quarta-feira, 31 de março de 2010

UGT lancará campanha contra sobretaxa dos bancos na forma de tarifas ilegais e absurdas

Tarifa de serviço bancário sobe até 33 vezes acima da inflação, diz Idec

A UGT de longa data protesta contra a prepotência e insesatez social do sistema bancário. Os banqueiros brasileiros adotam práticas de verdadeiros agiotas, contra os interesses sociais do País, contra o bom senso e em frontal desrespeito aos seus correntistas. É a hora de um basta e a UGT vai mobilizar suas bases e a opinião pública para protestar e colocar um fim a tanta agiotagem com uma das formas de moeda do país, que é o dinheiro que deixamos nos bancos e que tem uma sobretaxa, ilegal, de uso, na forma de tarifas bancárias. (Ricardo Patah, presidente nacional da UGT).

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Levantamento do Instituto aponta alta de até 328% entre abril de 2008, quando BC apertou regras do segmento, e março deste ano .

As tarifas avulsas de serviços bancários subiram até 328% entre abril de 2008, quando o Banco Central (BC) instituiu novas regras para o segmento, e fevereiro deste ano. O porcentual supera em 33 vezes a inflação do período (9,88%). No caso dos pacotes de serviços, a maior variação foi de 65,8%, sete vezes superior à inflação.

Os números integram estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), obtido com exclusividade pelo Estado. O levantamento, realizado pela economista Ione Amorim, foi feito com base nas informações que as instituições publicam em seus sites na internet. Participaram da amostra os dez bancos brasileiros que têm mais de 1 milhão de clientes.

"A principal conclusão que tiramos é de que as maiores variações são explicadas pelo realinhamento das tarifas com a média do setor", diz Ione. "Isso mostra que os bancos não trabalham pela menor tarifa, mas sim para estar junto dos outros, o que demonstra pouca concorrência."

Campeões — No ranking de tarifas avulsas, o campeão do reajuste é o Banrisul, que pertence ao Estado do Rio Grande do Sul. Das dez primeiras posições, seis são ocupadas pelo banco estatal. Em primeiro lugar, com variação de 328,6%, ficou o fornecimento de folhas avulsas de cheques. Em abril de 2008, cada folha custava R$ 0,35. Em 28 de fevereiro deste ano, R$ 1,50.

No ranking de pacotes de serviços, o resultado foi mais pulverizado, mas também com preponderância do Banrisul – dono de cinco das dez colocações. Nesse levantamento, o campeão do reajuste foi o Banco Real, com o pacote Real Serviços Simples. A tarifa, que custava R$ 12,00 em abril de 2008, passou para R$ 19,90 no dia 5 de março deste ano – variação de 65,8%.

Os altos ganhos com tarifas e a falta de um padrão de cobrança levaram o BC a reorganizar as normas do segmento. A principal mudança se deu pela Resolução 3.518, que entrou em vigor em 30 de abril de 2008.

Padrão — Entre outros pontos, a nova regra definiu a padronização das tarifas, de modo a facilitar o entendimento dos clientes. Além disso, todos os bancos são obrigados a divulgar em seus sites os valores que cobram pelos serviços – tanto avulsos quanto pacotes.

A economista do Idec ressalta que é impossível calcular o impacto das tarifas sobre os ganhos gerais do setor, pois cada instituição adota critério próprio nas demonstrações financeiras.

Um dos que discriminam as tarifas no balanço é o Banrisul. Segundo Ione, essas receitas cresceram 13% entre 2008 e 2009, para R$ 226 milhões. O lucro no período foi de R$ 541 milhões. (Estadão)

Seminário dos Funcionários do Banco do Brasil reúne dirigentes sindicais, funcionários da ativa e aposentados

A UGT - Nacional realizou na cidade de Franca/SP no último sábado (27/03), com organização da Secretaria para Assuntos de Finanças, Credito e Seguros, o Seminário dos Funcionários do Banco do Brasil. O publico alvo foram os funcionários do Banco do Brasil e da Nossa Caixa, partes integrantes da incorporação do extinto banco paulista, e os dirigentes sindicais bancários das entidades filiadas à União Geral dos Trabalhadores - UGT. O evento contou com apoio da CONTEC e da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A convite da UGT estiveram presentes Antônio Artequilino – Gerente Geral da Gerência Regional de Pessoas Ribeirão Preto; Fernando Miron – Superintendente Regional Franca; Carlos Netto – Gerente Executivo da Unidade de Gestão Transitória São Paulo; Marco Aurélio A. Melo – Gerente de Divisão da Folha de Pagamento Brasília e Idê Lucas – Analista da Folha de Pagamento Brasília, todos envolvidos neste grande e complexo processo de incorporação, onde prestaram todos os esclarecimentos solicitados pelos funcionários e dirigentes sindicais presentes.
O Banco do Brasil também montou uma estrutura de logística da Folha de Pagamento no local do evento, atendendo e esclarecendo todos os bancários que tinham dúvidas referentes ao seu espelho (hollerith), fato que mereceu destaque e foi muito bem recebido pelos trabalhadores, que enalteceram e agradeceram a UGT pela realização do Seminário.
Representado a bancada dos trabalhadores estiveram presentes Gilberto Vieira negociador da CONTEC com o Banco do Brasil; Dejair Besson Conselheiro Deliberativo do Economus (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco Nossa Caixa) e representante da Federação dos Bancários de SP e MS; Rumiko Tanaka Secretária de Finanças da CONTEC e representante do Coletivo de Mulheres da UGT; Galvão Rosa diretor estadual da ANABB São Paulo e Félix Afonso Presidente do Sindicato dos Bancários de Tupã, que representou todos os Dirigentes Sindicais Bancários Filiados à UGT. Coordenou a mesa dos trabalhos Edson Roberto dos Santos, Secretário para Assuntos de Finanças, Crédito e Seguros da UGT, representando o presidente Ricardo Patah.
O Seminário foi de altíssimo nível e conseguiu atingir todos os anseios dos participantes, que elogiaram muito a realização do mesmo. A União Geral dos Trabalhadores mais uma vez sai na frente, demonstrando sua atitude de vanguarda e compromisso com a classe trabalhadora brasileira, proporcionando este importante debate entre os funcionários do Banco do Brasil e a direção da empresa, pois bastou realizar o Seminário para que outras centrais também procurassem o banco reivindicando um encontro, objetivando a discussão sobre os diversos problemas enfrentados pelos empregados. (Foto e fonte: Mundo Sindical)

Negros correm mais riscos do que brancos

Pouco beneficiados pelas recentes ações de combate à violência, os jovens negros são 130% mais alvo dos assassinatos cometidos no País. O trabalho também mostra que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no País é 130% maior do que o de um jovem branco. A desigualdade entre as duas populações, que já era expressiva, aumentou de forma assustadora em cinco anos. Em 2002, morriam 1,7 negros entre 15 a 24 anos para cada jovem branco da mesma faixa etária. Em 2007, essa proporção é de 2,6 para 1.

O abismo entre taxas de homicídios é resultado de duas tendências opostas.

Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%. Entre negros, o movimento foi outro, um aumento de 5,3% das mortes no período. "Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", diz Jacobo. (Estadao)

Gasto com seguro-desemprego cresce 11%

Apesar do recorde na geração de empregos formais no início do ano, alta rotatividade nos postos de trabalho pressionou despesas. Governo desembolsou R$ 3,1 bilhões no primeiro bimestre para cobrir benefícios; alta preocupa o governo porque pode comprometer o FAT.
Apesar da geração recorde de empregos formais no primeiro bimestre, os gastos com o pagamento do seguro-desemprego cresceram 11% nos dois primeiros meses do ano ante igual período de 2009. Neste ano, o FAT já desembolsou R$ 3,1 bilhões para pagar o benefício aos trabalhadores demitidos sem justa causa.
Esse valor alcançou R$ 2,8 bilhões entre janeiro e fevereiro de 2009. Aqueles foram meses críticos para o mercado de trabalho por conta dos solavancos provocados pela crise financeira mundial, o que fez com que as despesas do seguro-desemprego disparassem -crescimento à época de 43% na comparação com 2008.
O aumento dos gastos com o benefício preocupa o governo porque pode comprometer a saúde financeira do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). No ano passado, pela primeira vez em 17 anos, o fundo registrou deficit operacional (incluindo operações financeiras), com perdas de R$ 1,8 bilhão.
O FAT é a fonte de recursos do seguro-desemprego e do abono salarial -também chamado de 14º salário. O fundo custeia ainda programas de geração de emprego e renda, como o Proger e o Pronaf, além de destinar 40% de suas receitas para o BNDES financiar o setor produtivo.
O governo argumenta, no entanto, que o aumento dos gastos com o seguro-desemprego foi compensado pelo aumento das receitas do FAT no primeiro bimestre de 2010. No período, a arrecadação do PIS/Pasep cresceu 16,18% devido à recuperação da economia e consequente melhora no faturamento das empresas.
Isso permitiu que o fundo encerrasse o bimestre com um superavit de R$ 3,084 bilhões -alta de 5,8% na comparação com os dois primeiros meses de 2009. O quadro favorável pode, entretanto, não se sustentar ao longo do ano.
Em janeiro e fevereiro, o fundo não registrou gastos com o pagamento do abono salarial. A partir de julho, tem início o calendário de desembolsos do abono, que é mais um fator de pressão nas contas do FAT.
Rotatividade — O diretor do Departamento de Empregos e Salários do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly, afirma que o elevado índice de rotatividade no mercado de trabalho brasileiro é um dos motivos para o aumento dos gastos com o seguro-desemprego no bimestre.
"Para que houvesse um saldo de vagas positivo de 390 mil empregos em janeiro e fevereiro, 2,94 milhões de trabalhadores foram contratados e outros 2,54 milhões foram demitidos", disse. Ou seja, um dos efeitos colaterais do aquecimento do mercado no país é o grande fluxo de trabalhadores que entram e saem das empresas.
Dados ainda parciais do ministério mostram que o número de benefícios pagos em 2010 ficou atrás da marca verificada em 2009. No período janeiro-fevereiro do ano passado, 1,450 milhão de trabalhadores recebeu parcelas do seguro. Os números preliminares de 2010 somam 1,085 milhão de beneficiários do seguro.
No entanto, afirma Torelly, o aumento real concedido ao salário mínimo em janeiro deste ano repercutiu nas despesas do programa do seguro-desemprego.
Em janeiro, o piso salarial passou de R$ 465 para R$ 510 -reajuste de 9,67%. Com isso, as parcelas do seguro-desemprego também foram ajustadas, sendo o menor valor equivalente ao piso salarial, e o teto, ficou em R$ 954,21. (Folha)

Servidor terá que contribuir com imposto sindical

Decisão é do Conselho da Justiça Federal e vai atingir 100 mil funcionários públicos

Uma decisão do Conselho de Justiça Federal (CJF) determinou o desconto da contribuição sindical dos salários dos servidores do próprio órgão e das demais instâncias da Justiça Federal de todo o país. O abatimento corresponde a um dia de trabalho. A medida abrangerá 100 mil funcionários do judiciário no Brasil, dos quais 13 mil estão no estado de São Paulo.

A cobrança é válida porque o CJF aceitou uma ação encaminhada pela Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB). A sentença estabelece que o imposto será descontado com base no ganho total do servidor. Isso corresponde ao salário-base e às gratificações, que totalizam em média R$ 5 mil.

A decisão havia sido dada no fim de novembro, mas foi reavaliada no último dia 13. “Usamos como base (da ação) uma instrução normativa do Ministério do Trabalho, que autoriza a cobrança”, justificou Mauro Zica Júnior, advogado da CSPB).

Apesar da medida autorizada pelo CJF, os sindicatos da categoria ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e (Conlutas) são contra a cobrança. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Judiciário Federal (Sintrajud), Claudio Kein, disse que irá devolver o dinheiro ao servidor. (Diário de São Paulo)

Empresários continuam otimistas com perspectivas da economia

A confiança dos empresários da indústria paulista de transformação continua em trajetória crescente neste mês, segundo o Sensor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O indicador registrou 57,7 pontos em março ante os 54,7 pontos apurados em janeiro. Números acima de 50 indicam otimismo.

Dos cinco itens que compõem o Sensor, quatro apresentaram expansão. A percepção do empresariado em relação ao mercado passou de 58,6 para 60,9 pontos. Já nos investimentos a variação foi de 54,9 para 57,3 pontos.

No emprego, a perspectiva saltou de 55,6 para 60 pontos. A expectativa em relação às vendas avançou de 54,2 para 58,3 pontos. Já o item relacionado ao estoque se manteve praticamente estável ao oscilar de 50,3 para 51,8 pontos.

"São números expressivos para o sensor. Tudo indica que o indicador vai continuar subindo", disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp. (O Globo)