terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Indicadores econômicos apontam para economia brasileira em expansão. É hora de ampliar, também, a massa salarial

Crédito imobiliário bate recordes e bancos preveem mais expansão

Esgotamento da poupança, que financiou R$ 34 bi em 2009, leva instituições a analisar alternativas de recursos.

O brasileiro nunca financiou tanto imóvel como em 2009, e a tendência é de que novos recordes sejam batidos neste ano. Para alguns, o País está em pleno boom imobiliário. Para outros, é só o início desse processo, uma vez que o déficit habitacional, entre 6 milhões e 8 milhões de unidades, conforme o cálculo, ainda é elevado.
Avaliações distintas à parte, o fato é que o setor vive seu melhor momento na história recente, que já leva os bancos a discutir alternativas de recursos para bancar a expansão. Hoje, a maior parte do dinheiro (cerca de 70%) vem da caderneta de poupança, mas, segundo especialistas, essa fonte deve se esgotar, dependendo da instituição financeira, já em 2011.
No ano passado, 302,7 mil unidades foram financiadas com os depósitos da caderneta, em um total de R$ 34 bilhões. Nem na época do finado Banco Nacional da Habitação (BNH), no início dos anos 80, tantos imóveis foram vendidos por meio de empréstimos no País.
"O Brasil é a bola da vez como mercado relevante para experimentar uma forte expansão do crédito imobiliário", define o diretor-geral da Montreal Informática, Luís Antônio Santos. A empresa vende soluções tecnológicas para diversos setores da economia, entre eles o imobiliário. Os principais bancos que atuam no País fazem parte de sua clientela.
O diretor de Crédito Imobiliário do Itaú Unibanco, Luiz França, que também preside a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), lista os fatores que explicam o desempenho recente e as boas perspectivas. Em primeiro lugar, a segurança jurídica, obtida com a mudança da legislação promovida em 2004. Foi ali que se instituiu o mecanismo de alienação fiduciária, que facilita a retomada do imóvel em caso de inadimplência. Em segundo lugar, França cita o alongamento dos prazos de financiamento para até 30 anos, que permitiu a redução das prestações mensais.
Em terceiro lugar, o executivo destaca a estabilidade da economia. De um lado, essas condições mais estáveis abriram caminho para a queda dos juros. De outro, elevaram o poder aquisitivo da população (como mostra a ascensão de milhões de brasileiros à classe C), o que reduz o calote. Um fator mais recente é o programa do governo Minha Casa, Minha Vida.
Nesse ambiente, os bancos privados, que sempre foram reticentes em investir no mercado imobiliário, mostram grande apetite. Na média, preveem alta de 30% a 40% nos empréstimos este ano. Em 2009, segundo o Banco Central, o crédito para a habitação avançou 41,5%, ante 14,9% do crédito total.
"Vemos o crédito imobiliário como motor da expansão do crédito geral (no País)", diz o diretor executivo de Negócios Imobiliários do Santander Brasil, José Roberto Machado. Segundo ele, no mundo, o financiamento imobiliário responde, em média, por 65% da carteira de crédito do banco. No Brasil, são 5%.
O diretor de Crédito Imobiliário do HSBC, Antonio Barbosa, afirma que a meta da instituição é aumentar a participação no segmento nos próximos anos. "Queremos crescer acima da média do mercado", explica. A aposta do banco é no que Barbosa classifica de "serviço diferenciado".
No Bradesco, o discurso é parecido. "Queremos mais mercado", diz o diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamentos, Nilton Pellegrino. O objetivo é aproveitar que "não há cidadão no Brasil que não queira ter imóvel próprio". (Estadao)

Estudo do BNDES mostra alta de 37% nos investimentos em infraestrutura entre 2010 e 2013

Os projetos de infraestrutura no Brasil devem receber R$ 274 bilhões em investimentos entre 2010 e 2013. É o que indica um estudo do BNDES, que leva em conta o total de aportes públicos e privados em andamento, planejados e com fortes chances de se concretizar, incluindo os que não terão financiamento do banco. Em comparação ao realizado entre 2005 e 2008 (R$ 199 bilhões em valores atualizados), o incremento será de 37,3% se tudo o que está planejado sair do papel, o que representa uma alta de 6,5% ao ano.

- Se essa expansão do investimento se concretizar, estaremos voltando ao patamar de elevação de antes da crise - afirmou Fernando Puga, chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico e Operações do BNDES.

Mas o estudo apresenta menos investimentos previstos do que o último levantamento feito pelo BNDES, para o período 2009-2012, que apontava desembolsos de R$ 338,5 bilhões em infraestrutura. Puga explica que há diferenças metodológicas entre os dois levantamentos - no anterior, os técnicos eram menos criteriosos e incluíram projetos ainda muito embrionários - e que havia uma expectativa muito alta para os investimentos em 2009, principalmente na área de energia, com projeção de R$ 38 bilhões, por causa das usinas do rio Madeira.

" Os investimentos em infraestrutura, até pelo caráter de longo prazo, se mantiveram, ao contrário do que vimos em outros setores, como as indústrias "

- Ainda não temos fechados os dados de 2009, mas é bem provável que parte dos investimentos tenham ficado para 2010 - disse Puga, acrescentando que a expectativa de investimentos para 2013 pode estar subestimada, pois deverá ser acrescida de obras para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.

- Os investimentos em infraestrutura, até pelo caráter de longo prazo, se mantiveram, ao contrário do que vimos em outros setores, como as indústrias, principalmente nas voltadas à exportação, que sofreram com a crise - acrescentou Gilberto Rodrigues Borça Júnior, gerente da área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do banco.

Os dois executivos acreditam que a área de energia deve viver um novo grande ciclo de investimentos, enquanto a de telecomunicações, apesar de grandes volumes de recursos, tende a crescer de forma moderada. Os setores lideram as previsões de investimentos, de R$ 92 bilhões e R$ 67 bilhões, respectivamente, entre 2010 e 2013. (O Globo)

Proposta sobre redução na jornada de trabalho volta a ser debatida em Brasília

A redução na jornada de trabalho de 44 horas semanais para 42 horas voltou a ser discutida nos bastidores em Brasília nesta semana. Segundo a jornalista Carolina Bahia, em uma reunião entre o presidente de Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), e lideranças sindicais, foi levantada uma contraproposta para a redução de 44 para 42 horas. 

A redução seria de uma hora em 2011 e uma hora em 2012. A análise do presidente da Câmara, de acordo com os representantes das centrais sindicais, é que assim a negociação poderia ser mais fácil com os empresários. 

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) já se manifestou contra a redução da jornada e argumenta que a decisão aumenta custos e obrigatoriamente não gera empregos. 



Custos 

Outro assunto debatido é que para compensar os custos na redução da jornada, seria incluído um incentivo fiscal às empresas na geração de emprego. Porém, as centrais sindicais não aceitam a proposta. Eles não querem na mesma votação a questão dos incentivos fiscais e da redução da carga horária de trabalho. 



Novas reuniões 

De acordo com Carolina Bahia, nesta semana devem ocorrer novas reuniões com representantes do governo. Os líderes das centrais querem se reunir com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tentar negociar a votação da redução da jornada de trabalho em plenário daqui 15 dias. 

De qualquer maneira, a pressão das indústrias para que a redução não aconteça é grande, garante a jornalista. 

Ao encerrar seu comentário na rádio CBN/Diário, Carolina explica que, de fato, o que gera emprego é o crescimento econômico, e não outras medidas que se tornam paliativas. Economicamente não seria o momento para esta mudança na jornada de trabalho. Politicamente, sim. (CBN/DIÁRIO)

Cresce a ameaça de apagão na logística

A reação da economia brasileira começa a mostrar seu primeiro grande gargalo, com a iminência de um apagão logístico este ano. A estimativa é de executivos e empresários do setor de transporte rodoviário de cargas, preocupados com a forte demanda do segmento no País, aliada à falta de aportes em infraestrutura logística nos portos brasileiros. Segundo algumas empresas do setor, é possível dizer que o "apagão logístico" afetará o País este ano.

A empresa Braspress, que pretende crescer 20% em 2010 e atingir o faturamento de R$ 550 milhões, é uma das que acreditam que este ano o apagão logístico será inevitável. O diretor comercial Giuseppe Lumare Jr. vê inclusive o reajuste do frete como extremamente necessário para capitalizar as empresas; entretanto, os gargalos do setor irão inflacionar a demanda. "Não pretendemos crescer mais do que isso por não ter como garantir a qualidade dos nossos serviços. Precisamos recuperar a rentabilidade perdida através dos descontos concedidos, e selecionar os clientes ao qual atenderemos", comentou o diretor.

Segundo Lumare, no começo do ano passado a empresa teve de se adaptar rapidamente para enfrentar a crise financeira global e tomou algumas medidas drásticas. "Ao deparar com a crise, modificamos nossos planos, dispensamos profissionais preparados, vendemos caminhões, e concedemos descontos", recordou ele. Entretanto, a retomada da economia nacional no ultimo trimestre, aliada ao reaquecimento acelerado do setor fizeram com que as transportadoras de cargas contratassem empregados sem treinamento, comprassem novos caminhões a altos preços e prestassem até serviços de baixa qualidade, afirmou o executivo. "Fechamos o ano com um aumento de17% no faturamento, porém tivemos grande redução em nossa rentabilidade", disse ele.

A previsão da transportadora para este ano consiste na reposição da rentabilidade e reestruturação para acompanhar o crescimento do mercado nos próximos anos de forma sustentável. "Pretendemos crescer no máximo 20% este ano. Para isso iremos reajustar o frete em aproximadamente 14%, além de analisar com cuidado os contratos pouco rentáveis". A empresa paulista pretende investir R$ 50 milhões este ano em expansão e inaugurar novo terminal em Guarulhos (SP). (DCI)

Goldman Sachs vê crescimento de 6,4% do Brasil em 2010

O Goldman Sachs elevou a projeção de crescimento do Brasil para 6,4% em 2010 ante previsão anterior de 5,8%, de acordo com o economista-chefe da instituição, Jim O'Neill.

-Na sexta-feira, recebi um texto do Paulo Leme (economista do Goldman para mercados emergentes) e ele disse que queria revisar a nossa previsão para 6,4%. Essa é a segunda mudança de projeção. Ele já me deve três jantares. No último outono, eu já falava em 7% - afirmou O'Neill, no seminário "Uma agenda para os Brics".

O economista foi quem cunhou a sigla Bric, formada por Brasil, Rússia, Índia e China. Na visão de O'Neill, o mundo hoje tem dois pilares: os Estados Unidos e os países do Bric. E, para, ele, o bloco, principalmente a China, tem um papel importante de compensar a perda de capacidade norte-americana de consumo e produção provocada pela crise. (Reuters)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UGT mobiliza trabalhadores e sociedade civil rumo à redução da jornada

UGT contesta dados da Fecomércio-RJ sobre movimento nos feriados

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, contestou os dados fornecidos nesta sexta-feira pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) sobre perdas sofridas pelo comércio de bens, serviço e turismo em razão dos 12 feriados em dias úteis ocorridos em 2009.
De acordo com ele, informação da Fecomércio-RJ, cuja estimativa é de que o setor deixou de ganhar R$ 55 bilhões no ano passado por causa dos feriados, “não reflete a realidade percebida por nós, trabalhadores, porque o comércio no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro e São Paulo, abre em todos os feriados”.
Patah disse que graças aos feriados “o comércio ganhou muito e vendeu muito mais”. Os dados divulgados pela Fecomércio-RJ “estão errados”, garantiu.
O presidente da UGT disse que se o comércio vendeu menos não foi por causa dos feriados. Ele reiterou que, além de abrir as portas, o comércio costuma faturar mais nesses dias, “porque os trabalhadores, como metalúrgicos e bancários, que não trabalham nos feriados, vão fazer mais compras”.
Ele admitiu que o setor pode ter vendas menores este ano, mas assinalou que isso não será resultado dos feriados. Embora o trabalho em feriados e nos domingos represente um custo adicional para os empresários, Patah observou que não há prejuízo para o comércio.
“Se esse custo fosse tão alto, não haveria tanta briga, até na Câmara Federal, para manter a legislação permitindo abrir aos feriados. Se a área do comércio não pudesse abrir nos feriados seria até melhor para nós, trabalhadores, porque muitos não querem trabalhar nos feriados. Mas, por conta da flexibilização da jornada de trabalho dos comerciários do Brasil inteiro, isso na realidade trouxe uma potencialização enorme para o comércio nas vendas”.
O resultado, segundo Patah, supera em muito os custos trabalhistas, como pagar o dia em dobro, “que é o único custo que tem”, afirmou. (Band)

Maiores bancos privados fecharam 10 mil vagas em 2009

Os três maiores bancos privados do País - Itaú Unibanco, Bradesco e Santander - fecharam 9.902 postos de trabalho no ano passado, segundo levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), realizado em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
O levantamento aponta que o Itaú Unibanco, instituição que registrou lucro líquido de R$ 10 bilhões no ano passado e abriu 42 agências bancárias no País, fechou 7.176 vagas. Após a fusão dos dois bancos, anunciada no final de 2008, a nova empresa começou 2009 com 108.816 funcionários. Um ano depois, o quadro de pessoal foi reduzido para 101.640 bancários.
O Bradesco, que registrou um lucro líquido R$ 8 bilhões no ano passado - 5% superior ao observado em 2008 -, cortou 1.074 empregos em 2009. O Santander, por sua vez, elevou o lucro líquido em 40,7% (de R$ 3,9 bilhões em 2008 para R$ 5,5 bilhões) e fechou 1.652 vagas.
O estudo do Dieese mostra também que a rotatividade de mão de obra tem ajudado a reduzir a remuneração média dos bancários. Os desligados de janeiro a setembro de 2009, nos três bancos privados, recebiam remuneração média de R$ 3.494,25. Os contratados no mesmo período, por sua vez, tiveram remuneração média de R$ 2.051,80, o que representa uma diferença de 41,28%. (Estado)

Infraestrutura terá R$ 274 bi até 2013

Estudo do BNDES mostra que, desse total, quase 60% será investido em energia elétrica e telecomunicações.

Os grandes projetos nas áreas de energia elétrica e de telecomunicações continuarão a liderar a expansão da infraestrutura do País, que deve receber R$ 274 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos - a maioria dos recursos será aplicada durante a administração do próximo governo.
A projeção é de um novo estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê aumento de 37,3% nos investimentos do setor entre 2010 e 2013 comparado com os R$ 199 bilhões entre 2005 a 2008. O ano de 2009 ficou fora da comparação porque os dados não estão fechados.
Do total de investimentos para o atual quadriênio, 33,6% virá de projetos de geração, transmissão e distribuição de energia. Os R$ 92 bilhões previstos até 2013 com grandes obras, como as hidrelétricas na Região Norte e a terceira usina nuclear de Angra dos Reis, vão significar aumento de 35,7% no setor em relação ao período entre 2005 e 2008.
Para os técnicos do BNDES, o volume pode ser ainda maior, já que novos projetos poderão surgir nos próximos anos, consolidando a liderança da energia elétrica na expansão da infraestrutura. O lugar foi das telecomunicações entre 1997 e 2001 e vinha sendo dividido pelos dois setores.
O banco considerou que as duas usinas em construção no Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio) devem receber R$ 20 bilhões nos próximos quatro anos. A usina de Belo Monte, cujo leilão está previsto para abril, deve ter nesse período R$ 8 bilhões consumidos do seu orçamento. Eles também consideraram R$ 8 bilhões previstos em 70 projetos de energia eólica.
Embora a previsão de crescimento dos recursos para telecomunicações nos próximos quatro anos seja de quase estabilidade (0,8%), o setor manterá forte influência no conjunto de investimentos estruturantes. Entre 2010 e 2013, deve responder por R$ 67 bilhões, 24,5% do esperado para os seis setores mapeados pelo BNDES.
"Há planos importantes em telecomunicações, como as tecnologias de 3G e TV digital, mas são projetos menos intensivos em capital do que a estrutura que consolidou a telefonia fixa e implementou a móvel, entre 1997 e 2001", diz Fernando Puga, chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico e Operações do BNDES. "Agora, os projetos passam mais por manutenção e atualização, numa lógica mais de responder à concorrência."
O gerente da área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, Gilberto Borça Jr., destaca que energia e telecomunicações continuarão a moldar a expansão da infraestrutura nos próximos anos, com quase 60% dos investimentos, mas destaca a perspectiva de um salto em áreas, como logística e saneamento, que viraram um entrave para o desenvolvimento do País. (Estado)

Arrecadação da Previdência em janeiro é recorde

O secretário de Política de Previdência Social, Helmut Schwarzer, informou hoje que a arrecadação corrente da Previdência Social em janeiro, que somou R$ 16,18 bilhões, foi recorde, excluindo-se os meses de dezembro, quando são feitos os recolhimentos relativos ao 13º salário. A arrecadação corrente inclui os valores que serão transferidos para o sistema ''S'' e também para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
De acordo com o secretário, essa alta da arrecadação reflete a significativa melhora do mercado de trabalho. A combinação de melhora na arrecadação com redução no pagamento de sentenças judiciais levou a Previdência a ter déficit de R$ 3,708 bilhões no mês passado, um valor 43,94% menor que o de janeiro de 2009, em termos reais. O déficit de janeiro foi o menor para o mês desde 2007.
Déficit — O secretário disse ainda que a forte queda no déficit da Previdência em janeiro decorreu principalmente da redução dos pagamentos de decisões judiciais. Em janeiro, as despesas determinadas pela Justiça foram de R$ 225 milhões, ante R$ 3,187 bilhões no primeiro mês de 2009.
Segundo ele, essa diminuição não ocorreu por decisão do Ministério da Previdência, e sim porque não chegaram as ordens de pagamento da Justiça Federal. Mas, no primeiro trimestre de 2010, o pagamento de sentenças judiciais deve ficar em torno de R$ 3 bilhões, quase metade dos R$ 7,1 bilhões previstos para todo o ano.
Além das sentenças judiciais menores, a melhora no mercado de trabalho também contribuiu para um resultado mais favorável da Previdência neste primeiro mês do ano. Schwarzer explicou que a situação do emprego no mês passado estava bem melhor do que em janeiro de 2009, quando a crise ainda estava no auge do seu impacto na economia brasileira.
De acordo com o secretário, se essa tendência de melhora acentuada no mercado de trabalho continuar, a projeção do déficit para 2010, de R$ 52 bilhões, pode ser reduzida. (Estado)

Inadimplência com cheques caiu para 1,85% em janeiro, diz Serasa

A inadimplência com cheques caiu para 1,85% no país em janeiro de 2010, de acordo com o indicador do instituto Serasa Experian divulgado nesta sexta-feira. Foi o menor percentual verificado em 16 meses. Também foi o melhor janeiro desde 2005, quando a devolução de cheques por insuficiência de fundos ficou em 1,53%.

No mês passado, foram devolvidos ao todo 1,673 bilhão de cheques e compensados 90,587 bilhões. Em dezembro, o indicador estava em 1,87%, o que correspondia a 1,987 bilhão de cheques devolvidos e 104,977 bilhões compensados.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a aceleração do crescimento econômico, especialmente a partir do segundo semestre de 2009, conferindo aumento do nível do emprego e da renda, tem contribuído para a redução da inadimplência das pessoas físicas e jurídicas em todas as modalidades de crédito, inclusive no uso de cheques.

"Além disto, a normalização do mercado de crédito tem diminuído o papel do cheque como alternativa de financiamento - movimento que foi bastante intenso durante o final de 2008 e boa parte de 2009 - favorecendo a melhora do risco deste instrumento de pagamento", explica o instituto em nota. (O Globo)