quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estamos indignados com desenvoltura dos banqueiros brasileiros em agir contra os interesses do País

Empréstimo ao consumidor terá prazo menor e juros mais altos

(Postado por Chiquinho Pereira) Esta notícia mostra que, infelizmente, os governos no Brasil continuam atrelados e submissos aos interesses dos banqueiros. Que sempre ganham. Na crise ou fora dela. E quando sofrem alguma ameaça de perda, lá estão os cofres públicos prontos para socorrê-los. Falta no Brasil uma alta dose de indignação com esse conluio entre banqueiros e governos. Os agiotas oficiais anunciam sem o menor constrangimento que vão reduzir prazos, aumentar juros, sem que o governo se manifeste. Usam e abusam da vinculação que têm (através de anúncios muito bem pagos) com a imprensa que apenas anuncia os verdadeiros ataques à economia popular, sem nenhuma dose de indiganção. Tudo orquestrado para que o sistema bancário continue ganhando em detrimento de seus correntistas, de seus trabalhadores e, principalmente, em detrimento dos cidadãos brasileiros. Há que se buscar um Estado mais inclusivo, que respeite e defenda os interesses da grande maioria da sociedade, incluindo aí a classe média, os trabalhadores na cidade e no campo, para criar uma resistência mínima que seja a tanta desenvoltura destes banqueiros-agiotas para ganhar de qualquer maneira às custas do povo brasileiro. Os trabalhadores, mesmo não tendo acesso aos empréstimos de agiotas oferecidos pelo sistema bancário, acabam pagando a conta com seus próprios empregos. Pois enquanto estes verdadeiros sangue-sugas da nossa economia, canalizam para eles e seus aliados grande parte da riqueza nacional, na outra ponta prejudicam os investimentos na produção, no financiamento dos serviços e na geração de crédito ao consumidor, geram reflexos diretos na geração de novos empregos. Ou seja, deixam o prejuízo para a classe trabalhadora. Mas a União Geral dos Trabalhadores está atenta e indignada. E trabalha a favor do Brasil, dos brasileiros, da inclusão social e deixa sempre clara sua indignação.

Leia mais: Segundo Anefac, não falta dinheiro, mas bancos temem impacto da crise no emprego e na renda.

O primeiro impacto da crise internacional para o consumidor brasileiro será o maior rigor dos bancos na concessão do crédito. Embora a expectativa de crescimento dos empréstimos continue em alta - pelo menos até dezembro -, as condições devem ficar menos favoráveis, com prazos mais curtos e juros maiores. "Empréstimos de 80 e 90 meses terão as parcelas reduzidas para entre 48 e 60 meses", diz o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo.

Ele explica que, nesse segmento, o principal fator de preocupação está associado à evolução de emprego e renda, que impacta diretamente os índices de inadimplência. O problema dos bancos, neste momento, não é falta de dinheiro para emprestar aos consumidores, mas a incerteza do que virá, destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

Segundo o executivo, do ponto de vista de capitalização, as instituições brasileiras estão muito bem e não teriam motivo para reduzir a oferta de crédito. "A maior preocupação é que toda essa turbulência afete a economia interna e mexa nos dois pilares de crescimento do crédito (emprego e renda), elevando o calote. Por isso, os bancos serão mais cautelosos e seletivos. Ninguém vai querer fazer um financiamento muito longo e correr o risco de ter prejuízo."

Nos últimos anos, a taxa de crescimento do crédito para pessoa física tem superado a casa de 30% ao ano e sustentado a forte expansão da economia interna. O movimento contribuiu para que o volume de crédito no País atingisse o recorde de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho deste ano, fato que contribuiu para o Banco Central (BC) manter o ciclo de aperto monetário.

A alta da taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, vinha encarecendo o crédito ao consumidor desde abril, quando a taxa estava em 12,25%. "Isso ajudou a amainar aquele ritmo frenético de crescimento de 2006 e 2007. O mercado continuará a crescer, mas de uma forma mais sustentável e saudável", destaca o presidente da Partner Consultoria, Álvaro Musa.

Hoje, com o agravamento da crise internacional, o custo dos empréstimos deve ficar mais salgado. Com o fechamento do mercado de capital externo e doméstico, as empresas vão recorrer mais ao sistema financeiro nacional para se financiar. Isso significa aumento de demanda e, conseqüentemente, de preços.

No primeiro semestre, os empréstimos para grandes companhias cresceram 30% em comparação com 2007 por causa das dificuldades de fazer captações no exterior. "Apesar das restrições, o cliente pessoa física tende a sofrer menos que empresas neste momento de maior turbulência no mercado internacional", diz Barbedo. (Leia mais no Estadão)

Indústria e comércio começam a rever planos para fim do ano

Uma notícia que chega pela metade. Onde estão as previsões de geração de emprego até o fim do ano? Enquanto não estiver na mesma notícia a geração de emprego e as consequências para o aumento do nível de consumo, por exemplo, significa que algo está faltando na notícia. Talvez falte mesmo é boa fé. Mas do lado da UGT o que não nos falta é atenção para estas manipulações cada vez mais primárias. Pois emprego é o que nos interessa.

Leia mais: Mesmo com a crise global afetando o crédito, analistas falam em crescimento de 6% das vendas em dezembro

Embalados pela expansão do mercado doméstico, vários setores da economia já vêem necessidade de ajustar os planos para enfrentar as conseqüências da crise financeira internacional. Indústria e comércio estudam a revisão de pedidos para o fim do ano, de um lado preocupados com a alta do dólar e de outro com a possibilidade de redução das encomendas.

Isso porque o crédito ao consumidor deve ficar mais escasso, com prazos mais curtos e juros maiores. No setor imobiliário, a turbulência não deve comprometer as operações, já que as principais fontes de crédito são internas, mas a alta dos juros pode produzir reflexos no futuro.

No front do agronegócio, além da possível redução na demanda mundial por alimentos, analistas acreditam que o financiamento privado para o plantio das lavouras em 2009 se tornará mais criterioso, trazendo mais dificuldades aos produtores.

A possibilidade de aperto no crédito ao consumidor preocupa o varejo, mas, apesar das incertezas, a crise internacional não deve estragar a festa de fim de ano, na visão de empresários do comércio e da indústria e de economistas.

A expectativa é de que o volume de vendas em dezembro cresça 6% ante igual período de 2007, calcula o diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, com base na Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro de 2007, houve alta de 9,5% em relação a 2006.

Mas não há dúvida de que o crédito será afetado. Embora a expectativa de crescimento dos empréstimos bancários continue em alta - ao menos até dezembro -, as condições devem ficar menos favoráveis, com prazos mais curtos e juros maiores. "Empréstimos de 80 e 90 meses terão as parcelas reduzidas para 48 e 60 meses", diz o vice-presidente do Bradesco, Norberto Barbedo.

O problema dos bancos, neste momento, não é falta de dinheiro para emprestar aos consumidores, mas incerteza em relação ao futuro, destaca o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

"O aumento dos juros é algo que pode ocorrer com a crise", diz Luís Antonio França, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A preocupação do setor imobiliário também é com o futuro. Segundo previsões da Abecip, os recursos da poupança - que hoje alimentam o crédito imobiliário, junto com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - devem se esgotar em dois anos.

A dificuldade de crédito também deve tirar o sono dos proprietários agrícolas. Além de uma possível redução na demanda mundial por alimentos, como reflexo do desaquecimento da economia global, bancos e tradings terão mais dificuldades para captar recursos no exterior, o que tornará o repasse de dinheiro aos produtores brasileiros mais seletivo.

"Para a safra que está sendo plantada, a crise americana não piora o que já estava ruim", diz André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult.

"A safra deste ano está sendo plantada com recursos próprios dos produtores, que tiveram lucro no passado e resolveram investir. Mas não há certeza de lucro com a safra do ano que vem", comenta Pessoa. (Leia mais no Estadão)

Anúncio do aumento real da aposentadoria para quem ganha mais de um salário mínimo só deve sair em agosto

O anúncio do reajuste acima da inflação, no ano que vem, para os 8,5 milhões de aposentados que ganham mais que o salário-mínimo só deve sair no início de agosto. O aumento depende de negociações entre Governo, centrais sindicais e entidades da categoria. Em reunião no dia 14 de julho, o líder do Governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e o ministro Luiz Dulci disseram que teriam a proposta no dia 3 de agosto.

Haveria acordo em conceder uma parte do crescimento do PIB de 2008, de 5,1%, aos aposentados. O crescimento da economia já é utilizado para reajustar o salário-mínimo.

Nas reuniões já realizadas, o Governo tem dito que gastaria R$ 7 bilhões no próximo ano, se desse o mesmo aumento do mínimo a todos os aposentados. Por isso, negocia para evitar a votação no Congresso do Projeto de Lei n 001/2007, do senador Paulo Paim (PT-RS), que estabelece essa relação.

Mas o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) diz que o Governo só dará aumento real aos aposentados se não houver nenhuma mudança no fator previdenciário. O relator do projeto que acaba com o redutor das aposentadorias, deputado Pepe Vargas (PT-RS), discorda.

- Posso assegurar que o aumento acima do INPC não está condicionado a perdas nas mudanças que estamos planejando no fator - diz o petista.

Outro ponto consensual da negociação seria a formação de uma mesa em 2010 para discutir valorização permanente das aposentadorias, como ocorreu com o salário-mínimo em 2006. (Leia mais em O Globo)

Em meio à crise, setor de serviços puxa criação de vagas formais

Em meio à crise mundial, o setor de serviços é o que está impulsionando o mercado de trabalho no Brasil. Nele, se deu o maior número de contratações no primeiro semestre deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, sustentando o saldo total de abertura de vagas no período, de 299.506. Dessas, 266.612 novas vagas foram nos serviços.

Os principais subsetores responsáveis pelas contratações foram ensino e alojamento e alimentação, aponta reportagem publicada na edição do GLOBO desta terça-feira das repórteres Danielle Nogueira, Erica Ribeiro e Fabiana Ribeiro.

Especialistas mostram que o movimento tem sido influenciado por um aumento no número de instituições de ensino e por expansão de negócios no setor hoteleiro, além do bom desempenho do setor de alojamento e alimentação.

Como tem menor exposição à crises externas e menor dependência de crédito, o setor de serviços reagiu melhor neste cenário de turbulência. Além disso, foi favorecido pelo aumento real da renda do trabalhador. (Leia mais em O Globo)

'Só quem passou fome sabe a dor de ver os filhos...'

Uma das três perguntas respondidas por Lula em sua coluna semanal "O Presidente Responde" publicada por mais de 120 jornais:

Rafael Pessotti Gallo, 25 anos, auxiliar de câmbio de São Paulo (SP) – O Bolsa Família aumenta os impostos para todos para beneficiar famílias. Tem gente fazendo mais filhos para aumentar o benefício. Porque você não dá a vara, ao invés do peixe? No futuro, as crianças estarão como os pais, prontas para receber o Bolsa Família. 

Rafael, o Bolsa Família também ensina a pescar, porque os beneficiados têm que comprovar os cuidados com a saúde e a freqüência escolar dos filhos. Além disso, temos um programa de capacitação nas áreas de construção civil e turismo, que é muito concorrido.

Mas também precisamos dar o peixe. Só quem passou fome sabe a dor de ver os filhos sem ter o que comer.

As pessoas precisam de condições mínimas para se desenvolver, para mudar de vida, para aprender, inclusive a pescar.

A sua afirmativa de que tem gente fazendo filhos para receber um benefício maior não procede.

Há um limite claro para o número de filhos. São, no máximo, três filhos até 15 anos e dois entre 16 e 17. Há ainda o teto de R$ 182,00 para famílias com renda mensal até R$ 69,00 por pessoa ou de R$ 120,00 para aquelas com renda mensal de até R$ 137,00 por pessoa.

É um programa modelo de inclusão. Hoje, são 11,6 milhões de famílias beneficiadas. Agora, elas podem comprar no comércio, aquecendo a economia local e gerando crescimento e empregos em favor de toda a sociedade. (Blog do Noblat)


terça-feira, 21 de julho de 2009

Governo e trabalhadores já fizeram todos os sacrifícios possíveis para superar a crise; agora, é a hora dos demais setores agirem

BB coloca R$ 150 mi em fundo para pequena e média empresa

(Postado por Laerte Teixeira da Costa) Vejo aí o indíncio de uma boa notícia. Para se transformar mesmo numa notícia que seja resultado de um novo avanço na economia, o governo brasileiro tem que envolver os bancos privados. De uma maneira direta, clara e com critérios de avaliação dos respectivos desempenho. Não basta apenas liberar o compulsório dos bancos privados, como já fez, e deixar a critério deles onde e como aplicar. Vai terminar de novo em aplicações em títulos do tesouro. Se ampliar a disponibilidade de crédito para a pequena e média empresas, as grandes geradoras de novos empregos, aí sim, teremos uma boa notícia. Por enquanto é apenas torcida.

Leia mais: Lançamento deve ser em agosto; Lula quer que banco amplie atuação externa.

O Banco do Brasil irá colocar R$ 150 milhões no novo fundo garantidor anunciado pelo governo para tentar reduzir o custo dos empréstimos para pequenas e médias empresas. Segundo o presidente da instituição financeira, Aldemir Bendine, a previsão é que o fundo seja lançado no mês que vem.

"O fundo pode chegar a até R$ 2,5 bilhões. Já foi feito aporte do governo de R$ 500 milhões aproximadamente [do Tesouro] e o Banco do Brasil vai colocar mais R$ 150 milhões. Mas, à medida que haja demanda, a gente vai ampliando esse fundo", disse Bendine.

A ideia do governo é que, como os bancos que quiserem garantir suas operações terão de fazer aportes de, no mínimo, 0,5% do valor que desejarem proteger contra risco de calote, o capital do fundo irá se expandir naturalmente. Além disso, será cobrada uma taxa sobre o montante de cada operação garantida. (Leia mais na Folha)

Governo decide não cortar nem liberar mais recursos em 2009

O governo federal já fez o que tinha que fazer. Agora é fazer a dura lição de casa e cortar os próprios gastos. É hora de racionalizar e ao mesmo tempo priorizar os gastos públicos. Apostar de maneira decidida em infra-estrutura, em saúde e educação. E exigir, como deveria ter feito, contrapartida social dos grupos económicos que foram beneficiados pela renúncia fiscal.

Leia mais: Em relatório de avaliação fiscal do 3º bimestre, Planejamento mantém previsão de crescimento de 1% no ano.

O governo decidiu que não vai promover cortes adicionais, nem liberar mais recursos do Orçamento de 2009, segundo informa o relatório de avaliação fiscal do terceiro bimestre, encaminhado nesta segunda-feira, 20, ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento.

Em comparação com o relatório do segundo bimestre, divulgado em maio, a expectativa de arrecadação das receitas administradas diretamente pela Receita Federal do Brasil (exceto contribuições à Previdência) caiu R$ 7,3 bilhões, principalmente devido ao desempenho fraco do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto sobre Importações (II). A queda é explicada pelo "esfriamento" da atividade econômica e pelas desonerações promovidas pelo governo.

Em contrapartida, receitas da União que não são tributos apresentaram um aumento de R$ 4,1 bilhões - dos quais R$ 3 bilhões referem-se a dividendos pagos ao governo federal. Da queda de receitas primárias de R$ 3,2 bilhões, perto de metade - R$ 1,4 bilhão - vai impactar os cofres de Estados e municípios na forma de menores transferências dos Fundos de Participação.

Para a União, a perda de receita líquida ficou em R$ 1,8 bilhão. Apesar dessa queda, avaliou-se que não são necessários novos cortes na programação de gastos, porque a estimativa de despesas também apresentou uma ligeira queda, de R$ 406,7 milhões. Além disso, as contas da Previdência apresentaram melhora, de forma que a projeção de déficit ficou R$ 1,349 bilhão menor do que no relatório de maio.

PIB — Além disso, o governo manteve a projeção para o crescimento econômico em 2009 em 1% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão é igual a projeção que consta do relatório do segundo bimestre. O valor nominal do PIB, no entanto, sofreu uma pequena redução, de R$ 3.055,9 bilhões para R$ 3.047,2 bilhões. (Leia mais no Estadão)

Em meio à crise, setor de serviços puxa criação de vagas formais

Sem novidades. O setor de serviços responde por mais de 50% da economia. E portanto, lidera para o bem e para o mal. A recuperação do setor de serviços tem que ser sustentada pela recuperação do setor industrial e pela geração de empregos com salários decentes. Só assim vamos criar o círculo virtuoso de superação da atual crise.

Leia mais: Em meio à crise mundial, o setor de serviços é o que está impulsionando o mercado de trabalho no Brasil. Nele, se deu o maior número de contratações no primeiro semestre deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, sustentando o saldo total de abertura de vagas no período, de 299.506. Dessas, 266.612 novas vagas foram nos serviços.

Os principais subsetores responsáveis pelas contratações foram ensino e alojamento e alimentação.

Especialistas mostram que o movimento tem sido influenciado por um aumento no número de instituições de ensino e por expansão de negócios no setor hoteleiro, além do bom desempenho do setor de alojamento e alimentação.

Como tem menor exposição à crises externas e menor dependência de crédito, o setor de serviços reagiu melhor neste cenário de turbulência. Além disso, foi favorecido pelo aumento real da renda do trabalhador. (Leia mais em O Globo)

Sensor Ipea: expectativas melhoram pelo 4º mês seguido

Setor produtivo se mantém apreensivo em relação ao desempenho da economia para os próximos 12 meses.

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o setor produtivo se mantém apreensivo em relação ao desempenho da economia brasileira para os próximos 12 meses, embora as expectativas venham melhorando de forma ininterrupta desde o mês de março. O Sensor Ipea de junho atingiu 9,82 pontos, ante 7,79 pontos em maio. A pesquisa, que teve início em janeiro deste ano, é realizada mensalmente com 115 entidades representativas dos setores agropecuário, indústria, comércio e serviços e trabalhadores que representam 80,2% do PIB brasileiro. Leituras entre 20 pontos negativos e 20 pontos positivos indicam apreensão; entre 20 e 60 pontos, confiança; de 60 a 100 pontos, otimismo, entre -20 e -60, cenário adverso; e entre -60 e -100, pessimismo.

Segundo o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, o quadro de apreensão indica que ainda há dúvidas sobre o cenário futuro da economia brasileira, mas isso não significa que o setor produtivo projete uma situação adversa para os próximos 12 meses. Segundo ele, o indicador está se recuperando de forma acelerada nos últimos meses. Pochmann destacou que o setor industrial, o mais atingido pela crise, é o que tem apresentado mais rapidez na melhoria de suas expectativas.

"As expectativas estão certamente ancoradas no que vem ocorrendo no Brasil no segundo trimestre deste ano, em que há melhoras consideráveis sob o ponto de vista da ampliação do setor terciário. O comércio vem vendendo mais, os serviços também, e a indústria, de maneira geral, apresenta uma melhora, embora esteja claro que a indústria ainda sofre com a crise", afirmou Pochmann. "Embora haja realidades diferentes para setores e regiões brasileiras, há uma convergência na ideia de que o País deverá ter um resultado melhor, especialmente no segundo semestre do ano em relação ao que foi o fim do ano passado e o início deste ano", acrescentou.

Dos quatro itens que compõem o setor, a melhor avaliação aparece em parâmetros econômicos, que atingiu 50,19 pontos. É o único dos componentes que já se encontra no patamar da confiança e diz respeito às expectativas dos entrevistados para inflação, juros e câmbio. O item desempenho das empresas ficou com 5,49 pontos negativos. Ele mede as expectativas dos consultados em relação à demanda, situação financeira e ampliação da capacidade do setor. Apesar do resultado fraco, o indicador melhorou pelo quarto mês consecutivo. (Leia mais no Estadão)

INSS vai pagar atrasados para 68.097 aposentados

Os aposentados e pensionistas que ganharam ações de concessão ou revisão do benefício previdenciário em junho começam a receber os atrasados a partir do dia 10 de agosto.

O Conselho da Justiça Federal (CJF) liberou R$ 353,9 milhões para pagamentos de atrasados a 68.097 aposentados em todo o país.

Do total de beneficiados, 12.775 são dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, área de atuação do Tribunal Regional Federal da 3 Região (TRF-3). Para esses estados, foram liberados R$ 99,7 milhões, o que dá uma média de R$ 7.801,25 por segurado. O valor será corrigido de acordo com a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Especial (IPCA-E) de junho.

Os beneficiados serão avisados por carta que será enviada pela Caixa Econômica Federal, em papel timbrado do banco e do TRF-3.

Para receber o dinheiro, o segurado deverá comparecer na agência e data indicadas na correspondência, munido de identidade e comprovante de endereço (contas de água, de luz ou de telefone).

Quem não puder ir no dia agendado, deverá remarcar o atendimento pelo telefone informado na carta.

O crédito é realizado por meio de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), com valor máximo de 60 salários-mínimos, o equivalente hoje a R$ 27.900.

Caso o segurado tenha direito a atrasados acima desse valor, ele pode abrir mão do excedente ou optar por receber por meio de precatório. Enquanto as RPVs são pagas em até 60 dias, o precatório demora, no mínimo, um ano.

Quem quiser consultar a situação do processo, pode checar o andamento pela internet. As ações julgadas no estado de São Paulo ficam disponíveis no site do TRF 3.

Para este ano, a Justiça reservou R$ 6 bilhões para pagamento de atrasados previdenciários.

Desse total, R$ 2,9 bilhões vão para quitar precatórios acima de 60 salários-mínimos. Outros R$ 2,7 bilhões são para pagar RPVs. Os tipos mais comuns de revisão são as da URV e ORTN. (Leia mais em O Globo)