quarta-feira, 3 de junho de 2009

A saída da crise passará, obrigatoriamente, pela recuperação do emprego e pelo enquadramento dos empresários com "visão pequena"

Lupi reclama de empresários que 'têm visão pequena'

O ministro Carlos Lupi tem nos surpreendido positivamente. A cada manifestação se posiciona com clareza a favor dos interesses dos trabalhadores e do Brasil. Tem se tornado um otimista realista e um intransigente defensor da retomada do crescimento da economia preocupado, sempre com a geração de empregos. Na última semana participou, em Goiás, de uma manifestação junto aos trabalhadores do amianto e deve ter sido o primeiro caso de um Ministro do Trabalho ter adotado uma posição tão clara ao lado dos trabalhadores. Especialmente preocupado, como nós, em se buscar condições de segurança individual para se trabalhar com o amianto. Através da criação e estabelecimento de normas de segurança claras para proteger a saúde dos trabalhadores. Na próxima terça-feira, o ministro Carlos Lupi estará em São Paulo e em frente ao Sindicato dos Motoboys, filiado à UGT, participará de uma manifestação para registrar o financiamento de R$ 100 milhões autorizado pelo Codefat, com o apoio de todas as centrais, para financiar motos novas e com itens de segurança para os msotoboys brasileiros, que dão a vida, infelizmente, para garantir que os grandes centros urbanos funcionem adequadamente. Sendo, inclusive, responsáveis por atendimentos em hospitais e clínicas.

Leia mais: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, criticou hoje os anúncios recentes de demissões nos setores de mineração e siderurgia. Reclamando de empresários que "têm uma visão muito pequena", Luppi disse que há segmentos no País que "só têm o objetivo, o princípio do lucro". Após um encontro com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o ministro foi questionado sobre os cortes anunciados pela Usiminas e Vale na semana passada.

"Está havendo muitos exageros também. Porque alguns setores empresariais dessa área que você coloca (siderurgia e mineração), eles só têm o objetivo, o princípio do lucro", afirmou Luppi. "Na hora que diminui o lucro, a primeira coisa que fazem é demitir o trabalhador."

A Vale informou que irá demitir entre 250 e 300 funcionários a partir deste mês. Os afetados pela decisão seriam trabalhadores aposentados que ainda continuam na empresa ou empregados próximos da aposentadoria. Já a Usiminas anunciou o desligamento de 810 funcionários das usinas de Ipatinga (MG), Cubatão (SP) e da sede da empresa, em Belo Horizonte.

"É claro que temos consciência que tem dificuldades nessa área. Mas, por exemplo: China voltou a encomendar pesado a partir do final de março e abril; os Estados Unidos também estão voltando a encomendar; os carros nacionais estão vendendo bem, com isso precisa-se mais de aço para a fabricação de automóveis, para toda siderurgia", observou, ressaltando que o governo precisa ter "muita tranquilidade". "Porque alguns empresários têm uma visão muito pequena. Às vezes, estão matando a galinha dos ovos de ouro deles."

O ministro manteve o discurso otimista e a previsão de criação de um milhão de empregos formais no Brasil até o final do ano. "Minha previsão é de um milhão, mais de um milhão de empregos formais esse ano e mais de 2% de crescimento do PIB. Vocês estão gravando, estão me ouvindo e em dezembro vamos tirar a dúvida. Se os pessimistas estão certos ou se que aqueles que trabalham para o Brasil crescer estão certos". (Leia mais no Estadão)

Bancos aumentam competição no crédito

Avanço de instituições públicas e demanda fraca por financiamentos estimulam redução de taxas e extensão de prazos. Para analistas, oferta de crédito melhorou, e a maior dificuldade agora é convencer empresas e consumidores a tomarem emprestado.

A concessão de crédito teve forte recuperação em março, mas já esbarra na resistência de consumidores e empresas de assumirem novas dívidas.

O aumento da concorrência dos bancos públicos, pressionados pelo governo a expandir a oferta de crédito, e a demanda fraca por novos financiamentos têm forçado instituições privadas como Itaú-Unibanco, Bradesco e Santander-Real a reverem suas estratégias de atuação, investindo mais em marketing, reduzindo taxas e aumentando prazos, especialmente no financiamento de veículos, imóveis e consumo.

Segundo especialistas, a maior parte do consumo represado pela crise -e a demanda por crédito- já se materializou. Daqui em diante, bancos e redes de varejo terão de lidar com os efeitos da crise na confiança de empresas e consumidores, até agora estimulados por políticas como redução de IPI para carros e outros produtos.

A boa notícia é que a disponibilidade de crédito parece ter voltado ao normal, inclusive com o retorno de alguns bancos pequenos ao mercado. "O problema está na demanda. A Selic [taxa básica de juros determinada pelo Banco Central] em queda induz a uma oferta maior de crédito. Os bancos criaram um colchão de provisionamento para enfrentar a inadimplência. Quem partir primeiro [para o crédito] vai conseguir recuperar os resultados, que foram fracos no primeiro trimestre", disse João Augusto Salles, analista da consultoria Lopes Filho.

"Não temos mais um problema de oferta, tanto que os bancos estão reduzindo juros e aumentando prazos", disse Bruno Rocha, da Tendências.

Dados do BC mostraram retração de 8,1% de março para abril (mês com menos dias úteis) das novas concessões de financiamento de carros, segmento em que os bancos privados têm elevado prazos para até 80 meses. Em abril, as novas concessões para outros bens duráveis (móveis e eletrodomésticos) tiveram retração de 4,7%; para imóveis, de 17,1%, segundo o BC.

Para Fabio Barbosa, presidente da Febraban (associação dos bancos) e do Santander, a oferta de crédito "está se normalizando" e os bancos "estão indo atrás do cliente", que segue rediscutindo planos de consumo e de investimento. "Já existe uma oferta bem maior [de crédito]. Obviamente, as empresas estão reprogramando seus investimentos, e as pessoas se retraíram. Agora que o cenário se apresenta um pouco melhor, a concorrência volta. A hora é agora de mostrar ao cliente a condição que você tem de apoiá-lo no seu plano de investimento ou de consumo."

Segundo Marcio Percival, vice-presidente da Caixa Econômica Federal, a maioria dos bancos privados perdeu espaço ao reduzir a oferta de crédito na crise. Para Percival, essas instituições buscam agora retomar o mercado perdido. "A gente cresceu porque nossas taxas ficaram estáveis. O desafio agora é fidelizar o novo cliente. A concorrência vai se acirrar", disse.

"A crise já está no retrovisor. A perspectiva de aumento da demanda para o crédito é positiva, e as taxas de inadimplência estão sob controle", disse ontem Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.

Os bancos argumentam que o alongamento de prazos decorre da expectativa de melhora na economia e de uma certa estabilidade na inadimplência -cresceu de 5% para 5,2% de março para abril. (Leia mais na Folha)

Para OMS, óculos evitaria perda anual de US$ 121,4 bi em produtividade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apareceu com uma nova ideia para gerar "enorme ganhos econômicos" nestes tempos de crise: que as empresas deem óculos para cerca de 150 milhões de pessoas com deficiência visual.

Um estudo publicado no jornal de saúde pública internacional da OMS estima em US$ 121,4 bilhões, no mínimo, a perda potencial de produtividade econômica no mundo anualmente, por causa de empregados que não enxergam bem com idade entre 16 e 50 anos.

A distribuição de um par de óculos apropriado, mesmo custando até US$ 1 mil por pessoa, ainda gera ganho econômico líquido, nas conclusões do doutor Tanasee Smith, da Bloomberg School of Public Health, dos EUA, que fez o estudo com entidades da Austrália e da África do Sul. (Leia mais no Valor)

Crédito a empresas deve passar por retomada

Depois de um início de ano com quedas no saldo de crédito para pessoa jurídica, o pequeno e médio empresário parece estar retomando confiança no cenário macroeconômico para voltar a investir. Esta é a conclusão da pesquisa de confiança dos empresários de pequenos e médios negócios no Brasil (IC-PMN), divulgada pelo Insper (ex-Ibmec São Paulo) e Grupo Santander Brasil.

Segundo os dados do levantamento, o índice apontaria uma tendência de perspectiva otimista para o terceiro trimestre do ano. Em uma escala de 0 a 100, em que 50 seria a neutralidade, o IC-PMN alcançou 64,3 pontos, ante 57,2 na medição na medição anterior, referente ao segundo trimestre do ano.

Para o vice presidente de Produtos Pessoa Jurídica Varejo do Banco Santander, Ede Viani, a demanda por crédito foi muito impactada pela turbulência econômica, porém é esperado uma reativação junto com a melhora da economia. O executivo diz ainda que o banco notou que, nesse cenário em que muitas empresas que estavam financiando seu crescimento, precisaram de uma readequação de prazos.

"Muitos setores tiveram de readequar seu fluxo de caixa por conta da crise. O que fizemos nesses casos foi alongar os prazos de pagamento para se adequar ao caixa", diz.

O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, confirma que já há sinais de uma certa retomada da expansão do crédito no País. "Houve uma maior cautela por parte do tomador com o crescimento do desemprego, porém os últimos números, de abril, já mostram um crescimento do crédito ao consumo para indivíduos e aumento da média diária na pessoa física."

Para empresas, completa ele, o resultado ainda está um pouco abaixo, porém já há indicadores de melhora. "Indicações preliminares das instituições financeiras apontam para essa retomada no crédito também na pessoa jurídica", antecipa.

Segundo dados do Banco Central, o crédito para pessoa física teve um crescimento de 5,2% até abril de 2009, em relação à dezembro do ano passado, a saldo de R$ 286,7 bilhões. Só em abril, o crescimento foi de 1,8%, ante março. A média diária das concessões teve um incremento de 7,6% em relação à março, a R$ 2,679 bilhões em crédito concedido por dia.

Na pessoa jurídica, no entanto, houve um recuo de 0,5% no saldo de abril ante o mês anterior e de 1,3% no ano, a R$ 386,267 bilhões. Na média diária, a queda foi de 2,2% em relação à março, com R$ 4,485 bilhões concedidos por dia.

Para o professor e pesquisador do Centro de Pesquisas em Estratégia José Luís Rossi, o índice mostra essa tendência de melhora. "A perspectiva de investimentos da indústria melhorou para o próximo trimestre. Ainda não vai chegar aos níveis de 2008, mas já há melhora em relação ao segundo trimestre", diz. O IC-PMN apontava uma perspectiva de investimentos de 56,3 pontos no segundo trimestre, próximo à neutralidade. Para o período de julho a setembro, chegou a 62,4 pontos, mostrando um crescimento no otimismo com a economia. (DCI)

Melhora confiança entre pequenas empresas e médias empresas

O pequeno e médio empresário brasileiro está mais confiante e espera um terceiro trimestre melhor e menos sujeito à interferência da crise. Pesquisa realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper, nova denominação do Ibmec São Paulo) e pelo banco Santander aponta melhoria no grau de confiança dos dirigentes de pequenas e médias empresas em todo o Brasil.

O Índice de Confiança do Empresariado de Pequenos e Médios Negócios do Brasil (IC-PMN) na economia brasileira para terceiro trimestre deste ano, divulgado hoje, chegou a 64,3 pontos em uma escala de zero a cem - na qual zero é pessimismo absoluto e cem, otimismo total. O resultado, 12,4% melhor que o índice da pesquisa anterior, aponta um cenário mais promissor para esse segmento da economia, indica Danny Claro, professor e economista do Insper.

A expectativa para o segundo trimestre era de 57,2 pontos e havia recuado fortemente em relação aos 69,5 pontos de confiança da primeira amostragem do IC-PMN, de outubro do ano passado, realizada antes do agravamento da crise (em 15 de setembro, com a quebra do Lehman Brothers).

O otimismo é maior quando o empresário fala do próprio negócio. O índice de confiança na melhora do faturamento entre as empresas consultadas é de 69,5 pontos, ante 62,5 pontos no levantamento de março. As expectativas também são melhores para os investimentos (62,4 pontos contra 56,3 na pesquisa anterior), lucro (66,2 a 59,2), manutenção do emprego (58,1 a 52,6) e ramo de atividade (67,8 a 60,9).

Dividida por setores da economia, a pesquisa aponta maior otimismo no comércio em relação à indústria e aos serviços. O segmento obteve índice de 65,1 pontos, contra 57 pontos no levantamento anterior. De acordo com o pesquisador do Insper, isso pode estar ligado à retomada do crédito em relação ao aperto de liquidez do trimestre final de 2008, principalmente o financiamento ao consumo. A indústria subiu de 58,8 para 64,2 pontos e os serviços, de 56,9 para 62,8.

Por região, o Sudeste mostrou mais otimismo, com 64,2 pontos, ante 56,3 na pesquisa anterior e 68,4 em outubro de 2008. Para os analistas do Insper e do Santander, isso se deve à maior importância econômica da região, que acaba reagindo mais cedo e puxando o restante da economia.

No Nordeste ocorreu o menor crescimento do otimismo. A região passou de 58,8 pontos para 62,5 pontos. O Sul teve 63,2 pontos na pesquisa recente, ao passo que o Centro-Oeste ficou com 67,3 e o norte, com 72,6 pontos. (Leia mais em O Globo)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Aos poucos, o Brasil, através de políticas públicas, constrói suas próprias saídas para a crise financeira mundial

População está mais confiante no enfrentamento da crise financeira pelo governo, diz pesquisa

(Postado por Silvana Mesquita) Acompanho de perto essa percepção da população em relação ao governo Lula. O presidente foi um iluminado ao decidir abrir nossos mercados para a África e o Oriente, nos tornando mais independente dos Estados Unidos e Europa. Agora, que a crise chegou forte no hemisfério norte, nossas alianças comerciais, mais o vigor do nosso mercado interno e as políticas públicas adotadas estão protegendo nossa economia e nossos empregos. Em Guarulhos, por exemplo, onde sou vereadora, o prefeito Sebastião Almeida determinou que as empresas de ônibus contratassem cobradores, função que antes era acumulada pelos motoristas. E de uma vez só gerou mais de mil empregos. Minha atuação na Câmara dos Vereadores é pela contratação dos profissionais com deficiência, afinal todos nós, de certa maneira temos alguma deficiência, e as pessoas mais diretamenta afetada por uma deficiência física têm enorme potencial e precisam ter a oportunidade de mostrar seu valor profissional e social. Acredito, também, que vamos sair desta crise muito mais fortes como Nação. Vamos dar muito mais valor a quem produz e trabalha, pois a especulação no cassino mundial não deu certo.

Leia mais: A população está mais confiante nas medidas tomadas pelo governo em relação à crise financeira internacional, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes e do Instituto Sensus (CNT/ Sensus) divulgada hoje (1º).

Metade dos entrevistados responderam que o governo está lidando adequadamente com a crise, contra 40,1% na pesquisa anterior, feita em março.

O percentual dos que não consideram que o governo esteja lidando adequadamente com a crise ficou estável em 26,5%. E o percentual dos que não consideram que o governo esteja lidando muito bem com a situação ficou em 16,3%, sendo que, em março, esse índice foi de 26,4%.

Pouco mais de um terço dos brasileiros acredita que o Brasil está saindo da crise e 55,3% acreditam que o país ainda enfrenta problemas por causa da crise financeira internacional.

Metade dos brasileiros considera que o Brasil vai sair fortalecido da crise, contra 46,9% na pesquisa anterior. O índice de entrevistados que acham que o Brasil vai sair igual ao que estava antes da crise é de 14,5%, contra 21,8% na pesquisa anterior e 19,7% disseram que o Brasil vai sair enfraquecido, contra 23% em março.

Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, os números positivos mostram que a percepção da população sobre a crise é de que ela é um fenômeno “fundamentalmente internacional”. “A crise tem reflexo no Brasil, mas o governo está lidando de forma adequada”, disse.

Além da crise, a pesquisa também mediu a percepção da população sobre como o governo está lidando com a gripe A (H1N1) – gripe suína. Para 61% dos entrevistados, o Brasil está preparado para lidar com a doença e para 33,5%, o país não tem condições de lidar com o surto da gripe. O percentual dos que não responderam ou não sabem é de 5,5%.

A pesquisa também questionou se os entrevistados tinham algum conhecimento sobre a gripe suína e 73,4% disseram que têm acompanhado as notícias sobre o assunto; 24% disseram que ouviram falar sobre o assunto; 2% não têm acompanhado ou não ouviram falar e 0,7% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi realizada de 25 a 29 de maio nas cinco regiões do país. Foram entrevistadas 2.000 pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 3% e o índice de confiança, de 95% (Agência Brasil)

Governo quer acabar com o "gato" no campo
O presidente Lula deve lançar, em 15 dias, um projeto que, seguido à risca, poderá eliminar do setor sucroalcooleiro uma figura tida como responsável por parte dos problemas enfrentados por migrantes: o "gato".
Segundo o ministro interino da Secretaria Geral da Presidência, Antonio Lambertucci, a meta é valorizar boas práticas de trabalho nas usinas do país e dar prazo para quem está inadequado ajustar sua situação.
Lambertucci citou quatro problemas a serem resolvidos pelo setor. "A contratação do trabalhador deve ser direta, eliminando o intermediário nefasto [o "gato"], que tanto mal faz ao conceito do setor; contratar migrante por meio do Sine [Sistema Nacional de Emprego]; dar transparência na aferição da cana cortada e, finalmente, valorizar as negociações trabalhistas." (Leia mais na Folha)
Bill Clinton adverte: Brasil precisa provar que não desmata Amazônia para não ter barreiras comerciais
O Brasil vai ter que fazer a lição de casa sobre o meio ambiente antes de conseguir por fim às barreiras internacionais e ampliar suas exportações de biocombustíveis. Foi esse o recado dado nesta segunda-feira pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton durante o Ethanol Summit, a cúpula sobre biocombustíveis organizada pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.
O país terá primeiro que parar de desmatar a Floresta Amazônica, provar que sua agricultura é sustentável e, por fim, não prejudicar os países mais pobres, segundo Clinton.
- O problema é que se o Brasil exportar mais, vai plantar mais, e expandir suas fronteiras agrícolas. Com isso, vai expandir ainda mais o gado para a floresta. Vocês têm que provar antes que podem reduzir as emissões de gás carbônico sem afetar a sua própria sustentabilidade e ainda sem prejudicar os países mais pobres - disse Clinton, que frisou várias vezes a necessidade de o Brasil reduzir o impacto ambiental da sua agropecuária e do desmatamento, responsáveis por 75% das emissões de gás carbônico do país.
- O mundo inteiro vai pensar e vai apoiar se o Brasil conseguir resolver a equação com as suas florestas. Vocês terão o apoio do mundo todo se resolverem esse problema. Agora, vocês precisam realmente acreditar na inovação. Não têm que combater os carros elétricos, pois logo todos vão preferir os biocombustíveis.
- Vocês têm uma eficiência grande na redução de emissões dos transportes e na produção de energia a partir de hidrelétricas. Mas vocês são o oitavo maior país em emissões e estão próximos de Índia e China - disse Clinton.
- O fato é que a crise econômica mostra a nossa interdependência. Vivemos um momento muito instável. A desigualdade aumentou muito - lembrou, reafirmando que as mudanças climáticas e seus efeitos não podem mais ser ignorados. (Leia mais em O Globo)
Venda de veículos cresce 5,38%
As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no País subiram 5,38% em maio ante abril, para 246.981 unidades, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com maio de 2008, a alta é de 2,04% (DCI)
BRICs buscam alternativas para comércio internacional
Os países que integram o Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – pretendem desenvolver alternativas ao uso do dólar como moeda comercial. O tema foi largamente discutido durante reunião realizada neste fim de semana em Moscou, entre responsáveis pela área de assuntos estratégicos e conselheiros de segurança dos países que formam o grupo. O Brasil foi representado pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger.
Segundo o ministro, há grandes preocupações com o futuro do dólar entre os países integrantes do Bric. "A primeira está relacionada ao temor dos países com as grandes reservas em dólar. Eles correm o risco de ter desvalorizadas suas reservas a partir de uma eventual queda abrupta ou substancial da moeda norte americana”, disse o ministro nesta segunda-feira (1º), durante entrevista coletiva em seu gabinete.
Para Mangabeira Unger, os países do grupo estão convictos de que o mundo sofre com os efeitos de subidas e descidas econômicas na maior economia do planeta. “Todos sabemos que esses efeitos podem acabar agravados em muitos países, em decorrência dos problemas monetários de um único país. Isso representa risco para essas economias.”
A segunda grande preocupação dos países do Bric em relação ao dólar é que a moeda não seja substituída por uma burocracia monetária internacional, como um “banco central europeu global”, com poderes discricionários muito grandes.
“Há outras soluções que foram discutidas, como uma cesta de moedas reservas que valorize as moedas nacionais, ou a criação de uma 'quase-moeda', com direitos especiais de saques desenhados da forma mais simples e mecânica possível”, informou o ministro. “Mas é importante minimizarmos os poderes discricionários dos que administrariam esse grande sistema”, completou.
Mangabeira manifestou expectativa de que esse debate não agrave a volatilidade já existente em decorrência do momento de crise.
 “As grandes mudanças não ocorrem sem crise. O problema é que, quando há crise, costuma-se dizer que o momento é perigoso para fazer mudanças. Por esse raciocínio, as mudanças não poderiam ocorrer nunca, com ou sem crise. No entanto, mudanças ocorrem no mundo, e esse assunto precisa ser encarado”, argumentou Mangabeira Unger.
De acordo com o ministro, Brasil e China vêm operando, há duas semanas, um sistema inovador em matéria de compensações das transações comerciais, permitindo que cada parte receba os pagamentos em sua moeda local. “Os dois bancos centrais têm feito operações noturnas em caráter especial. Esse sistema de transações não passa pelo dólar”. (DCI)
Copa vai injetar R$ 155 bilhões na economia brasileira, diz FGV
Levantamento estima geração de 18 milhões de empregos até a partida final. A Copa do Mundo deverá injetar na economia brasileira pelo menos R$ 155 bilhões. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também projeta a geração de 18 milhões de empregos até a partida final, em 2014. (Zero Hora)