quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Irrigar om crédito, incentivos e subsídios as micro e pequenas empresas para ampliar a oferta de empregos e de oportunidades

Micro e pequenas são 99% das empresas do país, diz Sebrae

(Postado por Laerte Teixeira da Costa) — A produção brasileira, a geração de empregos, a iniciativa dos empreendedores do país estão inseridas nas micro e pequenas empresas. É aí que está o presente e o futuro do Brasil. Por isso, o governo federal, os governos estaduais e municipais têm que reconhecer, de uma vez por todas, a importância do micro e pequeno empresário. E em vez de ficar fornecendo crédito para grandes indústrias e para multinacionais, deve priorizar o micro e pequeno empreendedor. A UGT defende esse pessoal pois são eles os grandes geradores de empreos formais do Brasil. Por isso, insistimos em políticas públicas para o setor.

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Nesta segunda-feira é comemorado o dia da micro e pequena empresa.
Segundo o órgão, elas respondem por mais de 50% dos empregos formais.

As micro e pequenas empresas, cujo dia é comemorado nesta segunda-feira (5), representam 99% das pessoas jurídicas instaladas no país e respondem por mais de metade dos empregos formais da economia, segundo informações do ServiçBrasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O dia das Micro e Pequenas empresas surgiu em 1999, marcada pela vigência do primeiro Estatuto Nacional do setor.

"A recente crise econômica internacional demonstrou a força e o potencial do segmento. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que, mês a mês, foram as empresas menores que seguraram o emprego no País durante a crise", informou o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

Somente em agosto, por exemplo, as microempresas, aquelas com até 19 trabalhadores, foram responsáveis por 56,39% dos 242.126 empregos criados no mês, informou o Sebrae.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que a adoção do sistema 'Simples', que permite o pagamento de um único tributo pelas micro e pequenas empresas, foi uma "grande vitória".

"E podemos fazer mais, especialmente para o setor produtivo, mas este não deve ser um esforço apenas do governo federal. Porque reduzir apenas os impostos federais? Vamos debater também a redução dos tributos estaduais e das contribuições (dos empregadores) ao Sistema S", disse o ministro nesta segunda-feira (5). (Leia mais no G1)

Comissão de Assuntos Sociais do Senado debaterá redução da jornada de trabalho, contribuição assistencial e a regulamentação da profissão de comerciário

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta terça-feira (06) quatro requerimentos para realização de audiências públicas, entre eles o que propõe o debate sobre a redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

O vice-presidente da Comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), apresentou proposta de emenda à Constituição PEC (75/03) nesse sentido, atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Conforme a proposta, a jornada de trabalho normal não poderá ser superior a quarenta horas semanais, diminuindo gradativamente e anualmente em uma hora por ano até o limite mínimo de 36 horas. Paim informou ter outros projetos de sua autoria sobre o tema em tramitação. Um deles é o PLS 226/07, pelo qual a jornada do trabalhador rural que executa o corte de cana-de-açúcar seria de quarenta horas semanais.

Atualmente tramita na Câmara a proposta de emenda à Constituição (PEC) 231/95, aprovada pela comissão especial, em 30 de junho. A PEC reduz a jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40, além de elevar o valor do acréscimo da hora extraordinária de 50% para 75% sobre o valor da hora normal.

- A PEC na Câmara surgiu de uma proposta apresentada por mim e Inácio Arruda [PCdoB-CE]. A ideia é buscar um grande entendimento entre empresários e trabalhadores na busca por mais postos de trabalho. O Senado tem que entrar nesse debate na busca de consenso entre os três [governo, trabalhadores e empresários].

Comerciário — Também foi aprovado requerimento da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) propondo discussão sobre a regulamentação da profissão de comerciário, com o objetivo de instruir os projetos de lei (PLS 115/07 e PLS 152/07) que tratam do assunto. Para tanto, foram convidados representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT); daForça Sindical; da União Geral dos Trabalhadores (UGT); da Central dos Trabalhadorese Trabalhadoras do Brasil (CTB); da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC); e o presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio no estado de Santa Catarina, Francisco Alano.

Contribuição assistencial — Também foi aprovada audiência a ser realizada no âmbito, da Subcomissão de Emprego e Previdência, para debater a contribuição assistencial aos sindicatos. A matéria (PLS 248/06) já foi aprovada pela CAS, porém vem sendo questionada pelas centrais sindicais, conforme informou Paim, autor do requerimento.

- Enquanto vislumbramos o empenho do governo em dar resposta ao sistema sindical do Brasil, principalmente quanto a representatividade dos empregados,o Legislativo Casa que possui legitimidade para discutir o tema não pode se furtar em fazê-lo - declarou. (Agência Senado)

UGT reúne dirigentes sindicais para discutir políticas públicas

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizará, amanhã, encontro de dirigentes sindicais com o tema “Os desafios do movimento sindical frente à atual realidade política, social e econômica”. O evento será na Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar de Bauru, das 9 horas às 18 horas, e contará com palestrantes renomados e lideranças da executiva nacional da central.
A previsão da organização é que participem do encontro cerca de 100 dirigentes sindicais, além de autoridades convidadas. O evento é aberto a todos os dirigentes, independentemente da central a qual ele seja filiado. De acordo com a UGT, a diversidade e a importância dos temas que serão debatidos como desafios do movimento sindical, elementos do neoliberalismo e os efeitos negativos para a luta sindical, retrospectiva do movimento sindical no Brasil”, entre outros, são pertinente a todos os líderes e comum a todos os trabalhadores.
A programação reúne palestrantes como Francisco Pereira de Souza Filho, conhecido no meio sindical como Chiquinho Pereira, que fará a abertura do encontro. Chiquinho é um dos principais líderes sindicais responsáveis pela criação da UGT, secretário Nacional de Organização e Políticas Sindicais da central, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, dirigente do PPS e sindicalista atuante desde o início da década de 1970.
Outro palestrante conhecido é Reginaldo Lourenço Breda, que falará por volta das 11h. Breda é secretário de Formação da UGT, é também secretário de Esportes de Rio Claro e Presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Claro e região. As atividades do período da manhã encerram com a palestra de Erledes Elias da Silveira. Mestre em educação e formador na área político-sindical credenciado pela Confederación Mundial del Trabajo (CMT) e Central Latinoamericana de Trabajadores (CLAT), Silveira tem especialização em Sistema Financeiro: Investidores Institucionais – Fundos de Pensão.
No período da tarde, outro palestrante que marcará presença no evento é Natal Léo, coordenador do Departamento de Formação Sindical da Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes no Estado de São Paulo (Femaco) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Prestadores de Serviço (Contrapres). Ele é também presidente da Comissão Estadual de Emprego e da Comissão Municipal de Emprego. Léo é também, coordenador Geral do Sistema “S” pela UGT.
A UGT nasceu há cerca de dois anos da união de várias centrais sindicais. Presidida por Ricardo Patah, que é também o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, a UGT já é a terceira maior central sindical do País, reunindo cerca de 6 milhões de trabalhadores que estão filiados a aproximadamente 800 sindicatos de diversos setores de produção.
Na região de Bauru, 90% dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais já são filiados à organização, além de outros, como Sindicato do Servidor Público do Sistema Penitenciário Paulista, Sindicatos dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde e Sindicatos dos Bancários de Jaú, Marília e Lins. (Jornal da Cidade, de Bauru)

Comércio nacional fecha setembro com estabilidade, diz Serasa

A atividade do varejo nacional fechou setembro sem variação em relação a agosto, mês em que havia aumentado 0,7%. O Indicador de Atividade do Comércio, medido pela Serasa Experian, vinha apresentando alta há sete meses consecutivos e retoma nesta edição o comportamento verificado em janeiro deste ano.

Na medição do mês passado, três dos seis setores pesquisados apresentaram baixa em relação a agosto. Assim, nem mesmo a alta de 6,5% nas vendas de veículos, motos e peças foi suficiente para compensar outras baixas como a retração de 2,1% no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. No setor de material de construção o recuo no nível de atividade foi de 0,3%, enquanto no segmento de móveis houve recuo de 0,6%.

Na ponta positiva, o setor de combustíveis e lubrificantes registrou aumento de 1% nas vendas, enquanto o comércio nacional de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas fechou o mês praticamente estável, com alta de 0,1%.

No acumulado deste ano, a atividade varejista no país registra aumento de 4,4% até setembro. No confronto com o mês de setembro de 2008, a alta foi de 5,6%, o que representa uma desaceleração frente ao aumento de 6,3% na comparação entre os meses de agosto deste ano e de 2008.

Para os técnicos da Serasa Experian, o fim do ciclo de cortes da taxa de juros, bem como de alguns estímulos fiscais de combate à crise devem justificar, a partir de agora, taxas mensais de crescimento menos intensas do que a média registrada no período de maio a agosto deste ano, cuja média foi de 1,1% ao mês. (Valor)

Rio 2016: Lula diz que crescimento da economia pode transformar favelas em bairros em até 10 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva previu neste sábado que, se a economia brasileira crescer por sete anos consecutivos e com investimentos públicos, as favelas do Rio de Janeiro e do Brasil podem se transformar em bairros no prazo máximo de uma década. As declarações foram feitas esta manhã em Copenhague (madrugada no Brasil) durante uma entrevista de avaliação da vitória do Rio na disputa pelos Jogos Olímpicos de 2016. Lula, no entanto, ressaltou que a solução não é remover favelas:

- Se o Brasil continuar crescendo, gerando emprego e distribundo renda durante sete anos consecutivos, você pode ficar certo que aquele povo que mora em barracos constrói casas de alvenaria. E as favelas vão virar bairros, com ruas e casas iluminadas. Estamos com investimentos imensos em todas as capitais do país e não apenas no Rio de Janeiro por causa de Olimpíadas ou da Copa do Mundo.

Segundo Lula, os visitantes do Brasil têm que conhecer a realidade do país assim como ele é, sem esconder a pobreza:

- Nós não somos daqueles governantes que quando vêm uma autoridade estrangeira tiram pobre da rua. Os pobres fazem parte desse país e queremos trabalhar para deixar de ser pobre. Não escondendo, mas dando oportunidade para que se formem e trabalhem. Não vamos jogar isso na responsabilidade de fazer Olimpíadas ou a Copa do Mundo. Isso é de responsabildiade da nossa governança e de quem vier depois de nós. Peço a Deus que, quando começarem as Olimpíadas, tenhamos menos gente morando em condições inadequadas que em relação a hoje - disse o presidente.

Já o governador Sérgio Cabral lembrou que o projeto do Rio para as Olimpíadas não se comprometeu a acabar com favelas.

- A Olimpíada não se comprometeu a acabar com favela. E é importante saber que as favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Pernambuco são resultado da crise financeiria que o Brasil viveu por décadas. (Leia mais em O Globo)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Se queremos um bom desempenho nas Olimpíadas de 2016 temos que combater a desigualdade social já

Brasil é 7º mais desigual do mundo. Mortalidade infantil ainda preocupa

Há dois anos, desde a sua fundação, a UGT defende a bandeira da inclusão social pois temos consciência que a atual situação de altíssima concentração de renda só será resolvida com políticas públicas pró-ativas a favor da inclusão social. O governo do presidente Lula já se esforça neste sentido com os aumentos reais do salário mínimo e com o Bolsa Família. Mas temos muito o que fazer porque as barreiras da desigualdade são imensas e colocam de um lado um por cento da população, ou seja, 190 mil pessoas controlando a metade de nossa riqueza. E do outro lado 99% dos brasileiros com o resto da riqueza e de toda a pobreza. Temos que mudar essa situação e buscar políticas que atuem o Estado e a sociedade civil, os trabalhadores e suas centrais, os partidos políticos e as igrejas para minorar essa tragédia que afeta o Brasil desde o seu descobrimento.

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Uma das principais mazelas da sociedade brasileira, a desigualdade ainda assombra os indicadores de bem-estar da população e arranha a imagem do país no mundo.Reportagem de Vivian Oswald, publicada nesta terça-feira pelo Globo, revela que os 10% mais ricos da população brasileira têm renda 40,6 vezes superior aos 10% mais pobres. Somente sete países entre os 182 analisados pelo Programa das Nações Unidas (Pnud) apresentam resultados piores do que o Brasil neste quesito. No entanto, este ano, mais do que a renda, a expectativa de vida dos brasileiros foi apontada como vilã dos passos lentos de crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Na desigualdade, nem Níger e Serra Leoa, os últimos do ranking do IDH apresentam situação semelhante. No primeiro, os 10% mais ricos ganham 15,3 vezes mais que os 10% mais pobres. No segundo, o valor é de 12,8 vezes. A Namíbia é o país que registra a maior desigualdade (106,6 vezes). Seguida por Bolívia ( 93,9), Comores (60,6), Colômbia ( 60,4), Haiti (54,4) e Panamá (49,9)

O governo aponta os dados do crescimento da renda como fator de melhoria na situação social e na redução destas diferenças. O problema do Brasil, para especialistas, é a falta de interação entre as políticas.

- Desde meados da década passada tivemos avanços sobretudo em saúde e educação. Nos últimos dez anos foi na redução das desigualdades. Estamos na direção correta, melhorando a distribuição de renda e crescendo no IDH de longo prazo - disse o diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), André Urani.

No entanto, entre as famílias 20% mais pobres do país morrem 99 em mil crianças de até cinco anos. A estatística aumenta para 119 óbitos em mil quando tomadas famílias em que as mães são analfabetas. Trata-se de índices africanos, segundo o Pnud. Entre os 20% mais ricos, as mortes caem a 33 por mil. (Leia mais em O Globo)

Caixa libera R$ 20 bi para micro e pequena empresa

Como participante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social a UGT sempre prega a necessidade de fazer chegar o crédito às micro e pequenas empresas. Nestas empresas que estão os empregos. Temos que incluir com urgência os setores de serviços e o comércio que foram sempre deixados de lado com a prioridade que se dá para o setor industrial. Temos que lembrar sempre e insistir sempre que estamos no Século 21, o século dos serviços, e os governos e bancos oficiais, pelo menos, têm que levar em conta a importância social e econômica dos setores de comércio e serviços.

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A Caixa Econômica Federal liberou R$ 20 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas. O recurso está disponível nas agências do banco a partir de hoje, Dia da Micro e Pequena Empresa, até o final de dezembro. O dinheiro será ofertado em linhas de capital de giro e de antecipação de receitas.
De janeiro a agosto deste ano, a Caixa disponibilizou R$ 18,24 bilhões em crédito para esse setor, o que representa um crescimento de 16,85% em relação ao mesmo período de 2008. Segundo o banco, a expectativa é fechar 2009 com R$ 38,24 bilhões emprestados - 56% a mais que no ano passado. (Leia mais no Estadão)

Inflação de setembro foi maior para mais pobres, afirma Dieese

Itens que mais pesam para as classes baixas, como Alimentação, Habitação e Transporte, têm alta expressiva

O custo de vida na capital paulista medido pelo Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou uma taxa maior para as famílias de menor renda em setembro, de 0,31% (R$ 377,49 em média), enquanto o índice pleno fechou em 0,27%. De acordo com o Dieese, as famílias mais pobres foram mais prejudicadas porque os produtos que mais subiram são os que mais pesam no seu orçamento. Alimentação subiu a 0,51%, Habitação elevou para 0,39% e Transporte acelerou para 0,50%.

No grupo Alimentação, a maior alta foi detectada nos produtos in natura e semielaborados, com alta de 1,09%. Os produtos da indústria alimentícia subiram 0,11% e a alimentação fora de domicílio, pouco utilizada pelas famílias mais pobres, ficou praticamente estável, com variação de 0,02%. As frutas e legumes subiram 6,11%, raízes e tubérculos subiram 5,09%. Os destaques foram para limão (57%), mamão (16,70%), berinjela (18,41%), tomate (12,57%), cebola (8,56%) e batata (6,71%).
No grupo Habitação, o aumento foi puxado pelo subgrupo Locação, Impostos e Condomínio, com alta de 0,95%, devido, principalmente, ao reajuste de 1,57% no aluguel. A operação do domicílio subiu 0,22%, provocada pelo aumento da tarifa de água de 4,51% a partir da segunda quinzena do mês passado. Isso significa, de acordo com o Dieese, que o ICV sofrerá ainda impacto da conta de água no mês de outubro.
Já para as famílias de extrato de renda intermediário, que recebem mensalmente R$ 934,17, o ICV apresentou uma variação de 0,26% no mês passado, abaixo da inflação cheia do mês. Para as famílias com renda mensal de R$ 2.792,90, o custo de vida subiu 0,27%, a mesma variação do índice cheio. (Leia mais no Estadão)

País crescerá até 7% em 2010, prevê FGV

Para Ibre, economia retoma "exuberância" do período pré-crise; mercado volta a estimar expansão em 2009.

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem deve variar de 4,5% a 7%, de acordo com projeção do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo análise da instituição, uma alta de 7% resultaria de uma recuperação em forma de V, "na qual a intensidade da retomada é equivalente à da contração ocorrida na virada de 2008 para 2009". "O crescimento de 7% [do PIB] não é, de forma alguma, inconcebível."
A Carta do Ibre aponta que a economia brasileira está retomando a "exuberância" do nível de atividade pré-crise.
A expansão mais consistente em 2010, porém, poderá trazer o maior desafio ao Banco Central desde a implementação do regime de metas de inflação, em 1999.
Na análise do Ibre, se a economia caminhar no ano que vem para uma taxa de crescimento próxima de 7%, o BC "enfrentará a situação desconfortável de ter que puxar o freio da política monetária em plena campanha eleitoral". Já o cenário de 4,5% seria de mais tranquilidade para o BC, que poderia, sem o fantasma da pressão inflacionária, manter a taxa básica de juros em 8,75% ao ano.
Entre os fatores que devem estimular a economia em 2010, está o aumento do salário mínimo. Pelas regras atuais, o reajuste deve ser feito pela taxa de inflação do ano mais a taxa de crescimento do PIB verificada dois anos antes, o que elevaria o mínimo para R$ 505,90.
Mercado — Pela primeira vez desde o fim de março, economistas consultados pelo BC esperam uma variação positiva do PIB em 2009. Segundo a pesquisa Focus da última semana, a projeção é de crescimento de 0,01%.
Na semana anterior, a previsão era de variação zero do PIB. Desde março, porém, o mercado vinha prevendo retração na economia.
Em relação à taxa Selic, a previsão para 2010 foi aumentada pela segunda semana seguida, passando de 9,50% ao ano para 9,75%. Para 2009, continuou nos atuais 8,75%. A projeção para o IPCA chegou a 4,31% para este ano. (Leia mais na Folha)

Greve dos bancários entra no 13º dia

Os bancários decidiram, em assembleia realizada na tarde de segunda-feira, permanecer com a greve nacional da categoria, que completa 13 dias nesta terça-feira. Sem proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os mais de 46 mil grevistas em São Paulo, Osasco e Região, prometem fazer uma passeata, às 16h30, na esquina da Avenida São João com a Rua Líbero Badaró, no centro da capital.

Para o presidente do sindicato paulista, Luiz Cláudio Marcolino, os banqueiros precisam apresentar proposta de aumento salarial e PLR mais justa.

Os bancários pedem 10% de reajuste salarial, com 5% de aumento real e Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) composta por três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Além disso, os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que comprometem a saúde dos funcionários.

Em São Paulo, as mobilizações de segunda-feira foram concentradas nas agências bancárias da região da Avenida Paulista e nos prédios administrativos, onde estão localizados os escritórios dos presidentes dos bancos. Uma nova assembleia ocorre nesta terça-feira, às 17 horas, para definir os rumos da paralisação da categoria. (Leia mais em O Globo)