatos filiados. Os discursos das autoridades presentes refletiram a preocupação social da UGT e reafirmaram a Carta de Princípios da entidade que defende a distribuição de renda, a defesa dos interesses dos oprimidos e que condena a precarização do trabalho em todos os níveis. O escritório da UGT em Brasília combinará nas suas ações politicas as contribuições das várias categorias que lhe dão sustentação (metalúrgicos, bancários, comerciários, prestadores de serviços) que terão suas reivindicações e experiências transformadas em ações diretas junto aos parlamentares, ao Congresso Nacional e aos ministérios.

Por favor, leia as notícias do dia:

Consumo de energia bate novo recorde nesta quarta-feira

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta quarta-feira que a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou mais um recorde hoje, chegando a 70. 400 megawatts, precisamente às 15 h. Foi o tereceiro recorde seguido de consumo de energia elétrica do país. Nas últimas segunda e terça-feiras o ONS já havia resgistrado os maiores picos de consumo da série histórica . A explicação para o ápice da carga de energia, diz Chipp, está na produção industrial, que foi retomada depois do período de crise, além do calor intenso.

Os dias quentes de verão estão provocando dois momentos de pico durante o dia: um sempre à tarde , com a alta do consumo nas indústrias, comércio e uso de aparelhos de ar condicionado; e outro à noite, quando entra o consumo residencial. Para o diretor do ONS, ainda serão registrados outros elevados índices de consumo por conta das altas temperaturas.

" É um custo que vale pagar porque o custo de um blecaute é bem maior "

Mas o executivo do ONS garantiu que não há risco de apagões ou mesmo de racionamento. Isso porque os reservatórios das hidrelétricas estão com capacidade que vão de aproxiamdamente 77% no Sudeste e Centro-Oeste, 90% no Norte, 71% no Nordeste e 97% na região Sul.

Chipp acrescentou ainda que há sobra de energia no país até 2014. Mas disse que um grande volume de energia vem sendo despachado pelas térmicas como uma forma de compensação por conta dos reparos no sistema de Itaipu, o que resultou na redução da capacidde do sistema de transmissão.

Chipp disse que as térmicas estarão em funcionamento até abril, quando Itaipu volta a operar a plena carga. De acordo com o executivo, as térmicas geraram 2.472 megawatts na última terça-feira. A geração de térmicas tem um custo ao consumidor de R$ 5 milhões por semana.

- É um custo que vale pagar porque o custo de um blecaute é bem maior. Há o custo social também - acrescentou. (O Globo)

Centrais sindicais pressionam pela redução da jornada
No início dos trabalhos legislativos de 2010, as centrais sindicais reforçaram a pressão sobre a Câmara pela votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que reduz a jornada de trabalho semanal de 44 horas para 40 horas. Mobilizados pelas entidades, cerca de 1 mil representantes sindicais, segundo organizadores, ocuparam corredores do Congresso e fizeram manifestações fora dele.

As centrais querem aproveitar o ano eleitoral, durante o qual é mais fácil aprovar matérias de apelo social.

A bancada do PDT deve obstruir as votações na Câmara até que a PEC 231, de 1995, seja incluída na pauta da Casa. Líderes do partido buscam apoio de outros partidos para a obstrução. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), representante da Força Sindical, a pressão será exercida no Congresso e nas fábricas, por meio de greves. " O quanto antes a PEC for votada, melhor, porque ainda terá de ir para o Senado " , afirmou.

O PT é favorável à PEC e o governo não pretende se envolver nas negociações, segundo o novo líder na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). " Se tiver acordo entre empresários e trabalhadores, ok para o governo " , disse. No ano passado, como líder do PT, Vaccarezza propôs uma transição gradual da redução para 40 horas até 2016.

Hoje, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), reúne os líderes partidários para definirem a pauta de votações. Os sindicalistas e parlamentares ligados ao setor planejam lotar a Casa, como forma de pressionar os líderes para que a PEC seja incluída na pauta. (O Globo)

Emprego no varejo cresce 4,9% em 2009, informa Fecomercio-SP

O número de trabalhadores com carteira assinada no comércio varejista na região metropolitana de São Paulo atingiu 874.087 em dezembro de 2009.
Segundo dados da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), o resultado representa um crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2008. São 40,5 mil empregos a mais.
No último mês de 2009, contudo, houve um aumento de apenas 0,1% na comparação com novembro. No total, foram criados no comércio 863 novos empregos em dezembro, desempenho bem inferior aos 12.659 postos gerados em novembro.
A diferença, de acordo com a assessoria técnica da Fecomercio, se deve ao fato de que as lojas iniciam as contratações com dois meses de antecedência do Natal.
A entidade acredita que o indicador vai continuar numa trajetória positiva nos próximos meses. Isso seria fruto das variáveis de mercado, com um ambiente favorável aos investimentos, que refletem sobre a criação de novos empregos.
As maiores contratações ocorreram nos setores de supermercados (1.544), lojas de vestuário, tecidos e calçados (1.128).
A renda média do comércio, em dezembro de 2009, foi calculada em R$ 1.237,00. (Leia mais no Valor)

Integração Pão de Açúcar-Casas Bahia avança

Cade aprova início de fusão operacional entre as redes, mas faz ressalvas para preservar as marcas Casas Bahia e Ponto Frio. Objetivo do Cade é garantir que a fusão dos grupos varejistas possa ser desfeita no caso de uma decisão final contrária à operação.

O grupo Pão de Açúcar, dono do Ponto Frio, e as Casas Bahia assinaram ontem com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) um acordo que permite a integração operacional das redes Ponto Frio e Casas Bahia, mas com algumas restrições. A intenção é preservar a independência das marcas e garantir que o negócio possa ser desfeito no futuro.
O acordo, chamado de Apro (Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação), determina que nos 146 municípios em que as redes Ponto Frio ou Extra Eletro (do Pão de Açúcar) concorrem com as Casas Bahia nenhuma loja poderá ser fechada. Se as empresas quiserem fechar algumas das lojas nessas cidades será preciso pedir autorização do Cade, que vai julgar caso a caso.
O acordo também obriga as partes a preservar o nível geral de emprego nessas lojas, exceto em caso de mudanças de conjuntura econômica ou decorrentes de alterações próprias à atividade. A intenção, no caso, é impedir o esvaziamento de uma das duas marcas, mantendo lojas semi-ocupadas.
Segundo o relator do caso no Cade, conselheiro Vinícius Carvalho, esses municípios respondem por 90% do faturamento das empresas. "Portanto, o remédio dá conta da maior parte do ativos envolvidos", disse ele, acrescentando que os sites das empresas na internet deverão permanecer funcionando separadamente.
O acordo assinado ontem vale até o julgamento final da operação pelo conselho, processo que poderá durar um ano.
As marcas Casas Bahia e Ponto Frio terão que ser mantidas, mas não há nenhuma determinação em relação à bandeira Extra Eletro. Esta deve ser eliminada, conforme já manifestado por executivos do Pão de Açúcar.
As companhias foram autorizadas a juntar seus departamentos de publicidade e marketing. Mas a comunicação para o consumidor final terá de ser feita de forma separada. Os investimentos em propaganda também devem ser mantidos nos patamares compatíveis com anos anteriores.
Outra exigência do Cade foi no que se refere a manutenção das políticas de concessão de crédito da Casas Bahia e do Ponto Frio. Os centros de distribuição deverão ser mantidos em condições de operação, inclusive no que diz respeito aos empregos, mas seu uso poderá ser compartilhado.
As empresas poderão obter ganhos de eficiência e de redução de custos unindo as áreas operacional, administrativa e de tecnologia. O único departamento administrativo que precisa ser mantido separado é o de compras. A negociação com fornecedores pode ser feita em conjunto, mas cada rede deve firmar seu próprio contrato. O descumprimento dos termos do acordo pode levar a aplicação de multas que chegam a R$ 500 mil, para as empresas, e R$ 50 mil, para os dirigentes.
Para o relator, o Apro foi necessário porque há muitas dúvidas sobre o real impacto da operação. "Não visa paralisar totalmente a operação. A preocupação é com a manutenção dos ativos e do marketing, e não com a estrutura societária."
Em nota, as empresas afirmaram que consideram o acordo um avanço no processo de aprovação da operação, na medida em que o Cade reconheceu ser suficiente a adoção de medidas pontuais. "Ressalvadas essas condições específicas, Ponto Frio e Casas Bahia poderão adotar todas as medidas necessárias para a integração das atividades e capturar as sinergias resultantes da operação", afirma a nota. (Leia mais na Folha)

Governo quer forçar queda de 70% no preço da banda larga

O governo federal concorrerá com as operadoras que vendem banda larga para forçar a queda do preço do serviço em 70% e levar o acesso a 68% dos domicílios até 2014. Hoje, somente 19% estão conectados.
É o que afirmou o assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, durante um encontro com representantes da sociedade civil, no Palácio do Planalto, há dois dias.
Os participantes do encontro dizem também que Alvarez mencionou três ofertas da nova estatal aos consumidores. O plano seria vender pacotes mensais de R$ 15 (para velocidade de 256 Kbps), R$ 25 (512 Kbps) e R$ 35 (1 Mbps).
Ainda segundo eles, para atingir as metas, o governo disse que investirá entre R$ 3 bilhões e R$ 15 bilhões. Essa diferença leva em conta a possibilidade de parcerias entre o governo e empresas, Estados e municípios. Muitos deles já têm rede de fibras óticas que poderia ser usada para massificar a internet.
O objetivo é mais que dobrar a atual rede de cabos e de fibras óticas pertencentes às estatais Eletrobrás e Eletronet, que proverão o serviço no país por meio da Telebrás. Essa rede terá 31 mil km de fibras óticas, passando por 4.278 municípios e atingindo 68% dos domicílios. Pelos cálculos do governo, esse índice seria de 33% em 2014, caso mantidas a atual configuração e a taxa de crescimento do mercado.
Nos bastidores, as operadoras fixas já planejam entrar na Justiça contra o plano do governo, alegando que ele representa a quebra do modelo de privatização. (Leia mais na Folha)