Pacote norte-americano de salvação dos bancos é rejeitado e bolsas desabam
Tenho certeza que o Governo e o Congresso Americano vão chegar a um acordo na busca de solução imediata para minorar a crise, que repito, terá conseqüências mundiais. Só a ausência do acordo anunciado já gerou conseqüências desastrosas, mostrando a dimensão da crise que viveremos e que devemos ajudar a equacionar nos próximos anos. O Brasil segundo todos os indicadores está bem. Mas nem por isso, devemos baixar a guarda. Para os nossos padrões, as reservas que temos são significativas, mas estamos diante de um tsumani anunciado e é hora de apostar na criatividade, na mobilização de todas as nossas energias cívicas, de preservar o crescimento do Brasil. E valorizar, ainda mais, o nosso mercado interno. Que tem sido sustentado por uma crescente (mas tímida) distribuição de renda e do reinvestimento dos salários e das economias dos trabalhadores no consumo.
Veja o que vai pelos principais jornais, de hoje:
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos rejeitou ontem, por 228 votos a 205, o pacote de socorro do governo Bush para o sistema financeiro, no valor de US$ 700 bilhões. O resultado levou pânico às bolsas de todo o mundo, a começar por Nova York, onde o Índice Dow Jones teve a maior queda da história em termos de pontuação (777 pontos). Em termos porcentuais, o recuo foi de 6,98%.
Nos países ricos, principalmente da Europa, as bolsas tiveram o pior dia desde 1970. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 9,36%, mas chegou a despencar mais de 10%, provocando a suspensão do pregão por meia hora, o que não ocorria desde 14 de janeiro de 1999, um dia depois da desvalorização do real.
As bolsas asiáticas abriram a manhã de hoje seguindo a tendência negativa do Ocidente. Os mercados de Tóquio e Seul perdiam mais de 5% logo na abertura dos pregões.
Menos de um terço dos congressistas republicanos, 65, votou a favor da lei, um grande golpe contra o presidente George W. Bush, que se declarou "muito decepcionado" com o resultado. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que é preciso "aprovar alguma coisa que funcione o mais rápido possível". Líderes do Congresso pretendem votar uma versão modificada da lei ainda esta semana, mas não há garantias de que conseguirão angariar o apoio necessário.
A rejeição do pacote americano mudou o tom das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise. Pela manhã, no programa de rádio "Café com o Presidente", ele alertava: "É importante que o povo brasileiro saiba que uma recessão num país como os Estados Unidos pode trazer problemas a todos os países."
Após o rejeição do pacote pela Câmara, o presidente voltou a falar em confiança na economia do País, mas ressaltou que há problemas sérios e deixou claro que a solução está com os EUA. "Penso que a responsabilidade que os americanos têm diante do mundo vai obrigá-los a tomar uma posição. Ou eles assumem a responsabilidade de cobrir o rombo que eles permitiram que fosse criado ou vão criar uma crise muito séria no mundo inteiro."
Embora ainda tenham esperança na aprovação de algum plano de resgate, os analistas no Brasil já traçam cenários para a pior hipótese - de que o Tesouro e o Federal Reserve enfrentem a pior crise financeira desde a Grande Depressão.
Em um mês, devastação na Amazônia aumenta 133%
Absurdo. É hora de mobilizar a Nação brasileira, através dos sindicatos, das centrais, do Ministério Público. Porque acabar com a Amazônia é acabar com a vida. Lá está a esperança da sobrevivência da humanidade, da manutenção da biodiversidade. É preciso mobilizar os deputados federais para se criar uma CPI específica e criar mecanismos para mandar para a cadeia os criminosos que atuam contra a Amazônia e contra nossas vidas. Não bastasse a calamidade, o Incra, segundo o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, lidera o desmatamento.
Veja o que foi publicado hoje:
Minc atribui crescimento a dificuldades em combater problema na campanha eleitoral. Aumento é registrado entre julho e agosto deste ano; no entanto, o ritmo triplica se for feita a comparação com agosto do ano passado
"Péssimo", resumiu o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) ao comentar os novos números do desmatamento na Amazônia registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em agosto, a floresta perdeu o equivalente a pouco mais da metade da cidade de São Paulo: 756,7 km2.
Os números mostram recrudescimento no abate de árvores depois de uma queda registrada no mês anterior, segundo o Deter, sistema que capta o desmatamento em tempo real. Em agosto, as motosserras cortaram mais que o dobro (133%) das árvores cortadas em julho. Em comparação com agosto de 2007, o ritmo triplicou.
Avisado com antecedência sobre queimadas e cortes de árvores registrados pelos satélites, Minc já vinha se antecipando em apontar sinais de cansaço da operação de combate ao desmatamento e as dificuldades em combater o problema no período eleitoral.
"Nenhum prefeito quer ser antipático [em período eleitoral]. A turma do Ibama vai para frente, mas tem que ter uma Polícia Militar para dar cobertura", disse pela manhã, no Rio.
"Foi um dado péssimo e nossa função é correr atrás do prejuízo", afirmou depois, em Brasília. Também teriam contribuído, disse o ministro, o aumento da atividade agropecuária, sobretudo no Pará, e a expectativa de regularização fundiária em terras públicas.
Minc apontou ainda a existência de um mercado irregular de autorizações de cortes de árvores, movimentado a partir de planos de manejo "fajutos". "Na prática, os Estados licenciaram planos altamente duvidosos. É a ecopicaretagem", disse, anunciando esforço para controlar autorizações de corte nos três Estados que mais desmatam a Amazônia: Pará, Mato Grosso e Rondônia.
Em agosto, os satélites registraram mais áreas de desmatamento no Pará, apesar de as nuvens terem encoberto 24% da área total do Estado.
Entre as medidas reiteradas por Minc para tentar frear o abate da floresta está a criação de uma força federal para combater crimes ambientais, com 3.000 novos agentes, a serem contratados por concurso público, sem data marcada. Esses agentes vão se somar aos cerca de 1.500 fiscais do Ibama e do Instituto Chico Mendes.
Assentamentos lideram desmate -- 6 projetos do Incra são os campeões da devastação; governo cria conselho interministerial, um Copom ambiental.
Oito assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Amazônia estão na lista dos cem maiores desmatadores do País, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente. Desses, todos localizados em Mato Grosso, seis encabeçam a relação dos que mais feriram a floresta, um está em 40º lugar e o outro em 44º. Por causa dos desmatamentos de 2.282 quilômetros quadrados (228.208 hectares) nas oito áreas, o Incra foi multado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em R$ 265,5 milhões.
A lista, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, relaciona os cem maiores desmatadores de 2005 (com dois casos) para cá. Juntos, eles derrubaram 5.225 quilômetros quadrados de floresta (522,5 mil hectares).
Os assentamentos do Incra foram responsáveis por 44% desse total e as áreas particulares, por 56%. Da mata derrubada, 85,6% foram de floresta nativa; 7,9% de reservas legais; 5,6% de matas primárias e 0,8% de áreas de proteção permanente - margens de rios e lagoas, por exemplo.
Diante da situação, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou ontem 12 medidas. Uma delas é a criação do Conselho Interministerial de Combate ao Desmatamento, que funcionará como uma espécie de Comitê de Política Monetária (Copom) para a área ambiental. Mas, ao contrário do Copom, que fixa taxa de juros, o "Copom" ambiental não fixará metas, mas a cada dois meses fará reuniões para estudar formas de conter desmatamentos, de acordo com a taxa de derrubada que for identificada pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ontem divulgou os números de desmate relativos a Agosto.
Minc anunciou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a criação da Força Federal de Combate a Crimes Ambientais, que deverá ser constituída por 3 mil homens. "Com isso, não ficamos mais na dependência das forças estaduais para fazer nossas operações", disse Minc. Ele chegou a mostrar para os repórteres um casal já vestido com a roupa da futura Força Ambiental, portando metralhadora e pistolas. De acordo com Minc, será uma tropa altamente especializada no combate aos crimes ambientais. Não se sabe ainda se o governo enviará ao Congresso um projeto de lei ou uma medida provisória para criar a Força. Nem disse quanto custará.
Outra medida anunciada pelo ministro é a criação de um plano de prevenção e combate ao desmatamento, em conjunto com os governos estaduais. "O governo de Estado que não tiver o seu plano não terá direito a verbas do Fundo da Amazônia", disse Minc.
Esse fundo, que até 2015 deverá receber US$ 1 bilhão, já conta com US$ 20 milhões, doados pelo governo da Noruega. Esse mesmo país prometeu mais US$ 100 mil até o fim do ano, desde que o governo brasileiro mostre que realmente está empenhado em reduzir o desmatamento.
Minc criticou o desmatamento feito pelos assentamentos do Incra. Disse que a partir de agora as licenças ambientais somente serão concedidas depois que o instituto apresentar a área de reserva. "Não podemos dizer que a reforma agrária na Amazônia está uma maravilha, porque não está, mas também não dá para dizer que é preciso acabar com ela. Por isso, vamos encontrar um jeito de fazer a reforma agrária com sustentabilidade ambiental", disse ele.
As ações contra os cem maiores desmatadores fazem parte de um trabalho conjunto do Ibama, Advocacia-Geral da União e Ministério Público Federal. Serão abertas também contra outros desmatadores que não estão na lista atual. Na divulgada ontem, além do Incra, tiveram o nome incluído na relação dos grandes desmatadores Léo Andrade Gomes, Honorato Lourenço, Margarida Barbosa, Floraplac Industrial, Ednar Gatti e Sebastião Lourenço, do Pará; Rosana Sorge, José Carlos Ramos, Celso Padovani, José de Castro Filho, João Vicentini, Agropecuária Jarina, Claudemir Guareschi e Olivier Vieira, de Mato Grosso; Cooperação de Trabalho de Roraima; e Aristides Corduva, de Rondônia, entre outros.
PARÁ — 150 pessoas são libertadas de situação análoga à escravidão
A UGT está ampliando suas parcerias com grandes empresas nacionais que atuam na Região Amazônica para colocar em prática ações contra a prostituição infantil e a escravidão que a todos constrange e envergonha. Enquanto isso, vamos dar espaço e denunciar junto às autoridades a lamentável situação que vivemos, em pleno Século 21, de ter ainda que arrancar os escravos de fazendas e de indústrias localizadas no cantão do Brasil e até mesmo dentro dos grandes centros. Denuncie, participe, pois enquanto existir uma pessoa escrava no Brasil, todos nós, brasileiros, somos responsáveis.
Veja o que foi publicado:
O grupo móvel da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Pará libertou ontem 150 pessoas, entre elas 30 crianças, de uma indústria de processamento de cacau em Placas (1.127 km de Belém).
Todas as crianças estão doentes, com leishmaniose -enfermidade transmitida por um mosquito e que deixa lesões na pele. Uma ficou cega em um acidente de trabalho, ao cair com o rosto em um toco de árvore. Elas têm de 4 a 17 anos.
O resgate, que teve início há dez dias, ainda não foi concluído porque o local é de difícil acesso.
De acordo com o chefe da fiscalização, José Ribamar da Cruz, o grupo vivia em péssimas condições de habitação, alimentação e higiene e estava impedido de deixar o local em razão de dívidas contraídas, o que caracteriza situação análoga à escravidão. O dono da empresa, de 80 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Federal.
Bancários de 12 Estados param hoje por 24 horas
Os bancários estão cheios de razão de realizar uma paralização de alerta. Os banqueiros brasileiros ganharam demais nas últimas décadas. Foram protegidos pelo Proer, quando passaram por dificuldades, e são absolutamente relutantes em distribuir riqueza. Além disso, ao contrário dos banqueiros norte-americanos que apostaram e perderam no verdadeiro cassino royale, no Brasil os donos de bancos são lideram verdadeiros esquemas de agiotagem. É hora de distribuir renda ou terão todos a vigilância permanente da UGT e demais centrais caso venham a precisar de apoio do Banco Central para protegê-los de eventuais enrascadas. Veja o que foi publicado:
Categoria rejeita reajuste de 7,5% e quer aumento real. Os bancários de São Paulo e de outros 11 Estados decidiram fazer paralisação por 24 horas a partir de hoje para reivindicar reajuste salarial maior do que o apresentado pela federação dos bancos. Em Brasília (DF) e na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a greve foi aprovada por tempo indeterminado.
No país, são 434 mil bancários em campanha salarial -sendo que 120 mil trabalham em São Paulo, Osasco e região.
A maior parte das paralisações previstas para hoje foi decidida ontem à noite em assembléias realizadas por vários sindicatos espalhados pelo país.
Na capital paulista, os cerca de 1.300 funcionários que foram à assembléia na quadra dos bancários definiram que, se até o dia 8 de outubro não houver acordo salarial, a categoria pára por tempo indeterminado.
O comando nacional dos bancários, que representa a categoria nas negociações salariais, rejeitou o reajuste de 7,5% oferecido pelos bancos para os salários, pisos salariais e demais verbas trabalhistas -como vale-refeição, alimentação e auxílio-creche.
O percentual é considerado insuficiente pela categoria porque serviria apenas para repor a inflação acumulada de 7,15% (medida pelo INPC do IBGE) no período de setembro de 2007 a agosto deste ano e não contemplaria aumento real.
Os funcionários dos bancos pedem 5% de aumento real, vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.
Na capital paulista, a paralisação deve começar hoje nas agências bancárias da região central da capital e se estender para as demais zonas da cidade.
"Os banqueiros, que tiveram bons resultados em lucro, rentabilidade e ativos, se recusam a retribuir aos bancários na mesma proporção que o trabalho empenhado", diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Decisão do Congresso americano marca um recomeço para economia mundial
Congresso dos EUA fecha acordo sobre pacote econômico
Felizmente ou infelizmente, temos que ver até com alegria essa decisão do governo americano. Foi lá que começou o descontrole dos mercados e ficamos aliviados que o governo norte-americano comece a fazer a limpeza, a assumir parte dos grandes rombos que os especuladores causaram e, principalmente, que se estabeleçam controles rígidos. Mesmo com essa soma astronômica que o governo americano vai investir, ainda vai sobrar para o mundo inteiro. Infelizmente. Veja o que foi publicado hoje e converse com sua categoria para nos mantermos sempre alertas:
Plano de US$ 700 bi deve ser votado na Câmara na segunda-feira. Líderes dos partidos Republicano e Democrata no Congresso dos Estados Unidos chegaram neste domingo a um acordo sobre o texto do pacote de US$ 700 bilhões para socorrer o setor financeiro.
Os congressistas fecharam um acordo sobre detalhes do projeto, que tem mais de cem páginas e modifica pontos do plano original apresentado pelo governo, depois de negociações que se estenderam por todo o final de semana.
No final da tarde de domingo, o projeto foi publicado na internet. A previsão é de que o plano seja votado na Câmara dos Representantes nesta segunda-feira e chegue ao Senado até quarta-feira.
O Congresso deveria ter entrado em recesso na sexta-feira, mas teve de realizar uma rara sessão no fim de semana devido à necessidade de um acordo sobre o plano.
Congressistas e governo queriam que o acordo fosse fechado antes da abertura dos mercados asiáticos na segunda-feira. Após o anúncio do acordo, as principais bolsas de valores asiáticas iniciaram os pregões de segunda-feira em alta.
"A festa acabou" -- Ao falar sobre o acordo, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que a mensagem para Wall Street era de que "a festa acabou".
Pelosi disse que o acordo bipartidário não é um resgate para Wall Street, e sim um projeto destinado a garantir que pensões, poupanças e empregos estejam seguros.
O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse que os americanos têm "toda a razão de estarem preocupados e até mesmo furiosos" diante da "ganância de Wall Street" e da falta de regulamentação.
No entanto, o senador afirmou que "todo americano tem interesse em consertar essa crise". "Inação paralisaria a economia", disse.
Ao comentar o acordo, o presidente George W. Bush disse que o projeto vai enviar uma mensagem de que os Estados Unidos estão comprometidos em restaurar a confiança em seus mercados financeiros.
"Esse projeto fornece as ferramentas e fundamentos necessários para ajudar a proteger nossa economia contra um colapso", disse o presidente em um comunicado.
Intervenção — O pacote representa a maior intevenção nos mercados desde a Grande Depressão da década de 30 e tem como objetivo principal retirar do mercado os "créditos podres" ligados à crise de hipotecas que estão em poder do mercado financeiro nos Estados Unidos.
O governo pretende comprar esses papéis para retirá-los da mão das empresas, fazendo com que sua situação financeira melhore, diminuindo o risco de falência e, em tese, aumentando o volume de dinheiro e crédito à disposição do mercado em geral.
O acordo contempla a maior parte das exigências dos democratas e dos republicanos que eram contra o pacote original proposto pelo governo.
Entre as mudanças estão a determinação de que os US$ 700 bilhões serão liberados em etapas.
O novo texto prevê a liberação de US$ 250 bilhões imediatamente e de outros US$ 100 bilhões a pedido da Casa Branca. Os US$ 350 bilhões restantes, porém, só serão liberados após aprovação do Congresso.
Os bancos que aceitarem o socorro financeiro terão de entregar ações em troca, o que permitirá que os contribuintes americanos possam se beneficiar da recuperação dessas instituições financeiras.
O acordo também estabelece limites para o pagamento de salários e benefícios a executivos das empresas que receberão socorro.
Quatro agência irão monitorar a implementação do plano, incluindo um conselho bipartidário.
Os bancos também serão obrigados a aderir a um programa de seguros para protegê-los de perdas com títulos lastreados em hipotecas.
Apesar das mudanças em relação ao pacote inicial, o novo plano ainda enfrenta críticas, e alguns legisladores já pediram a seus colegas que derrubem o projeto.
Recessão nos EUA pode "bater no Brasil", diz Lula -- Mas, para ele, país está mais preparado contra crise. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que uma eventual recessão da economia dos EUA "vai bater em todo mundo, da China ao Brasil".
O presidente afirmou que conversa todos os dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre a crise financeira. Disse que seus efeitos precisam ser acompanhados "com lupa".
Segundo ele, porém, o Brasil agora está preparado para enfrentar a crise, diferentemente de experiências anteriores, em que "o país entrava em coma". Apontou que o país tem hoje US$ 207 bilhões em reservas e conta com um mercado interno aquecido.
Lula disse ainda que o Brasil não sofreu até agora grandes efeitos da crise financeira dos EUA porque a economia "não depende mais" das exportações feitas para os americanos.
"Quando entramos, era de quase 30% [a participação dos EUA nas exportações]. Agora, é só 14,5%. Aumentamos as nossas exportações para a América do Sul, a América Latina, a África e a Ásia", disse Lula em São José dos Campos.
Juros nas alturas
O jornalista Joelmir Beting divulgou ontem em seu site uma análise sobre o relatório mensal de crédito do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira, revela que o juro médio de todas as linhas de financiamento da produção e do consumo, no país, subiu em agosto para 40% ao ano.
No crédito pessoal, avançou para 54,5% e no cheque especial, mui especial, a tacada alcançou 166,4%. Mesmo assim, o volume global emprestado continua crescendo; já passa de R$ 1,1 trilhão - cerca de 38% do PIB.
O lado bom da coisa: a inadimplência, a do atraso superior a 90 dias, permanece estável: é de 1,7% nas empresas e de 7,5% nas famílias.
A elevação dos juros no Brasil guarda relação com a inflação importada desde abril, no vácuo da crise financeira global.
Ou seja, conclui: não estamos blindados nos preços nem nos juros.
Para Lula, acabou a era dos economistas e começou a da engenharia
O presidente Lula sempre tem uma boa frase de efeito que os jornais aproveitam no dia seguinte. Mas muito mais que a frase de efeito que substitui economistas por engenheiros temos que nos preocupar em adotar políticas públicas conseqüentes, que apostem de maneira consistente no planejamento, na redução da burocracia e no fim da corrupção. Assim tanto faz engenheiro, economista, médico para ser a profissão homenageada pelo poder executivo, pois teremos um País caminhando de maneira organizada e transparente para o seu crescimento.
Veja o texto:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em São Bernardo do Campo, que o Brasil superou a "era da economia", quando "os economistas mandavam na economia". Segundo ele, os novos tempos são da engenharia, ou seja, do crescimento real.
Ele se referiu à construção de refinarias de petróleo e ao crescimento da indústria naval, com a descoberta da camada pré-sal. Lula também reafirmou ontem que as reservas brasileiras serão suficientes para suportar a crise financeira dos Estados Unidos.
- Agora, graças a Deus, acabou a era dos economistas, de os economistas mandarem na economia. Chegou a era da engenharia voltar a ter papel importante nesse país. Porque, durante 20 anos, nós ficávamos discutindo apenas a nossa dívida. Agora, podemos anunciar construção de refinarias, siderúrgicas e fábricas de cimento. Estamos fazendo isso porque quando a economia cresce, ela tem que ter estrutura - discursou Lula, durante comício da campanha do ex-ministro Luiz Marinho (Trabalho e depois Previdência), candidato a prefeito de São Bernardo do Campo.
Lula também frisou hoje que a crise econômica dos Estados Unidos não atingirá o Brasil:
- Nós temos reservas suficientes para evitar a crise no Brasil.
Lula disse ainda que é preciso controlar a inflação porque quem "paga a conta é o povo que vai comprar o que comer". Ele voltou a comemorar o crescimento da economia e disse que os reajustes salariais dos trabalhadores estão sendo feitos graças ao "excelente" momento do país.
- A economia e as indústrias estão crescendo e o salário está aumentando. Noventa por cento dos acordos salariais feitos neste ano são feitos com ganhos reais de aumento salarial. Hoje, os trabalhadores estão tendo mais oportunidade que na minha época- disse.
Pantanal vale US$ 112 bilhões, diz estudo
O texto a seguir mostra que o Panatanal vale aproximadamente um quinto dos valores que o governo americano vai investir na tentativa de sanar os graves problemas que os especuladores criaram no mundo. Se não agirmos com determinação, mais umas duas décadas não teremos como recuperar o valor perdido no Pantanal. A hora de agir é agora. Por isso, a importância de você acompanhar com determinação informações como esta:
Valor anual da mata em pé é 270 vezes maior do que o lucro da pecuária que a derruba, afirma cientista da Embrapa Migração da criação de gado extensiva para técnicas mais lucrativas estimula desmatamento nas áreas não-alagáveis do bioma.
Quanto vale um bioma? A pergunta pode parecer maluca, mas, se o bioma em questão for o Pantanal, ela já pode ser respondida: US$ 112 bilhões por ano, no mínimo. Várias ordens de grandeza mais que o máximo de US$ 414 milhões anuais que a devastação do local gera. O cálculo foi feito por um pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá, e põe pela primeira vez em perspectiva o valor dos serviços ambientais prestados pela maior planície alagável fluvial do mundo, comparados com aquilo que é gerado pela pecuária, a mais rentável atividade econômica praticada na região. Segundo o oceanógrafo e economista gaúcho André Steffens Moraes, "perdido no Pantanal desde 1989", um hectare preservado do bioma que detém a maior concentração de fauna das Américas vale entre US$ 8.100 e US$ 17.500 por ano. A conta é detalhada em sua tese de doutorado, recém-defendida na Universidade Federal de Pernambuco e disponível para download (www.cpap.embrapa.br/teses). Nela, Moraes inclui valores potenciais de coisas como madeira, produtos florestais não-madeireiros e ecoturismo. Mas também de coisas que não estão nem podem ser colocadas facilmente no mercado, como o valor da polinização feita por aves e insetos, o controle de erosão e, principalmente, a oferta e regulação de água -produtos e serviços que são perdidos quando a vegetação tomba. "Eu analisei quanto a sociedade perde quando se desmata", disse o pesquisador.
Estilo Zé Leôncio — Com terras que ficam alagadas até 8 meses por ano, impróprias para a agricultura e abundantes em gramíneas, o Pantanal parece combinar com a pecuária, única atividade -além do turismo- rentável ali. Hoje há 5,3 milhões de cabeças no bioma, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pecuária também parece combinar com o Pantanal: como o capim faz parte do ecossistema, não é preciso recorrer ao desmatamento para criar gado. Há no bioma uma coexistência pacífica única no Brasil entre gado e fauna, que acaba tornando os fazendeiros da região conservacionistas, no melhor estilo Zé Leôncio (o fazendeiro consciencioso da novela "Pantanal", interpretado pelo ator Cláudio Marzo). No jargão dos economistas, esse pecuaristas são considerados "satisficers" (saciadores) e não "maximizers" (maximizadores). Segundo Moraes, o gado é de certa forma bom para a fauna: com carne de sobra, a pressão de caça diminui.
Felizmente ou infelizmente, temos que ver até com alegria essa decisão do governo americano. Foi lá que começou o descontrole dos mercados e ficamos aliviados que o governo norte-americano comece a fazer a limpeza, a assumir parte dos grandes rombos que os especuladores causaram e, principalmente, que se estabeleçam controles rígidos. Mesmo com essa soma astronômica que o governo americano vai investir, ainda vai sobrar para o mundo inteiro. Infelizmente. Veja o que foi publicado hoje e converse com sua categoria para nos mantermos sempre alertas:
Plano de US$ 700 bi deve ser votado na Câmara na segunda-feira. Líderes dos partidos Republicano e Democrata no Congresso dos Estados Unidos chegaram neste domingo a um acordo sobre o texto do pacote de US$ 700 bilhões para socorrer o setor financeiro.
Os congressistas fecharam um acordo sobre detalhes do projeto, que tem mais de cem páginas e modifica pontos do plano original apresentado pelo governo, depois de negociações que se estenderam por todo o final de semana.
No final da tarde de domingo, o projeto foi publicado na internet. A previsão é de que o plano seja votado na Câmara dos Representantes nesta segunda-feira e chegue ao Senado até quarta-feira.
O Congresso deveria ter entrado em recesso na sexta-feira, mas teve de realizar uma rara sessão no fim de semana devido à necessidade de um acordo sobre o plano.
Congressistas e governo queriam que o acordo fosse fechado antes da abertura dos mercados asiáticos na segunda-feira. Após o anúncio do acordo, as principais bolsas de valores asiáticas iniciaram os pregões de segunda-feira em alta.
"A festa acabou" -- Ao falar sobre o acordo, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que a mensagem para Wall Street era de que "a festa acabou".
Pelosi disse que o acordo bipartidário não é um resgate para Wall Street, e sim um projeto destinado a garantir que pensões, poupanças e empregos estejam seguros.
O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse que os americanos têm "toda a razão de estarem preocupados e até mesmo furiosos" diante da "ganância de Wall Street" e da falta de regulamentação.
No entanto, o senador afirmou que "todo americano tem interesse em consertar essa crise". "Inação paralisaria a economia", disse.
Ao comentar o acordo, o presidente George W. Bush disse que o projeto vai enviar uma mensagem de que os Estados Unidos estão comprometidos em restaurar a confiança em seus mercados financeiros.
"Esse projeto fornece as ferramentas e fundamentos necessários para ajudar a proteger nossa economia contra um colapso", disse o presidente em um comunicado.
Intervenção — O pacote representa a maior intevenção nos mercados desde a Grande Depressão da década de 30 e tem como objetivo principal retirar do mercado os "créditos podres" ligados à crise de hipotecas que estão em poder do mercado financeiro nos Estados Unidos.
O governo pretende comprar esses papéis para retirá-los da mão das empresas, fazendo com que sua situação financeira melhore, diminuindo o risco de falência e, em tese, aumentando o volume de dinheiro e crédito à disposição do mercado em geral.
O acordo contempla a maior parte das exigências dos democratas e dos republicanos que eram contra o pacote original proposto pelo governo.
Entre as mudanças estão a determinação de que os US$ 700 bilhões serão liberados em etapas.
O novo texto prevê a liberação de US$ 250 bilhões imediatamente e de outros US$ 100 bilhões a pedido da Casa Branca. Os US$ 350 bilhões restantes, porém, só serão liberados após aprovação do Congresso.
Os bancos que aceitarem o socorro financeiro terão de entregar ações em troca, o que permitirá que os contribuintes americanos possam se beneficiar da recuperação dessas instituições financeiras.
O acordo também estabelece limites para o pagamento de salários e benefícios a executivos das empresas que receberão socorro.
Quatro agência irão monitorar a implementação do plano, incluindo um conselho bipartidário.
Os bancos também serão obrigados a aderir a um programa de seguros para protegê-los de perdas com títulos lastreados em hipotecas.
Apesar das mudanças em relação ao pacote inicial, o novo plano ainda enfrenta críticas, e alguns legisladores já pediram a seus colegas que derrubem o projeto.
Recessão nos EUA pode "bater no Brasil", diz Lula -- Mas, para ele, país está mais preparado contra crise. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que uma eventual recessão da economia dos EUA "vai bater em todo mundo, da China ao Brasil".
O presidente afirmou que conversa todos os dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre a crise financeira. Disse que seus efeitos precisam ser acompanhados "com lupa".
Segundo ele, porém, o Brasil agora está preparado para enfrentar a crise, diferentemente de experiências anteriores, em que "o país entrava em coma". Apontou que o país tem hoje US$ 207 bilhões em reservas e conta com um mercado interno aquecido.
Lula disse ainda que o Brasil não sofreu até agora grandes efeitos da crise financeira dos EUA porque a economia "não depende mais" das exportações feitas para os americanos.
"Quando entramos, era de quase 30% [a participação dos EUA nas exportações]. Agora, é só 14,5%. Aumentamos as nossas exportações para a América do Sul, a América Latina, a África e a Ásia", disse Lula em São José dos Campos.
Juros nas alturas
O jornalista Joelmir Beting divulgou ontem em seu site uma análise sobre o relatório mensal de crédito do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira, revela que o juro médio de todas as linhas de financiamento da produção e do consumo, no país, subiu em agosto para 40% ao ano.
No crédito pessoal, avançou para 54,5% e no cheque especial, mui especial, a tacada alcançou 166,4%. Mesmo assim, o volume global emprestado continua crescendo; já passa de R$ 1,1 trilhão - cerca de 38% do PIB.
O lado bom da coisa: a inadimplência, a do atraso superior a 90 dias, permanece estável: é de 1,7% nas empresas e de 7,5% nas famílias.
A elevação dos juros no Brasil guarda relação com a inflação importada desde abril, no vácuo da crise financeira global.
Ou seja, conclui: não estamos blindados nos preços nem nos juros.
Para Lula, acabou a era dos economistas e começou a da engenharia
O presidente Lula sempre tem uma boa frase de efeito que os jornais aproveitam no dia seguinte. Mas muito mais que a frase de efeito que substitui economistas por engenheiros temos que nos preocupar em adotar políticas públicas conseqüentes, que apostem de maneira consistente no planejamento, na redução da burocracia e no fim da corrupção. Assim tanto faz engenheiro, economista, médico para ser a profissão homenageada pelo poder executivo, pois teremos um País caminhando de maneira organizada e transparente para o seu crescimento.
Veja o texto:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em São Bernardo do Campo, que o Brasil superou a "era da economia", quando "os economistas mandavam na economia". Segundo ele, os novos tempos são da engenharia, ou seja, do crescimento real.
Ele se referiu à construção de refinarias de petróleo e ao crescimento da indústria naval, com a descoberta da camada pré-sal. Lula também reafirmou ontem que as reservas brasileiras serão suficientes para suportar a crise financeira dos Estados Unidos.
- Agora, graças a Deus, acabou a era dos economistas, de os economistas mandarem na economia. Chegou a era da engenharia voltar a ter papel importante nesse país. Porque, durante 20 anos, nós ficávamos discutindo apenas a nossa dívida. Agora, podemos anunciar construção de refinarias, siderúrgicas e fábricas de cimento. Estamos fazendo isso porque quando a economia cresce, ela tem que ter estrutura - discursou Lula, durante comício da campanha do ex-ministro Luiz Marinho (Trabalho e depois Previdência), candidato a prefeito de São Bernardo do Campo.
Lula também frisou hoje que a crise econômica dos Estados Unidos não atingirá o Brasil:
- Nós temos reservas suficientes para evitar a crise no Brasil.
Lula disse ainda que é preciso controlar a inflação porque quem "paga a conta é o povo que vai comprar o que comer". Ele voltou a comemorar o crescimento da economia e disse que os reajustes salariais dos trabalhadores estão sendo feitos graças ao "excelente" momento do país.
- A economia e as indústrias estão crescendo e o salário está aumentando. Noventa por cento dos acordos salariais feitos neste ano são feitos com ganhos reais de aumento salarial. Hoje, os trabalhadores estão tendo mais oportunidade que na minha época- disse.
Pantanal vale US$ 112 bilhões, diz estudo
O texto a seguir mostra que o Panatanal vale aproximadamente um quinto dos valores que o governo americano vai investir na tentativa de sanar os graves problemas que os especuladores criaram no mundo. Se não agirmos com determinação, mais umas duas décadas não teremos como recuperar o valor perdido no Pantanal. A hora de agir é agora. Por isso, a importância de você acompanhar com determinação informações como esta:
Valor anual da mata em pé é 270 vezes maior do que o lucro da pecuária que a derruba, afirma cientista da Embrapa Migração da criação de gado extensiva para técnicas mais lucrativas estimula desmatamento nas áreas não-alagáveis do bioma.
Quanto vale um bioma? A pergunta pode parecer maluca, mas, se o bioma em questão for o Pantanal, ela já pode ser respondida: US$ 112 bilhões por ano, no mínimo. Várias ordens de grandeza mais que o máximo de US$ 414 milhões anuais que a devastação do local gera. O cálculo foi feito por um pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá, e põe pela primeira vez em perspectiva o valor dos serviços ambientais prestados pela maior planície alagável fluvial do mundo, comparados com aquilo que é gerado pela pecuária, a mais rentável atividade econômica praticada na região. Segundo o oceanógrafo e economista gaúcho André Steffens Moraes, "perdido no Pantanal desde 1989", um hectare preservado do bioma que detém a maior concentração de fauna das Américas vale entre US$ 8.100 e US$ 17.500 por ano. A conta é detalhada em sua tese de doutorado, recém-defendida na Universidade Federal de Pernambuco e disponível para download (www.cpap.embrapa.br/teses). Nela, Moraes inclui valores potenciais de coisas como madeira, produtos florestais não-madeireiros e ecoturismo. Mas também de coisas que não estão nem podem ser colocadas facilmente no mercado, como o valor da polinização feita por aves e insetos, o controle de erosão e, principalmente, a oferta e regulação de água -produtos e serviços que são perdidos quando a vegetação tomba. "Eu analisei quanto a sociedade perde quando se desmata", disse o pesquisador.
Estilo Zé Leôncio — Com terras que ficam alagadas até 8 meses por ano, impróprias para a agricultura e abundantes em gramíneas, o Pantanal parece combinar com a pecuária, única atividade -além do turismo- rentável ali. Hoje há 5,3 milhões de cabeças no bioma, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pecuária também parece combinar com o Pantanal: como o capim faz parte do ecossistema, não é preciso recorrer ao desmatamento para criar gado. Há no bioma uma coexistência pacífica única no Brasil entre gado e fauna, que acaba tornando os fazendeiros da região conservacionistas, no melhor estilo Zé Leôncio (o fazendeiro consciencioso da novela "Pantanal", interpretado pelo ator Cláudio Marzo). No jargão dos economistas, esse pecuaristas são considerados "satisficers" (saciadores) e não "maximizers" (maximizadores). Segundo Moraes, o gado é de certa forma bom para a fauna: com carne de sobra, a pressão de caça diminui.
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